Discurso durante a 49ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao jornal mineiro Estado de Minas, pelo transcurso dos seus 80 anos de fundação.

Autor
Eliseu Resende (DEM - Democratas/MG)
Nome completo: Eliseu Resende
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem ao jornal mineiro Estado de Minas, pelo transcurso dos seus 80 anos de fundação.
Publicação
Publicação no DSF de 11/04/2008 - Página 9033
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, JORNAL, ESTADO DE MINAS, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), ELOGIO, IMPORTANCIA, TRABALHO, DESENVOLVIMENTO, CIDADANIA, RELEVANCIA, ATUAÇÃO, HISTORIA, REGIÃO, BRASIL, CUMPRIMENTO, GRUPO, JORNALISTA, REGISTRO, PIONEIRO, CRIAÇÃO, SERVIÇO, ASSINATURA, ANUNCIO, TELEFONE, IMPRESSÃO GRAFICA, UTILIZAÇÃO, COR.

O SR. ELISEU RESENDE (DEM - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente desta sessão Senador Eduardo Azeredo, ex-Governador do Estado de Minas Gerais, Exmº Sr. Carlos Velloso, ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal, mineiro que honra Minas Gerais e as montanhas do cenário político, administrativo e judiciário nacional, meu caro Édison Zenóbio da Costa, meu companheiro de banco da nossa juventude que tem quase a idade do Estado de Minas. Meu prezado Henrique Hargreaves, representante de S. Exª o Governador do Estado de Minas Gerais Senadores de Minas - Eduardo Azeredo, novamente citado, líder deste requerimento entre os Senadores mineiros, ex-Governador do Estado de Minas Gerais e filho de Renato Azeredo, Wellington Salgado, bravio lutador neste Senado da República, também mineiro nosso colega -, meu prezado Álvaro Teixeira da Costa, Diretor Executivo do Estado de Minas, Srªs e Srs. Senadores, minhas senhoras e meus senhores:

Ao apresentar o requerimento para que o período de Expediente desta sessão fosse dedicado a homenagear o Jornal Estado de Minas pelo transcurso dos seus 80 anos de fundação, penso que fizemos - os três Senadores mineiros que o subscrevemos - um ato de dever e de justiça.

A pujança desse veículo de comunicação pôde ser constatada no último dia 07 de março, a data em que se completaram os 80 anos. No Palácio das Artes, em Belo Horizonte, duas mil pessoas dos mais diversos segmentos sociais, dos mais variados campos de atividade de todas as regiões do País, reuniram-se para celebrar a vitoriosa instituição.

Mas qual o segredo, senhoras e senhores, de tanto prestígio? Qual a receita para tanto sucesso?

Todos sabemos que o sucesso de um órgão de imprensa é resultado sempre de uma soma de fatores: o dinamismo, a competência, a ousadia e a credibilidade, tanto dos dirigentes, como do corpo funcional são imprescindíveis. E notem que, quando falo em corpo funcional, faço referência não apenas às equipes que atuam em contato direto com a notícia - editores, redatores, repórteres, fotógrafos -, mas também aos setores administrativo, financeiro e comercial, e a outros setores que estão na retaguarda exercendo atividades igualmente fundamentais.

Pois, bem. Todo esse arcabouço, toda essa infra-estrutura, toda essa riqueza de recursos humanos, ao longo dos 80 anos de existência, não tem faltado ao Estado de Minas; e, com toda a certeza, é responsável pela maior parte do seu sucesso.

Mas há outro ponto que também me parece essencial.

Desde sua criação, seguramente por conta dos ideais de seus fundadores, o jornal Estado de Minas adotou princípios e valores caros à Nação e muito especialmente, caros ao Estado de Minas Gerais.

Basta ler a linha de conduta definida no editorial de sua primeira edição. Vou ler aqui um trecho do editorial da primeira edição do O Estado de Minas:

        “Não teremos ligações nem dependências com os governos, mas encararemos sem prevenções injustas os homens incumbidos da administração. Procuraremos julgar os factos e as pessoas de um ponto de vista elevado, sereno e principalmente justo. Evitaremos exageros de linguagem no louvar e no censurar.

Seremos sóbrios, calmos, firmes, intransigentes, desambiciosos de glórias fáceis e despreocupados de ódios pequeninos.”

Esse é um trecho transcrito do primeiro editorial do jornal O Estado de Minas, na sua primeira edição.

