Discurso durante a 114ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Ausência de um grande projeto estruturante do Governo para o Estado da Bahia. Expectativas do povo baiano de investimentos na BR-324 e BR-116. Precariedade do setor de saúde no Estado da Bahia.

Autor
César Borges (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: César Augusto Rabello Borges
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES. SAUDE.:
  • Ausência de um grande projeto estruturante do Governo para o Estado da Bahia. Expectativas do povo baiano de investimentos na BR-324 e BR-116. Precariedade do setor de saúde no Estado da Bahia.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 18/07/2007 - Página 25154
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES. SAUDE.
Indexação
  • COMENTARIO, PRECARIEDADE, SITUAÇÃO, RODOVIA, LIGAÇÃO, MUNICIPIO, SALVADOR (BA), FEIRA DE SANTANA (BA), ESTADO DA BAHIA (BA), MORTE, ACIDENTE DE TRANSITO, NECESSIDADE, INVESTIMENTO PUBLICO.
  • NECESSIDADE, URGENCIA, AMPLIAÇÃO, TRECHO, RODOVIA, LIGAÇÃO, MUNICIPIO, FEIRA DE SANTANA (BA), ESTADO DA BAHIA (BA), RIO PARAGUAÇU, PROTESTO, AUSENCIA, LICITAÇÃO, PROJETO, PARCERIA, SETOR PUBLICO, SETOR PRIVADO, DESCUMPRIMENTO, COMPROMISSO, GOVERNO FEDERAL, ANUNCIO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), ALTERNATIVA, CONCESSÃO, MOTIVO, DISPENSA, INVESTIMENTO PUBLICO, PREVISÃO, REDUÇÃO, PREÇO, PEDAGIO.
  • PROTESTO, FALTA, INVESTIMENTO, GOVERNO FEDERAL, INFRAESTRUTURA, DESENVOLVIMENTO.
  • GRAVIDADE, PRECARIEDADE, SAUDE PUBLICA, ESTADO DA BAHIA (BA), SUSPENSÃO, ATENDIMENTO, SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS), HOSPITAL, INICIATIVA PRIVADA, FALTA, APOIO, GOVERNO MUNICIPAL, GOVERNO ESTADUAL.
  • SAUDAÇÃO, RETORNO, EPITACIO CAFETEIRA, SENADOR, RECUPERAÇÃO, SAUDE.
  • REGISTRO, VISITA, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, SENADOR, MELHORIA, SAUDE.

O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Senador Mão Santa, sou baiano, com muito orgulho. E vamos lutar para que a Bahia receba cada vez mais atenção do Governo Federal, já que a Bahia tem a quarta maior população do País entre os Estados brasileiros, a quarta dimensão territorial e a sexta maior economia. E, lamentavelmente, não há um grande projeto estruturante do Governo para o Estado da Bahia.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - V. Exª tem dois padrinhos fortes: o Senhor do Bonfim e Antonio Carlos Magalhães. E duas identidades: nasceu na Bahia, mas é Comendador do Piauí. V. Exª, em nosso Governo, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Renascença, traduzindo o respeito e a admiração do povo do Piauí ao trabalho de V. Exª pelo Nordeste.

O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA) - V. Exª me honrou com essa condecoração, que está entre as maiores e que maior satisfação me deram ao longo da minha vida pública. V. Exª também é muito estimado pelo povo da Bahia, que lhe assiste na televisão. Quando V. Exª passa um tempo, normalmente pequeno, sem vir à tribuna, a população me cobra: “Cadê o Senador Mão Santa? Porque eu gosto sempre de assisti-lo na TV Senado”. V. Exª é muito bem quisto na Bahia. E espero que a amizade entre a Bahia e o Piauí, que é uma amizade que tem dados frutos excelentes aos nossos Estados, permaneça sempre com a visão de fazer com que possamos avançar e corresponder às suas aspirações.

