Discurso durante a 91ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro das comemorações dos 18 anos de fundação do PSDB, em 25 de junho último. Escolha do nome de S.Exa., em convenção partidária realizada no dia 25 do corrente, como candidato do PSDB ao cargo de Governador pelo Estado do Amapá. (como Líder)

Autor
Papaléo Paes (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AP)
Nome completo: João Bosco Papaléo Paes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ELEIÇÕES.:
  • Registro das comemorações dos 18 anos de fundação do PSDB, em 25 de junho último. Escolha do nome de S.Exa., em convenção partidária realizada no dia 25 do corrente, como candidato do PSDB ao cargo de Governador pelo Estado do Amapá. (como Líder)
Aparteantes
Arthur Virgílio.
Publicação
Publicação no DSF de 29/06/2006 - Página 21828
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ELEIÇÕES.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB), ELOGIO, HISTORIA, ATUAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO, DEMOCRACIA, ESTABILIDADE, ECONOMIA NACIONAL, CONTROLE, INFLAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, DEFESA, ETICA, COMBATE, CORRUPÇÃO.
  • INFORMAÇÃO, CANDIDATURA, ORADOR, GOVERNADOR, ESTADO DO AMAPA (AP), COMPROMISSO, BUSCA, DESENVOLVIMENTO.
  • DEFESA, ELEIÇÃO, GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP. Pela Liderança do PSDB. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente, quero me somar ao Senador Paulo Paim e ao Senador Arthur Virgílio, ao cumprimentarem os Srs. Vereadores. Acredito que há uma Srª Vereadora, também. Cumprimento esses representantes do povo que estão bem próximos da população. Parabéns pelo trabalho de V. Exªs.

Sr. Presidente, no dia 25 de junho último, comemoramos uma das mais importantes datas da história política do Brasil: o Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, completou 18 anos de fundação.

O PSDB é o Partido mais jovem dos grandes partidos políticos brasileiros. Não obstante isso, com apenas dez anos de fundação já estava presente em todo o Território nacional, com mais de um milhão de filiados e com sucessivas vitórias eleitorais.

O Brasil deve ao PSDB a estabilidade macroeconômica, o controle da inflação, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a modernização da Administração Pública e o repúdio ao populismo, à demagogia e à falta de ética, no trato das questões públicas.

O PSDB tem como marca o combate à corrupção, ao populismo, ao abuso do poder econômico e político, pois seus fundadores são políticos experientes, competentes, éticos, com grandes serviços prestados ao Brasil nos mais diversos campos: técnico, cultural, político, administrativo e social.

Os fundadores do PSDB são figuras políticas importantes, que tiveram parte ativa das lutas pela redemocratização no Brasil e, em sua grande maioria, fizeram parte do chamado MDB histórico. Sofreram perseguições do regime autoritário e participaram diretamente da luta pelo restabelecimento das eleições diretas no País.

Aliás, o grande comício pelas “Diretas Já” na Praça da Sé, em São Paulo, representa um marco daquilo que seria o embrião do PSDB, com destaque para a liderança do então Governador Franco Montoro.

As grandes lideranças políticas que fundaram o PSDB tinham como meta a construção de uma sociedade mais justa, mais equânime, mais igualitária; uma sociedade pluralista, mais aberta, social e economicamente. Isso só poderia ocorrer com um sistema partidário mais moderno, mais organizado em torno de projetos políticos sólidos, democráticos, estáveis e não demagógicos.

Por isso mesmo o PSDB nunca temeu enfrentar decisões político-administrativas difíceis e aparentemente impopulares, se vistas em uma visão imediatista, de curto prazo.

O oportunismo político, a falta de ética e a utilização da máquina pública para retirar vantagens eleitorais, tão presentes hoje no Brasil, nunca fizeram parte da ação política do PSDB. A construção de uma democracia moderna e estável é a preocupação primeira dos ideais do PSDB, que nasceu não de um mero desentendimento ou de um cisma dentro do antigo MDB, ou de interesses pessoais contrariados.

O PSDB nasceu da vontade política e dos ideais de um grupo de pessoas idôneas, de políticos capazes e com uma visão democrática de futuro para o Brasil. Nomes como Mário Covas, Franco Montoro, José Richa, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e o nosso candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, dão-nos garantia de que o Partido da Social Democracia Brasileira continuará a representar ética, austeridade fiscal, responsabilidade social, desenvolvimento social e econômico. Essa representação, no Senado, está por conta do nosso grande Líder Senador Arthur Virgílio.

Aproveito a ocasião para informar à Casa que, no dia 25 do mês corrente, o PSDB, juntamente com o PFL, em cumprimento à Lei Eleitoral, realizaram convenções partidárias. O meu nome foi o escolhido para concorrer ao cargo de Governador pelo Estado do Amapá. O vice da chapa veio da legenda do PTB - trata-se do Deputado Estadual Lucas Barreto, ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, político de escol, grande liderança que agora veio somar à nossa chapa.

