Discurso durante a 44ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem à cidade de Cuiabá-MT, que comemora no dia 8 de abril, 289 anos de sua fundação. Referências aos resultados econômicos obtidos pelo governo do Presidente Lula.

Autor
Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA SOCIO ECONOMICA.:
  • Homenagem à cidade de Cuiabá-MT, que comemora no dia 8 de abril, 289 anos de sua fundação. Referências aos resultados econômicos obtidos pelo governo do Presidente Lula.
Aparteantes
Augusto Botelho.
Publicação
Publicação no DSF de 05/04/2008 - Página 8024
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA SOCIO ECONOMICA.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MUNICIPIO, CUIABA (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), COMENTARIO, HISTORIA, EXPLORAÇÃO, OURO.
  • COMENTARIO, SITUAÇÃO, MUNICIPIO, CUIABA (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), NECESSIDADE, PLANEJAMENTO URBANO, TRANSITO, SANEAMENTO BASICO, REGULAMENTAÇÃO, AREA, HABITAÇÃO, ELOGIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, CONGRESSISTA, BANCADA, AMBITO ESTADUAL, DESTINAÇÃO, VERBA, BENEFICIO, CAPITAL DE ESTADO.
  • REGISTRO, VISITA, GOVERNADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), GABINETE, ORADOR, AGRADECIMENTO, EMPENHO, DESTINAÇÃO, RECURSOS, CAPITAL DE ESTADO, EXIBIÇÃO, PROJETO, OBRAS.
  • ELOGIO, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, GOVERNO, COMENTARIO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, FOLHA DE S.PAULO, VALOR ECONOMICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), EXIBIÇÃO, DADOS, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA (IBGE), CONFIRMAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, INDUSTRIA, BENS DE CAPITAL.
  • ESCLARECIMENTOS, EFICACIA, ECONOMIA NACIONAL, COMBATE, DESIGUALDADE SOCIAL, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO CARENTE.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Sr. Presidente.

Srªs e Srs. Senadores, hoje, vou falar da minha cidade, Cuiabá, que está fazendo aniversário. Aproxima-se o dia 8 de abril, data em que se comemora mais um aniversário de fundação da cidade de Cuiabá. São 289 anos que marcam a vida de uma cidade repleta de contrastes e que mantém seu inegável prestígio como Portal da Amazônia.

Ao mesmo tempo em que prestamos nossa homenagem a todos os filhos e filhas de Cuiabá, a todos os moradores de Cuiabá, a todos que investem no progresso e no desenvolvimento da capital de Mato Grosso, não podemos também, neste momento de comemoração, deixar de fazer uma reflexão sobre os desafios que estão diante da comunidade cuiabana neste ano de 2008.

Cuiabá, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente, é uma cidade que nasceu do garimpo. É resultado da saga dos garimpeiros que se embrenharam pelo Brasil em busca de aventuras e de riquezas.

Registra a rica história da capital que o descobridor de Cuiabá foi o bandeirante Antônio Pires de Campos, em 1718, no Arraial de São Gonçalo, atual bairro de São Gonçalo Beira Rio, mas o fundador de Cuiabá foi o bandeirante Pascoal Moreira Cabral, que chegou à região em 1719. Inicialmente, esteve no Arraial de São Gonçalo, do bandeirante Antônio Pires de Campos, e subiu as águas do rio Coxipó até a foz do rio Mutuca, onde fundou o Arraial de Forquilha, no atual distrito de Coxipó do Ouro. Por sua vez, o descobridor das Lavras do Sutil, depois Arraial do Bom Jesus do Cuiabá, foi o bandeirantes Miguel Sutil, em outubro de 1722, no chamado “Tanque do Arnesto”, ao lado da Igreja do Rosário, onde hoje está também a Capela de São Benedito, ponto de referência para os católicos de nossa capital.

Os primeiros garimpeiros procuravam ouro, e, ainda hoje, diz-se que, em alguns pontos de Cuiabá, o ouro continua à flor da terra à espera dos bem-aventurados que o recolham. O fato é que, passados tantos anos, cuiabanos e cuiabanas continuam garimpando seu destino em uma capital que hoje conta com 527 mil habitantes, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quem passa pelo centro histórico de Cuiabá, senhoras e senhores, e observa suas ruas estreitas e a dificuldade do trânsito numa capital que já conta com uma frota superior a cem mil carros e quase cinqüenta mil motocicletas percebe, com facilidade, que essa é uma cidade que cresceu até se transformar em importante metrópole de forma aleatória, sem planejamento. Em Cuiabá, as pessoas foram se juntando, de tal forma que a capital conta ainda hoje com muitos e muitos bairros sem regularização fundiária, formados que foram a partir da invasão dos sem-teto. De acordo com cálculos da Prefeitura Municipal, um percentual de 40% dos bairros ainda se mantém com seus cadastros irregulares, o que acarreta a falta de infra-estrutura básica, como água e esgoto, principalmente. São bairros como o Primeiro de Março, o Três Barras, o Doutor Fábio, o Alto da Serra, o Jardim Vitória, o Florianópolis, o Jardim Paraíso, onde as pessoas se mantêm na expectativa de uma ação mais decisiva das autoridades públicas em defesa dos seus interesses. E todos os moradores dessas comunidades podem ter a certeza de que o Governo do Presidente Lula não tem vacilado nesse objetivo de lhes propiciar uma melhor estrutura de vida. As obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) são a mais perfeita tradução desse compromisso.

