Discurso durante a 171ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro de e-mail recebido sobre o possível uso de aviões da FAB, destinados ao transporte de eleitores, para irem votar em seus estados. Comentários a matérias publicadas na imprensa sobre o Governo Lula. Manifestação sobre pronunciamento que S.Exa. fez na sessão de ontem, sustentando a autenticidade da minuta de medida provisória sobre TV-Digital, que prejudica o pólo industrial de Manaus.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ELEIÇÕES. POLITICA INDUSTRIAL.:
  • Registro de e-mail recebido sobre o possível uso de aviões da FAB, destinados ao transporte de eleitores, para irem votar em seus estados. Comentários a matérias publicadas na imprensa sobre o Governo Lula. Manifestação sobre pronunciamento que S.Exa. fez na sessão de ontem, sustentando a autenticidade da minuta de medida provisória sobre TV-Digital, que prejudica o pólo industrial de Manaus.
Aparteantes
Heráclito Fortes.
Publicação
Publicação no DSF de 20/10/2006 - Página 32711
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ELEIÇÕES. POLITICA INDUSTRIAL.
Indexação
  • REGISTRO, REQUERIMENTO, ELOGIO, FEDERAÇÃO, INDUSTRIA, ESTADO DO AMAZONAS (AM), ANIVERSARIO, CRIAÇÃO, PROGRAMA, QUALIDADE, SETOR.
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, DISCURSO, ORADOR, REGISTRO, CARTA, ESTUDANTE, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), CRITICA, CANDIDATO, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MANIPULAÇÃO, INFORMAÇÃO, ARTIGO DE IMPRENSA, AUTORIA, JOSE GOLDEMBERG, EX MINISTRO DE ESTADO, OPOSIÇÃO, LEGISLAÇÃO, FLORESTA, MATERIA, JORNAL, TRIBUNA DA IMPRENSA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE NASCIMENTO, HELIO FERNANDES, JORNALISTA.
  • COMENTARIO, MENSAGEM (MSG), INTERNET, DENUNCIA, COERÇÃO, GOVERNO FEDERAL, VOTO, SEGUNDO TURNO, SERVIDOR, UTILIZAÇÃO, TRANSPORTE AEREO, FORÇA AEREA BRASILEIRA (FAB).
  • SUSPEIÇÃO, LOBBY, GOVERNO FEDERAL, PREJUIZO, LIBERDADE DE IMPRENSA, ATUAÇÃO, PERIODICO, VEJA, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, POSSIBILIDADE, RESPONSABILIDADE, AQUISIÇÃO, DOCUMENTO, DIFAMAÇÃO, CANDIDATO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA (PSDB).
  • AVALIAÇÃO, POSSIBILIDADE, IMPEACHMENT, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SITUAÇÃO, REELEIÇÃO.
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, VETO (VET), JUSTIÇA, MEDIDA PROVISORIA (MPV), LIBERAÇÃO, RECURSOS, FAVORECIMENTO, REELEIÇÃO, ACUSAÇÃO, INEXATIDÃO, DADOS, AUTO SUFICIENCIA, PETROLEO, PERDA, BRASIL, INVESTIMENTO, EMPREGO.
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, INTERNET, ANEXAÇÃO, ANAIS DO SENADO, COMPROVAÇÃO, REMESSA, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), CASA CIVIL, MINUTA, MEDIDA PROVISORIA (MPV), DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO INDUSTRIAL, INFORMATICA, REGISTRO, ORADOR, DESMENTIDO, DECLARAÇÃO, MINISTRO DE ESTADO, CHEFE, FALSIDADE, DOCUMENTO, PROPOSTA, PREJUIZO, POLO INDUSTRIAL, ZONA FRANCA, ESTADO DO AMAZONAS (AM), PRODUÇÃO, TELEVISÃO, TECNOLOGIA DIGITAL.
  • REGISTRO, ATUAÇÃO, MOVIMENTO TRABALHISTA, SEM-TERRA, SUSPENSÃO, INVASÃO, FAVORECIMENTO, REELEIÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DENUNCIA, MANIPULAÇÃO, POPULAÇÃO, MUNICIPIO, MANAQUIRI (AM), ESTADO DO AMAZONAS (AM), INEXATIDÃO, INFORMAÇÃO, PROGRAMA, GERALDO ALCKMIN, CANDIDATO, EXTINÇÃO, BOLSA FAMILIA, ENERGIA ELETRICA.
  • QUESTIONAMENTO, ELEITOR, ACEITAÇÃO, CORRUPÇÃO, REELEIÇÃO, GOVERNO, INCENTIVO, IMPUNIDADE.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Srª Presidente.

