A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a firme determinação de lutar pelos mais altos interesses do povo de Goiás e do Brasil é o fundamento que me conduz nesta nova e desafiadora missão de assumir, pelo período de cinco meses, uma honrosa cadeira no Senado da República.

Ocupo, com muita humildade, a vaga que me é cedida pelo ilustre e combativo Senador Maguito Vilela, que deixa momentaneamente suas funções parlamentares no Congresso Nacional numa singular homenagem ao segmento feminino, com quem sempre manteve os mais elevados compromissos.

Espero, sinceramente, corresponder à grandeza desse gesto, dando prosseguimento às iniciativas e proposituras que marcam a atuação de Maguito, homem público reconhecido por sua dignidade, coragem, espírito solidário e irretocável honradez.

Não importa a dimensão do tempo. Quero utilizar cada segundo desta oportunidade para reafirmar práticas, conceitos e princípios que sempre nortearam minha conduta no decorrer de 37 anos de atividade pública em que o amor à pessoa humana sempre esteve no centro das iniciativas e das preocupações.

Não chego, Srªs e Srs. Senadores, ao Senado de mãos abanando. Vem de longe a batalha, ainda nos verdes anos 60, em que assumia, ao lado de meu companheiro Iris Rezende Machado, as tarefas sociais na Prefeitura de Goiânia, onde plantamos as primeiras sementes de proteção à família e aos carentes, com a construção de maternidades e lançamento da campanha do agasalho, que permanece intacta até os dias de hoje.

No Governo de Goiás, em duas oportunidades, mantivemos essa forte determinação em prol dos escolhidos. Fundamos a organização Legionárias do Bem-Estar Social, que literalmente transformou a face oprimida e miserável de nosso povo por meio de intervenções firmes e práticas. Ajudamos, Srªs e Srs. Senadores, a erradicar as favelas de Goiânia, participando ativamente, sob o comando do então Governador Iris Rezende, dos mutirões que em apenas 24 horas levantavam teto para milhares de pessoas. Fomos, sim, ousados no combate à fome, com as pioneiras hortas comunitárias. Com muito orgulho, edificamos tijolo por tijolo a Vila Vida, que passou a abrigar idosos abandonados por suas famílias e se tornou eloqüente símbolo em defesa da solidariedade.

Desde o princípio, fizemos da política poderosa arma no combate às injustiças. As ruas, Srªs e Srs. Senadores, eram a nossa trincheira contra a tirania. Lançamos o nosso grito lado a lado com o povo, contribuindo para organizar em Goiânia as primeiras manifestações que desencadearam a derrocada do regime militar. Foi assim na monumental concentração de massas que deflagrou a campanha pelas Diretas Já, onde fui a única mulher, com o maior orgulho, com o maior patriotismo, a discursar num evento de grandeza histórica.

Nesse particular, Sr. Presidente, faço uma referência, deixando de lado o discurso. Encontrei na minha vida pública, nessa caminhada de 37 anos, com muita emoção, companheiros que agora revejo, como o Presidente desta Casa, ausente no momento, muito bem representado pelo Senador Eduardo Siqueira Campos.

Compartilhei com o Senador José Sarney o palanque pelas Diretas Já, no grande movimento que se iniciou na cidade de Goiânia. Compartilhei com o Senador Romeu Tuma grandes feitos e grandes viagens pelo Estado de São Paulo, como a primeira mulher candidata a Vice-Presidente da República, na chapa de Orestes Quércia.

Percorremos, Senador Mão Santa, no seu grandioso Estado, vários caminhos, inclusive de carro, lutando pelos ideais do PMDB, levando a bandeira da redemocratização e da luta pelo voto popular.

Caminhei ao lado deste patrimônio, que é o Senador Alberto Silva. S. Exª gentilmente cedeu-me o seu espaço, para que hoje, na tribuna, eu tivesse a oportunidade de oferecer ao meu povo do Estado de Goiás, e que aqui me honra com a sua presença, as minhas palavras de agradecimento, as minhas palavras de fé e de esperança nos destinos dessa Nação.

Fomos, sim, ousados na consolidação do processo democrático, e por esse caminho também trilharam outros companheiros, como Renan Calheiros, que está ausente no momento; Lázaro Barbosa, aqui presente; e nem precisaria de me referir ao ex-Senador Iris Rezende, que aqui também comparece para minha honra e para a minha nobreza. (Palmas.)

Naquela oportunidade, em 1994, tornei-me a primeira mulher a disputar a Vice-Presidência da República no Brasil. Posteriormente, seria eleita para a primeira suplência do Senado, ao mesmo tempo em que comandava, já por quatro anos, o Diretório Estadual do PMDB goiano.