O fato é que Cuiabá continua sendo uma cidade que precisa de organização: está fora das formas, fora do esquadro. É assim que se toca a vida em Cuiabá, neste ano, 2008, quando a nossa capital está completando 289 anos. Como se vê, vivemos em uma cidade que precisa entrar nos eixos, uma cidade que precisa se organizar e ser organizada.

Por isso, não posso deixar, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente, de destacar aqui os investimentos que o Governo do Presidente Lula, mediante o PAC, resolveu fazer - e está fazendo - para que Cuiabá supere muitas de suas carências. O próprio Prefeito de Cuiabá, o Professor Wilson Santos, militante histórico do PSDB, não vacilou em apontar, em pronunciamento que ganhou repercussão nacional, que nenhum outro Presidente da República, antes do Presidente Lula, houvera investido tanto e tão decididamente em obras de infra-estrutura na capital do Mato Grosso.

É bom saber que, diante dos grandes desafios que estão postos para a comunidade de Cuiabá, o povo cuiabano pode contar com um Governo Federal intensamente identificado com suas demandas, um Governo identificado com os interesses dos mais pobres, dos despossuídos, daqueles que sobrevivem nos bairros de periferia e nos mais diversos cantos deste Brasil e para os quais o Governo Lula está destinando quase R$500 milhões para investimentos em saneamento em todo o Estado de Mato Grosso, sendo que, para a Grande Cuiabá, beneficiando as comunidades mais carentes de Cuiabá e de Várzea Grande, serão R$238,6 milhões, destinados à ampliação da rede de esgotamento sanitário em Cuiabá, responsável pela maior parte da poluição do Pantanal.

Aliados às obras do PAC, Parlamentares de Mato Grosso têm se dedicado a levar recursos para nossa capital. Como Senadora, tenho os olhos voltados para as necessidades do meu Estado e, em especial, para as carências de minha cidade. Não tenho medido esforços para conseguir recursos federais, sejam provenientes de emenda parlamentar ou de créditos extraorçamentários, para levar a infra-estrutura que Cuiabá merece e da qual precisa. Assim, bairros importantes, como o Zé Pinto, o Jardim Comodoro, o Primeiro de Março, o Getúlio Vargas, o Santa Izabel e o Jardim Araçá, receberam recursos para drenagem e pavimentação. A Avenida das Torres, via estruturante da cidade, obra fundamental para a logística de tráfego hoje está se tornando realidade também com a nossa contribuição. Todas essas obras, juntamente com as do PAC, constituem-se em obras redentoras que se destacam e se afirmam como resposta do Governo do Presidente Lula a tantos quantos acreditaram nos seus propósitos de combater a miséria e de acabar com o abandono histórico a que sempre estiveram relegadas as nossas comunidades mais pobres.

O Prefeito Municipal de Cuiabá, Professor Wilson Santos, esteve em meu gabinete na última quinta-feira para agradecer e reconhecer o nosso empenho pelas novas emendas destinadas à cidade de Cuiabá. Tenho muito orgulho de ter sido a primeira Parlamentar a destinar recursos de emenda individual, por exemplo, para a Avenida das Torres, no valor de R$7,5 milhões. Essa avenida possui a extensão de 12,5 quilômetros e liga o bairro Pedra 90 ao CPA, na Capital. É uma avenida importante, que, após concluída, deverá beneficiar diretamente moradores de quatorze bairros interligados com a via. A Avenida das Torres vai melhorar a vida das pessoas, vai mudar a situação atual, com a chance de uma nova via para ônibus e carros. Isso é muito importante, porque Cuiabá está com as vias de chegada muito congestionadas.

Então, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nestes 289 anos de Cuiabá, nossa saudação a todos os cuiabanos e cuiabanas, por nascimento e adoção, que sustentam, com tanto destemor e alegria, a vida dessa bendita e bela Capital!

Parabéns, Cuiabá; parabéns, povo cuiabano! Parabéns a todos aqueles e a todas aquelas que lá nasceram e àqueles e àquelas que para lá se dirigiram de outros Estados!

