O SR. JOÃO BATISTA MOTTA (PPS - ES. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, serei breve.

O comércio tem unido povos e nações por séculos. Foi por sua força que os portugueses cruzaram mares e oceanos, mesclaram raças e fizeram surgir novos países, sendo que o Brasil foi o maior deles.

Hoje, depois de 500 anos, estamos entre as dez maiores economias do planeta, somos uma nação que se destaca política e culturalmente na América Latina e, mesmo, no cenário internacional. O intercâmbio mercantil, atualmente inserido nos vários sistemas de rede que caracterizam o desenvolvimento das comunicações, dos serviços e dos meios de transporte, transformou-se no mais poderoso catalisador para os processos de unificação e cooperação entre os povos.

Assim, é Imprescindível que possamos contar com equipes competentes na execução das políticas traçadas para o fomento da livre iniciativa e do desenvolvimento com justiça social. O Brasil precisa buscar novos mercados e estreitar suas relações comerciais com o maior número possível de países, organizações e empresas de atuação global.

A atuação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, agora sob o comando do Ministro Luiz Fernando Furlan, insere-se nesse contexto. O Ministro, executivo de notória competência, tem intimidade com o mundo competitivo do comércio exterior, sendo hoje um dos nomes de referência em administração de empresas no Brasil. Venho a esta tribuna testemunhar a atuação do Ministério do Desenvolvimento como promotor do comércio exterior brasileiro.

Sr. Presidente, acabo de chegar da missão empresarial à Rússia, da qual participaram mais de 300 empresários russos e 15 diferentes setores da economia brasileira, além de Parlamentares desta Casa, como o Senador Garibaldi Alves Filho. Dentre as várias ações do Ministério para incrementar o volume de nossas exportações, tanto para os mercados tradicionais quanto para os novos, o planejamento de missões empresariais destaca-se como iniciativa de integração imediata e frutífera. Apenas nesta missão, Sr. Presidente, alcançamos US$15 milhões em negócios já fechados e outros US$230 milhões para os próximos 12 meses. Esse volume de negócios poderia acrescentar, segundo as empresas envolvidas, novos 1.100 postos de trabalho no País.

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior pretende realizar missões empresariais para a África do Sul, Austrália, China e Índia; todos mercados promissores e pouco explorados pelo Brasil. Quero lembrar que a promessa do Governo Lula de gerar emprego e renda passa pelo crescimento do volume de trocas e, principalmente, das exportações. As metas de equilíbrio macroeconômico, estabilidade do mercado interno e aumento das taxas de emprego da população economicamente ativa apóia-se fortemente na melhoria dos resultados de nossa balança comercial. E a melhora desses índices apenas pode ser alcançada com empreitadas que agregarem os mais diversos setores da sociedade brasileira, mormente os que participam diretamente dos processos produtivos e das políticas de desenvolvimento.

O apoio do Governo Federal às iniciativas do Ministro Furlan ao liderar missões de prospecção de novos mercados é louvável e vai ao encontro das políticas nacionais de combate ao desemprego e à fome. O crescimento auto-sustentado da economia nacional, única saída para elevarmos o nosso Índice de Desenvolvimento Humano, carece não apenas de rapidez nas reformas tributária, previdenciária, trabalhista e política, mas do apoio incondicional aos homens e mulheres que se dedicam à causa do povo brasileiro, como faz o Ministro Furlan na missão que abraçou. O trabalho e a capacidade de iniciativa realizam tarefas impensáveis, mas nunca sem o apoio necessário para legitimação de suas ações.

Muito obrigado.