O SR. ALMEIDA LIMA (PMDB - SE. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, inicialmente, reporto-me ao pronunciamento feito pela Senadora Serys Slhessarenko, ao qual nada tenho a acrescentar.

Ela, de fato, corroborou aquilo que já havia dito anteriormente da tribuna e corroborou as minhas palavras, em nada contrariou aquilo que eu disse. Afirmei da tribuna que para ali fui não apenas em respeito à Casa, em respeito aos Pares, aos Senadores que estão acusados e à sociedade. Lamentei, naquele instante, a ausência do Senador Romeu Tuma em plenário, que, logo a seguir, aqui chegou e se manifestou de forma cabal, correta, atendendo ao meu apelo, àquilo que eu havia solicitado, que é a explicação da Casa. Mas eu já conheço, Sr. Presidente, os pronunciamentos da Senadora Ideli Salvatti. Já os conheço muito bem e não poderia me esquecer - até porque registrei no jornal do meu gabinete - do que ela disse lá atrás sobre este Parlamentar, sobre este Senador, quando da tribuna ela foi defender o Sr. José Dirceu, dizendo que ele era um homem honesto, contra quem não poderia pesar nenhuma acusação e que não tinha envolvimento algum com Waldomiro Diniz nem com a corrupção deste País. Conheço, portanto, muito bem os pronunciamentos dela. Naquela ocasião, ela se reportou ao pronunciamento que eu havia feito em 2 de março de 2004, com as seguintes expressões - expressões não próprias para o Plenário desta Casa: “A ‘montanha’ - referia-se a mim - “rugiu, rugiu, rugiu e não pariu um rato, porque nem estatura para rato tinha o que saiu nesta tribuna”.

No dia de hoje, o Governo pariu muitos ratos, dezenas de ratos. O Partido de S. Exª, Senadora Ideli Salvatti, pariu dezenas de ratazanas, que este País conhece muito bem.

            E é por essa razão que eu exijo respeito e respeito aos meus Pares. Eu não posso andar no aeroporto, tendo na lapela o broche de Senador, que eu não tiro e nem vou tirar. Enfrentarei, porque eu sei me respeitar. O que eu peço, o que eu pedi, nada além do que eu pedi, vou pedir aqui agora que a Casa se manifeste. A Senadora Ideli Salvatti disse que existem dezenas de reportagens falando de senador “a” e de senador “b”. Existem. Se existem dezenas de reportagens, o Senado tem que se manifestar dezenas de vezes, ou aplicando a penalidade regimental ao Parlamentar ou colocando na testa dele que ele não deve nada à sociedade e que ele é cumpridor dos seus deveres. O que não podemos aqui admitir é a omissão, é fazermos ouvidos de mercador e não darmos atenção à sociedade. A sociedade está participando, e precisa participar mais ainda, da cobrança a todos nós a respeito do posicionamento correto a que se referiu, há poucos instantes, o nobre Senador Alvaro Dias, com quem quero me solidarizar neste instante pelo seu pronunciamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente, pela compreensão e por ter me concedido esse tempo. Se mantive com V. Exª algum entrevero, foi por conta do debate acalorado, mas tenha a certeza de que não guardo de V. Exª nenhuma mágoa e espero que seja recíproco.