            Antes de mais nada, registro aqui que requeri, ontem, voto de aplauso à Federação das Indústrias do Estado do Amazonas pelo 15º aniversário de criação do Programa Qualidade Amazonas.

            Ainda, Srª Presidente, peço registro nos Anais de curto pronunciamento contendo o artigo do jovem intelectual Leonardo Távora Dias, que cursa Relações Internacionais em Caeté, Minas Gerais, que diz, entre outras coisas: “Lembrem-se, candidato que se utiliza de mentiras para ganhar uma eleição não merece nem atenção, quanto mais um voto”.

            Peço, ainda, que para os Anais seja endereçado igualmente breve pronunciamento em que comento o artigo lúcido do professor e ex-Ministro José Goldemberg, criticando a chamada Lei das Florestas, aprovada, inclusive com o meu voto, pelo Congresso Nacional, depois de intensos debates aqui. Mas merece ser lida essa “pensata” do professor Goldemberg.

            Peço ainda a inclusão do artigo “O Dom Quixote da Imprensa”, publicado pelo jornal Tribuna da Imprensa, em 18 de outubro de 2006, de autoria do Sr. Orpheu Santos Salles, que comemora os 85 anos de muito bem vividos do grande jornalista Hélio Fernandes seja endereçado aos Anais.

            De maneira bem breve, faço referências, Senador Heráclito Fortes, a um e-mail que recebi - não estou dizendo que seja verdade, apenas que não duvido mais nada desse Governo - dizendo que “os servidores do primeiro, segundo e terceiro escalão desse Governo seriam obrigados a votar no candidato Lula, no segundo turno, e que estaria sendo montado um projeto de usarem aviões da FAB para transporte desses eleitores”. Pode ser mentira, pode ser uma invencionice. Tomara que seja, e tomara que a FAB me diga agora que isso não é verdade! Mas o fato é que recebi o e-mail e achei que deveria levá-lo ao conhecimento da Nação.

            Do mesmo modo, ouço rumores de pressão do Governo à revista Veja. O Governo, inquieto com o conteúdo da última edição da revista Veja, estaria exercendo pressão por meio de setores ministeriais sobre a direção da revista, que teria rechaçado - é a informação que tenho também -, conforme se espera da altivez da imprensa livre brasileira, rechaçado essa pressão. Vamos aguardar porque as manifestações de repúdio ou de não-aceitação da liberdade de imprensa por parte desse Governo são seguidas.

            Mas hoje a imprensa está cheia de coisas relevantes. No jornal Folha de S.Paulo, Lula admite responsabilidade pelo dossiê. Em entrevista para esse jornal o Presidente afirma: “Se houver crime eleitoral com dossiê, terei que pagar”. Finalmente o Presidente Lula diz algo digno, porque, se houver crime, ele tem de pagar mesmo. E, na minha opinião, há crime e, portanto, ele tem de pagar.

            “Novas denúncias baixam moral de Lula e do Governo. O temor de novas denúncias sobre o dossiê fazem com que o Governo e o Presidente Lula fiquem alertas” - matéria do jornal Correio Braziliense.

            Alckmin foi chamado de golpista, de Pinochet, pelo guerrilheiro do Palácio do Planalto, que é o Ministro Tarso Genro. Mas não existe guerrilheiro só do bem, há narcoguerrilheiro, há de todo tipo. A Senadora Heloísa Helena acha que todo guerrilheiro é bom, eu acho que não. Há uns bons e uns ruins...

            A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - É porque...

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Depende do destino que se dê ao uso das armas.

            A SRª PRESIDENTE (Heloísa Helena. P-SOL - AL) - Desculpe-me interromper o discurso de V. Exª, pois nem deveria.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Obrigado, Senadora.

            Mas, enfim, o Sr. Tarso Genro estranhou o candidato a Presidente Geraldo Alckmin ter dito que o Governo Lula, se eleito, acabaria antes de terminar. Mas é verdade. Ou os processos se extinguem com uma eventual vitória dele? Ou a repercussão desses escândalos morrem? Ou tem algum jogo que vai ser zerado? Não tem. Se derrotado, aí sim, o Brasil zera o seu jogo, mas, se vitorioso Lula, continua pura e simplesmente todo esse mar de lama a avançar sobre o seu Governo. E se quiserem um exemplo internacional, dou o do Nixon, o que aconteceu com Richard Nixon, que cometeu deslizes em seu governo e pagou duramente no seguinte.

