Discurso durante a 11ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher. Solidariedade ao Senador Almeida Lima. Apoio à CPI do caso Waldomiro Diniz. Posicionamento favorável ao lançamento de candidato próprio às próximas eleições à Presidência da República.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA PARTIDARIA.:
  • Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher. Solidariedade ao Senador Almeida Lima. Apoio à CPI do caso Waldomiro Diniz. Posicionamento favorável ao lançamento de candidato próprio às próximas eleições à Presidência da República.
Aparteantes
Luiz Otavio.
Publicação
Publicação no DSF de 09/03/2004 - Página 6133
Assunto
Outros > HOMENAGEM. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, MULHER.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, SEBASTIÃO NERY, JORNALISTA, ESCRITOR.
  • DEFESA, ALMEIDA LIMA, SENADOR, LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO, EX SERVIDOR, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, INJUSTIÇA, ACUSAÇÃO, IMPRENSA, CONGRESSISTA.
  • APOIO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), INVESTIGAÇÃO, CORRUPÇÃO, ATENDIMENTO, MAIORIA, OPINIÃO PUBLICA.
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DECLARAÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA, APOIO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI).
  • ANUNCIO, PROJETO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), LANÇAMENTO, CANDIDATURA, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, EXPECTATIVA, VITORIA, PREFEITO, ELEIÇÃO MUNICIPAL.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente Senadora Serys Slhessarenko, Srªs e Srs. Senadores, brasileiras e brasileiros aqui presentes ou que nos assistem pelo sistema de comunicação livre e acreditado do Senado: televisão, rádio AM e FM. Quis Deus que o dia oito de março fosse presidido pela Senadora pelo Mato Grosso e mulher brilhante, Serys Slhessarenko, que fez aprovar nesta Casa o Ano da Mulher. Aprovamo-lo, mas pensamos que todos os anos, todos os meses, todos os dias, todas as horas, todos os minutos deverão ser das mulheres.

Companheiro Senador médico Papaléo Paes, quanto à espécie homo sapiens, a fêmea é superior ao homem, ao invés do que aprendemos na escala zoológica. Essa história de sexo forte é complexo nosso. Poderia trazer aqui um quadro que vale por 10 mil palavras. Sem dúvida nenhuma, foi Cristo que mais marcou a história do mundo e, na sua história, um momento: a crucifixão, que os católicos revivem diariamente na missa. Basta analisarmos a crucificação para constatar que todos os homens fraquejaram. Que é de José, o pai? Onde estavam os amigos que com Ele banqueteavam, discursavam, faziam vinhos, multiplicavam na alegria? Todos, todos fraquejaram. Os seus companheiros, Pedro, o mais amigo, como sabemos, negou-O três vezes ali. Pelo que nós sabemos, Anás, Caifás, todos o abandonaram. Pilatos, político como nós - e era um bom político; foi governador -, fraquejou. A mulherzinha dele, a “Adalgizinha” dele disse: Pilatos, seja forte. Esse homem é bom. Eu O ouvi falando, discursando! Mas Pilatos preferiu ceder ao “Planalto” da época, e fraquejou! Todos os homens da época deixaram-nO. Um O acompanhou porque foi obrigado: Cirineu. E, lá na cruz, estava rodeado de ladrões: o bom ladrão e o mau ladrão - e eu não sei se existe ladrão bom.

Esse é o quadro dos homens: mais fracos. As mulheres não! Vejam o exemplo da mulher de Pilatos - Verônica -, que venceu; as três Marias. A cada instante podemos achar exemplos. E eu ia buscar na política dois exemplos muito fortes, porque política é negócio de Deus. O Senado é de Deus. Foi no momento que Moisés quis fraquejar que disse: “Busque os mais experimentados, os mais velhos de sua tribo”. Foi aí que nasceu a idéia de Senado, melhorada na Grécia, na Roma. E hoje aqui, com a nossa presença, vamos melhorá-lo, continuando o trabalho de Rui Barbosa.

