Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Parabeniza a iniciativa do Senador Antero Paes de Barros de concessão do título de Professor Honoris Causa da Universidade do Legislativo - UNILEGIS ao Senador Ramez Tebet.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Parabeniza a iniciativa do Senador Antero Paes de Barros de concessão do título de Professor Honoris Causa da Universidade do Legislativo - UNILEGIS ao Senador Ramez Tebet.
Publicação
Publicação no DSF de 18/01/2006 - Página 570
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • APOIO, REQUERIMENTO, HOMENAGEM, RAMEZ TEBET, SENADOR, EX PRESIDENTE, SENADO, CONCESSÃO HONORIFICA, PROFESSOR, UNIVERSIDADE, LEGISLATIVO, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
  • AGRADECIMENTO, RAMEZ TEBET, SENADOR, OPOSIÇÃO, DECISÃO, CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONOMICA (CADE), PREJUIZO, INDUSTRIA, CHOCOLATE, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES).

O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PL - ES) - Eu, que sou neófito no assunto, estou ouvindo os doutores em Ramez Tebet pelos anos vividos e pela amizade desfrutada.

Eu o conhecia por ouvir falar, por intermédio de alguém com muita credibilidade a respeito do Ramez, um amigo íntimo seu com quem convivi. O tempo passou e eu vim para esta Casa. Eu já tinha uma identificação com ele, ainda que pequena, devido ao trabalho que a CPI do Narcotráfico fez em Mato Grosso do Sul, onde tínhamos um amigo comum, o nosso querido Valdemir Moka.

A Bíblia diz que a quem honra, honra, e alguém escreveu que só os tolos não mudam. A cada vez que escuto Ramez Tebet, sou levado a mudar alguma coisa.

Certamente, ninguém conseguirá descrevê-lo como fez o Senador Pedro Simon, com a clareza com que falou de seu comportamento, do pensamento diferente do seu e da conduta distinta da sua até mesmo quanto aos seus adversários.

A sua maneira generosa e misericordiosa de agir e o seu espírito cristão fazem-me tomar posições diferentes toda vez que o escuto.

Como cidadão do Espírito Santo, Sr. Presidente, e em nome do povo capixaba, homenageando Ramez, quero-lhe ser grato.

Travamos uma grande luta no Espírito Santo, da qual ele foi parte extremamente importante, quando o Cade, num gesto irresponsável - que será explicado um dia, porque a Bíblia diz que tudo o que é feito nas trevas um dia virá à luz -, agindo nas trevas, adotou posições que inviabilizavam a fábrica de chocolates Garoto. Ramez Tebet se posicionou ao lado da Bancada e do povo do Espírito Santo. Aliás, uma coisa admirável do Ramez é que suas opiniões são sempre firmes, muito definidas. Ramez não gagueja, não titubeia. O seu “sim” é como diz a própria Bíblia: seja o vosso falar sim, sim, não, não, e o que passa disso é procedência maligna. E o seu “sim, sim” para nós, naquele momento, foi de uma importância enorme, até porque presidia uma Comissão por onde essas questões passavam.

O Cade foi tão atabalhoado naquele processo, Ramez, ensejou tanta ilegalidade que, graças a Deus, na Justiça, está desabando tudo e a Garoto está sendo recuperada, mantendo empregos e dando lucro. O Estado do Espírito Santo deve isso a você, que foi parte, conosco, daquela luta extremamente significativa.

Por isso, acredito que a sociedade oferece pouco para pessoas que representam muito como você. Esse título é extremamente importante e significativo, e não é para qualquer um. Não teremos tantos, na história do Senado ou do País, com inscrição tão significativa, mas creio que ainda é muito pouco, porque V. Exª se tornou unanimidade pelo pai, amigo, Parlamentar e cidadão que é, e pela referência que se tornou.

Eu gostaria de ter mais prática com as palavras. Não sou nenhum Arthur Virgílio, mas eu queria raciocinar um pouco mais, ter mais sentimento de poeta na minha alma para falar. Se eu tivesse o seu currículo e a convivência do Pedro Simon, eu certamente faria um discurso melhor para homenageá-lo, mas este é o meu melhor.

V. Exª se tornou uma figura padrão, das mais significativas, quando a sociedade brasileira se enoja da classe política, que vive num mar de lama criado por meia dúzia de malandros irresponsáveis que a denegriram, tentando arrastar todos para a vala suja, para o esgoto onde se acostumaram a viver.

Homem como você, certamente, a sociedade jamais produzirá igual. É em você que nos devemos espelhar, nós que temos sonhos e tão pouca vivência na vida pública brasileira.

Uma das coisas que mais admiro é que você não tem vocação para a subserviência. Seu comportamento nesta Casa é de plena independência, uma coisa que admiro e tento preservar na minha vida também. Não tenho vocação para a subserviência, por isso observo o seu comportamento, aquilo em que crê, independentemente do que o seu Partido e o seu Líder combinaram. Esse negócio não existe para você. Quem combinou que cumpra! Você vai para a tribuna e faz do seu jeito, de acordo com o seu pensamento, com a sua alma, com a sua cabeça. É por isso que o povo do seu Estado o respeita e ama. É por isso que o Brasil aprendeu a respeitá-lo, por meio da TV Senado, e nós, os seus Pares, estamos ganhando o dia de hoje ao lhe render uma homenagem das mais justas já prestadas no Parlamento brasileiro.

Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/01/2006 - Página 570