            Finalmente, referindo-me ao jornal O Globo: “Justiça anula a liberação de recursos eleitoreiros. Diante de tantas medidas eleitoreiras, a Justiça vetou a MP nº 324 que liberaria R$1,5 bilhão para investimentos extraordinários em nove ministérios”. Gastar dinheiro público para, depois, no ano que vem, o povo pagar as conseqüências.

            E, finalmente, tenho de trazer à baila essas matérias que expõem as fraudes e as mentiras desse Governo. Por exemplo, a mentira da auto-suficiência em petróleo. Há uma situação de equilíbrio, mas não há auto-suficiência. É bom falarmos as coisas como são. Isso está no jornal Folha de S.Paulo, e também o jornal O Estado de S. Paulo, de ontem, mencionou algo parecido.

            “O Brasil perde investimentos e empregos, de acordo com o Presidente do Banco Mundial” - esta é matéria do Jornal O Estado de S. Paulo de hoje.

            Mas o assunto fundamental que me traz à presença, Srª Presidenta, Srªs e Srs. Senadores, é que, ontem, eu exibi uma minuta de medida provisória e, em algum momento, falei diretamente para a Ministra Dilma Rousseff. Não sou e imaginem se vou agora virar conselheiro espiritual da Ministra Dilma Rousseff, com aquela idade. Eu já disse ontem que tenho quatro filhos, que me dão um trabalho enorme, e eles vão de 27 a 11 anos de idade. Não quero ser, de forma alguma, pai adotivo da Ministra Dilma, mas olhei para ela, em algum momento, e disse: “Ministra, a mentira tem pernas curtas”. E a mentira não durou 24 horas. Ela manda dizer, por intermédio da Senadora Serys Slhessarenko, que era apócrifa a medida provisória. E eu disse que não era. E torno a ler:

A minuta de medida provisória que, se virar medida provisória e virar lei liquida o Pólo Industrial de Manaus foi enviada pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em 6 de outubro de 2006, para a Casa Civil, por meio do Aviso nº 127/GM, do Gabinete do Ministro [portanto, MDIC].

            Então, eu analisei aqui, e não vou repetir, sobejamente as conseqüências para o Pólo de Manaus do conteúdo dessa minuta de medida provisória, que não foi feita de improviso, foi feita por uma pessoa muito competente, apenas insensível em relação ao modelo de desenvolvimento que sustenta a economia do meu Estado.

            Disseram que era apócrifa e outros Senadores disseram que havia estudos, mas que não é só estudo não, é uma medida provisória proposta para ser assinada pelo Presidente da República, e proposta pelo Ministro Furlan. E quem diz isso é o Ministro Furlan, no dia 6 de outubro, no mesmo dia em que ele enviou a medida provisória, no Hotel Blue Tree, numa entrevista que concedeu à imprensa brasileira. Ele declarou que havia encaminhado à Casa Civil medida provisória que beneficiaria setor de semicondutores. Estou aqui com o registro da Folha Online, seção Dinheiro, da jornalista Ana Paula Ribeiro, que passo a ler:

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) encaminhou hoje à Casa Civil a proposta da medida provisória que irá beneficiar a instalação de fábrica de semicondutores no país e a produção dos insumos necessários para a produção da TV digital.

O ministro não soube informar se há possibilidade de a MP ser editada antes do segundo turno das eleições, no dia 29 de outubro. “Não sei. É uma decisão que depende de vários ministérios”, disse.

Furlan não quis adiantar detalhes da proposta, como o período de duração dos benefícios, quais isenções serão permitidas e se, no caso da TV digital, serão beneficiadas apenas as empresas que atuam na Zona Franca de Manaus.

A transmissão do sinal digital começa a partir do ano que vem, primeiramente em São Paulo. A transição do sistema analógico para a TV digital terá prazo de dez anos.

            Então, muito bem, a jornalista Ana Paula Ribeiro entrevistou o Ministro Furlan, que declarou ter enviado para a Casa Civil a medida provisória - ele não falou do aviso. Essa medida provisória está na Casa Civil. A Ministra ou é muito incompetente e não presta atenção ao que está ao seu redor, ou está faltando com a verdade, seguindo o que já é uma praxe nesse Governo, onde a raridade, a exceção é se falar a verdade.

