Discurso durante a 154ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo para a votação de projeto de lei, tramitando na Câmara Deputados, que concede aos aposentados o mesmo percentual de reajuste concedido ao salário mínimo. Registro do recebimento de ofício da Governadora do Estado do Rio Grande do Sul relativo à recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul - SUDESUL. Relato de iniciativas parlamentares de S.Exa. em prol do desenvolvimento social e econômico do nosso País.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. PREVIDENCIA SOCIAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Apelo para a votação de projeto de lei, tramitando na Câmara Deputados, que concede aos aposentados o mesmo percentual de reajuste concedido ao salário mínimo. Registro do recebimento de ofício da Governadora do Estado do Rio Grande do Sul relativo à recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul - SUDESUL. Relato de iniciativas parlamentares de S.Exa. em prol do desenvolvimento social e econômico do nosso País.
Publicação
Publicação no DSF de 12/09/2007 - Página 30940
Assunto
Outros > SENADO. PREVIDENCIA SOCIAL. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • CUMPRIMENTO, PAULO DUQUE, SENADOR, DEFESA, ABERTURA, VOTO, ESCLARECIMENTOS, NECESSIDADE, APROVAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, EXTINÇÃO, VOTO SECRETO.
  • REGISTRO, PRESENÇA, REPRESENTANTE, CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA, APOSENTADO, SENADO, APRESENTAÇÃO, DOCUMENTO, REIVINDICAÇÃO, VOTAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUMENTO, PERCENTAGEM, REAJUSTE, APOSENTADORIA, EQUIPARAÇÃO, INDICE, SALARIO MINIMO, EXPECTATIVA, ABERTURA, VOTO, FAVORECIMENTO, APROVAÇÃO, PROJETO, APREENSÃO, DIFICULDADE, DERRUBADA, VETO (VET), SITUAÇÃO, VOTO SECRETO, LEGISLATIVO.
  • REGISTRO, RECEBIMENTO, DOCUMENTO, GOVERNADOR, ESTADOS, REGIÃO SUL, ASSUNTO, PROJETO, RECRIAÇÃO, SUPERINTENDENCIA DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO SUL (SUDESUL).

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - AC. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Tião Viana, em primeiro lugar, cumprimento o Senador Paulo Duque por ter defendido aqui o fim do voto secreto. Lembro que não é preciso apresentar proposta de emenda à Constituição alguma. Já existe a PEC do ex-Senador Sérgio Cabral, existe a PEC apresentada pelo Senador Tião Viana e existe uma PEC de nossa autoria, apresentada há muito tempo, que proíbe o voto secreto em todos os casos, e não especificamente em um caso. Dentro das regras do jogo do debate democrático, vamos aprová-la, pois, infelizmente, não foi aprovada até hoje.

            Sr. Presidente, como já falei sobre este tema ontem, não vou abordá-lo novamente.

            Já encaminhei às suas mãos - V. Exª recebeu - o documento da Cobap - Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos. Os companheiros estão aqui, oriundos de todos os Estados do País, para fazer um apelo. Refiro-me ao PL nº 58, que está nas duas Casas: Câmara e Senado. Quando fui Relator da Comissão Mista, eu o reproduzi dentro do relatório do salário mínimo e, por iniciativa de V. Exª, remetemos à Câmara aquele projeto, para que os aposentados voltem a receber o mesmo percentual de reajuste concedido ao mínimo e, aí, fizemos uma recomposição de todas as perdas acumuladas.

            Aqui os aposentados de todo o País estão fazendo uma vigília, na Câmara e no Senado - estão na galeria neste momento. Eles pedem somente que os PLs sejam colocados em votação. Como nesse caso não é voto secreto, tenho certeza de que, se o PL nº 58 e o resultado da deliberação da Comissão Mista do Salário Mínimo forem aprovados na Câmara e no Senado, os demais serão aprovados, porque o voto é aberto.

            Tenho receio, claro, quando o voto é secreto, em situações de veto, seja qual for o momento de nossa história. Já aconteceu de eu aprovar um projeto de reajuste do salário mínimo dos aposentados por unanimidade e, depois, não conseguir derrubar o veto porque a votação era secreta.

            Sr. Presidente, já encaminhei às mãos de V. Exª, sei que a Casa vai deliberar - espero que delibere o mais rápido possível - sobre o interesse de, no mínimo, 27 milhões de idosos, em sua maioria aposentados e pensionistas que esperam a recuperação de suas perdas.

            Por isso, Sr. Presidente, quero cumprimentar as senhoras e os senhores de cabelos brancos que estão na galeria. Sei que não é fácil para vocês se deslocarem de seus Estados de origem. Muitos me falaram que passaram 36 horas viajando. Muitos, inclusive, atravessando o País; em alguns Estados, utilizaram o barco para chegar à capital e, depois, pegaram ônibus para estarem neste momento aqui.

            Digo a vocês: não joguem a toalha, peleiem, peleiem, que um dia o PL nº 58 há de se aprovado neste País.

            Era este, Sr. Presidente, o meu pronunciamento.

            Quero dar a vocês, de minha parte, pela luta e pela história, uma salva de palmas aqui da tribuna do Senado.

            (Palmas.)

