Discurso durante a 11ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Participação de S.Exa. em movimento católico carismático, que reuniu jovens durante todos os dias de Carnaval no ginásio de esportes de Brasília. Proposta para realização de um grande debate com vista a avaliar alternativas que possam afastar os jovens das drogas e da violência.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IGREJA CATOLICA. TELECOMUNICAÇÃO. DROGA.:
  • Participação de S.Exa. em movimento católico carismático, que reuniu jovens durante todos os dias de Carnaval no ginásio de esportes de Brasília. Proposta para realização de um grande debate com vista a avaliar alternativas que possam afastar os jovens das drogas e da violência.
Aparteantes
Edison Lobão.
Publicação
Publicação no DSF de 07/03/2003 - Página 2909
Assunto
Outros > IGREJA CATOLICA. TELECOMUNICAÇÃO. DROGA.
Indexação
  • COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, ENCONTRO, IGREJA CATOLICA, PERIODO, CARNAVAL, ELOGIO, DEBATE, JUVENTUDE, BUSCA, CONHECIMENTO, ORIENTAÇÃO.
  • CRITICA, MEIOS DE COMUNICAÇÃO, AUSENCIA, DIVULGAÇÃO, ENCONTRO, RELIGIÃO.
  • QUESTIONAMENTO, INFLUENCIA, MEIOS DE COMUNICAÇÃO, PREJUIZO, JUVENTUDE, COMENTARIO, CONCLUSÃO, TRABALHO, SUBCOMISSÃO, SENADO, ESTUDO, TELEVISÃO.
  • DEBATE, POSSIBILIDADE, DISCRIMINAÇÃO, DROGA, DEFESA, BUSCA, METODO, ALTERNATIVA, ORIENTAÇÃO, JUVENTUDE, COMBATE, VICIO, UTILIZAÇÃO, MOBILIZAÇÃO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, FAMILIA, RADIO, TELEVISÃO, IMPRENSA.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, parece que começa o ano no Brasil. Para nós, para os colégios, para muita gente, o ano se inicia agora. Alguns mais contentes, outros mais tristes. O pessoal da Mangueira achando que houve garfada, o pessoal da Beija-Flor achando que o resultado foi justo. Gostei de ver a Beija-Flor ganhar com um roteiro que mostrava o problema da fome, da miséria no Brasil, inclusive com a figura do Lula num dos carros, o que não deixa de ser uma atitude simpática para com o Presidente.

Falo sobre isso aqui porque nesse carnaval as pessoas se dividiram em várias atividades. O carnaval de Brasília parece que foi um fracasso total, à exceção do célebre bloco Pacotão, com suas famosas críticas de sempre. Já foram melhores. Lembro-me de que, na época em que eu passava o carnaval aqui durante a ditadura, as críticas eram sensacionais.

Eu, como muitos, aproveitei o carnaval para fazer uma meditação. Fui a um retiro no Ginásio de Esportes promovido por um grupo carismático, em que um padre jovem, há quatro anos apenas saído do seminário, fez a sua pregação. Chamou-me a atenção, em primeiro lugar, que nos quatro dias de carnaval milhares de jovens estivessem ali, das 7h às 19h; e também o debate, a discussão e a participação desses jovens, buscando conhecimento. Informavam-me que, em Brasília, nesse carnaval, em todas as religiões, foi incontável o número de jovens e de pessoas de mais idade que se reuniram para meditar, debater, raciocinar e buscar aprofundar-se em torno do caminho que devem seguir neste ano.

Não nego que me emocionei muito.

Passamos o ano inteiro lendo manchetes sobre a mocidade brasileira, envolvendo droga, álcool, violência, assalto. No entanto, acompanhei o noticiário desse carnaval e não vi nenhuma notícia sobre essas reuniões realizadas em Brasília, apenas notícias que se repetem permanentemente: o jovem que morreu, o jovem que matou, o jovem que estava drogado, o jovem que não sei mais o quê. É importante que, nesta análise, entendamos que nossa mocidade está enfrentando o desafio dos dias modernos. E, na minha opinião, o primeiro desafio é enfrentar a televisão, que é a maior escola de orientação para a violência, para o crime, para a irresponsabilidade. As novelas são uma escola de irresponsabilidade. Esses jovens não têm, praticamente em nenhum lugar, uma palavra de estímulo, de orientação, um debate aprofundado em torno do que é e do que deve ser. Fiquei ali boquiaberto ao ver 25 mil jovens, das 7h às 19h, domingo, segunda-feira e terça-feira, com a ansiedade e a preocupação de conhecer, de olhos arregalados, assistindo e querendo aprofundar seus conhecimentos.

