O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (Bloco/PSB - AC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço à Senadora Serys Slhessarenko pela gentileza.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, antes de mais nada, eu gostaria de ressalvar o meu entendimento pessoal com relação ao encaminhamento pelas Lideranças dos Partidos da base aliada, ainda ontem, manifestando expressamente o propósito de não indicarem membros para que a chamada CPI dos Bingos, cujo requerimento foi protocolado ainda ontem, possa ser instalada.

Contudo, com todo respeito, amizade e consideração que devoto ao Líder do meu Partido, Senador João Capiberibe, do PSB, ressalvo o meu entendimento pessoal, contrário a essa decisão, porque entendo que não é uma decisão que tranqüilize esta Casa e este País. Reservo-me o direito de não tecer maiores comentários, para não correr o risco de ferir suscetibilidades e por respeito aos companheiros e companheiras que mantêm o entendimento pela não-indicação de membros para compor a CPI.

Sr. Presidente, outro assunto que me traz hoje à tribuna diz respeito a um cidadão de triste lembrança para este País, Fernando Collor de Melo, que moveu uma representação contra o insigne Governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, do meu Partido, por ocasião da campanha eleitoral na qual logrou eleger-se, em primeiro turno, com expressiva votação da população do Estado de Alagoas. Aquele cidadão, que passou de forma desastrada por este País e por aquele Estado, moveu uma representação alegando cometimento de crime eleitoral por parte do Governador Lessa, tendo por objeto tão-somente um fato da maior singeleza, qual seja a inauguração de uma dependência pública. É um fato tão singelo, que o Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Alagoas, por unanimidade, afastou, por completo, a possibilidade de essa representação prosperar, atestando, com essa decisão, a lisura com que o Governador Lessa se houve por ocasião daquele pleito eleitoral. No entanto, em razão de recurso interposto naquele Tribunal Regional, o assunto veio ao Tribunal Superior Eleitoral e se encontra em pauta para julgamento.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero dizer, de público, da minha solidariedade ao Governador Ronaldo Lessa, que é um cidadão sério, um administrador competente, uma pessoa de passado limpo e de presente mais limpo ainda, que tem o respeito mesmo de seus adversários políticos.

Há várias notas e manifestações, uma delas da Bancada dos Deputados Federais do PSB. Todos os Deputados assinaram a nota de solidariedade ao Governador Ronaldo Lessa. No Senado, os três Senadores do PSB, João Capiberibe, Geraldo Mesquita Júnior e Antonio Carlos Valadares, assinaram nota do mesmo teor.

Sr. Presidente, para que V. Exª tenha idéia do respeito que o Governador Ronaldo Lessa merece, inclusive de seus adversários, apresento uma nota assinada por todos os Partidos que hoje militam na vida política do Estado de Alagoas: PSDB, PcdoB, PHS, PPS, PMDB, Partido Verde, PAN, PTC, PRP, PTdoB, PSDC, PMN, PSB e mais um Partido cuja sigla não distingo.

Sr. Presidente, a comunicação que trago pela manhã a esta Casa se refere a um fato que, neste País, sempre preocupa, mas que envolve uma pessoa de caráter, uma pessoa séria.

Aquela pessoa à qual me referi, de triste passado neste País, tenta incomodar. Lembro um episódio do qual fui testemunha. Não vou aqui tentar desqualificar a pessoa que representa contra o Governador Ronaldo Lessa. Quero apenas mostrar que o desequilíbrio das pessoas que não têm a menor condição de militar na vida política do País às vezes vem de longe.

Esse cidadão que se arvorou no direito de questionar a legítima eleição do Governador Ronaldo Lessa, quando jovem, no Distrito Federal, num embate de grêmio estudantil, jogou um litro de álcool no seu adversário. Ele, que foi contido por pessoas que estavam próximas, tinha nas mãos uma caixa de fósforos e estava a ponto de atear fogo em seu adversário. É essa pessoa que desde cedo era conhecida por seu desequilíbrio natural, por seu destempero natural, que hoje assaca acusações infundadas contra o Governador Ronaldo Lessa. Tenho a certeza de que o Tribunal Superior Eleitoral haverá de afastá-las, visto que se trata de revanchismo e de rancor de quem não teve o equilíbrio, durante toda a sua vida, para se haver como cidadão e como político neste País.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Mais uma vez, agradeço à Senadora Serys Slhessarenko pela cessão do tempo.

Muito obrigado.