Dessa forma, Sr. Presidente, trago para esta Casa o legado da frente de lutas nas mais variadas trincheiras em que a coerência, a justeza de propósitos e o amor à Pátria sempre foram os reais motivadores de uma trajetória acalentada pelos mais nobres e caros ideais.

Jamais me preocupei com a via fácil do carreirismo, porque a minha peleja é toda ela feita de abnegação e de atitudes permanentes, visando o amparo ao próximo - sem cobranças e nem contrapartidas.

Se tenho agora a oportunidade de utilizar - e, diga-se de passagem, emocionada - a mais respeitada tribuna do Parlamento brasileiro, com certeza, tudo farei para dignificar a honrosa missão, colocando-me como instrumento do povo goiano e brasileiro para ser uma voz ativa em prol das grandes e inadiáveis transformações esperadas por todos.

Mais do que nunca, reafirmamos os nossos mais sólidos compromissos com o povo de Goiás, que exige atitudes concretas capazes de, pelo menos, minimizar a deterioração da infra-estrutura que afeta o conjunto da sua economia. É preciso, senhores, soluções urgentes e inadiáveis para evitar a destruição da malha viária do Estado, um terrível agravante que encarece os custos dos fretes e impede a eficácia da competitividade dos nossos produtos agrícolas.

É preciso, igualmente, recolocar na ordem do dia a retomada dos imprescindíveis investimentos no setor industrial, tendo em vista o fomento do processo produtivo com profissionalismo e iniciativas criativas, apostando na ousadia e no arrojo de nossos empreendedores.

Sr^as. e Srs. Senadores, é especialmente doloroso constatar a agressão que vem sendo imposta à infância brasileira, vítima dos novos padrões comportamentais e do perfil cada vez mais egoísta do mercado de trabalho que aniquilam a família, destroem a pureza e quebram aquele vínculo mais permanente de afetividade entre pais e filhos. Nesse cenário, a TV se transforma na inaceitável educadora de gerações inteiras, favorecendo a prática da violência, como ilustram casos recentes que espantaram a Nação. Mais dramáticos ainda são os alarmantes índices de desnutrição infantil que explodem nos bolsões de miséria, conclamando permanentemente os governos a uma posição mais determinada na busca das inadiáveis soluções.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Permite-me V. Exª um aparte, nobre Senadora?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Em nome do PMDB, gostaria de, ao saudá-la e dar-lhe nossas boas-vindas, desejar-lhe muito sucesso. Seja bem-vinda.

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Muito obrigada, Senador. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Siqueira Campos) - Com licença, Senadora Iris.

A Mesa esclarece às galerias que o Regimento Interno da Casa não permite manifestações.

O Sr. Demóstenes Torres (PMDB - GO) - Senadora, V. Exª me permite um aparte?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não.

O Sr. Demóstenes Torres (PFL - GO) - Gostaria também de, em nome do PFL, saudar V. Exª e dar-lhe as boas-vindas. Faço isso em reconhecimento à sua atuação como agente pública. V. Exª foi uma extraordinária Primeira Dama e, assim como o Governador Iris Rezende, realizou um dos trabalhos mais profícuos em nosso Estado. Em nome do PFL, gostaria de saudar V. Exª, o ex-Senador Iris Rezende e também toda esta grande bancada de deputados estaduais, federais, diversas autoridades e o Presidente do Tribunal de Contas do Estado, que a acompanham. V. Exª faz jus à sua merecida fama de mulher trabalhadora, empreendedora, correta, honrada, decente e que defende muito bem o nosso Estado.

A SRª IRIS DE ARAÚJO - Agradeço, emocionada e honrada, o aparte de V. Exª, Senador Demóstenes Torres.

É essa mesma senha comportamental, difundida a partir do avanço tecnológico, um dos fatores que levam a nova geração a, cada vez mais, abandonar à própria sorte os nossos idosos depois de haverem se dedicado por toda uma vida a trabalhar ininterruptamente para servir ao País e ao seu povo. Não terei, Srªs. e Srs. Senadores, nenhum tipo de temor de aqui pregar o cumprimento de um dever sagrado, insistindo que filhos e netos sejam obrigados a cuidar de seus pais e avós, livrando-os da solidão e do abandono, de tal forma que, um dia, possamos proclamar essa fase da vida como a terceira idade da alegria.

Prosseguiremos a luta que visa à plena cidadania para as mulheres brasileiras, tendo em vista as novas exigências que surgem a partir das recentes conquistas históricas. É preciso estudar e propor alternativas para corrigir distorções, principalmente em face das desigualdades salariais no mercado de trabalho, a partir de uma legislação eficiente que ofereça sanções para a prática do preconceito com fins econômicos. 

