Discurso durante a 224ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem póstuma à ex-deputada estadual do Rio de Janeiro Heloneida Studart.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem póstuma à ex-deputada estadual do Rio de Janeiro Heloneida Studart.
Publicação
Publicação no DSF de 06/12/2007 - Página 43628
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, EX-DEPUTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), EX PRESIDENTE, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, JORNALISTA, ESCRITOR, PIONEIRO, FEMINISMO, BRASIL, FUNDADOR, INSTITUIÇÃO ASSISTENCIAL, CRIAÇÃO, LEGISLAÇÃO, DEFESA, INTERESSE, MULHER, DESCRIÇÃO, LANÇAMENTO, LIVRO, ELOGIO, VIDA PUBLICA.

            A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Agradeço, Sr. Presidente.

            Encaminhei à Mesa, no dia de ontem, um voto de pesar. É claro que, na sessão de ontem, sendo uma sessão especial, não se pôde fazer o registro, mas gostaria de fazê-lo no dia de hoje. Trata-se de um voto de pesar, assinado por vários Senadores, pelo falecimento da ex-deputada estadual do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores e ex-Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e nossa mui querida Heloneida Studart, que ocorreu nesta última segunda-feira, dia 3 de dezembro.

            Heloneida faleceu aos 75 anos de idade. Era um coração valente, cearense. O seu slogan traduzia, de forma muito concreta, a sua personalidade: “vida de luta, mulher de valor”. O Brasil perde, indiscutivelmente, uma grande mulher, uma política admirável, uma talentosa jornalista e escritora, uma feminista pioneira.

            Heloneida atuou como Deputada durante seis mandatos na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Criou diversas leis que beneficiam as mulheres, como a lei que garantiu o exame de DNA para as mães de baixa renda. Foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Em 1975, criou o Centro da Mulher Brasileira (CMB), uma das primeiras entidades feministas do País que defendia os direitos das mulheres na época da Ditadura.

            Heloneida também participou ativamente do denominado “Lobby do Batom”, que defendeu direitos trabalhistas das mulheres, entre eles, os 120 dias de licença-maternidade.

            Como jornalista, Heloneida escreveu sobre a condição feminina, a convite da Editora Vozes, publicando os ensaios Mulher Objeto de Cama e Mesa, obra que vendeu 280 mil exemplares e se transformou em uma espécie de bíblia do feminismo brasileiro, e Mulher, a Quem Pertence Teu Corpo?. Esses dois trabalhos estão, respectivamente, na 27ª e na 6ª edições.

            Por ser uma militante do nosso Partido e, muito mais, pelo que representou como feminista, como jornalista, como combatente das causas populares e democráticas do País, não poderíamos deixar de fazer o registro e de solicitar à Mesa o encaminhamento do voto de pesar a todos os parentes e amigos desta grande mulher, esta mulher de valor, Heloneida Studart.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/12/2007 - Página 43628