            Conheço um cachorro porque ele tem focinho, porque quando é agradado abana o rabinho, cachorro late, cachorro tem quatro patinhas. Então, digo: é cachorro porque tem cara de cachorro, tem jeito de cachorro. Essa é uma medida provisória porque tem cara de medida provisória, é escrita sob o nome de medida provisória e porque foi enviada pelo MDIC para a Casa Civil sob o número 127, do gabinete do Ministro. Ou seja, o Governo mentiu de novo. O Governo mente a partir do seu Presidente e até o seu último escalão de cargo comissionado. Diz muito bem o jovem intelectual mineiro a que me referi no início: mente como arma política, mente como arma eleitoral. E aqui está a prova.

            Peço, Srª Presidenta, que os Anais da Casa acolham a matéria da Folha Online, Seção Dinheiro, da jornalista Ana Paula Ribeiro.

            Vamos recapitular: não é apócrifa coisa alguma essa minuta de medida provisória, que, se for acatada na íntegra, é uma proposta de liquidação do Pólo Industrial de Manaus. Não restará pedra sobre pedra lá. É claro que não passa pelo Senado, a depender de mim. É claro que vai encontrar óbices opostos a isso pela Bancada federal do meu Estado. É claro que haverá solidariedade de Senadores inúmeros, enfim. Ontem, o Senador Jucá disse que o PMDB inteiro estaria ao nosso lado e só fico grato por isso, mas o fato é que é verdade o que eu disse.

            O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Permite-me V. Exª um aparte?

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Sim. É verdadeiro o documento que me passou um alto funcionário do Governo Federal, uma pessoa muito digna, da burocracia federal deste País. Portanto, mais uma vez, desmascaramos. O pior é que desmascarávamos os outros escândalos em uma semana ou 10 dias. Agora, eles não duram mais que 24 horas. Ontem, vim à tribuna muito mais tarde do que hoje e, menos de 24 horas depois, já dá para voltar a ela e desmascarar.

            Ministra Dilma, falo para a senhora, de novo: ou a senhora não sabe o que se passa na sua Casa Civil, ou aprendeu a mentir, e aprendeu a mentir, quem sabe, no próprio terceiro andar do Palácio. A senhora, quando mandou dizer pela Senadora Serys que era apócrifa a medida provisória, quis ganhar tempo eleitoral para o Presidente Lula, apenas isso.

            O Presidente Lula promete a TV digital para 500 Estados, inclusive para o meu - para o meu, o que há de concreto é a ameaça de se liquidar com todo o Pólo Industrial. Como eles querem tomar a decisão apenas depois da eleição, eu estou denunciando um estelionato eleitoral brutal que o Presidente Lula arma. Ou ele vai enganar o Amazonas, ou ele vai enganar Minas, ou vai enganar o Rio Grande do Sul, ou vai enganar a Bahia, ou vai enganar o Paraná. Enfim, ou vai enganar um desses, ou vai enganar alguns desses, ou vai enganar todos esses.

            O fato é que essa história de dizer o Ministro Thomaz Bastos que o resultado da apuração do dossiê e a decisão sobre TV digital e semicondutores só saem depois da eleição é a demonstração mais espúria de que esse Governo coloca o fato eleitoral acima do dever de tomar conta dos interesses desta Nação brasileira.

            Concedo um aparte ao Senador Heráclito Fortes, com muita honra.

            O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Senador Arthur Virgílio, estamos revivendo um quadro que a Globo exibe, geralmente, após a hora do almoço, chamado Vale a Pena Ver de Novo. Em 2002, o Governo Lula, na Carta ao Povo Brasileiro, fez graves acusações contra o candidato José Serra e prometeu medidas drásticas contra o excesso de juros que os banqueiros cobravam e o seu lucro exorbitante. Pois bem, enganou o povo brasileiro com esse tipo de promessa e, no dia seguinte à posse, fez um pacto com os banqueiros brasileiros, o qual anda às mil maravilhas até hoje. O mesmo ele está fazendo com essa questão da Zona Franca. De maneira criminosa, no primeiro turno, distribuiu pelo Amazonas e pela região panfletos apócrifos dizendo que Geraldo Alckmin acabaria com a Zona Franca de Manaus. E, na calada da noite, discutiu com empresários de outra região exatamente o que V. Exª diz, agora, na tribuna. Se examinar, no tempo oportuno, os doadores de campanha do PT, V. Exª verá se isso procede ou não. É uma maneira sórdida e cínica de se fazerem as coisas. Cria-se o fato, atemoriza-se uma população que vive, em grande parte, dos frutos e da produção da Zona Franca e, na realidade, negocia-se aquilo que se condena, colocando como se fosse programa do seu adversário. Mas não vão muito longe, não.