Senador Luiz Otávio, eu daria dois exemplos da política. Na história do mundo, acredito que o mais bravo político, sem dúvida nenhuma, foi Winston Churchill, como militar e político. Ele reuniu todos para mantermos a democracia e foi vitorioso. Eu somente conto história de quem foi vitorioso. Vejam que não é fácil liderar a Rússia e os Estados Unidos, de Stálin e de Franklin Delano Roosevelt. O nosso Getúlio estava simpático com a Itália e liderou-os todos. Senador Siqueira Campos, decidiu-se o dia “D”, e estamos na liberdade e na democracia. A imprensa está aqui - para ver o Senador Almeida Lima, que está ausente -, no Dia da Mulher, e sabem qual foi a primeira entrevista dele? Ele disse o seguinte, Senador Mesquita Júnior: “Casei-me e tudo foi fácil”. Quer dizer, toda história, toda liderança e toda decisão ele atribuiu à companheira dele.

O Brasil tem de ser maior, e Deus trouxe a esta Casa exemplo semelhante. Houve aqui um dos mais honrados homens - e estão se manifestando agora as coincidências -, também militar e político, como Winston Churchill, culto como ele: Jarbas Passarinho, o melhor orador que esta Casa já teve. Li o livro dele, Um Híbrido Fértil, em que fala de sua companheira. Atentai bem, Senadora Serys Slhessarenko, para o que disse Jarbas quando sua esposa faleceu - viveram muitos anos, creio que quase 50 anos; Luiz Otávio é sobrinho dele. S. Exª disse: “Só me fez um dia infeliz: foi no dia de sua morte”.

Quanto a mim, agradeço a Deus, pois não sou “mão santa”, nunca fui. Isso foi uma gratidão dos pobres de meu Estado, do Maranhão e do Ceará, porque eu trabalhava em uma Santa Casa, e Deus guiava estas mãos, permitindo-me salvar uma vida aqui e acolá. Mas sempre digo que sou filho de mãe santa. O pai de minha mãe foi o maior industrial do Piauí, teve dois navios, Senador Papaléo Paes, e ela foi ser terceira franciscana. Quem entende muito bem daquela ordem de pobreza é o Senador Pedro Simon, hoje também terceiro franciscano. Deus também foi muito bom, pois tenho minha esposa Adalgisa, quatro filhos, sendo três mulheres. Daí esse entusiasmo pela mulher. Que esta homenagem à mulher se prolongue por todos os anos restantes da existência do mundo de Deus. Que sempre haja respeito e amor às mulheres.

Interessante também é que hoje, no Dia Internacional da Mulher, faz anos o maior jornalista político, histórico e cultural: Sebastião Nery. Ele é mais do que Voltaire. Podem lê-lo, pois ele é mais do que todos os outros. É um homem do mundo. Não vou perder tempo. Quero apenas dizer que hoje ele é chamado de Dom Sebastião na Bahia. Ele deve estar na cidadezinha onde nasceu, e serei breve, mas quero prestar-lhe uma homenagem.

Ele escreveu muitos livros sobre os folclores políticos. Fui citado em um dos livros em que ele conta uma história de quando eu era prefeitinho. Senador Geraldo Mesquita, montamos uma funerária municipal. O Presidente Lula talvez não saiba como é difícil um pobre arcar com os custos de um enterro, como o caixão, a funerária. Entretanto, Senador Eduardo Siqueira Campos - V. Exª também foi prefeitinho -, a Oposição criticou, dizendo que os caixões eram modestos. Realmente o eram. Havia apenas três padrões: anjinho, médio e grande. Os repórteres perguntaram-me sobre essas críticas referentes aos caixões. Eu já estava saindo da Prefeitura e respondi: “Não sei se os caixões eram simples. Quero apenas dizer que enterrei cerca de três mil pessoas, e nenhuma veio reclamar”. Esse é um dos folclores políticos citados em suas crônicas.

Quem quer ganhar as eleições deve ler o que escreveu Sebastião sobre a vitória de Collor. Não houve eleição mais brilhante do que a de Collor, embora seu mandato mereça outra análise. E esse jornalista escreve sobre isso com humor, com inteligência.

