O SR. FLEXA RIBEIRO (PSDB - PA. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Magno Malta, Srªs e Srs. Senadores, venho hoje falar sobre uma notícia auspiciosa para o meu Estado.

A Companhia Vale do Rio Doce inaugurou, na última sexta-feira, 24, no Município de Barcarena, a 30 quilômetros de Belém, o projeto de ampliação da fábrica da Alunorte para a produção de óxido de alumínio, a alumina, utilizada na produção de alumínio.

Os investimentos da Vale na ampliação da Alunorte chegaram a R$2 bilhões.

Foram instaladas, nessa fase, duas novas linhas de produção, que permitirão à Alunorte elevar a sua capacidade nominal de produção das atuais 2,5 milhões de toneladas/ano para 4,4 milhões de toneladas/ano, tornando-se a maior fabricante mundial de alumina - commodity muito valorizada no mercado, com ampla variedade de aplicações de matéria-prima para a produção de alumínio e até componentes para instrumentos de precisão.

Com a expansão que foi inaugurada na ultima sexta-feira, a Alunorte passará a ser a maior refinaria de alumina do mundo, gerando divisas para o Brasil, onde a Vale já se destaca como a maior exportadora privada do País.

            A expansão da Alunorte gerou sete mil empregos no pico das obras e agora, a partir da inauguração, criará 860 novos empregos diretos, beneficiando principalmente a população de Barcarena e municípios vizinhos.

No início de 2003, a Vale do Rio Doce já havia inaugurado a terceira linha de produção da Alunorte, que incrementou o volume exportado pela empresa de 730 mil toneladas de alumina para 1,4 milhão de toneladas em 2003.

            Gostaria, nesta oportunidade, de cumprimentar o Presidente-Executivo da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, e o Diretor-Presidente da Alunorte, Ricardo Carvalho, que não mediram esforços para assegurar que os investimentos na ampliação da Alunorte fossem feitos dentro de cronograma previamente determinado.

No segmento de alumínio, a Vale também está investindo na implantação de um mineroduto de 244 quilômetros, que ligará a mina de bauxita do Município de Paragominas, sudeste do Estado, a Barcarena, abastecendo a fábrica da Alunorte.

A bauxita de Paragominas será fundamental para garantir a expansão da Alunorte, que refina alumina, produto intermediário e base da fundição de alumínio primário.

Em Paragominas, cerca de 600 empregos diretos serão criados com a implantação da mina e do mineroduto.

O investimento total da Vale do Rio Doce nesses projetos, Sr. Presidente, chega a R$2,6 bilhões, montante a ser gasto na exploração da mina de bauxita de Paragominas, na construção do mineroduto e na ampliação da Alunorte, que foi inaugurada.

O Conselho de Administração da Vale do Rio Doce aprovou a expansão três da Alunorte, garantindo uma produção de 6,2 milhões de toneladas/ano de alumina até 2008. É a terceira expansão da Alunorte a partir de 2003. Uma delas foi inaugurada em 2003; essa segunda, na sexta-feira passada; e a próxima é a terceira expansão, elevando a produção de alumina para 6,2 milhões de toneladas/ano, consolidando a Alunorte como a maior refinaria de alumina do nosso planeta.

A expansão de uma empresa como a Alunorte significa para o Estado do Pará o crescimento da economia, pois gera empregos e atrai investimentos que também serão capitalizados com a rede paraense de promoção de investimentos, o Investe Pará.

O Investe Pará, para registro neste plenário, foi lançado, na semana passada, na Federação das Indústrias do Estado do Pará - Fiepa e tem como objetivo identificar as potencialidades paraenses para atração de investimentos nacionais e internacionais.

É importante, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que seja dito que o Investe Pará tem por objetivo a verticalização da produção mineral em nosso Estado, para que deixe de ser exportador de matérias-primas, como minério de ferro, alumínio, bauxita e caulim, e passe a agregar valor aos seus produtos exportados.

Assim como a expansão da Alunorte, o Investe Pará deverá gerar cerca de 490 mil empregos diretos em um período de 10 anos, além de desenvolver tecnologia e prever a contratação de mão-de-obra local qualificada.

A rede investirá mais de R$5 bilhões no Estado e o comando ficará a cargo do meu amigo e Presidente da Fiepa, José Conrado dos Santos. O Investe Pará fará investimentos na atração de empreendimentos que possam, como eu disse, verticalizar as nossas matérias-primas.

Quero parabenizar também a Federação da Agricultura do Estado do Pará - Faepa, o Sebrae, a Associação Comercial do Pará, a Fecomércio e as várias secretarias estaduais que fazem, entre outras entidades, parte do Investe Pará, sob o comando do Governo do Estado. O Governador Simão Jatene presenciou e participou da implantação do Investe Pará, na semana passada, na Federação das Indústrias.

Finalizando, devo dizer que aguardo esperançoso a aprovação de uma zona de livre comércio no Pará, nos Municípios de Almeirim, Santarém e Barcarena, conforme entendimento já mantido com o Senador José Sarney, autor do projeto que tramita na Câmara dos Deputados e virá para o Senado Federal. Com certeza, em função do acordo feito, ele deverá ser aprovado.

A implantação das zonas de livre comércio contribuirá para a dinamização do pólo industrial de Barcarena, atraindo mais indústrias e gerando mais empregos para a população do meu querido Estado do Pará.

Antes de concluir, quero registrar minha homenagem ao Ver-o-Peso e aos feirantes que ali trabalham, cartão postal da minha querida cidade de Belém, do meu Estado e também do Brasil.

O Ver-o-Peso é a maior feira a céu aberto da América Latina e completou, na última segunda-feira, 379 anos. A comemoração foi comandada pelo Prefeito de Belém, Duciomar Costa, que vem cuidando com muito carinho daquele importante espaço paraense, por meio da oferta de cursos de capacitação aos feirantes e com investimentos na infra-estrutura local para fomentar o turismo e tornar o complexo que compreende o mercado e a feira, cada vez mais, um dos principais roteiros turísticos nacionais e internacionais.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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