Tenho dito e insistido que temos que nos preocupar com a gente brasileira e temos a obrigação de nos preocupar com as formas pelas quais conseguimos traçar os caminhos da mocidade brasileira. Se conseguíssemos, efetivamente, abrir as portas para que a mocidade tivesse onde encontrar a orientação permanente, constante e necessária para sua formação, onde ela tivesse condições de conhecer, ver e escolher, não tenho dúvida de que essa mocidade teria grandes oportunidades de preencher sua missão. Mas o que enxergamos aqui em Brasília? Se eu não tivesse me informado de que estaria havendo aquele rebanhão e não tivesse ficado, como fiquei, em Brasília, não teria nem tido conhecimento desse encontro. Pergunto-me: o que podemos fazer com a nossa mocidade?

Nosso querido e um dos melhores e mais respeitáveis Senadores da história desta Casa, Senador Jefferson Péres, outro dia apresentava para debate a proposta de que devemos regulamentar o uso da droga. Argumenta S. Exª que a droga é praticamente incontrolável e que sua proibição está determinando o surgimento das quadrilhas de venda de drogas, que se formam exatamente por ser crime essa prática. O combate ao uso da droga determina o aparecimento das quadrilhas que vendem a droga, que pegam as crianças para entregá-la e que levam a corrupção à Polícia, ao Poder Judiciário e à vida pública brasileira. Segundo S. Exª, deveríamos nos fazer a seguinte pergunta: regulamentar o uso da droga pode trazer como conseqüência o aumento do seu uso? Mas a liberação do uso da droga não diminuiria enormemente a corrupção? Essas quadrilhas desapareceriam, porque, não sendo proibida a droga, elas não terão como usar dinheiro para comprar e para facilitar o tráfico.

Em casa, quando assisti pela televisão o pronunciamento do Senador Jefferson Péres, admirei-me da sua coragem e gelei por dentro, porque a minha primeira impressão foi de angústia: será que, no Brasil, chegamos ao limite em que não temos mais como controlar a droga, tendo de partir para a sua liberação? E pergunto: será que o Brasil esgotou realmente, meu querido Senador Jefferson Péres, as fórmulas pelas quais ele pode orientar a nossa mocidade para que saia das drogas? Será que os métodos que empregamos são ineficazes? Será que as fórmulas com que lidamos com a mocidade diminuem a capacidade, a perspectiva, a inteligência do jovem? Não lhe oferecemos a chance de um debate mais profundo, sério e responsável. Quais as oportunidades que o jovem tem de se preparar, a fim de exercer sua cidadania?

Nós sabemos que há muito tempo as escolas do Brasil são grandes instituições que ensinam o á-bê-cê, o Português, a Matemática, enfim, que preparam para o vestibular. Atualmente escola que faz isso já é uma grande escola. Em se tratando de educar, posso dizer que há muito tempo, como regra geral, a escola não tem essa preocupação. Há muito não existe aquilo que era do meu tempo de mocidade: a professora que dava orientação. Naquela época se conhecia o jovem pela escola a que ele pertencia. Eu sou de um tempo, no Rio Grande do Sul, em que, ao olharmos para um jovem, sabíamos em que colégio ele estudava. Se fosse todo certinho, cabelinho cortado, todo direitinho, estudava no colégio jesuíta, o Anchieta; se fosse mais simples, normal, tranqüilo, estudava no Rosário - colégio marista; se àquela altura, há mais de cinqüenta anos, ele usasse cores berrantes, o que era incompreensível, estudava no colégio americano, que era IPA; se, em uma reunião ou em qualquer lugar que estivesse, batesse na mesa ou dissesse: “porque os nossos direitos...”, estudava no Colégio Estadual Júlio de Castilho. Era tal a formação, era tal a maneira de educar as crianças e os jovens que eles se compenetravam daquilo.

Hoje, quem pode dizer que há um colégio que ofereça formação? Não estou desmerecendo as escolas. Meu filho estuda no Mackenzie, que proporciona aos alunos boa formação. Acho que ele tem condições de buscar a verdade, mas o colégio está muito longe daquilo que deve ser, infinitamente longe daquilo que poderia ser.

Fiquei emocionado quando vi, naquele ginásio de esportes superlotado, aqueles jovens de classe média baixa, pessoas simples - não eram fanatizados ou apaixonados, o que também não é muito bom -, buscando a verdade e a salvação em Deus ou coisa que o valha. Eram pessoas que debatiam com racionalidade. Apresentavam argumentos lógicos, racionais, para mostrar como deve ser, como é e como poderia ser. Naquela ocasião, aprendi muito como pai. Ali aprendi muito como cidadão. Ali aprendi muito como político e me perguntei: por que três dias para aqueles jovens refletirem? Por que não temos formação nesse sentido, por que não debatemos essas matérias?