Após fazer essa homenagem, quero falar também sobre solidariedade. Manifesto minha solidariedade ao nosso Senador Almeida Lima.

O último livro escrito por Sebastião Nery chama-se Grandes Pecados da Imprensa. Na obra, o jornalista analisa erros cometidos pela mídia brasileira contra quatro personagens: Rui Barbosa, massacrado pela imprensa por ser contra o Governo, a favor da libertação dos escravos, da formação da República e da campanha civilista; Juscelino Kubitschek, também massacrado pela imprensa, Orestes Quércia e Alceni Guerra. Quero crer que, na nova edição, o Senador Almeida Lima será incluído.

O Senador Almeida Lima não cometeu nenhum crime. Usou das suas prerrogativas na tribuna, utilizando como instrumento informações da Polícia Federal. Se a Polícia Federal não vale, se não presta, é outra coisa. Foi isso o que fez S. Exª. Não vi nada de errado. Tenho a impressão de que S. Exª é um amante do Direito. Por isso, penso que este Governo está errado. O Senador Geraldo Mesquita Júnior também é amante do Direito. O erro está nisto que Rui Barbosa ensinou, e o PT não quer aprender, porque o núcleo é duro, a cabeça é dura: “a salvação está na lei”. O Senador Osmar Dias, há pouco, falou sobre a quantidade de medidas provisórias editadas por este Governo. Precisamos de leis! Vamos fazer leis boas e justas, nascidas da exaustão da pesquisa, nascidas do povo. O fato cria a lei. Não é assim que diz o Direito?

Então, deixo a minha solidariedade ao Senador Almeida Lima. Aproveito para pedir ao grande Nery que, entre os injustiçados, na próxima edição, inclua o nome de Almeida Lima. Afinal de contas, S. Exª não cometeu nenhum crime.

Quanto à CPI, o Senador Osmar Dias foi muito claro - e ninguém o excede em retidão, em firmeza, decência e altruísmo. Entre as Comissões, a Comissão de Educação funciona plenamente, sob seu trabalho e esforço. Vimos a vergonha, Senador Siqueira Campos, quando houve a convocação para o Ministro José Dirceu: S. Exª foi convocado a estar presente em uma Comissão, e foram todos convidados a deixar a sala. Naquele instante, eu mesmo que votei pela vinda do Ministro, pois não é desabono, nem desrespeito, é nossa função... A sua vinda seria regimental, constitucional e um direito do cidadão. O povo quer saber os fatos. É preciso entender que o poder, Senador Geraldo Mesquita - e disso eu entendo -, não é o Poder Legislativo ou Judiciário, mas é o povo. É ele que paga a conta. Nós somos privilegiados, muito bem pagos neste Brasil. Pagam até nossas férias sem trabalharmos. A Senadora Serys Slhessarenko pediu que eu devolvesse o dinheiro da nossa convocação. Mas eu não o devolvi, Senador Papaléo Paes, porque foi esse o único dinheiro que chegou ao Piauí.

O Senador Osmar Dias disse aqui: “É uma vergonha!” Exatamente como diz o Boris Casoy. E eu disse isso antes desse jornalista. Faço um mea-culpa: é tudo nossa culpa... É uma vergonha! Pesquisas das instituições demonstram que o Senado, que começou com um recado de Deus a Moisés, que esta Casa, com seus 180 anos de trabalho e que contou com a presença de ilustres imortais como o grande Rui Barbosa e tantos outros, foi avaliada como a instituição de menor credibilidade no País. Este é o Poder Legislativo. Somos a cabeça. Não sejamos a cabeça burra, mas a consciência que decide livre e firme. No entanto, esta é a opinião do povo. Aprendi na rua, conforme disse Ulysses Guimarães, meu Líder: “Ouçam a voz rouca das ruas”. A voz rouca das ruas diz que 81% quer a CPI deste caso Waldomiro. Por que contrariar o povo, se ele assim o quer? A democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, como disse Abraham Lincoln, um advogado, como o Senador Geraldo Mesquita Júnior. Se o povo quer, para que esse desrespeito? Que péssimos conselheiros tem o Presidente da República em quem votei e em quem o povo acredita! Está sendo mal aconselhado.