            Os jornais, hoje, trazem uma informação sobre o Sr. José Rainha - não sei se ele conseguiu eleger a mulher Deputada estadual por São Paulo, onde era candidata -, que, até a semana passada, andava em jatinho de fazendeiro para cima e para baixo.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Aquele que já foi condenado por homicídio, se não me engano?

            O Sr. Heráclito Fortes (PFL - PI) - Pois é. O MST acabará, no dia 29, com a trégua. Ele conta que, no dia 29, quando as urnas estiverem fechadas, o MST sairá das trincheiras e retomará as mobilizações. É isso. Senador Arthur Virgílio, parabenizo V. Exª. Pelo menos, ficaremos com a consciência tranqüila por termos alertado a população brasileira e, no caso específico de V. Exª, a do Amazonas, quanto a esse crime que se comete, neste momento, no nosso País. Muito obrigado.

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Senador Heráclito Fortes, encerrarei respondendo a V. Exª, que traz uma observação que eu havia anotado para a ela me referir hoje, mas que, na pressa de fazer a viagem que V. Exª e eu faremos juntos daqui a pouco, acabei olvidando. Acabei me esquecendo disso.

            Há um cinismo impressionante. Não quero crer em uma Nação anestesiada, que tenha injetado éter na veia.

            Uma das razões do desgaste de Lula era sua proximidade com o MST, que atrasa tanto o agronegócio, complica a Balança Comercial Brasileira e ameaça o futuro desse setor tão produtivo e tão lucrativo da nossa economia. Agora, no maior despudor, depois de fingir até uma certa distância nos momentos mais difíceis para Lula, José Rainha diz que está aguardando só o companheiro Lula ser declarado vitorioso às 17 horas do dia tal. Quero até informar-lhe que no meu Estado, a apuração vai até às 18 horas, porque daqui para lá é uma hora a menos. Eu queria aconselhá-lo a respeitar o Acre, porque lá são duas horas a menos.

            Ele disse que espera, que parou, taticamente, as invasões e que vai recomeçá-las quando o seu “companheiro” for decretado - se for, e diz ele que vai -, vencedor da eleição.

            Fico impressionado com isso, mas fiz, antes, duas denúncias. Chamei a atenção para a velhacaria da Casa Civil de dizer que não tem medida provisória sobre semicondutores e que, portanto, não haveria ameaça ao Pólo de Manaus - estou mostrando que há -, e para o que tenho visto na minha cidade.

            Tenho pouca paciência quando encontro um médico ou um advogado fulano de tal com aquela conversa de me perguntar se o Alckmin vai acabar com a Zona Franca. Respondo em 10 segundos, porque não tenho paciência para perder tempo com pessoas que podem até estar tentando arranjar a justificativa para votar no Lula. Se querem votar, votem, não precisam inventar justificativa. E digo isso assim, na cara mesmo. Digo: olha, se o senhor quer votar no candidato Lula, não invente desculpa, vá, vote e assuma a conseqüência do seu ato. Quando é uma pessoa humilde, que está atemorizada, que está vendo o seu ganha-pão voar, porque, supostamente, o “lobo mau” Alckmin acabaria com a Zona Franca de Manaus, detenho-me por 24 horas, se for preciso, porque sinto que é sincera aquela apreensão.

            Também saiu, no jornal Folha de S.Paulo, uma matéria, transmitida para o País pela competente correspondente desse jornal no Amazonas, jornalista Kátia Brasil, sobre um Município mais do que humilde, humílimo, chamado Manaquiri.

