Discurso durante a 165ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a entrega do relatório do TCU apontando irregularidades graves em 77 obras do Governo Federal.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. IMPRENSA.:
  • Comentários sobre a entrega do relatório do TCU apontando irregularidades graves em 77 obras do Governo Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 27/09/2007 - Página 32896
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. IMPRENSA.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, JORNAL DO SENADO, DISTRITO FEDERAL (DF), DIVULGAÇÃO, RELATORIO, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU), ACUSAÇÃO, CORRUPÇÃO, IRREGULARIDADE, PARCELA, OBRAS, GOVERNO FEDERAL, SUPERIORIDADE, INCIDENCIA, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT).
  • ACUSAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, BANCADA, GOVERNO, PARCELA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), CORRUPÇÃO, ANALISE, IMPORTANCIA, CONSCIENTIZAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, ELOGIO, ATUAÇÃO, JORNAL, JORNAL DO SENADO, DISTRITO FEDERAL (DF), SAUDAÇÃO, JORNALISTA.

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Cinco minutos. É o suficiente. Cristo fez o Pai Nosso em um.

Senador Tião Viana, Senadoras e Senadores aqui presentes, brasileiras e brasileiros que nos assistem pelo sistema de comunicação, este Senado, ô Jefferson Péres, é extraordinário. O Jornal do Senado merece o nosso apreço. Terminamos às vezes reuniões aqui, ô Casagrande, nas madrugadas, e, às 7 horas da manhã, o jornal já está no mundo.

Atentai bem: “TCU aponta irregularidades em 77 obras”.

Ô Luiz Inácio...

Tião Viana, V. Exª foi seminarista? Marco Maciel é cardeal aqui, homem de Deus. Aqui está o catecismo, aqui estão os Dez Mandamentos. Eu não vou exigir que Luiz Inácio aprenda os dez. Mas a desgraça do Brasil está aqui, no sétimo, ô Tião Viana: “Não furtar nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo”. Casagrande, lá no décimo, Deus mandou relembrar: “Não cobiçar as coisas alheias”.

Mas a desgraça deste País é isto: a corrupção.

Atentai bem! Ô João Pedro, de 231 obras, 77 estão tachadas pelo Tribunal de Contas da União. Isso é de agora. É um terço. Ô João Pedro, sabe o que é um terço? São 33,3%. De cada três, há corrupção em uma.

Esse é o dinheiro que está faltando para a Saúde; esse é o dinheiro que está faltando para a Segurança; esse é o dinheiro que está faltando para a Educação.

Perguntaram ao Carlos Lacerda o que é governar, Luiz Inácio. Ele disse: “É não roubar e não deixar roubar”. Cristovam Buarque! Isso é fácil, Luiz Inácio. Se não quiser fazer regra de três porque é complicado, some 77, 77 e 77, e dará 231. Um terço das obras! Ô Marisa, não é o Senador Mão Santa que está dizendo, não. É o Tribunal de Contas da União. Está aqui. Filme este jornal, TV Senado.

Parabenizo a equipe do Jornal do Senado. Olhem a massaroca de documentos. Mandaram parar 77 obras, um terço. A cada três obras federais, há uma corrupção. Mas a maior incidência é no Dnit.

Então, antes desse relatório, saiu um do Tribunal de Contas da União - Ministro da Fazenda Rui Barbosa, que está ali debaixo de Cristo, ele que criou o Tribunal de Contas da União -, está aqui: “Ao lado de Cláudio Vignatti, Renan recebe de Walton Rodrigues e Guilherme Palmeira...” - todas comprovadas pelo Tribunal de Contas da União. Eu estou, ô De Conto, no PMDB, o PMDB do bem, o PMDB que ouve ainda Ulysses falar: “A corrupção é o cupim que corrói a democracia”. Nunca se viu tanto cupim. Está aqui. Então, isso é uma vergonha.

E os nossos parabéns à Comunicação Social do Jornal do Senado; ao Diretor da Secretaria Especial de Comunicação Social, Weiller Diniz; ao jornalista Helival Rios; ao Diretor do Jornal do Senado, Eduardo Leão, e a toda a equipe de editores que está aqui, que circula na primeira página.

Então, isto aqui eu posso dizer aqui e agora: Isto é uma vergonha! Por isso, fala-se em fechar o Senado. O Boris Casoy que dizia: “Isto é uma vergonha”...

(Interrupção do som.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) - O Tião é generoso e justo.

            V. Exª fica bem aí na Presidência. Eu sempre o admirei.

Então, isto é a vergonha. E, nesse imbróglio todo, nesse mar de corrupção, o Dnit é o campeão: das 77, ele tem um terço. Aí a razão das estradas esburacadas, das pontes caídas, dos acidentes.

Então, o que nós queremos dizer aqui e agora: são válidas. Isso que imprimimos no PMDB. Esse PMDB é grandioso, é histórico. Ele que fez renascer a democracia, ele que fez Ulysses, encantado no fundo do mar, que disse: “Ouça a voz rouca das ruas” - é o povo. E o povo está insatisfeito por isso. O povo foi enganado, e estamos hoje no mar da corrupção. E Rui Barbosa, que está ali, Senadora Marisa, fez uma reflexão: “De tanto ver as nulidades assumirem o governo, de rir-se das honras, de campear a corrupção, vamos ter vergonha de ser honestos”. Então, esse dia chegou. É esse Governo que nós vivemos.

Perguntaram a Carlos Lacerda - ó Luiz Inácio! -, Carlos Werneck de Lacerda. Ele disse: “Governar é fácil; é não roubar e não deixar roubar”. Aqui está o Tribunal de Contas da União. O Piauí salta aos olhos; o PT domina. Heráclito Fortes, nós conhecemos. E quero dar um testemunho aqui.

Ô Jonas, quando aqui entrei, indaguei a um dos Senadores mais velhos se isso ia dar certo - ele não está neste mandato não. Indaguei porque votei, na primeira vez, em Lula. Eu fui enganado. Perguntei ao Senador: “Isso vai dar certo?” E o Senador me disse o seguinte: “Vai não. Não vai dar certo, porque são uns famintos, desempregados, malandros; eles vão é roubar muito”. E aqui está. Era aquele Senador que sentava bem ali, mais idoso, experimentado.

E essa gente, como diz a sabedoria popular, foi com muita sede ao pote. No nosso Piauí, nós os identificamos, é fácil, salta aos olhos: não tinham nada, nunca trabalharam, são os mais ricos,...

(Interrupção do som.)

O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI) -... e aqui está a denúncia no Jornal do Senado. Nas Leis de Deus, o 7º mandamento diz, Luiz Inácio: “Não furtar”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/09/2007 - Página 32896