Nota dez para o Dr. Cristovam Buarque, Ministro da Educação, que pode debater essa questão com a profundidade que ela merece! Está aí um grande debate que podemos fazer com a nossa gente, com a nossa mocidade. Já contei uma vez - e repito - que, lá em Porto Alegre, eu tinha um grande amigo que era diretor de redação de um jornal. Certa vez, ao visitá-lo, lamentei porque as manchetes do jornal dele eram sempre negativas: morreu, matou... Perguntei-lhe: por que você não coloca manchete positiva, mostrando as coisas boas que acontecem? Ele respondeu: “É da natureza humana. As manchetes que dizem as coisas erradas são as que chamam a atenção, porque a manchete positiva é natural. Eu não vou dizer: o fulano está trabalhando direito, o fulano está fazendo direito. Isso é o natural”. Ele me disse ainda : “Por exemplo, você vem aqui, fala comigo e vai embora. Não tem manchete nenhuma, não tem notícia nenhuma. Você quer ser capa do meu jornal? Quando sair daqui, vá à rua e morde um cachorro. Eu vou colocar na capa do meu jornal que você mordeu um cachorro. Se o contrário acontecer, se um cachorro te morder, eu não vou colocar em lugar nenhum porque não acontece nada”. Diante desse contexto, que é uma verdade, que não se coloca na imprensa, não debatemos, não discutimos os fatos positivos e reais, não encaminhamos a perspectiva que uma sociedade pode ter no sentido de buscar o seu horizonte. Acho que valeria muito a pena que a Comissão de Educação desta Casa, que o Ministério de Educação e outros órgãos se ocupassem dessa matéria.

Durante dois anos eu presidi uma subcomissão que tratou da televisão. Foi um longo debate. Trouxemos aqui as pessoas mais ilustres e mais importantes da televisão brasileira. Houve um boicote total, nenhuma televisão, nenhum jornal, ninguém publicou nada sobre aquela comissão. Foi como se ela nunca tivesse existido. Apenas apareceu o documento final que nós publicamos.

Lá nós perguntávamos muitas coisas. Uma das poucas conseqüências positivas da nossa Comissão foi o fato de a TV Globo voltar a apresentar o programa Sítio do Pica Pau Amarelo. Indagávamos por que ele tinha desaparecido, e o responsável respondeu que a concorrente, no mesmo horário do Sítio do Pica Pau Amarelo, exibia uma série de desenhos animados apresentados por uma loira bonita com as pernas de fora e que a audiência quase chegou a zero, enquanto a do concorrente subira. Além disso, um programa como o Sítio do Pica Pau Amarelo é praticamente mais caro que um capítulo de novela, mas colocaram o programa no ar novamente.

Tenho um projeto de lei que propõe o seguinte: cada estação de televisão deve, no horário nobre, uma vez por semana, apresentar um programa de uma hora que proporcione formação à nossa sociedade, à nossa mocidade. A emissora pode escolher o programa que quiser; não há imposição. O horário desse programa de formação seria entre 19 horas e 23 horas e deveria ter a qualificação necessária para que a nossa gente, a nossa família, tivesse algo com que aprender. O projeto está aí. Com a antipatia geral da televisão, acredito que dificilmente será aprovado.

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - V. Exª permite-me um aparte?

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Pois não, Excelência.

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Esta é uma Casa que muitas vezes se entrega a grandes debates nacionais, ora de natureza política, ora de natureza econômica, às vezes de natureza social. Sempre que isso acontece, Senador Pedro Simon, eu me viro para trás para ver se vejo V. Exª. Nos dias atuais, eu não entenderia o Senado sem a presença de V. Exª, Senador pelo Rio Grande do Sul, figura que todos admiramos, prezamos, gostamos. Estamos saindo do período de carnaval, e V. Exª nos dá notícia de que durante esse mesmo período esteve recolhido num retiro. Que coisa admirável! Durante toda a história da humanidade foi o império romano o mais poderoso, mas ele começou a ruir quando a corrupção, a traição, a desordem, a devassidão, o descaso, a religião surgiram de maneira destemperada. Parece, Senador Pedro Simon, que estamos vivendo momentos semelhantes, não apenas no Brasil, mas no mundo. As drogas são hoje a máquina propulsora desses desvios. E vai V. Exª para um retiro para meditar junto com outras pessoas. Vejo o esforço gigantesco do aparelho policial em todos os Estados brasileiros tentando conter a desordem e as drogas, mas não consegue. Eu cheguei à conclusão, creio que tanto quanto V. Exª, que só há um caminho, o caminho da fé. V. Exª é franciscano, eu sei, eu sou cristão, mas estou absolutamente persuadido disto: ou se dá alguma atenção aos ensinamentos da Igreja, seja ela qual for, ao evangelho de Cristo, ou estamos definitivamente perdidos. Não há aparelho policial que consiga conter esses descalabros que avassalam o mundo hoje. A palavra que V. Exª nos traz depois desse retiro é quase uma palavra de conforto, mas é, sobretudo, uma luz, um caminho que poderíamos trilhar. Se pudéssemos meditar em tudo o quanto V. Exª meditou nesse retiro durante dias, quem sabe encontraríamos essa vereda. Prossiga, Senador Pedro Simon.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Agradeço emocionado as palavras de V. Exª, apenas lembrando que todas as vezes que nos reunimos para esse debate são reuniões com pouca gente, e V. Exª é sempre um dos que está presente e um dos que está debatendo, ocupando a tribuna como agora, para expor brilhantemente o seu pensamento.