Não se governa com medida provisória. Esta Casa existe para fazer leis boas e justas. A medida provisória é uma anomalia, uma excrescência, uma emergência, uma urgência, e não temos nada disso.

O que queremos dizer é que a opinião pública quer e a luta vai continuar. Vamos verificar o Regimento. Quero e levo o meu nome para compor. Meu líder é Ulysses Guimarães, que mandou que eu lutasse pelas liberdades, que eu estudasse e entendesse.

Senador Tião Viana, V. Exª tem muita responsabilidade, por ser um dos mais puros e inteligentes líderes desse Partido que é o PT, a quem o povo entregou o Governo deste País. Quando prefeitinho, eu já sabia que a Administração repousa - e está na Constituição - na moralidade, na legalidade, na imparcialidade, na impessoalidade e na publicidade.

Então, não estamos aqui para assinar, mas para ir. Vou e levarei outros companheiros, como o Senador Papaléo Paes, que já está assinando, para fazermos parte desse pedido, em obediência ao grande líder do meu Partido, Ulysses Guimarães, líder de um Partido que nasceu da luta.

Irei buscar outra jóia. Um homem extraordinário. Outro dia, soube que seu pai foi político. É da genética! Estou sendo seu garoto-propaganda, e ele será Governador de seu Estado, porque tenho feito várias citações a S. Exª. Refiro-me a Geraldo Mesquita Júnior. É este Senador aqui, de quem me aproximei várias vezes para tirar minhas dúvidas jurídicas, pela profundidade dos conhecimentos que tem.

“Mesquita Júnior critica a decisão dos Líderes”. Está no Jornal do Senado. Dito por um aliado muito fiel, muito entendedor do Direito, do PSB puro. Não é qualquer um que diz isso. Essa é a estrela, Lula, que pode e que brilha! Brilha porque busca a verdade, a sinceridade, a pureza que está no Direito.

E S. Exª não está só, Senador Alvaro Dias, está com o Senador Geraldo Mesquita Júnior o Vice-Presidente da República.

Presidente Lula, Deus colocou esse homem aqui para ser seu Cirineu, seu conselheiro! Lembre-se de que Vossa Excelência, acompanhado dos cabeças duras do PT, perdeu três eleições! Quando entrou a cabeça arejada desse mineiro, Vossa Excelência ganhou! Ele é seu conselheiro! Ele também era pobre e enriqueceu porque trabalhou e soube ganhar. E as pessoas estão no mundo para serem ricas e felizes. Essa é a verdade.

“Vice diz ser ‘pessoalmente’ favorável à CPI”. Disse isso o Vice-Presidente da República, que não é do meu Partido, que é um homem de bem. Ele é seu conselheiro, seu Richelieu, Lula. Vossa Excelência, Presidente Lula, possui carisma, venceu as eleições. Mas ele é seu Richelieu, com experiência. Não estou buscando um adversário. Observe o que está escrito na Folha de S.Paulo, Senador Eduardo Siqueira Campos:

O Vice-Presidente José Alencar disse ontem, em Belo Horizonte - sua cidade -, ser pessoalmente favorável à instalação de uma CPI para investigar as ações do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz.

“- Se fosse me basear em mim, teria que ser a favor da CPI”, disse José Alencar”.

Mas o interessante, Senador Alvaro Dias, é que ninguém conhece Waldomiro Diniz, ninguém o viu, ninguém é seu amigo. É como a propaganda de televisão. “Waldomiro? Não conheço. Ninguém conhece. Também não sei como chegou ao Palácio”. Eu estava ligeiramente confuso e o nobre Senador Papaléo Paes, que é bom em assuntos de televisão, me esclareceu que não era São Lucas, como pensei, mas “São Nunca”. Uma propaganda de carro em que surge “São Nunca”. O Sr. Waldomiro Diniz está parecendo o “São Nunca”. Ninguém sabe como ele apareceu, ninguém é seu amigo, ninguém o conhece, mas ele estava lá. É como no anúncio: ele simplesmente apareceu, e ninguém é seu amigo, ninguém tem relação e tal.

