O SR. MARCO MACIEL (DEM - PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Gerson Camata, Srªs e Srs. Senadores, venho fazer registro quanto às chuvas caídas no Nordeste, que provocaram grandes danos, não somente materiais, mas, o que é mais grave, também humanos, porque muitas pessoas morreram, muitos estão desabrigados e há, conseqüentemente, risco de doenças que podem ser propagadas em função das enchentes em muitos Estados do Nordeste. Eu gostaria de citar Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí. Pernambuco, apesar de ter sido menos atingido, por exemplo, do que o Maranhão e o Piauí, também muito sofreu..

De acordo com dados oficiais, Pernambuco já tem 23 Municípios incluídos em estado de calamidade, ou seja, seis Municípios do Agreste, zona de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, e 17 Municípios sertanejos.

Venho à tribuna para não somente me solidarizar com as vítimas e renovar nosso propósito de ajudá-las na medida das nossas possibilidades, mas também para cobrar providências por parte do Governo Federal. Os prejuízos, por exemplo, só em Pernambuco, segundo o Jornal do Commercio, chegam a R$50 milhões. Se bem que essa não é uma importância muito grande, se considerarmos os danos que são irrecuperáveis, sobretudo aqueles que provocaram mortes de pessoas, geralmente pobres que não tiveram condições de ultrapassar as dificuldades que enfrentaram.

Por isso, Sr. Presidente, encareço do Governo Federal que aja com presteza, solicitude, e atenda aos pleitos dos Estados nordestinos, de forma que essa ajuda chegue em tempo hábil, a fim de não se agravar o quadro com o desdobramento das inundações, o aparecimento de epidemias, mencionando-se, inclusive, a dengue.

Sr. Presidente, desejo nesta tarde referir-me à passagem, no dia 4 de abril deste ano, do 10º aniversário da Folha de Pernambuco.

O evento foi aberto com a celebração de uma missa em Ação de Graças na Igreja da Madre de Deus, uma das igrejas mais antigas do Recife que integram o nosso patrimônio sacro.

Durante a referida missa, celebrada pelo Padre Roberto Nogueira, estiveram presentes funcionários, jornalistas, fornecedores e amigos do jornal, tendo à frente o empresário Eduardo Queiroz Monteiro, que preside o grupo EQM e foi idealizador da Folha de Pernambuco.

Na verdade, uma vez disse Arthur Miller que um bom jornal é uma nação falando consigo mesma. E a Folha de Pernambuco, em apenas dez anos de existência, consolidou-se e cresce em aumento da sua tiragem. É um jornal moderno e leve, que chega a todos.

Na ocasião das festividades, o Dr. Eduardo Queiroz Monteiro disse:

Dez anos é um período fechado e tem toda a simbologia de um projeto que se desejou longevo, que viveu e enfrentou obstáculos, dificuldades, mas que, ao longo do tempo, nós estamos ganhando a cada ano para nos afirmarmos melhor na era da comunicação. De sorte que eu acho que estamos virando esse período com a Folha bastante consolidada entre os anunciantes e os leitores do Estado.

Essas datas redondas, como a passagem do primeiro decênio da Folha de Pernambuco, têm alguma significação e representam, portanto, algo importante para a vida cultural de Pernambuco.

Sabemos que um jornal, segundo o filósofo Ortega y Gasset, se constitui numa praça intelectual. E Ortega y Gasset fazia questão de mencionar sempre que toda a sua vasta obra no campo da filosofia brotou a partir dos jornais. Com isso creio que Ortega y Gasset quis dizer que, de fato, o jornal contribui muito para a elevação cultural de uma sociedade, faz fermentar idéias que são importantes para definir o futuro do Estado e do País, além de informar adequadamente a sociedade. Então, não podemos deixar de fazer essa manifestação. .

Desejo igualmente dizer que durante a cerimônia dos festejos dos dez anos da Folha foram concedidas medalhas - a Medalha Armando Monteiro Filho - a dirigentes dos jornais, entre os quais destacam-se Paulo Pugliese, Eduardo Morais, José Américo, Márcia Regina e André Borba, além do editor-geral Henrique Barbosa. A Folha de Pernambuco, que tem à frente, como mencionei, Eduardo de Queiroz Monteiro, é um jornal que cada vez mais cresce em aceitação por parte da sociedade pernambucana.

Eduardo Queiroz Monteiro é filho de Armando Monteiro Filho, que foi Deputado Federal em mais de uma legislatura e Ministro da Agricultura no Governo parlamentarista, ao tempo em que era Primeiro-Ministro Tancredo Neves. A família Queiroz Monteiro é muito acatada, muito respeitada em Pernambuco. Por isso, queremos estender nossos cumprimentos a todos os que dirigem a Folha de Pernambuco e também as nossas felicitações à família de Armando Monteiro Filho, que merecidamente está comemorando essa grande conquista da Folha de Pernambuco, que representa, a meu ver, algo que adensa o patrimônio cultural da nossa gente e do meu Estado, o Estado de Pernambuco.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.