Discurso durante a 71ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Homenagem pelo sesquicentenário da maçonaria piauiense. Registro da visita do Presidente Lula, na segunda-feira, a Teresina, com a inauguração de três obras.

Autor
João Vicente Claudino (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/PI)
Nome completo: João Vicente de Macêdo Claudino
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. BANCOS.:
  • Homenagem pelo sesquicentenário da maçonaria piauiense. Registro da visita do Presidente Lula, na segunda-feira, a Teresina, com a inauguração de três obras.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2008 - Página 13457
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DESENVOLVIMENTO REGIONAL. BANCOS.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, MAÇONARIA, ESTADO DO PIAUI (PI), REGISTRO, PROGRAMAÇÃO, COMEMORAÇÃO, COMENTARIO, HISTORIA, ENTIDADE, CONTRIBUIÇÃO, DESENVOLVIMENTO NACIONAL.
  • REGISTRO, VISITA, ESTADO DO PIAUI (PI), PRESIDENTE DA REPUBLICA, INAUGURAÇÃO, CONJUNTO HABITACIONAL, UNIDADE, ATENDIMENTO, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA, HOSPITAL.
  • SAUDAÇÃO, APROVAÇÃO, SENADO, INCORPORAÇÃO, BANCO ESTADUAL, ESTADO DO PIAUI (PI), BANCO DO BRASIL.

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Senador Mão Santa, vou cumprir o Regimento.

            Senadores, venho hoje a esta tribuna prestar, com este pronunciamento, uma justa e merecida homenagem a uma instituição centenária que muito tem servido ao desenvolvimento moral, social e intelectual do meu querido Estado do Piauí.

            Srs. Senadores, presto aqui o meu mais respeitoso preito ao Sesquicentenário da Maçonaria Piauiense.

            Sou conhecedor da existência, neste Senado Federal, de ilustres membros da Ordem Maçônica. Senadores que militam na instituição, e Senadoras esposas e filhas de maçons. Assim sendo, deles me socorro para que, com os seus conhecimentos da maçonaria, eu possa ser ainda operoso nesta minha homenagem.

            No último dia 29 de fevereiro, o Sr. Laelso Rodrigues, Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, esteve em Teresina e, juntamente com centenas de maçons e seus familiares, tendo à frente o Sr. Francisco José de Souza, Grão-Mestre Estadual do Grande Oriente do Piauí, fez o lançamento da programação alusiva ao Sesquicentenário da Maçonaria Piauiense, que será comemorado no próximo dia 29 de outubro.

            Seis anos após a transferência da capital do Piauí de Oeiras para Teresina, no distante ano de 1858, três membros da Loja Humanidade e Concórdia, de São Luís do Maranhão, Antonio Moreira do Carmo, José de Araújo Costa e Alexandre de Araújo Costa, após percorrerem longas léguas de barco pelo rio Itapecuru, chegaram a cavalo em Teresina, para, junto com dezoito maçons residentes no Piauí, fundarem a 135ª loja maçônica brasileira: a Caridade II.

            Esta loja, a Caridade II, mãe da maçonaria piauiense, estendeu-se por diversas cidades do Estado, dando origem a hoje filhas centenárias, como a Loja Igualdade Florianense, da cidade de Floriano, e a Loja Fraternidade Parnaibana, na sua querida Parnaíba, Presidente Mão Santa.

            A Loja Caridade II está localizada no centro de Teresina, próximo à Praça da Bandeira, ponto onde foram erguidos os primeiros edifícios para abrigar a administração da nova capital nos meados do século XIX. Seu templo, patrimônio histórico de nossa capital, foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, por sua beleza arquitetônica e por fatos históricos nele acontecidos.

            A maçonaria piauiense, assim como a brasileira, foi feita por homens que engrandecem o Piauí e também o Brasil, tanto na política, quanto nas letras, nas artes, na imprensa, na cultura e em outras tantas áreas do conhecimento.

