Discurso durante a 159ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Explicações sobre notícias inverídicas divulgadas a respeito da pessoa de S. Exa. e dos integrantes de seu gabinete.(como Líder)

Autor
Jefferson Peres (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AM)
Nome completo: José Jefferson Carpinteiro Peres
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA. TRIBUTOS.:
  • Explicações sobre notícias inverídicas divulgadas a respeito da pessoa de S. Exa. e dos integrantes de seu gabinete.(como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 19/09/2007 - Página 31996
Assunto
Outros > IMPRENSA. TRIBUTOS.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, ERRO, PUBLICAÇÃO, IMPRENSA, INFORMAÇÕES, PRONUNCIAMENTO, RENAN CALHEIROS, SENADOR, SESSÃO SECRETA, ACUSAÇÃO, ORADOR, NEPOTISMO.
  • ANALISE, REDUÇÃO, AUDIENCIA, EMISSORA, TELEVISÃO, SENADO, MOTIVO, AUSENCIA, CONFIANÇA, POPULAÇÃO, LEGISLATIVO.
  • ANUNCIO, DIFICULDADE, APROVAÇÃO, DESVINCULAÇÃO, RECURSOS, UNIÃO FEDERAL, PRORROGAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), REGISTRO, VOTO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT), CONDICIONAMENTO, APOIO, MANUTENÇÃO, CONTRIBUIÇÃO, REDUÇÃO, ALIQUOTA, GARANTIA, TOTAL, VERBA, DESTINAÇÃO, SAUDE.
  • ADVERTENCIA, AUSENCIA, ACEITAÇÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT), FAVORECIMENTO, GOVERNO, TROCA, VOTO FAVORAVEL, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), SIMILARIDADE, NEGOCIAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS.

            O SR. JEFFERSON PÉRES (PDT - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não costumo falar de mim mesmo da tribuna do Senado, porque entendo que a vida pública deve ser conduzida de forma impessoal. O homem público não deve ter amigos nem inimigos. Acima de amizades e de inimizades, estão as instituições, que devem estar acima dos interesses pessoais também, embora eu saiba que seja muito difícil convencer a média dos políticos brasileiros deste princípio: as instituições e o interesse público estão acima dos interesses pessoais.

            Mas, hoje, venho falar de mim mesmo, porque, graças ao caráter secreto daquela malsinada sessão da semana passada, vazaram para os jornalistas informações, a meu ver, equivocadas a respeito de uma passagem do discurso do Senador Renan Calheiros, que teria feito insinuações e ameaças a mim e ao Senador Pedro Simon. Não houve isso, não senti isso. Em nenhum momento, eu me senti ameaçado, vítima ou alvo de insinuação, porque eu teria reagido na hora. Jornalistas bem-informados - mas, neste caso, muito mal informados - disseram que teria sido uma alusão à suposta presença da minha mulher no meu gabinete como funcionária do Senado. Já esclareci isto: minha mulher não foi, nunca foi, não é funcionária nem do meu, nem de nenhum outro gabinete do Senado. Se não a nomeei, não foi por medo da imprensa, nem de censura, não, mas porque acho que não está certo, porque sou contra o nepotismo, só por isso. Portanto, isso não é verdade.

            Qual seria a outra insinuação? Amante? Se quiserem, também tenho de dizer, em voz alta, que não tenho amante em meu gabinete. Qual teria sido a insinuação do Senador Renan Calheiros? Não foi dirigida a mim a insinuação, obviamente, porque, repito, eu o teria interpelado naquele momento, para que dissesse se a alusão tinha sido feita a mim. Portanto, isso não aconteceu. Os jornalistas foram vítimas de uma informação distorcida.

            Sr. Presidente, eram esses os esclarecimentos que eu devia fazer. Sei que estou sendo muito pouco ouvido lá fora, porque a audiência da TV Senado caiu. São inúmeros os e-mails que recebo dizendo: “A partir de hoje, não mais vou ligar a TV Senado”. Isso demonstra um profundo desprezo por esta Casa, um desprezo perfeitamente compreensível.

            Aproveitando a oportunidade, eu gostaria de me dirigir ao Líder do Governo nesta Casa, Senador Romero Jucá, para dar o aviso ao Governo de que estão para chegar a esta Casa duas medidas, duas proposições do mais alto interesse, quase vitais, eu diria, para o Governo: a Desvinculação de Recursos da União (DRU) e a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Vai ser muito difícil aprová-las nesta Casa.

            O PDT é da base do Governo, mas não vota, automaticamente, com o Governo. Não vamos contribuir para derrubar a CPMF, porque sabemos que essa Contribuição é essencial ao Governo, mas não vamos aprová-la como está. Dou o aviso enquanto a matéria está na Câmara: ou o Governo apresenta uma proposta com alíquotas substancialmente decrescentes da CPMF, ou o PDT não vota essa medida. E não nos venham acenar com vantagens, como está publicado hoje nos jornais, de que há uma barganha intensa na Câmara, com alguns partidos exigindo cargos e verbas! O PDT não quer cargos nem verbas. Não indiquei ninguém para Governo, para cargo nenhum do Governo; não quero liberação de nenhuma emenda minha.

            Não vou, irresponsavelmente, derrubar a CPMF - e olhem que quatro votos do PDT vão fazer diferença! -, mas apresentem uma proposta que seja palatável para a sociedade. Que as alíquotas sejam decrescentes, até chegarem a vinte centésimos, sendo toda a verba destinada à Saúde! Do contrário, não contem com o PDT aqui!

 

            


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/09/2007 - Página 31996