Senador Mão Santa, Sr. Presidente, o primeiro assunto de que vou tratar hoje - e V. Exª será generoso no tempo, até porque a sessão de hoje é praticamente de encerramento do semestre - é um assunto que, há algum tempo, vem preocupando o Estado da Bahia, e estive comentando várias vezes desta tribuna.

A principal ligação rodoviária do Estado da Bahia é a BR-324, rodovia que liga Salvador à principal cidade do interior do Estado, a importante cidade de Feira de Santana, e é um entroncamento rodoviário. Essa estrada tem um movimento pesadíssimo de veículos, e há muitos anos não recebe nenhum investimento para a sua requalificação. Seu estado precário de manutenção tem ceifado a vida de baianos que ali morrem diariamente.

Pois bem, Sr. Presidente, junto com a BR-324, a Bahia tem outra importantíssima rodovia, que não serve apenas ao Estado da Bahia, mas ao Brasil inteiro, que é a famosa Rio-Bahia. A Rio-Bahia liga o Sul e o Sudeste do País ao Nordeste, e vai até Russas no Ceará. A BR-116, no trecho que liga Feira de Santana ao rio Paraguaçu, é uma rodovia cujo projeto geométrico data da década de 40 para 50 e precisa ter o seu traçado geométrico modificado, ela precisa ser duplicada até o rio Paraguaçu.

O Governo atual vem prometendo ao povo baiano que vai resolver o problema. Em primeiro lugar, surgiu a possibilidade de realizar essa obra estruturante com recursos próprios do Governo Federal. Posteriormente, o Governo Federal disse que não tinha recursos orçamentários suficientes para isso, e o Presidente prometeu ao País, não apenas com relação a essa estrada e à Bahia, que com as PPPs (Parcerias Público-Privadas), teríamos resolvidos os gargalos de infra-estrutura do País, nos portos, nas rodovias, na geração de energia elétrica, nos projetos de irrigação.

Estamos caminhando para os três anos. Ao final deste ano, a aprovação feita nesta Casa completará três anos, depois de melhorado o projeto da PPP e nenhuma PPP ainda foi licitada, Senador Augusto Botelho, nenhuma, em três anos.

As primeiras PPPs, dizia o Governo, seriam as das rodovias BR-324 e BR-116, no Estado da Bahia. Foi feito um estudo pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a participação do Ministério dos Transportes e a assessoria do Banco Mundial, e tudo estava pronto para a licitação. Estive com o Ministro Alfredo Nascimento, nosso colega, que me deu um alento muito grande: se a PPP não saísse, ele faria esse projeto até com recursos do próprio Governo Federal.

Fiz crítica ao projeto que foi desenvolvido para as PPPs das BR-324 e BR-116. Por que fiz isso? Porque seria cobrado pedágio, durante sete anos, sem a execução da obra de duplicação da BR-116 em Feira de Santana. Seriam cinco praças de pedágio, ao custo de R$3,50 por 100 quilômetros. Considerei que isso penalizaria o usuário baiano e o brasileiro, porque ali trafegam cargas que vão do Sudeste e do Sul para o Nordeste, e vice-versa.

Fui contra isso e alertei o Ministro, que se interessou pelo assunto.

Entretanto, hoje pela manhã, primeiramente pelos jornais, eu soube que o Governo não vai adotar nem uma fórmula, nem outra: não vai executar obras com recursos próprios, nem vai fazer a Parceria Público-Privada, que exigiria do Governo um aporte de R$36 milhões por ano, durante o período da concessão.

O próprio Ministro acabou de me dar um telefonema e agradeço a sua gentileza. Aliás, é uma particularidade do Ministro a sua permanente gentileza para com os Parlamentares, e para comigo, em particular, por isso desde já o agradeço.

Qual é a nova fórmula? Confirmou-me o Ministro: a fórmula é, simplesmente, fazer uma concessão e não uma Parceria Público-Privada. E qual é a razão? Segundo a Folha de S.Paulo - mas está em todos os jornais do País de hoje, inclusive, em A Tarde, que é o principal jornal do Estado da Bahia, e também em O Estado de S. Paulo -, disse o Ministro Alfredo Nascimento: “Concessão é melhor para o Governo porque ele não tem que fazer investimento.”. Então, o governo não quer fazer investimento algum: nem o investimento direto, nem o investimento parcial, que seria feito pela PPP. E quem vai pagar essa concessão? Quem vai pagar, é claro, é o usuário.