            Destacando somente alguns que foram veneráveis da loja Caridade II, nominamos os seguintes vultos da história piauiense: Álvaro Mendes, que governou, ao mesmo tempo, o Estado do Piauí e a Loja; Antonino Freire, Governador e Deputado Federal; Miguel Rosa, Governador do Piauí; Matias Olímpio, Senador da República em duas legislaturas e Governador do Estado; Abdias Neves, Senador da República; Clodoaldo Freitas, Augusto Nogueira Paranaguá e Homero Castelo Branco Neto, Deputados Estaduais.

            Na imprensa, destacaram-se Higino Cunha, Miguel Rosa, Abdias Neves, Clodoaldo Freitas, Matias Olímpio e tantos outros. Esses maçons criaram os jornais O Reator e A Luz em 1904, tribunas propagadoras das virtudes maçônicas.

            As idéias anticlericais de Silvio Homero, Tobias Barreto e Clóvis Bevilaqua, na cidade do Recife, tornaram-se paradigma desses intelectuais maçônicos do Piauí. Dessa forma, a maçonaria piauiense, por intermédio de seus membros, escritores e jornalistas, liderou a defesa da ordem em face da questão religiosa à época.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, ao homenagear, com este breve pronunciamento, a maçonaria piauiense, que, neste ano, celebra seu sesquicentenário, quero associar-me aos maçons por tão significativo acontecimento, e o faço por intermédio do Grão-Mestre Estadual do Piauí, Sr. Francisco José de Sousa, e do atual venerável da Loja maçônica Caridade II, Fernando Ferreira Pontes de Morais.

            Com este sintético histórico da maçonaria do meu Estado, encerro este meu pronunciamento em homenagem a essa instituição iniciática, progressista e discreta que tantos serviços tem prestado ao Brasil e, em especial, ao Estado do Piauí, mas não sem antes apresentar um requerimento de votos de louvor, com os mais efusivos cumprimentos, pelo transcurso do sesquicentenário da maçonaria piauiense.

            Mas, Presidente Senador Mão Santa, eu queria aproveitar esta oportunidade de homenagem aos 150 anos da maçonaria piauiense para também registrar, com felicidade, a visita do Presidente Lula, na segunda-feira, a Teresina, com a inauguração de três obras.

            Uma obra específica para Teresina, que faz parte do PAC da Habitação, é o Conjunto Manoel Evangelista, que atende a quase trezentas famílias. A segunda obra, importante para o Estado, é o Centro Integrado de Referência, o CI, para atendimento aos portadores de necessidades especiais. É uma obra concebida pela primeira-dama do Estado, Dona Regiane Dias, e pelo Governador Wellington Dias. A terceira obra - V. Exª, como médico, sabe da referência médica que tem o Estado do Piauí e a sua influência no Maranhão, na Bahia, no Tocantins, no Pará, que acorrem à cidade de Teresina para tratamento médico -, de que precisávamos muito, é uma obra iniciada pelo Senador Heráclito Fortes há dezessete anos e que teve a sua conclusão agora: o nosso Hospital de Urgência de Teresina. V. Exª sabe da importância da obra para o nosso Estado, pois é uma obra regional, para os Estados que necessitam do atendimento.

            E hoje parabenizo esta Casa por ter sido votado um requerimento assinado pela Bancada dos Senadores do Piauí. Iniciamos - fui conselheiro do Banco Estado -, quando V. Exª era o Governador do Estado, a reestruturação do Banco do Estado, que havia sido fechado e reaberto pelo ex-Senador e Governador Freitas Neto. Iniciou-se a revitalização daquela instituição depois do processo de federalização, e hoje foi aprovada pelo Senado a incorporação do BEP ao Banco do Brasil.

            Acho que isso é importante para o Estado do Piauí, para os funcionários, para todos, todos que entendem que aquela instituição tem um papel importante para o desenvolvimento do Estado.

            Era só isso que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2008 - Página 13457