O SR. JOAQUIM RORIZ (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Brasília, uma cidade planejada, a Capital do Brasil, sede da União, dos três Poderes constituídos. Como sabemos, não é uma cidade comum.

            O Governo do Distrito Federal não pode governar somente para o povo do DF, tem que pensar também na tranqüilidade dos Poderes da República instalados em Brasília e também nas inúmeras representações diplomáticas.

            Mesmo com a migração estável no DF. Como podemos gerar os empregos para os que aqui vêem, se não conseguimos nem para os que aqui residem.

            Hoje se vive um clima de intranqüilidade em Brasília com este nível altíssimo de desemprego. É preocupante, Srªs. e Srs. Senadores.

            Eu como Senador, representando o Distrito Federal e como governador do DF, por quatro vezes, é normal que as pessoas venham ao meu gabinete, reclamar, pedir, solicitar e mesmo implorar que o governo local reveja a sua política de demissão de 17 mil funcionários, pais de famílias e, ainda, temos mais de 10 mil pessoas que trabalhavam no ICS, que hoje estão desempregadas.

            As empresas locais não têm como absorver esta mão de obra, ocasionando assim, um efeito cascata, que é mais desemprego pela falta de renda para a população, fazendo com que as vendas do comércio caiam assustadoramente, provocando mais demissões.

            Eu como Senador, telefonei duas vezes para o Governador Arruda, no entanto, não obtive sucesso. O objetivo do telefonema era para pedir, ou se for preciso implorar, que não deixe estas pessoas desempregadas, passando fome.

            São famílias inteiras que vão ao meu gabinete pedir empregos. Já estão pedindo até comida.

            Continuando esta situação poderemos chegar a um estado de caos social irreversível. Tenho certeza que isso não acontecerá, pois o governador tem consciência do seu papel com a preservação da boa qualidade de vida do Distrito Federal.

            Tive que subir a esta tribuna para pedir ao Governador Arruda, que faça o que o povo pede, o que o povo quer; mais empregos, que reveja a política de demissão em seu governo.

            Sei que o Arruda como cristão vai analisar com cuidado este pedido do povo do Distrito Federal.

            Fico com o coração partido, quando as pessoas, famílias chegam ao meu gabinete e quando falam comigo nas ruas de Brasília e, me perguntam, o que eu posso fazer para que elas não continuem desempregadas, passando fome e toda sorte de necessidades.

            Sr. Presidente, eu particularmente estou preocupadíssimo com esta situação. Vou continuar fazendo esforços junto ao Governador Arruda para que ele pense mais um pouco e reveja esta política de demissões.

            Muito obrigado