Estou sendo chamado a servir o meu querido Estado como candidato ao cargo de Governador. Tenho consciência de que o povo anseia por governantes probos cujas promessas de campanha sejam cumpridas.

Srs. Senadores, o Estado do Amapá vem, a cada dia, perdendo. Estamos perdendo em muitos aspectos, mesmo comparados a outros Estados da Região Norte que são considerados frágeis e lentos. Faço questão de dizer que não há propaganda ou discurso que esconda essa constatação, pois o crescimento do Estado é medíocre e nada ou quase nada produzimos. Somos grandes exportadores dos recursos do Estado.

Fazer o Estado do Amapá crescer e se desenvolver é um clamor de todos os amapaenses e eu e o futuro Vice-Governador Lucas Barreto seremos determinados em ouvir o povo nos seus anseios, pois quero governar com o povo e trabalhar com transparência a fim de que todos tenham conhecimento de como é gasto o dinheiro público.

O Amapá é um exemplo para a humanidade. Em seu território está o maior parque de floresta tropical do mundo - o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque - com cerca de 3,8 milhões de hectares. Nesse parque encontramos nada mais, nada menos, que 20 mil espécies de plantas, com cerca de 35% delas endêmicas, isto é, espécies que só existem nesse Parque e em nenhuma outra parte do mundo, o que coloca a área entre as três mais ricas em botânica do planeta.

Entendo que o cargo público eletivo deve ser entendido como missão, e o mandato não como um prêmio, mas como uma convocação por exercício dessa missão a serviço de todos. Se o povo do Amapá me escolher como governante, terei a obrigação de servir, e não de me servir do cargo. Sei que essa tarefa não é fácil, mas, com a ajuda de todos e com a proteção de Deus, o futuro será próspero. Nada será como antes, Sr. Presidente!

Neste momento grave da história do Brasil, em que nosso destino como Nação democrática estará em jogo nas próximas eleições, o Partido da Social Democracia Brasileira representa a segurança de que não cairemos no populismo, não insistiremos numa política externa equivocada e desequilibrada e não praticaremos a irresponsabilidade fiscal.

Em 1989, o Brasil passou por um dos piores momentos de sua vida política: teve de escolher entre a demagogia de direita e a demagogia de esquerda, entre Collor e Lula.

Em 1989, venceu a demagogia de direita, e vimos onde isso foi dar. Em 2002, foi a vez da demagogia de esquerda, e o espetáculo dos últimos anos não foi muito menos deprimente. Esperemos que, em 2006, nosso povo saiba mais uma vez resistir aos apelos demagógicos e escolher a melhor alternativa para nosso País.

Em 1989, o Partido da Social Democracia Brasileira tinha o melhor candidato: Mário Covas, cujo busto foi covardemente atacado por vândalos na invasão do MLST ao Congresso Nacional.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Já vou concluir, Sr. Presidente.

Muitos e muitos brasileiros se arrependem das escolhas de 1989: Collor ou Lula. Passados os anos, quase todos gostariam de ter votado em Mário Covas.

Todos aqueles que conheceram Mário Covas sabem que ele escolheu Geraldo Alckmin como Vice-Governador porque viu nele o homem íntegro, competente, prudente, realizador e capaz de conduzir o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico e social.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ao completar 18 anos de fundação, o PSDB tem história, tem experiência, é um Partido maduro e moderno, tem quadros competentes e está em condições de oferecer ao Brasil um projeto de Governo voltado para o futuro e para a construção de um País mais moderno e mais solidário. O PSDB está, hoje, pronto para reassumir o Governo Federal e para comemorar seus 20 anos de fundação, em 2008, ocupando o cargo máximo da Nação, a Presidência da República.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Permita-me um aparte, Senador Papaléo Paes?

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Pois não, Senador Arthur Virgílio.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Não era para mim novidade a sua candidatura ao Governo do Estado do Amapá e nem é novidade para mim a lealdade com que aborda a candidatura do Sr. Geraldo Alckmin, ex-Governador de São Paulo, à Presidência da República. Esse é o seu perfil e é desse perfil que o Amapá está a necessitar: firmeza, conseqüência, experiência administrativa, honradez pessoal, visão estratégica, olhos pregados no futuro, em cima de uma boa história, de um bom passado. Desejo-lhe, em nome da Liderança do seu Partido, a melhor sorte, o melhor êxito, a melhor vitória no pleito que se avizinha.

O SR. PAPALÉO PAES (PSDB - AP) - Muito obrigado, Senador Arthur Virgílio. Todos nós, do PSDB, sentimos orgulho por ter V. Exª como o grande Líder do Partido nesta Casa.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/06/2006 - Página 21828