Discurso durante a 152ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o superávit da balança comercial brasileira.

Autor
Valmir Amaral (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/DF)
Nome completo: Valmir Antônio Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMERCIO EXTERIOR.:
  • Considerações sobre o superávit da balança comercial brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 31/10/2003 - Página 34510
Assunto
Outros > COMERCIO EXTERIOR.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, CRESCIMENTO, EXPORTAÇÃO, BRASIL, REGISTRO, DADOS, MELHORIA, SALDO, BALANÇA COMERCIAL.

O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, historicamente, o Brasil tem sido um País que exporta pouco, em relação ao seu Produto Interno Bruto. Quando se pensava em país exportador, pensava-se em Japão, Alemanha, Estados Unidos; enfim, países altamente industrializados que, com poderosa produção industrial ou agrícola eram, por excelência, os fornecedores do mundo. O Brasil era citado apenas como exportador de café.

Nos anos mais recentes, esse panorama, felizmente, vem mudando. Nossas exportações batem recordes. Sabemos das vantagens que isso traz: geração de empregos no Brasil, ganho de divisas para o equilíbrio de nossa balança de pagamentos, prova de competitividade de nossos produtos, dinamização de muitos setores econômicos.

O ano de 2002 foi de acentuado aumento de nossas exportações e de nosso saldo comercial. Este ano está sendo ainda melhor, muito melhor. Atualmente, num mês médio, o Brasil está exportando cerca de 6 ou 7 bilhões de dólares e importando 4 ou 5 bilhões. Isto é, a tendência atual é que, por ano, o País exporte 70 bilhões de dólares e importe 50 bilhões. O resultado é um superávit impressionante na balança comercial.

A balança comercial brasileira registrou um saldo de 2,67 bilhões de dólares em setembro, praticamente repetindo o recorde histórico registrado em agosto, que foi de 2,674 bilhões de dólares.

Em setembro, foram 7,28 bilhões de dólares exportados contra 4,61 bilhões importados. Estamos obtendo em nossa balança comercial os melhores resultados de nossa história. Graças às exportações de soja, de carne, de carros, de minérios, de aço e de dezenas de outros produtos que vão revelando a excelência e a produtividade de nossa indústria e de nosso agronegócio.

Deveremos fechar o ano de 2003 com um saldo positivo de cerca de 22 bilhões de dólares. Nos 12 meses completados em setembro, o saldo acumulado foi de 23 bilhões de dólares, mais exatamente 22,911 bilhões. É um volume inédito, em 12 meses, de divisas conquistadas por nosso comércio exterior.

É verdade que as importações em queda, devido à recessão do primeiro semestre, ajudaram a formar o superávit. Elas diminuíram 4%, em relação ao mesmo período, janeiro a setembro, de 2002. Mas o avanço nas exportações é bem real e deve ser comemorado. No mesmo período, exportamos 23% a mais que no ano passado.

Mesmo com a retomada do crescimento no mercado interno e o decorrente aumento das importações, poderemos manter o ritmo das exportações. É questão de ter o dólar em equilíbrio, estimulando as exportações sem trazer de volta a inflação.

O Brasil está entre os 5 países que se deverão sagrar campeões de aumento de exportação no ano de 2003, bem como de aumento de superávit no comércio exterior. Os números ultrapassam as expectativas mais otimistas.

Estamos ganhando esse jogo, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/10/2003 - Página 34510