Aí está, em poucas linhas, a essência da alma mineira: o sentimento de justiça, o amor pela verdade, a firmeza de propósitos; mas, ao mesmo tempo, o comedimento, a serenidade e o equilíbrio. Foi essa, evidentemente, a mensagem que Pedro Aleixo, Mendes Pimentel, Juscelino Barbosa, Milton Campos e Abílio Machado quiseram passar ao povo de Minas Gerais: faremos um jornal com as feições e o espírito de nossa gente.

E é exatamente esse tipo de jornalismo, um tipo de jornalismo que preza os princípios e os valores do público a que se destina, que o Estado de Minas vem praticando há 80 anos.

Mas existe ainda outra marca que também devemos associar ao veículo de comunicação que hoje reverenciamos: a marca do pioneirismo.

Aqui, certamente, vamos detectar a influência de Assis Chateaubriand. O notável homem de comunicação, que nos deixou há 40 anos - completados no último 4 de abril -, e a quem também homenageamos nesta sessão, foi, acima de tudo, um pioneiro. E ao assumir o controle do Estado de Minas, em 1929, deve ter impregnado o jornal com sua obsessão pelo novo, com seu fascínio por tudo aquilo que significasse avanço nos métodos ou na tecnologia.

O resultado, como não poderia deixar de acontecer, é que o jornal Estado de Minas tem-se notabilizado por uma série de pioneirismos: primeiro jornal do País a adotar teleimpressoras; primeiro a instituir serviços de assinaturas e anúncios por telefone; primeiro a fazer impressão em cores.

Também foi o primeiro jornal brasileiro a promover acesso à internet e a exibir animações na home page; e o primeiro a executar a paginação completa por meio de computador.

A capacidade de inovar, cumpre ainda dizer, não se limitou aos aspectos técnicos.

Conforme lembrou seu Diretor Executivo Álvaro Teixeira da Costa, no evento realizado em Belo Horizonte no último dia 7 de março, o jornal o Estado de Minas é pioneiro, também, em programas de responsabilidade social: há 42 anos a Jornada Solidária presta serviços da mais alta relevância à sociedade mineira.

Enfim, seria cansativo elencar, aqui, todas as áreas, todos os campos de atuação em que “o grande jornal dos mineiros” apontou novos caminhos para a imprensa de nosso País.

O que fica claro é que o Estado de Minas tem, sim, uma capacidade muito grande de andar à frente. E é nessa capacidade de andar à frente, combinada com a qualidade dos recursos humanos e com o respeito aos valores e sentimentos do povo mineiro que vamos encontrar as explicações para o sucesso obtido.

Falo outra vez em sucesso e lembro que tal palavra, quando associada a um veículo de comunicação não tem a ver unicamente com grandes furos de reportagem, ou memoráveis séries de artigos. Tais eventos, é lógico, têm o seu grau de importância, e surgem com freqüência no Estado de Minas.

Mas só se pode dizer que um veículo de comunicação está de fato consagrado quando ele, simplesmente, já se incorporou à rotina dos cidadãos. E é esse o caso, seguramente, do Estado de Minas. Ao tomar o café da manhã, o cidadão tem sobre a mesa um exemplar do jornal. No ônibus, vai lendo as notícias. Chegando ao escritório, busca informações, no site, sobre os últimos acontecimentos.

Essa presença cotidiana na vida das pessoas - dos trabalhadores, dos estudantes, dos empresários, daqueles que se dedicam aos afazeres domésticos - é que pode ser considerada, verdadeiramente, um sintoma da aceitação generalizada de um jornal.

Prezadas senhoras, prezados senhores, na festa dos 80 anos, o nosso Governador Aécio Neves disse que o Estado de Minas já “se consagrou como símbolo, intérprete e porta-voz de Minas”; e disse também que “hoje sua voz ecoa além das nossas montanhas”. Já o Vice-Presidente José Alencar ressaltou que a imprensa brasileira tem no Estado de Minasuma das maiores expressões do jornalismo sério, responsável, pluralista, a combinação exata da modernidade com a tradição”. São manifestações com as quais, evidentemente, só posso concordar.

Por isso, nas figuras de seu Diretor-Presidente, Britaldo Soares, de seu Diretor-Geral, Edison Zenóbio, e de seu Diretor-Executivo, Álvaro Teixeira da Costa, quero cumprimentar os 1.400 funcionários que hoje atuam no Estado de Minas, e todos aqueles que por lá passaram anteriormente, pelo magnífico trabalho desenvolvido ao longo desses 80 anos.

Um trabalho, indiscutivelmente, voltado para a cidadania e para o desenvolvimento. Um trabalho que honra e dignifica Minas Gerais e o Brasil.

Muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/04/2008 - Página 9033