A bem da verdade, o Ministro Alfredo Nascimento disse-me que novos estudos foram feitos, que ele considera viável a concessão, inclusive com um custo de pedágio menor do que estava previsto na PPP, e que, até o final do ano, poderia ser realizada a licitação.

Eu lhe disse: “Ministro, parabéns, porque se V. Exª conseguir isso, será praticamente um milagre.”. É preciso saber se há investidores interessados nisso. Se houver investidores interessados que reduzam o custo de pedágio e se for iniciada a duplicação praticamente no primeiro ano da concessão, é claro que vou aplaudir. Vou aplaudir, mas tenho minhas dúvidas.

Ficarei aqui, Sr. Presidente, fazendo a cobrança permanente do edital, para que haja participantes interessados nesse projeto, na forma como foi concebido pelo Governo Federal, mas não posso me furtar de dizer que o Governo Federal não quer fazer investimentos. Ele não está investindo coisa alguma na Bahia e não há um projeto estruturante no meu Estado. Lamentavelmente, essa é a realidade.

Falei da Ferrovia Oeste, que ligaria Luiz Eduardo Magalhães e Barreiras à cidade de Brumado - e, depois, talvez ao litoral -, um projeto do Governador do Partido dos Trabalhadores, Jaques Wagner, do meu Estado. Entretanto, não vejo o Governo se mobilizar. A obra não está incluída no chamado PAC, nem o Governo assumiu o compromisso de que poderia realizar uma obra estruturante como essa, ligando o oeste da Bahia ao litoral e facilitando o escoamento da safra de soja do oeste.

O que a imprensa publicou hoje, para mim, foi uma surpresa, porque eu não sabia dessa modificação radical com relação à BR-324 e à BR-116.

Portanto, Sr. Presidente, aguardarei que essa terceira solução do Ministro e do Governo Federal seja acertada, pois é uma novidade. A licitação vai demorar seis meses, mas espero que ela se dê rapidamente e que apareça quem tenha interesse.

Duvido muito da viabilidade desses números, da diminuição do valor do pedágio e da concessão sem participação de recursos do Governo Federal, como previsto na Parceria Público-Privada, que considero um retumbante fracasso do Governo Federal.

Para que o Presidente Lula pediu a aprovação de um projeto de PPP ao Senado e à Câmara dos Deputados? Debruçamo-nos sobre o projeto e o melhoramos, mas nada aconteceu, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, não sei se V. Exª me daria mais tempo, porque, lamentavelmente, o assunto que me traz a esta Casa V. Exª conhece bem: a precária situação da saúde no Estado da Bahia.

A saúde vive, hoje, uma situação permanente de descalabro, de caos e de emergência nos hospitais públicos estaduais. O Ministério Público manifestou-se e entidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde, como o Hospital Santa Isabel, suspenderam os atendimentos, porque foram reduzidas as autorizações - no meio do mês, elas praticamente se esgotaram.

Como fica a população nesse caso, Senado Mão Santa, que também é médico? Qual é a situação do Hospital Aristides Maltez e do Hospital do Câncer, um dos melhores do País em termos de atendimento, especializado em oncologia, e que está em dificuldades porque tanto o Município de Salvador como o Governo do Estado não têm a grandeza de entender que o funcionamento de uma instituição como essa, que tantos serviços tem prestado aos mais carentes, é fundamental para aliviar até mesmo o atendimento na rede hospitalar pública? Bastaria que fosse mantido o apoio que sempre demos a esses hospitais.