            Sr. Presidente Tião Viana, queria ainda, dentro do dois minutos que V. Exª me concedeu - V. Exª, por sua visão democrática e por entender a importância deste debate, está sendo tolerante com a galeria -, fazer referência ao documento que recebi hoje dos três governadores dos Estados do Sul que fortalece um outro projeto de nossa autoria, que é a criação da Sudesul.

            No outro pronunciamento, Sr. Presidente, listo uma série de iniciativas deste Senado da República em defesa dos trabalhadores e dos aposentados e dou um destaque especial ao PL nº 58.

            Era isso que tinha a dizer.

            Muito obrigado Sr. Presidente.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTOS DO SR. SENADOR PAULO PAIM.

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            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, estou no Congresso Nacional há mais de 20 anos e sempre pautei a minha atuação com transparência, seriedade e fundamentalmente com o compromisso de lutar pelos direitos dos movimentos da sociedade como de idosos, de aposentados e pensionistas, de negros, de servidores públicos, de pessoas com deficiência.

            Com o movimento sindical não poderia ser diferente. Todos sabem que a minha relação é antiga, pois sou oriundo do chão de fábrica, das Cipas, das greves, dos piquetes, das assembléias. Fui presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Secretário-Geral da Central Única dos Trabalhadores.

            Tenho apresentado uma série de projetos que entendo serem de extrema importância para o desenvolvimento social e econômico do nosso país. Uns já foram aprovados e viraram leis, como é o caso do Estatuto do Idoso.

            Outros foram aprovados por esta Casa e encaminhados para a Câmara dos Deputados. E há aqueles que estão sendo discutidos e debatidos nas diversas Comissões do Senado. Vou me deter agora a fazer um pequeno comentário sobre algumas propostas de minha autoria para o movimento sindical.

            É importante salientar que esses projetos que vou citar aqui foram amplamente discutidos com as centrais, confederações, federações e sindicatos de trabalhadores. Todos eles possuem o aval do movimento sindical brasileiro.

            O PLS (Projeto de lei do Senado) nº 513, de 2007, determina que a classe patronal não poderá mais utilizar a Ação do Interdito Proibitório para brecar as manifestações e greves pacíficas. O objetivo é evitar a repressão por parte do poder econômico e garantir os direitos Constitucionais dos trabalhadores.

            Já o PLS nº 512/2007 acrescenta novo parágrafo ao art. 746 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), garantindo ao trabalhador que sofreu acidente de trabalho o direito de recorrer à Justiça do Trabalho em até três anos após o seu desligamento da empresa.

            O PLS nº 83/2007 regulamenta o direito de greve para os trabalhadores da iniciativa privada. E o PLS nº 84 regulamenta o direito de greve para os servidores públicos. Tanto um como outro são antigas reivindicações do movimento sindical.

            Sr. Presidente, conforme o último boletim do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), dos 11 projetos mais importantes para a classe trabalhadora com tramitação no Senado Federal, seis são de minha autoria.

            O PLS nº 248/2006 regulamenta a contribuição assistencial. Ou seja, prevê o desconto compulsório no limite percentual de até 1%. Já o PLS nº 296, de 2003 acaba com o famigerado Fator Previdenciário.

            A Proposta de Emenda Constitucional (PEC 75/2003) prevê a redução da jornada de trabalho semanal, sem redução salarial, da mesma forma que o Projeto de Lei do Senado (PLS 254/200) que vai neste sentido.

            O PLS nº 200/2006 dispõe sobre o substituto processual. A intenção com esse projeto é avançar nas relações judiciais entre empregados e empregadores. Ou seja, dar um equilíbrio nessas relações e aliviar a demanda e desafogar o Judiciário.

            Há também, o PLS nº 177/2007, que já foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em caráter terminativo. O projeto garante estabilidade aos dirigentes sindicais e seus suplentes integrantes do Conselho Fiscal.

            Atualmente a estabilidade só é garantida aos membros da direção dos sindicatos. A proposta é uma antiga reivindicação do movimento sindical e vai com certeza fortalecer o princípio da negociação e as boas relações entre os trabalhadores e empregadores.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.

 

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras e Srs. Senadores, eu gostaria de fazer um registro sobre ofício recebido em meu gabinete, encaminhado pela Governadora do Estado do Rio Grande do Sul e Presidente do Codesul, Yeda Crusius, relativo à recriação da Superintendência de Desenvolvimento da Região Sul (SUDESUL).

            Sr Presidente, fico feliz por essa proposta vir ao encontro do projeto PLS nº 261 de 2007, que institui a Sudesul. Ele foi aprovado na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e agora se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, distribuído ao Senador Osmar Dias para emitir relatório.

            Neste momento em que o Governo Federal institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional e a criação das novas Superintendências do Desenvolvimento do Nordeste, da Amazônia e do Centro-Oeste, há que se ponderar também a respeito da criação de uma entidade voltada para o desenvolvimento da região Sul.

            Com a certeza de que a Sudesul constituir-se-á em instrumento capaz de nortear as ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da Região Sul, é que parabenizamos a iniciativa da nobre Governadora Yeda Crusius, no intuito de formarmos uma grande parceria.

            Era o que eu tinha a dizer.

            Muito obrigado.

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/09/2007 - Página 30940