Discurso durante a 22ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Leitura do abaixo-assinado do Movimento Popular de Apicultores da grande Picos denunciando a crise no setor e cobrando providências.

Autor
Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA AGRICOLA.:
  • Leitura do abaixo-assinado do Movimento Popular de Apicultores da grande Picos denunciando a crise no setor e cobrando providências.
Publicação
Publicação no DSF de 05/03/2008 - Página 4507
Assunto
Outros > POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • LEITURA, DOCUMENTO, ENTIDADE, APICULTURA, MUNICIPIOS, PICOS (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), DENUNCIA, GRAVIDADE, CRISE, SETOR, SUPERIORIDADE, DIVIDA, INJUSTIÇA, DESVIO, RECURSOS, ATENDIMENTO, INTERMEDIARIO, COBRANÇA, PROVIDENCIA, MINISTERIO PUBLICO FEDERAL.

            O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Senador João Vicente, foi bom Deus o colocar aí para pensar nisso. Recebi este documento. Atentai bem para o Piauí verdadeiro.

Ao Ministério Público Federal.

Procuradoria da República no Município de Picos - PI. Picos (PI).

Assunto: Representação (Faz)

Nós, abaixo assinado, do Movimento Popular de Apicultores da Grande Picos, vimos, através desta representação, relatar, denunciar e questionar a situação em que se encontra a nossa atividade e, de modo específico, a vida do apicultor, ao tempo em que solicitamos providências naquilo que for de competência deste órgão a curto, médio e longo prazo.

Relato:

Nós, apicultores, estamos vivendo na pele uma crise que nos deixa desencantados, decepcionados, desamparados e isolados do acesso a novos créditos do FNE (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste) e outros créditos por conta da inadimplência, conseqüência de vários problemas, como fenômenos da natureza, queda de preços e perseguições, travando, assim, o direito a inovar, renovar e investir para continuar crescendo na atividade.

Estamos asfixiados, morrendo à míngua, dando os últimos suspiros, como se fôssemos impotentes. O contrário do que se vê na mídia e no marketing daqueles que nos usam para “promover a apicultura”, mas por trás disso há uma outra realidade, outros interesses, e não a vontade em ajudar o apicultor nas suas necessidades elementares, sempre ficamos a ver navios.

Sabemos que os recursos existem. Vem muito dinheiro para investir na apicultura, mas nós, apicultores, não estamos tendo a oportunidade clara, ampla e transparente para aperfeiçoar nossa atividade através dos recursos federais. O que estamos vendo e vivendo é uma apicultura morta, se desfazendo dos bens adquiridos, como caminhão, barracões e colméias. Na tentativa de sobreviver à atividade, chegamos ao extremo de termos que vender parte das colméias habitadas para poder transportar de um local para outros as que sobraram. Isso é insuportável. É a nossa luta de anos, nossa história que está sendo destruída por falta de justiça para dar sustentabilidade à atividade.

O que nós queremos?

Saber por que toda cadeia produtiva da apicultura (bancos, governo, autarquias, marqueteiros, promotores dos eventos, diretores e presidentes das entidades que nos representam etc.) está muito bem às nossas custas, menos o apicultor? Este ficou apenas na cadeia, preso às dívidas, ao isolamento, á tortura de não poder fazer novos investimentos, à triste humilhação de não ter condições de dar a devida assistência as suas abelhas, principalmente na hora “h” de migrar para o Maranhão, Ceará e Pernambuco.

Saber quem está tendo privilégios, regalias, onde e como estão sendo aplicados os recursos federais da apicultura em nosso Estado, de modo particular em Picos, capital do mel.

Picos-PI, 29 de janeiro de 2008.

João Batista de Barros. Movimento Popular de Apicultores da Grande Picos.

            Eu quero dizer e esclarecer que Picos, para nós, é a são Paulo do Brasil. É um povo trabalhador e tudo! Estão todos fragilizados pela incompetência do Governo do Partido dos Trabalhadores no Brasil e no Piauí.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/03/2008 - Página 4507