Quando fui Governador do Estado da Bahia, eu soube reconhecer a importância das obras do Hospital Aristides Maltez, bem como a das Obras Sociais Irmã Dulce, que precisam do apoio do Estado para prestar serviços que, inclusive, o Sistema Único de Saúde não paga, como a assistência a doentes crônicos e às crianças que são deixadas na porta do Hospital Santo Antônio ou do Hospital Aristides Maltez. Este hospital, diga-se de passagem, está construindo uma unidade de oncologia pediátrica, porque não há, no Estado da Bahia, uma unidade especializada no tratamento de câncer de crianças. Justamente neste momento, o Governo deixa de dar assistência a essas entidades e o atual Secretário da Saúde procura desestruturar o sistema, sob a visão antiquada e preconceituosa de que o Estado deve realizar essa administração, eliminando a terceirização para colocar pessoas dele e criando, até mesmo, a “quarteirização”.

Sr. Presidente, concederei o aparte ao Senador Mão Santa, que é médico, o qual enriquecerá o meu discurso.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - Senador César Borges, falarei por mim e pelo extraordinário médico que preside a sessão, Senador Papaléo Paes. Ontem, eu trouxe aqui a publicação de uma entrevista dada pelo Deputado Ciro Gomes, referindo-se ao que está acontecendo nos hospitais. Senador César Borges, ele usou os termos “esculhambação”, “sucateamento hospitalar”. Senadora Serys Slhessarenko, não me leve para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por usar tais termos, mesmo por que nunca os usei, mas que foram usados pelo ex-Ministro e atual Deputado Ciro Gomes ao se referir ao estado em que se encontram os grandes hospitais do Brasil. Aconselharia a V. Exª, Senador Papaléo Paes, nesse tempo em que o Deputado Ciro Gomes definiu como “esculhambação” o estado dos hospitais, quando se reportava ao mesmo tema que V. Exª aborda da tribuna, dizer ao Presidente Luiz Inácio que esse negócio de dizer que “a voz do povo é a voz de Deus” começou na Grécia Antiga, em uma cidade chamada Acaia. Aos que faziam perguntas ao deus Hermes, era recomendado, àquele que fazia a indagação, que saísse com os ouvidos tapados para, somente na rua, ouvir a resposta que viria do povo. O povo estava no Maracanã! Acompanhando o inspirado Senador César Borges, quero lembrar que visitei o Rio de Janeiro, mas não fui vaiar o Presidente Luiz Inácio - sou cristão, educado e respeito autoridade - fui ao Rio de Janeiro levar uma filha, que fará estágio na Santa Casa, com o Professor Azulay. Ela está lá. Visitei a Santa Casa, Papaléo, onde V. Exª aprendeu cardiologia, e que está vivendo - como disse o nosso Ciro Gomes - um sucateamento. Quanto ao Hospital dos Servidores do Estado - o paraibano Alcides Carneiro, disse: “Nasce dos que sentem para servir aos que sofrem” -, um hospital considerado padrão, inclusive tinha um apartamento presidencial - fiz pós-graduação lá, com o Professor Mariano de Andrade, que tinha serviço voluntário na Santa Casa, aliás, o maior orgulho de Pitanguy era operar às sextas-feiras lá. E o Fundão? Não o conheço, apenas de passagem para o aeroporto Galeão, mas, César Borges, estão caindo as janelas, as portas e tudo. Portanto, esse é o convite que fazemos. O Ciro Gomes deu a idéia dessa comitiva, que terá como participantes o César Borges, o Papaléo, que está aí, no telefone, e eu. Vamos levar o Luiz Inácio em um fim de semana, e o nosso Senador, que hoje é Governador do Estado, nosso amigo do PMDB para verem a Santa Casa, para verem o Hospital HSE, um símbolo de outrora! O Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo teve um enfarte e ficou lá, época em que eu era residente. Hoje, o Hospital está sucateado, assim como o do Governo Federal, que é o do Fundão, centro de ensinamento para o universitário. Então, penso que depois que ele for - seguindo a denúncia da Bahia - ao Rio de Janeiro, ele voltará a ser aclamado e aplaudido pelo povo brasileiro.

O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA) - Obrigado, Senador Mão Santa.

Sr. Presidente, estou me encaminhando para o encerramento.