Nossa Capital faz aniversário no dia 8 de abril. Fiz este pronunciamento hoje e pretendo, no dia 8, falar novamente sobre nossa Capital, especialmente sobre seu povo, sua história, que vem, de longe, de muita luta de um povo bravio, de um povo determinado, mesmo com as dificuldades encontradas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em um Estado da Região Centro-Oeste que, até há bem pouco tempo, tinha dificuldade com estrada; não faz muito tempo que temos acesso aos grandes centros do nosso País por meio do asfalto. Foi muito difícil mesmo, foi muita luta!

Concedo ao Senador Augusto Botelho um aparte.

O Sr. Augusto Botelho (Bloco/PT - RR) - Senadora Serys, eu gostaria de me solidarizar com V. Exª, parabenizando sua cidade, Cuiabá. E também quero prestar homenagem a uma cuiabana que influenciou muito minha formação, que é D. Amélia, esposa do Sr. Luiz de Oliveira e mãe do Diomedes, do Nelito, da Isa e do Élcio - o Élcio, inclusive, é meu compadre. D. Amélia fazia umas galinhadas - éramos estudantes e chegávamos de fora para almoçar na casa dela - à moda cuiabana. Ela era uma pessoa que orientava os jovens, conversava com a gente. Tínhamos entre 13 e 16 anos naquela época. Ela deixou dois filhos que trabalham em Roraima até hoje. O outro foi meu colega, médico, que ficou no Rio de Janeiro e que não quis voltar para Roraima. E o Sr. Luiz de Oliveira, que também era de lá, foi um dos que exploraram Roraima. Ele era garimpeiro. Abriu fronteiras para o Brasil e garantiu a posse da terra aos brasileiros. Foi um dos pioneiros do meu Estado. Há muitos cuiabanos em Roraima. Eu gostaria de homenagear e parabenizar todos os cuiabanos de Roraima também. Minha cidade é bem mais nova, mas, um dia, vamos chegar à idade da sua cidade.

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Obrigada, Senador Augusto Botelho. Com certeza, a homenagem que V. Exª presta a essa família é a homenagem que todas as famílias que lá vivem e moram merecem, porque, realmente, é uma cidade, uma região proveniente principalmente do garimpo e que vem mudando. Hoje, o foco principal de Mato Grosso é o agronegócio, mas nossa Cuiabá é realmente histórica, tem uma história fantástica, de muita luta do seu povo, porque, realmente, para se manter naquela região, era muito difícil. À época, praticamente há 300 anos, isso era bastante difícil, pois a região era inóspita, e havia uma dificuldade gigantesca em se chegar lá.

Mas, como eu disse, voltarei aqui para falar mais do povo da região, não tanto da situação de dificuldade, da parte econômica e da parte estruturante.

Sr. Presidente, já que V. Exª me concedeu um pouco mais de tempo, quero ler alguns dados e pedir que este outro tema seja registrado na íntegra. Falarei sobre ele rapidamente. É um tema que reputo muito importante neste momento. Refiro-me aos resultados econômicos obtidos pelo Governo do Presidente Lula. Várias manchetes, há poucos dias, vêm demonstrando isso. Por exemplo, o Estado de S.Paulo diz: “Indústria cresce 9,2% no bimestre”. No Correio Brasiliense, está estampado: “O boom industrial”. Já a Folha de S.Paulo publica: “Indústria reduz ritmo, mas ainda cresce 9,7% ante 2007”. E o Valor Econômico diz: “Investimento em projetos sociais cresce 15% em 2007”.

Essas e outras matérias, Sr. Presidente, solicito que venham a constar dos Anais da Casa em sua integralidade, mas faço questão de apresentar dois pressupostos, para que se explicite, de pronto, um posicionamento a respeito dos excelentes resultados hoje experimentados por nosso País. O primeiro é que, como sabemos, o País vivenciou outras experiências econômicas, outros planos, outras ações, e isso constitui um acúmulo - não desprezível, com certeza - de aspectos positivos e negativos. Portanto, ambos não são dispensáveis nas explicações do cenário positivo que agora ocorre no Brasil. Ou seja, é o reconhecimento de que não fizemos isso acontecer num estalar de dedos. Vem numa seqüência, é claro que com pontos positivos e com pontos negativos também. Agora, estamos concretizando, pelo menos no cenário positivo, uma série de ações concretas.

Outro aspecto - eu disse que elencaria dois - é que, todavia, cumpre também considerar, deixar bem clara uma distinção básica do que foi feito no passado e do que agora estamos fazendo: a luta diária por ampliar a distribuição de renda, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Hoje, o povo experimenta os frutos inequívocos da riqueza gerada: tem mais emprego, tem mais renda, tem mais consumo. É aumento de renda, de salário, que finalmente chegou, Sr. Presidente, para as classes menos aquinhoadas deste imenso País.

