O SR. JAYME CAMPOS (PFL - MT. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero fazer uma breve comunicação.

Um dos mais graves problemas de saúde pública do País, por incrível que pareça, é a obesidade infantil, tema que já motivou inclusive campanhas educativas patrocinadas pelo Governo Federal, alertando sobre os risco dessa ‘epidemia’. Ironicamente, uma nação com números constrangedores de subnutrição como o Brasil apresenta também índices alarmantes de obesidade infantil. Segundo dados da Sociedade Latino-Americana das Associações de Obesidade, o Brasil registrou aumento de 239% de casos nas últimas duas décadas.

Atualmente, um terço de nossas crianças apresenta sobrepeso. Projeções mais dramáticas apontam que nos próximos três anos cerca de 60% de nossa infância será obesa. O número de jovens nessa situação no Brasil aumentou três vezes mais que nos Estados Unidos nos últimos 20 anos. Isso tem acarretado um elevado custo para o sistema nacional de saúde, pois a obesidade mórbida repercute em várias patologias sobre esse público.

Em 20 anos, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o consumo de refrigerantes cresceu 400% no País. Isso significa 66 litros/ano por consumidor, ou, segundo cálculos das autoridades de saúde, 6 kg de açúcar por pessoa. Um excesso diário de apenas 120 calorias, ou seja, um copo dessa bebida, seria capaz de produzir um acréscimo de peso de mais de 50 kg em dez anos.

            Com isso, doenças características de indivíduos adultos começaram a acometer crianças. Hoje em dia, é comum os jovens e até mesmo os meninos e as meninas apresentarem quadro de diabetes, hipertensão, apnéia do sono, inchaço no coração, alteração de hormônios...

(Interrupção do som.)

O SR. JAYME CAMPOS (PFL - MT) - Estou concluindo nos três minutos que sobravam ao Senador Flexa Ribeiro.

... gordura no fígado, transtornos mentais e tantos outros.

Por isso, apresentei, Sr. Presidente, nesta data, um projeto de lei que prevê a impressão de advertência no rótulo dos refrigerantes quanto aos riscos da obesidade infantil. Também peço que as garrafas e embalagens tragam de forma legível a quantidade de calorias que a ingestão de cada volume representa.

Certo de que tal iniciativa contribuirá para reduzir esses alarmantes índices de obesidade infantil, conto com apoio das Srªs e Srs. Senadores.

Muito obrigado, Sr. Presidente.