Discurso durante a 178ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimentos à médica sanitarista e pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.

Autor
Lúcia Vânia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Cumprimentos à médica sanitarista e pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.
Publicação
Publicação no DSF de 10/12/2004 - Página 41918
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, FUNDADOR, ENTIDADE, ASSISTENCIA SOCIAL, CRIANÇA, OPORTUNIDADE, VISITA, BRASILIA (DF), COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, IMPLANTAÇÃO, PROJETO, DISTRITO FEDERAL (DF).
  • ELOGIO, PROGRAMA, SAUDE, ALIMENTAÇÃO, EDUCAÇÃO, COMBATE, VIOLENCIA, CRIANÇA CARENTE.

A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com muita satisfação que venho a esta Tribuna, hoje, para cumprimentar uma pessoa cujo trabalho é sem dúvida, um exemplo de assistência social exercida com respeito e dignidade pelos mais carentes.

Refiro-me à médica sanitarista e pediatra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e que esteve em Brasília há poucas semanas para comemorar os 15 anos de implantação do projeto no Distrito Federal.

Somem-se a esses 15 anos mais sete e teremos os 22 anos de atuação em todo o Brasil desse trabalho vitorioso, executado por mãos voluntárias que salvam, a cada ano, milhares de pequenas vidas das garras da fome e da desnutrição.

A Pastoral da Criança é reconhecida em todo o mundo como uma das mais importantes organizações comunitárias a atuar nas áreas da saúde, nutrição e educação, envolvendo desde a gestante e o bebê ainda no ventre, às crianças até os seis anos de idade, além de trabalhar na prevenção da violência no ambiente familiar.

Tem sido tão exitoso o trabalho da Pastoral da Criança, que conseguiu reduzir a mortalidade infantil a menos de 15 óbitos por mil nascidos vivos nas comunidades acompanhadas, no ano de 2003.

Esse trabalho tão significativo iniciado em 1992 mereceu o apoio do governo Fernando Henrique, por intermédio da Secretaria de Assistência Social, da qual fomos titular. O entusiasmo e a obstinação da Doutora Zilda Arns muitas vezes motivaram as nossas equipes nas lutas que também empreendíamos na implantação de programas como o Peti, de Erradicação do Trabalho Infantil. 

Gostaria de citar, nesse momento, alguns números que mostram a importância do “voluntariado contagioso” exercido pela Pastoral da Criança: são quase 243 mil pessoas em 3.757 municípios, que acompanham cerca de 1 milhão 340 mil famílias carentes e mais de 1 milhão e 800 mil crianças menores de seis anos.

A Pastoral está presente em todos os estados brasileiros e em todas as dioceses. Acompanha, ainda, 83.993 gestantes e 33.587 idosos, além de 11.234 alunos de programas de alfabetização de jovens e adultos. Executa 60 projetos alternativos de geração de renda e exportou seu modelo de atuação para três países africanos, dez países da América do Sul e dois países da Ásia.

Nesse momento, em que vemos tantos problemas prejudicarem o desempenho de programas sociais do governo, que poderiam estar beneficiando milhões de famílias em todo o país, a Pastoral da Criança continua a ser um grande exemplo de projeto que veio para ficar.

Sem precisar de panfletos, de grandes marcas publicitárias, mas somente da conscientização de quem se oferece para ajudar e de quem se abre para receber a ajuda.

Esta parece ser uma receita simples e que vem funcionando há duas décadas com humildade e sucesso.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/12/2004 - Página 41918