Discurso durante a 119ª Sessão Especial, no Senado Federal

Homenagem ao Sr. Antonio Ernesto Werna de Salvo, presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária no Brasil - CNA.

Autor
Jonas Pinheiro (DEM - Democratas/MT)
Nome completo: Jonas Pinheiro da Silva
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao Sr. Antonio Ernesto Werna de Salvo, presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária no Brasil - CNA.
Publicação
Publicação no DSF de 08/08/2007 - Página 25975
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, AGRONOMO, PRESIDENTE, CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL (CNA), PARTICIPAÇÃO, ENTIDADES SINDICAIS, ASSOCIAÇÃO RURAL, PRESIDENCIA, SERVIÇO NACIONAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL (SENAR), ATUAÇÃO, CONSELHO NACIONAL DO TRABALHO, MINISTERIO DO TRABALHO E EMPREGO (MTE), CONSELHO, AGRICULTURA, EXPORTAÇÃO, MINISTERIO DA AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO (MAPA), Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), ELABORAÇÃO, OBRA LITERARIA, ASSUNTO, ZOOTECNIA, RECEBIMENTO, COMENDA, TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST), ITAMARATI (MRE).

O SR. JONAS PINHEIRO (DEM - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Alvaro Dias; Exmº Sr. Governador de Mato Grosso, Blairo Maggi; Exmº Sr. Vice-Presidente da CNA, Pio Guerra, que neste instante representa a CNA nesta Casa; Deputado Leonardo Vilela, que representa a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados; Geraldo Melo Filho, que também representa a CNA; meu eterno professor de Extensão Rural, Renato Simplício, que hoje é Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal; meus amigos diretores da CNA, Srªs e Srs. Senadores, Senador Neuto de Conto, Presidente da Comissão de Agricultura do Senado Federal, quero fazer uma referência especial aos líderes dos produtores de Mato Grosso que também se encontram na Casa, onde vieram hoje para tratar do assunto do crédito rural dos produtores rurais do País, é difícil e ao mesmo tempo fácil falar em nome de Antônio Ernesto de Salvo, nós que o conhecemos e que convivemos com ele durante seus cinco mandatos como presidente da CNA. Alguns podem até falar que ele cansou nesses cinco mandatos, mas Antônio Ernesto, pelo contrário, foi presente e atualizado no seu trabalho frente à CNA.

Não vejo a CNA sem, primeiro, enxergar ali a pessoa, a capacidade e o trabalho de Antônio Ernesto. E a Senadora Kátia Abreu, quando fez uma referência logo após a morte de Antônio Ernesto, convocou uma sessão especial nesta Casa e produziu um livro onde fala da vida para a história rural de Antônio Ernesto de Salvo. Tirei desse livro, Sr. Presidente, a biografia de Antônio Ernesto de Salvo, que é muito rica, e faço questão de lê-la.

Antônio Ernesto Werna de Salvo, engenheiro agrônomo, nascido em 6 de julho de 1933, formou-se pela Escola Nacional de Agronomia da Universidade Rural do Brasil, em 1955, no Rio de Janeiro. Fazendeiro em Curvelo, Minas Gerais, cidade onde nasceu, administrava sua fazenda, a Fazenda Canoas, onde era criador reconhecido pela excelência do rebanho do gado Guzerá. Seu conhecimento a respeito do assunto tornou-o membro do Colégio Brasileiro de Juízes e do Conselho Técnico de Serviço de Registro Genealógico da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com sede em Uberaba (MG). Foi vice-presidente e presidente da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil e era membro da diretoria do Conselho Deliberativo da ABCZ. Em 1987, recebeu o Mérito Pecuário, oferecido pela entidade.

Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) por cinco mandatos, foi reeleito em outubro de 2005 para mais um triênio à frente da entidade que representa os produtores rurais brasileiros. Presidia também o Conselho Superior de Agricultura e Pecuária do Brasil - Rural Brasil, que reúne nove entidades do setor primário que respondem majoritariamente pela renda, produção, exportação e geração de empregos do setor rural. Em novembro de 1997, foi eleito Presidente da Confederación Interamericana de Ganaderos y Agricultores (CIAGA), que reúne as entidades representativas de produtores rurais das três Américas.

Começou a atuar na área de representação sindical como presidente e fundador do Sindicato Rural de Curvelo. Também foi presidente e fundador da Associação Mineira de Criadores de Zebu, em sua cidade natal. Posteriormente, assumiu por dois mandatos a vice-presidência da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG), na qual atuou, ainda, como membro e presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Corte. Em 1984, foi eleito Presidente da FAEMG.

Além de presidente da CNA, presidia o Conselho Deliberativo do Serviço de Aprendizagem Rural (SENAR). Paralelamente, atuava como membro titular do Conselho Político Empresarial; do Conselho Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); do Conselho do Agronegócio (Consagro), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Conselho Nacional de Política Agrícola (CNPA); e do Conselho Assessor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Elaborou vários trabalhos técnicos na área da zootecnia, publicados pela Escola Veterinária da Universidade de Minas Gerais. Entre eles, o livro Guzerá 50 Anos - Fazenda Canoas - Curvelo - Minas Gerais. Artigos, entrevistas e reflexões sobre o tema do setor agropecuário podem ser encontrados nos livros Semeando Idéias I e II.

Por sua atuação na liderança do setor agropecuário, foi condecorado com a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário, do TST, e a Comenda da Ordem do Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores.

Esse foi o Antônio Ernesto que conhecemos e com quem trabalhamos por todo esse tempo. Como disse nosso Senador Marconi Perillo, não houve causa do agronegócio brasileiro em que Antônio Ernesto não estivesse à frente. A sua presença era respeitada por todos, porque, apesar de ser direto, sem rodeios em suas palavras, era um homem ameno, querido e admirado por todos.

Portanto, homenagear Antônio Ernesto neste dia, por proposição do nosso Senador Marconi Perillo, com a presença de representantes da CNA e do Sindicalismo Rural Patronal, é um estímulo para continuarmos as ações que Antônio Ernesto não conseguiu realizar.

Enfim, termino meu pronunciamento com uma das suas frases: “Obrigado a você, fazendeiro do Brasil, construtor desta terra, conquistador do seu solo, viabilizador de sua cidade e garantia de seu futuro”.

Muito obrigado, em nome do DEM.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/08/2007 - Página 25975