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Permite-me V. Exª um aparte?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Gostaria de aqui externar uma gratidão. Aprendi que a gratidão é a mãe de todas as virtudes. Minha mãe me ensinou que Deus mora no céu e no coração de homens e mulheres agradecidas. Em 1994, o PMDB do Piauí me convidou a ser candidato a Governador do Estado. Tínhamos três prefeitos contra 145. Na mesma época, era candidato à Presidência da República Orestes Quércia, e a encantadora Senadora enriquecia a sua chapa como Vice-Presidente. Recordo-me que, em 8 de julho de 1994, ao lado do nosso ícone e líder do Piauí, Alberto Silva, na cidade de Floriano, a senhora se fez presente, encantou homens, mulheres e crianças do Piauí. A sua presença, a sua palavra, a sua imagem e a sua fé, sem dúvida nenhuma, foram uma das causas de nossa vitória. Depois, Deus nos permitiu ouvi-la na cidade de Altos, em Campo Maior, a cidade onde o povo do Piauí, em batalha sangrenta, expulsou os portugueses de nossa Pátria. Depois, em minha cidade, Parnaíba - cidade de Alberto Silva, cidade de João Paulo dos Reis Velloso, o maior Ministro do Planejamento nesses 502 anos de Brasil, cidade do maior jurista desta Pátria, Evandro Lins e Silva -, teve lugar o comício que ainda hoje é recordado como o maior comício que houve naquela cidade. O povo do Piauí aplaudiu a Senadora e Orestes Quércia, e foi o único povo capaz, no Brasil, de eleger Rui Barbosa nas eleições que disputou. Então, aqui, o nosso testemunho e a nossa gratidão. Um bem nunca vem só, como disse o Padre Vieira. Depois de eleito, fui a Goiás ver aquele que, sem dúvida, foi o maior governador de Goiás, exemplo para todos nós do Brasil, Srªs e Srs. Senadores. Vi um povo feliz, vi o milagre de um homem fazer, em um dia só, mil casas para os pobres. Eu queria apresentar a gratidão que o exemplo arrasta: graças a essa força e a esse exemplo, consegui construir 40 mil casas populares no Piauí. A Senadora Iris, exemplo de amor ao Brasil, enriquece hoje o Senado.

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Muito obrigada, Sr. Senador. Agradeço sensibilizada as palavras de V. Exª. Realmente, estivemos juntos e tive a oportunidade de merecer, de V. Exª e do povo do Piauí, muita atenção.

Referindo-me ao trabalho da mulher, gostaria de dizer que felizmente, hoje, o Senado já conta com um número maior de Senadoras, todas elas combativas, atuantes, preparadas e empenhadas em lutar por aqueles que representam.

Nós, Senadoras, temos uma responsabilidade maior que a dos Srs. Senadores. Muitas vezes, tornamo-nos focos das atenções porque somos minoria e somos mulheres. Não nos é cobrado apenas a postura, mas também que trabalhemos melhor, que prestemos o melhor serviço. Assim, nós, Senadoras, somos melhores porque somos mulheres e porque temos consciência de que iremos ser cobradas por isso. É necessário, portanto, que ofereçamos às mulheres que vivem neste País afora as condições que muitas vezes alcançamos e não temos condições de dividir. Temos que lutar por uma melhor qualificação profissional para esse grande exército de mulheres que trabalham. Hoje em dia é muito difícil encontrar uma mulher que fique em casa, que não tenha que trabalhar para ajudar a complementar a renda familiar.

E a minha palavra, neste momento, é para as mulheres: aquelas que deixam seus filhos presos em quartos imundos - e não fazem isso porque querem, mas porque precisam - sujeitos a serem queimados quando vão fazer a sua comida, sujeitos a pular a janela, ir para a rua e se transformarem compulsoriamente em pivetes, a grande população que encontramos nos sinaleiros das grandes cidades deste País. Desculpem-me, porque estou fugindo do meu discurso, mas pediria que tivessem um pouco de complacência comigo, porque é a primeira vez que ocupo uma tribuna como esta e acredito que isso será levado em consideração.

Queremos, ainda, Sr. Presidente, participar ativamente do debate para encontrarmos caminhos para a crise que atinge proporções gigantescas, afetando a estrutura do poder estatal. Como o País pode vir à bancarrota caso não sejam tomadas providências enérgicas no sentido de promover a reforma política, tributária e previdenciária, é o momento de um diálogo franco, aberto e realista, exigindo de cada um dos agentes públicos uma atitude de desprendimento de tal forma a que prevaleçam os interesses nacionais acima das questões de ordem partidária ou oposicionista.

Para tanto, Sr. Presidente, defendo que seja estabelecido um calendário claro e objetivo, em comum acordo com o Executivo, para que possamos debater as reformas de maneira clara e eficiente. Mas é imperioso que o Governo, de sua parte, agilize o projeto piloto, para que possa sofrer os reparos e receber as contribuições do Parlamento, principalmente da sociedade, que tem dívidas.