            Lá, o boato era de que Alckmin acabaria com a Zona Franca de Manaus, tiraria a luz elétrica do Município, Srª Presidente, e, também, acabaria com o Bolsa Família. Isso chega a ser uma perversidade! Isso é mal. Isso é mexer com os sentimentos de pessoas humildes, que, infelizmente, não tiveram oportunidade de estudar como tantas outras, que vivem em um Município paupérrimo, que depende exclusivamente dos reflexos indiretos do que produz o Pólo Industrial de Manaus. Mas lá - e lá o Lula obteve uma votação fantástica -, o boato era que Geraldo Alckmin tiraria a luz elétrica e pararia de pagar o Bolsa Família. Meu Deus! Brincam com pessoas humildes, que já foram tão maltratadas pelo destino, isso tudo com o objetivo de ganhar uma eleição! Uma eleição que, se, por ventura, por eles for levada - e aí volto ao que disse Geraldo Alckmin hoje: não há nada de golpismo ou “pinochetismo” algum -, eu diria a ele: “Presidente, feliz ano velho!” O que muda no dia 1º de janeiro em relação a esse quadro de caos do Governo dele? A não ser o fato de que tem um desajuste fiscal grave a ser corrigido em 2007 - a gastança eleitoreira foi brutal -; a não ser o fato de que continuarão evoluindo as investigações pela Procuradoria-Geral da República e o fato de que vão continuar todas as denúncias que correm contra ele no Tribunal, na Procuradoria, no Supremo Tribunal Federal, TSE. Ou será que ele passa uma esponja nisso tudo ? Richard Nixon não passou uma esponja naquela mentirada toda de Watergate. Não passou uma esponja! Lula não vai passar uma esponja nesses quatro anos de absoluto desrespeito à ética, de absoluto desrespeito à seriedade pública. Então, o Governo dele é, sem dúvida alguma, a insegurança, se se reproduzir como modelo no tempo e no espaço, ou seja, por esses quatro anos mais. O povo vai decidir.

            Sempre digo que, no Brasil, se existe uma entidade que tem o direito de errar e de acertar, quando erra paga pelo seu erro e depois corrige o seu próprio passo e dá seus próprios avanços históricos e sabe dar um jeito na sua vida, porque a vida pertence sobretudo a esta entidade, é o povo brasileiro. Se tem uma entidade assim - repito - é o povo brasileiro! O povo brasileiro pode escolher o que ele quiser! Agora, a mim, me dói, Srª Presidenta, a mim, me dói porque, se é verdade isso, então, qual é o percentual de pessoas que não ligam para a seriedade pública? Então, significa que algumas pessoas estariam dando aval a alguém que presidiu o Governo mais corrupto da História brasileira, desde que a República se implantou no País! Milhões de pessoas dizendo: “Eu não me importo”, ou sob a desculpa falsa, esfarrapada, de que nenhum político prestaria, o que é uma aberração - é equivalente a eu dizer que nenhum jornalista prestaria, ou que nenhum taquígrafo prestaria, ou que nenhum motorista de táxi prestaria -, quando, aqui, refletimos a sociedade como um todo. Há gente que presta, há gente que presta mais ou menos, há gente que presta muito. Temos de saber fazer essa distinção. Então, essa desculpa é esfarrapada. Mas, quantas pessoas não ligam para a questão ética? Quantas pessoas acham que é possível votar, ou por que está mais barato o frango, ou por que não sei quê? Pelo amor de Deus! Este País tem de perceber que setores amplos da sociedade parece que injetaram éter na veia, parece que estão letárgicos, parece que estão absolutamente sem compromisso com o pudor. E, depois, a conseqüência vem. Mas, se o povo quiser, o povo vai arcar com a conseqüência, e o povo, depois, vai corrigir seu passo; o povo vai, depois, saber dar a sua grande guinada. Afinal de contas, para citar dramas maiores do que isso, Srª Presidente, cito Varsóvia, que, no século XX, foi destruída duas vezes. Hoje, Varsóvia é uma cidade belíssima, que reflete a cultura e o caráter indomável do povo polonês. Se eu quisesse me lembrar da invasão da França pelos nazistas, da depredação de obras de arte, do furto de obras de arte, eu diria que existem dramas muito mais graves!

            Sinceramente, eu lamento! Pensei que quem praticasse o que este Governo praticou estaria fora da eleição.