Mas V. Exª levantou um assunto que me obriga a mudar um pouco a análise que eu vinha fazendo, para confirmar o seu pensamento. Estive numa reunião de psiquiatras especializados em orientar jovens que combatem a droga. E eles me falaram: “Nós, no mundo, hoje, reconhecemos que fracassamos. Estamos fracassando no combate às drogas. Um jovem viciado em droga, podemos recolhê-lo num instituto, num hospital especializado, para ele ficar lá um mês ou dois, melhorar e depois voltar. Não encontramos ainda a fórmula”.

Parece mentira, mas os únicos jovens que conhecemos que vencem a droga são os que procuram a religião. Essas instituições aqui em Brasília têm retiros onde eles ficam até nove meses num regime impressionantemente positivo - um regime de caserna: levantam de manhã cedo, arrumam a cama, ajudam a fazer sua comida, meditam, debatem, estudam e rezam. Desses jovens, cerca de 30%, 40% abandonam a droga. É verdade que as drogas químicas, os medicamentos estão realmente tendo um espaço positivo no caso de jovens que são levados à droga por problemas de ordem psíquica, porque têm uma depressão. Hoje existem substâncias, medicamentos especiais que estão realmente fazendo uma revolução. Mas até nesse sentido seria bom o nosso querido e distinto Senador Jefferson Péres analisar esse ângulo para verificar que não dá para dizer que a droga é incontrolável. Não estou dizendo que não se oficialize. Talvez até oficializando - sob um ângulo S. Exª tem razão - desapareça um lado enorme do crime, desapareça o lado de usarem crianças de dez, quinze anos para fazerem a entrega, desapareça o tráfico da droga, da corrupção, do armamento e tantos outros crimes.

Digo com profunda convicção que, se cada um de nós pegássemos um exemplo e verificássemos as entidades que estão preocupadas em encontrar um caminho para os jovens, e se esses jovens tivessem uma chance de ter uma continuidade, se, no colégio, ao lado da aula, fora do horário regular, houvesse um horário em que os pais e alunos debatessem, discutissem e se aprofundassem sobre essa matéria, se tivéssemos a chance de as emissoras de rádio e televisão brasileiras terem a responsabilidade com essa questão, meu querido Senador Edison Lobão, estaríamos no caminho certo. Tenho dito o seguinte: Não vejo chance alguma de o Brasil atravessar a crise moral e ética, a crise de formação, a crise de combate à corrupção, a crise da sociedade brasileira; não vejo chance alguma, se o Governo não conseguir trazer ao debate as estações de rádio e televisão. Não por meio do Programa A Voz do Brasil, que é obrigatório, mas de programas em que as pessoas estejam convencidas de que podem participar dessa questão. Como vamos ter a chance de orientar uma formação, lá no interior da Amazônia, onde, para se chegar, são dois dias por terra mais dois dias de barco? Lá chega a televisão. Lá se pode orientar e determinar por meio da televisão, nunca apenas por meio da sala de aula.

Sr. Presidente, se houvesse uma determinação e se pudéssemos buscar na televisão brasileira esse tipo de formação e de participação em programas criativos em que todas as estações de televisão fossem obrigadas, não só algumas, e fazer a seleção de qual seria o melhor, estaríamos numa grande caminhada! Vejo isso com muita emoção e muita alegria! Se este Congresso que se está iniciando com um grupo de parlamentares jovens, mulheres e homens brilhantes que chegaram aqui, com uma convicção e vontade de acertar e de buscar caminhos, se esse grupo das dez mulheres que formam o lado mais superior e nobre deste Senado, ao lado de debater os problemas femininos, que são importantes, debatessem os problemas da mocidade e de sua formação, seguissem essa linha de pensamento, penso que estaríamos no caminho certo. Era isso, Sr. Presidente! Era isso que tinha a obrigação de dizer, porque sei que no Brasil inteiro milhares de reuniões iguais a essa foram feitas, das religiões as mais diferentes, dos grupos os mais variados. Milhões de jovens estiveram fora da droga, fora do arbítrio, fora da violência, fora dos caminhos onde os carros matam, e estiveram no caminho da paz e do bem. E eu me sinto feliz em externar que foram dias onde muitos jovens encontraram o caminho da verdade.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/03/2003 - Página 2909