Temos que coibir a inflação crescente, compor o poder de compra dos salários, gerar empregos, distribuir a renda e engrenar o crescimento econômico. É a partir daí que o quadro social começa verdadeiramente a ser modificado, com reflexos diretos no combate à violência e na consolidação de uma sociedade mais harmônica, mais humana e mais solidária.

O Sr. Paulo Octavio (PFL - DF) - V. Exª me permite um aparte?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não, Senador.

O Sr. Paulo Octavio (PFL - DF) - Em nome da Bancada de Brasília, cidade esta que tomou emprestado um pedaço do território de Goiás para a construção da capital de todos os brasileiros, quero cumprimentá-la pela competência do seu primeiro pronunciamento nesta Casa e dizer que é de mulheres como V. Exª - de fibra, competentes, trabalhadoras e idealistas - que o Brasil precisa. Por isso, será um prazer enorme para nós, Senadores, poder conviver com a sua competência e com a sua inteligência aqui nesta Casa. Parabéns pela profundidade do seu pronunciamento.

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Agradeço ao nobre Senador Paulo Octávio o aparte que honrosamente me oferece.

A Srª Patrícia Saboya Gomes (PPS - CE) - V. Exª me permite um aparte?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não, Senadora.

A Srª Patrícia Saboya Gomes (PPS - CE) - Senadora Iris de Araújo, em nome do meu Partido, o PPS, também gostaria de desejar-lhe boas-vindas. Tenha certeza de que todos nesta Casa estamos muito felizes com a sua presença, o seu brilhantismo, a sua coragem e a sua disposição para defender as pessoas mais humildes do nosso País. Nós, mulheres, como V. Exª disse, temos uma responsabilidade gigantesca ao representarmos nosso povo. Vivendo em um País ainda muito pobre, com muitas desigualdades e diferenças sociais, a nossa luta certamente será redobrada. Teremos que demonstrar com muita firmeza aquilo a que nos propomos fazer. Portanto, em nome do meu Partido, quero novamente desejar-lhe boas-vindas e reafirmar a certeza do seu sucesso. V. Exª irá brilhar aqui, representando o povo do nosso País.

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Agradeço, Senadora Patrícia Saboya Gomes, pelo aparte.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que o foco das atenções não seja outra vez desviado para os holofotes fáceis do jogo interminável dos dossiês e dos escândalos, que se vão tornando comuns. O momento é da mais suprema responsabilidade para que se execute a tarefa maior de restituir a dignidade a nossa gente. Se todos cederem um pouquinho, com certeza alcançaremos um consenso de dimensões grandiosas, capaz de transformar em festa o pranto dos que sofrem o amargo cotidiano das injustiças.

Srªs e Srs. Senadores, novamente peço à Mesa, como novata, mil desculpas por ter infringido o tempo...

O Sr. Renan Calheiros (PMDB - AL) - Senadora, V. Exª me permite um rápido aparte?

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Pois não, Senador.

O Sr. Renan Calheiros (PMDB - AL) - O Senador Ney Suassuna já falou, mas não seria uma redundância. Queria dizer, em nome dos nossos companheiros, que esta Casa recebe V. Exª de braços abertos. Sabemos da sua luta e, principalmente, o quanto ela se ampliará a partir de hoje, quando V. Exª toma posse neste Senado Federal, representando o seu querido Estado de Goiás. Sentimo-nos muito honrados por tê-la em nossa Bancada, e sabemos o quanto V. Exª contribuirá para o aprofundamento e a qualificação do debate. Seja muito bem-vinda e conte com o nosso total apoio.

A SRª IRIS DE ARAÚJO (PMDB - GO) - Muito obrigada, nobre Senador Renan Calheiros.

Para terminar o meu discurso, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria de fazer uma conclamação. Anteontem, em Goiânia, saí, por acaso, ao terraço do meu apartamento e vi, em um apartamento do prédio ao lado, uma coisa que me emocionou muito. Lá no alto, solitariamente, belamente, tremulava a bandeira do Brasil. Eu me perguntei: “Não é Copa do Mundo. O que está acontecendo?” Não é usual que o nosso povo hasteie a bandeira brasileira. Mas ela estava lá. E naquele momento de emoção, Srªs e Srs. Senadores, senti que a nossa responsabilidade, neste instante, é de apoiar realmente aquele que conseguiu restituir a auto-estima do povo brasileiro. Para tanto, conclamo a todos os Senadores e Senadoras, Deputados Estaduais, Federais, Vereadores, a apoiarem o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, depois de muitos anos, conseguiu restituir a auto-estima ao povo brasileiro. Vamos nos juntar num grande mutirão de trabalho para que, dentro de pouco tempo, não só o prédio vizinho ao meu, mas todas as casas deste País, desde a mais humilde até a mais rica, tenham na porta, com o maior orgulho, a bandeira do Brasil.

Muito obrigada.

(Palmas.)