Discurso durante a 21ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para a comemoração, na data de hoje, 21 de março, do "Dia Internacional da Síndrome de Down".

Autor
Flávio Arns (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Destaque para a comemoração, na data de hoje, 21 de março, do "Dia Internacional da Síndrome de Down".
Publicação
Publicação no DSF de 22/03/2006 - Página 9035
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, LANÇAMENTO, DIA INTERNACIONAL, DOENÇA MENTAL, PAIS ESTRANGEIRO, SINGAPURA, OBJETIVO, PROMOÇÃO, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA, DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÕES, MELHORIA, CONHECIMENTO, SOCIEDADE, DOENÇA, POSSIBILIDADE, DESENVOLVIMENTO, APTIDÃO, DOENTE.
  • ELOGIO, INICIATIVA, INSTITUIÇÃO ASSISTENCIAL, PARCERIA, CURSO SUPERIOR, PSICOLOGIA, UNIVERSIDADE DE BRASILIA (UNB), PROMOÇÃO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, DOENÇA MENTAL.

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O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, com grande alegria, ocupo esta tribuna para destacar a comemoração, na data de hoje, do Dia Internacional da Síndrome de Down. O lançamento do “Dia” está acontecendo hoje, em Singapura. A data foi escolhida para representar a trissomia do cromossomo 21, base da Síndrome de Down.

Os eventos e atividades programados para a data têm como objetivo promover as pessoas com Síndrome de Down e disseminar informações que possam melhorar a compreensão da sociedade sobre a síndrome, além de ressaltar o potencial, as habilidades e o papel que essas pessoas podem exercer em uma comunidade inclusiva.

A Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre uma vez a cada 700 nascimentos. Sua ocorrência é universal e está presente em todas as raças. Ainda não se conhecem os motivos que levam à alteração genética no desenvolvimento das células do embrião que leva à formação de 47 cromossomos, um a mais que os 46 que se formam normalmente.

O material genético em excesso, localizado no par de cromossomos 21, altera o desenvolvimento regular da criança, causando efeitos que variam de indivíduo para indivíduo. O diagnóstico da Síndrome de Down se dá por meio de um exame genético chamado cariótipo.

Assim como nas demais deficiências, o diagnóstico precoce e o encaminhamento imediato da criança para profissionais habilitados são fundamentais para o seu desenvolvimento. A criança com Síndrome de Down possui um desenvolvimento mais lento, mas que segue as mesmas etapas que o das outras crianças. Por isso, é importante que, desde bebê, a criança com Síndrome de Down participe de programas de estimulação precoce, que visam seu fortalecimento motor e intelectual, bem como as oportunidades para o desenvolvimento de seu potencial.

O apoio da família e o acesso à educação, saúde, esporte, lazer, trabalho, entre outros aspectos, são fundamentais para que as pessoas com Síndrome de Down se desenvolvam e sejam incluídas na sociedade. Esse acesso é possibilitado, no Brasil, por meio das milhares de escolas especiais que atendem pessoas com deficiência, oferecendo apoio em diversas áreas.

Dessa forma, eu gostaria de chamar a atenção de todos para a data de hoje. Que o primeiro Dia Internacional da Síndrome de Down seja marcado por atividades de promoção e valorização das pessoas com Síndrome de Down e, acima de tudo, proporcione a reflexão sobre como estamos agindo para promover a inclusão social das pessoas com deficiência e para garantir que seus direitos de cidadãs sejam assegurados.

Eu gostaria de destacar a iniciativa do Instituto MetaSocial, em parceria com o Curso de Psicologia da Universidade de Brasília, através do Programa de Educação Tutorial - PET, em promover, no dia de hoje, uma programação especial em comemoração pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, exibindo, no Cine Dois Candangos, o premiado documentário “Do luto à luta”, de Evaldo Mocarzel, que retrata as potencialidades da Síndrome de Down, mostrando a atitude positiva de pessoas que superam os limites da deficiência, deixando de lado os preconceitos e estigmas sociais.

São exemplos de superação e provas de que, com o apoio da família e da sociedade, as pessoas com Síndrome de Down podem romper as barreiras da deficiência e viver de forma independente.

Na seqüência, será promovido um debate com professores do curso de Psicologia da UNB e pessoas com Síndrome de Down sobre os aspectos da deficiência, além de uma exposição de artistas com Síndrome de Down.

Reitero o convite aos nobres Colegas e a todos os que nos acompanham neste momento, seja pela TV ou pela Rádio Senado, e sugiro que esta mobilização aconteça em todo o País, para que esta data também seja comemorada no Brasil com grande participação da sociedade.

Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/03/2006 - Página 9035