E quero lhe dizer, Tião Viana, que é médico como eu, também especializado em ginecologia, que honestidade é como virgindade: não existe meio virgem, Ou é ou não é. O sujeito é honesto ou não é. Isso tem que ser esclarecido. É preciso separar o joio do trigo. E não vamos acreditar nessa história de “São Nunca”.

Geraldo Alckmin, homem público, médico, Governador de São Paulo, que não é do meu Partido. Veja como são as coisas, Senador Papaléo Paes. Eu já era Governador antes de ele ser Prefeito. Numa reunião de Quércia, em que era lançado o canal eletrônico, sem ambiente, ele foi se sentar à minha mesa. Estou fazendo uma análise de quando eu o conheci como médico: uma figura pura, ímpar. Está na Folha de S.Paulo: “PT foi incoerente ao evitar CPI, diz Alckmin”. É um homem puro esse Governador de São Paulo. Eu o conheci antes de ele ser Governador. Aliás, nunca mais o encontrei depois que ele se tornou Governador.

Então, são essas as minhas palavras.

Permita-me convidá-lo para fazer parte do nosso Partido caso queira sair do seu, porque temos um projeto político. Vamos ganhar a eleição para Presidente e a maioria das prefeituras. O PMDB tem essa história de luta. Teremos a convenção, o Deputado Michel Temer será eleito, o Vice-Presidente será um Senador, e está ali o meu candidato, o Senador Luiz Otávio. E o PMDB, que possui a maioria das prefeituras, aumentará o número e ganhará a Presidência da República.

O Partido deve ter um projeto político. Podemos convidar o seu para ser nosso aliado. Garotinho, que é do PMDB, chama Governo de Lula de medroso e se lança para a sucessão. Está bem, ex-Governador assume a Presidência Regional do PMDB, ataca e se lança. Quero dizer que não existe apenas ele. O PMDB tem candidato. O Garotinho vai disputar comigo essa convenção para Presidente. E acho que vou ganhar, porque ele é garotinho, e eu já sou homem feito.

O Sr. Luiz Otávio (PMDB - PA) - Permite-me um aparte, Senador Mão Santa?

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Sr. Presidente, concedo apenas um aparte ao Senador Luiz Otávio, do PMDB.

O Sr. Luiz Otávio (PMDB - PA) - Senador Mão Santa, por uma questão de tempo, vou resumir o meu comentário ao item da convenção do PMDB. O presidente, que será reconduzido, Deputado Michel Temer, permitiu um grande acordo com o Presidente do Congresso Nacional, Senador José Sarney, e com a Liderança do PMDB na Casa, Senador Renan Calheiros, que o Senado terá a vaga do Vice-Presidente do PMDB nacional. O nome votado por unanimidade na reunião que tivemos com o Presidente foi do Senador Maguito Vilela, então S. Exª será realmente o nosso Vice-Presidente do PMDB Nacional. Como lembra V. Exª, é importante não só o PMDB como todos os Partidos terem um projeto de poder e a oportunidade de disputar as eleições majoritárias e, principalmente, a Presidência da República. Tenho certeza de que V. Exª está no rol dos grandes nomes que o PMDB possui nacionalmente.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Agradeço e já contamos com o apoio do Pará. Mas, o PMDB está crescendo.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Senadora Serys Slhessarenko, por que a preocupação?

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Hoje é o Dia Internacional da Mulher, Senador Mão Santa.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - Pois ninguém gosta mais de mulher do que eu. Pode perguntar por aí; essa é a ficha. Creio que dos quase um milhão de votos que tive 99% foi de mulheres. Mais da metade do Brasil é de mulheres e a outra metade é filho de mulher. Então, não há dúvida de que somos a unidade.

Peço permissão, só para terminar, para convidar o Brasil para a convenção do PMDB de Ulysses Guimarães, de Teotônio Vilela, de Juscelino Kubitschek, de Tancredo Neves, de todos nós, para elegermos Michel Temer para a Presidência da República nas próximas eleições.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/03/2004 - Página 6133