Falta muito ainda, não temos dúvida. O próprio Presidente Lula diz sempre: “Estou satisfeito com o que estou fazendo, mas estou insatisfeito, porque falta muito por fazer ainda”.

Aqueles menos aquinhoados são aqueles que historicamente foram chamados a aguardar “o bolo crescer”. Pois é, Srªs e Srs. Senadores, o bolo cresceu, e nosso Governo começou, efetivamente, a distribuir. Há gente que não gosta disso, mas é para isso que fomos eleitos, e vamos fazer ainda muito mais. O povo sabe ver a diferença. Aliás, as pesquisas estão revelando isso em relação ao nosso Presidente Lula e ao nosso Governo. Essa é uma diferença que se revela em mais comida, em poder de comprar um remédio, um caderno e um livro para o filho. Explicita-se, Sr. Presidente, em poder viver um pouco melhor, em viver com mais dignidade.

Não desejo cansar nossos telespectadores com dados e estatísticas, mas o recuo de 0,5% na produção industrial, em fevereiro, não impediu a expansão no período - a maior, aliás, desde 2000!

Informa a matéria do jornal O Estado de S. Paulo os seguintes números básicos: o percentual de 9,2% foi o crescimento da produção industrial no primeiro bimestre deste ano; o de 9,7%, o crescimento da produção industrial em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado; o de 3,1%, o crescimento da produção de bens de capital em fevereiro em relação a janeiro deste ano; o de 25%, o crescimento da produção de bens de capital em fevereiro deste ano em relação a fevereiro do ano passado.

Mas algumas afirmações da mesma matéria merecem destaque:

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria acumula, nos dois primeiros meses, alta de 9,2%, o mais forte crescimento apurado para o período desde o ano de 2000. Houve expressiva expansão também em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano passado (9,7%).

            Há um debate entre os economistas para entender essa pequena oscilação em janeiro. Cito dois economistas para exemplificar:

Na opinião de Marcela Prado, da Tendências Consultoria, “A indústria conquistou, a partir de outubro, um patamar muito elevado de produção e vem se mantendo em torno desse nível”. Ela também avalia que a queda de fevereiro ocorreu após alta forte no mês anterior (1,7% ante janeiro), e a produção se mantém em ritmo acelerado.

A avaliação geral de economistas e do Coordenador de Indústrias do IBGE, Sílvio Sales, é a de que o resultado mostra a indústria em fase de acomodação em nível elevado. Sales destacou a influência determinante do mercado interno e dos investimentos sobre os resultados do setor em fevereiro, assim como ocorreu no ano passado. Para ele, o recuo ante janeiro não reverte a tendência de crescimento do setor, mas significa uma estabilização.

Queria ainda, Sr. Presidente, destacar um aspecto da produção industrial brasileira. É preciso olhar em que setores estamos crescendo, pois isso é definidor das características de nossa economia. Vejamos o que afirma o jornalista Marcelo Tokarski, do jornal Correio Braziliense:

         Puxada pela produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) e automóveis, a indústria brasileira fechou o primeiro bimestre com crescimento de 9,2%, o melhor desempenho em oito anos. De acordo com pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em fevereiro, a produção industrial aumentou 9,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a janeiro, houve uma leve queda de 0,5%, considerada pelos economistas como uma acomodação em patamar elevado.

Como se pode ver, é a produção de bens de capital que está crescendo. É como se fosse a mola propulsora dos outros setores. São máquinas, equipamentos. É a base de uma economia cada vez mais vigorosa!

Nessa mesma linha, Zeina Latif, do Banco Real, destaca:

De acordo com a economista-chefe do Banco Real, Zeina Latif, a aceleração do crescimento da produção de máquinas e equipamentos é uma ótima notícia para o Banco Central. “Em 2004, o BC subiu os juros porque a demanda cresceu, elevou rapidamente a utilização da capacidade instalada e não havia investimentos programados desde 2001, o ano do apagão (elétrico). Agora é diferente, o ciclo de investimentos começou em 2005 e se mantém até hoje”, afirma.

            Já estou terminando, Sr. Presidente.

Srªs e Srs. Senadores, números significativos como estes devem fazer parte de qualquer análise:

A boa notícia da pesquisa de fevereiro foi o crescimento de 3,1% na produção de bens de capital ante janeiro. Na comparação com janeiro de 2007, a expansão foi de 25%. “Foi uma notícia positiva para a inflação, uma das principais preocupações deste ano. O resultado sinaliza que os investimentos continuam em alta, o que afasta o risco de um surto de inflação de demanda”, disse Prada, da Tendências.

E podemos, assim, resumir a nossa economia hoje, Sr. Presidente: “Otimismo marca início do 2º trimestre”.

E, segundo Alex Agostini, Economista da Austin Rating ao AE Broadcast ao Vivo, a partir de março, a previsão para o Brasil é de crescimento vigoroso.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/04/2008 - Página 8024