O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PMDB - AP) - Senador César Borges, permita-me justificar a chamada de atenção do Senador Mão Santa. Encerrou, há pouco, a reunião da Mesa, da qual fizeram parte V. Exª e eu, em que esteve presente a ex-Senadora Heloísa Helena, como Presidenta do PSOL. Estava ao telefone exatamente respondendo à chamada da ex-Senadora, que queria saber o resultado da reunião da Mesa. Por isso estava ao telefone. Tenho o costume de não ficar ao telefone a não ser em casos necessários e urgentes, Senador Mão Santa! Necessários e urgentes, como neste em que a Senadora Heloísa Helena queria saber o resultado da reunião da Mesa, que, por unanimidade, decidiu pelo encaminhamento para os devidos procedimentos, pedido pelo Conselho de Ética.

O Sr. Mão Santa (PMDB - PI) - V. Exª não precisa se justificar. V. Exª merece o aplauso por dar atenção à extraordinária mulher da política brasileira, uma esperança na moralidade das coisas.

O SR. PRESIDENTE (Papaléo Paes. PMDB - AP) - Faço questão de justificar, porque - quando V. Exª me chamou a atenção - as pessoas não sabem do que se trata. Isso, de uma forma ou de outra, nos constrange. Por isso, faço a devida justificação.

Também quero dizer a todo o Brasil que quem preside a sessão normalmente recebe telefonemas funcionais e não pode deixar de atendê-los.

Continua com a palavra o Senador César Borges.

O SR. CÉSAR BORGES (PFL - BA) - Sr. Presidente, quero, aqui, saudar e dizer da minha alegria pessoal por estar novamente em nossa companhia e neste Plenário o Senador Epitácio Cafeteira, que vejo restabelecido. Tenho a certeza de que esta alegria não é apenas minha, mas de toda a Casa, de todas as Srªs e Srs. Senadores e também do povo maranhense. Seja muito bem-vindo! V. Exª fez falta nesse período à Casa!

Sr. Presidente, quero dizer ao Senador Mão Santa que estive, no fim de semana próximo passado - sábado e domingo -, com o Senador Antonio Carlos Magalhães em São Paulo, e que, com a força e a vontade de S. Exª para superar os problemas, ele está apresentando sensível melhora, principalmente por intermédio da força da sua amizade com o povo da Bahia, que me aborda, a todo o momento, buscando notícias do Senador Antonio Carlos Magalhães, e que faz uma corrente fortíssima para que S. Exª também possa, rapidamente, se restabelecer para retornar a esta Casa. É esta - não tenho dúvida - a expectativa de seus Pares e a do povo baiano em particular.

Sr. Presidente, ao encerrar, quero dizer que, lamentavelmente, a situação da saúde em todo o País é de descalabro, é de caos. Na Bahia, ela está pior.

Senador Mão Santa, não pode um Governo estadual imaginar que a saúde seja unicamente tocada com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Há uma responsabilidade dos Estados e também dos Municípios, principalmente dos Estados, que dispõem de mais recursos. Sempre foi assim. Não se pode limitar o atendimento, principalmente na parte social, das Santas Casas, das instituições existentes que prestam um serviço inestimável à população mais carente, que todos os Estados têm, e que temos na Bahia, e que temos de preservá-las, até no entendimento de que elas aliviam a demanda de serviços ao Estado. E o Estado cruza os braços e quer apenas se regular pelo SUS, pelas AIHs, e não quer colocar nada do seu orçamento para auxiliar essas instituições, tão importantes para o nosso Estado. Parece-me uma visão pequena, à qual temos de combater. Lamento que tal visão venha exatamente do Partido dos Trabalhadores, que tanto criticava facilmente, mas que ao chegar ao Governo é perverso para com as instituições que melhor atendem a população.

Sr. Presidente, vamos continuar denunciando daqui esse descalabro para com a saúde no Estado da Bahia e em todo o Brasil!

Muito obrigado pela sua compreensão, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/07/2007 - Página 25154