            V. Exª, Srª Presidenta, poderia dizer-me que não teve máquina, porque não teve dinheiro...Tudo isso eu conheço, sobejamente, da sua vida, Senadora Heloísa Helena. Mas eu gostaria de um modelo, por exemplo, que V. Exª tivesse tido mais votos que o Lula na eleição, por mais que eu discorde de suas idéias. Eu queria um modelo! Afinal de contas, dá a impressão, para as novas gerações, que dá para fazer tudo o que ele está fazendo, e que não há pena alguma a pagar. Dá para ir levando na esperteza. Quero dizer às novas gerações, de maneira esperançosa, que não dá para fazer tudo não. Se ele vai ganhar a eleição, eu não sei. Vamos ver no dia 29 de outubro, tanto o Rainha e como nós: o Rainha, para começar as invasões e as estripulias dele - tomara que ele não mate mais ninguém -, e nós vamos saber o resultado das eleições. Para mim, é muito simples: se o meu candidato ganha, eu vou ajudá-lo a governar; se o meu candidato perde, vou fiscalizar o que venceu de maneira muito clara. Não tem essa de ficar me pendurando em cargo de Petrobras, não tem essa de ficar me pendurando onde quer que seja. Vou cumprir o meu papel de Líder da Oposição, ou seja, vou cumprir o meu papel de Oposição a quem vencer as eleições, se não for do meu Partido. Ou vou ser homem de Governo, se ganhar aquele que apresenta propostas nas quais eu creio. Mas que é um momento inquietante, sinceramente, é. Ganhe Lula ou perca Lula, eu nunca vi - e as pesquisas podem ter equívocos, mas não podem estar tão equivocadas assim - tantos milhões de brasileiros dizerem “sim” a uma proposta que envolve corrupção. Nunca pude ver isso! A desculpa de que todo mundo é corrupto é esfarrapada. Prefiro acreditar que tem gente com éter na veia. Sinceramente, prefiro acreditar nisso. Prefiro acreditar que tem gente que está anestesiada, eu não sei por que razão!

            E depois, como diz Machado de Assis, o tombo pode ser desagradável. Machado de Assis dizia que é melhor cair das nuvens e pisar na realidade, do que cair do terceiro andar. Cair do terceiro andar, dá morte, dá fratura de crânio e de base de coluna. Cair das nuvens, não, basta cair delas, e pisar na realidade e começar a raciocinar bem.

            Mas o fato é que eu trouxe hoje esse desmentido cabal à invencionice de que seria apócrifa a Minuta que eu aqui trouxe, é pena que não tenha ninguém de plantão no Governo hoje. Disseram-me, hoje, me ligou uma moça da Veja, que eles estariam de plantão aqui. Então, faltaram ao plantão. Tem de mandar cortar o ponto, porque não tem ninguém do Governo aqui dando plantão, mandar cortar o ponto deles. O fato é que eu estou aqui para reafirmar as minhas verdades, como faço sempre, e como vou fazer do começo ao fim da minha vida pública. E trouxe mais, Srª Presidenta: eu trouxe uma denúncia grave: a de que o Governo teria pressionado a direção da revista Veja que, felizmente - por isso merece elogios, merece encômios -, teria repudiado essa pressão. O Governo está com medo da edição, que já estaria praticamente pronta, da revista Veja, que vem por aí. Do mesmo modo, chegou-me uma denúncia, por e-mail - não quero acreditar nela -, mas como não duvido nada deste Governo, a estou trazendo: de que estariam montando, a partir de aviões da FAB, transporte de eleitores, que são funcionários do primeiro, do segundo ou do terceiro escalão do Governo, para irem votar nos seus Estados no candidato oficial. Não quero acreditar. Isso é absurdo demais. E olhe que meu pai estava na lista daqueles homens públicos - é uma outra Aeronáutica - que seriam cassados e depois jogados na Baía de Guanabara por aquele Almirante Burnier. Aquilo foi anulado pela declaração corajosa, pela denúncia corajosa, que fez aquele homem, já falecido, que pagou todos os preços, o então Capitão Sérgio Macaco.

            Quero crer que seja a Aeronáutica reformada; trata-se de uma outra Aeronáutica, a Aeronáutica casada com a democracia e que não vai tolerar uma coisa dessas. Então, estou esperando...De repente, até tem alguém da Aeronáutica aqui, porque estou falando há uma hora, e já era para ter alguém da Aeronáutica aqui dizendo-me que isso é mentira. Mas eu não duvido nada deste Governo! Estou dizendo que recebi um e-mail, colocando-me a par de que estariam planejando usar aviões da FAB para transportar eleitores, como se essa eleição fosse como nos tempos dos “Coronéis, do coronel Fulano de Tal”, de não sei de onde. Não é. Trata-se da eleição de uma República Democrática, e a democracia não pode ser desafiada e desmoralizada por essa gente. Falei disto, falei da Revista Veja e falei do fato de que o Presidente Lula, hoje, merece um elogio meu. Sua Excelência disse que se o dossiê for crime eleitoral, que ele merece pagar. Então, digo ao Presidente: “Presidente, é crime eleitoral, sim! Eu concordo com Vossa Excelência. Vossa Excelência merece pagar na Justiça e na eleição”.

            Obrigado, Srª Presidenta.

 

*********************************************************************************

SEGUEM, NA ÍNTEGRA, DISCURSOS DO SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO.

***********************************************************************************

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo a tribuna neste momento para solicitar que seja registrado nos Anais da Casa o artigo intitulado "O Dom Quixote da Imprensa", publicado pelo jornal Tribuna da Imprensa, de 18 de outubro de 2006.

            O primoroso artigo escrito pelo editor da revista Justiça e Cidadania, Orpheu Santos Salles, comemora a vida do grande jornalista Helio Fernandes, que completou 85 anos nessa última terça-feira, dia 17 de outubro. Único jornalista brasileiro em atividade há mais de 60 anos, Helio sofreu perseguições, humilhações, foi censurado e preso.

            Usando as palavras de Orpheu:

            "Helio, esse Dom Quixote dos tempos atuais", merece a nossa justa homenagem e admiração.

            Sr. Presidente, para concluir, requeiro mais uma vez que o referido artigo passe a integrar os Anais do Senado Federal.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.

 

*********************************************************************************

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

*********************************************************************************

Matéria referida:

“O Dom Quixote da Imprensa” Tribuna da Imprensa.

 

            O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o ilustre Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Dr. José Goldemberg, opõe reparos à iniciativa do atual Governo de promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia por meio do arrendamento ou cessão de florestas.

            Essa modalidade está prevista na chamada Lei das Florestas, aprovada pelo Congresso Nacional, depois de intensos debates.

            Recordam os Senadores que, ao tramitar no Senado, o Projeto recebeu emenda que pretendia submeter à aprovação do Senado Federal a concessão de áreas de florestas. A emenda foi acolhida por unanimidade e foi o que assegurou a aprovação do Projeto.

            No entanto, ao sancionar a proposição, o Presidente Lula vetou aquele dispositivo, desautorizando o compromisso das lideranças governistas no Senado.

            Por isso, após, formalizei novo Projeto de Lei, restaurando o dispositivo vetado pelo Presidente da República.

            Vejo agora que o exame prévio pelo Senado é pertinente. O Prof. Goldemberg, em artigo publicado esta semana no jornal O Estado de S. Paulo, alerta para os riscos que a concessão de florestas poderá acarretar, redundando em mais desmatamento na Amazônia.

            Segundo o Secretário do Meio Ambiente paulista, as concessões poderão acarretar atividades predatórias, exatamente por falta de fiscalização, objeto do dispositivo vetado por Lula. O artigo do Prof. Goldemberg está sendo anexado a este pronunciamento, por representar relevante contribuição ao debate sobre a questão amazônica.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.

 

*********************************************************************************

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

*********************************************************************************

Matérias referidas:

“Como salvar a Amazônia.”

“Furlan encaminha à Casa Civil MP que beneficiará setor de semicondutores.”

 

            O SR. ARTHUR VIRGÍLlO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna neste momento para fazer o registro do artigo intitulado "O Brasil que nós queremos", de autoria do estudante Leonardo Távora Dias, que cursa relações internacionais em Caeté, Minas Gerais, e que traz uma bela reflexão sobre ética e democracia no atual momento eleitoral que vivemos.

            Fazendo uso das palavras de Leonardo: "Lembrem-se, candidato que se utiliza de mentiras para ganhar uma eleição não merece nem atenção, quanto mais um voto".

            Sr. Presidente, requeiro que o artigo do estudante Leonardo Távora seja considerado, na íntegra, como parte deste pronunciamento, para que, assim, passe a constar dos Anais do Senado Federal, deixando registrado para o pesquisador do futuro o momento que enfrentamos hoje, às vésperas de mais uma eleição.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

 

*********************************************************************************

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR ARTHUR VIRGÍLIO EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º, do Regimento Interno.)

*********************************************************************************

Matéria referida:

"O Brasil que nós queremos"

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/10/2006 - Página 32711