Discurso durante a 233ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de pronunciamento sobre a primeira Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Autor
Flávio Arns (PT - Partido dos Trabalhadores/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • Registro de pronunciamento sobre a primeira Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
Publicação
Publicação no DSF de 10/12/2008 - Página 50613
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • REGISTRO, OCORRENCIA, CERTAME, LINGUA PORTUGUESA, ELOGIO, PARTICIPAÇÃO, ESTUDANTE, PROFESSOR, ESTADO DO PARANA (PR), RECEBIMENTO, PREMIO, VITORIA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eu, inclusive, Sr. Presidente, já fiz um sinal para o Senador Eduardo Suplicy, grande amigo e companheiro, que permitiu, durante um minuto só, que eu solicitasse que fosse dado como lido o pronunciamento em relação à Olimpíada da Língua Portuguesa - já aconteceu e as pessoas já foram premiadas.

Eu gostaria de destacar que, no Paraná, foram nove estudantes e professores classificados para a etapa nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa e duas pessoas foram premiadas na etapa final.

Uma dessas pessoas foi a estudante Mariane Cheli de Oliveira, que ficou entre as cinco melhores redações da categoria Opinião. A Mariane Cheli de Oliveira tem 17 anos e cursa o terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Duílio Brandão, em Tamboara, cidade a 521 quilômetros de Curitiba. A jovem, no seu trabalho, descreveu seu drama familiar, relacionado ao desemprego causado pela mecanização das lavouras de cana-de-açúcar no noroeste do Paraná.

O outro prêmio foi para Sheron Ribeiro, a outra paranaense ganhadora da 1ª Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa na categoria Memória.

Aluna da 7ª série do Colégio Estadual Sagrada Família, a estudante recorreu a uma história da família e usou relatos dos avós para contar como era a rotina de Campo Largo, Município da região metropolitana de Curitiba, duas décadas atrás.

Então, eu gostaria de parabenizar, Sr. Presidente, todos os participantes dessa olimpíada de português e cumprimentar, de maneira particular, as jovens que eu mencionei, Mariane Cheli de Oliveira, de Tamboara, no Noroeste do Paraná, e Sheron Ribeiro, do Colégio Sagrada Família, do Município de Campo Largo, pela conquista e pelo exemplo de perseverança que são hoje para todos os estudantes do País.

Portanto, parabéns para a Mariane, parabéns para a Sheron, parabéns para os professores, para as escolas, para os Municípios, e parabéns para todos do Brasil que também participaram desse evento.

Gostaria, Sr. Presidente, de dar como lido, para constar nos Anais da Casa, o pronunciamento a esse respeito.

Obrigado.

 

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SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR FLÁVIO ARNS.

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O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, desejo hoje enaltecer uma importante parceria realizada entre o Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, sob a coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), que resultou na primeira Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

O objetivo desse belíssimo trabalho foi estimular a produção de textos relacionados com o contexto social dos estudantes. Estiveram envolvidos seis milhões de alunos e 202 mil professores que desenvolveram em suas salas de aula inúmeras atividades para melhorar as habilidades de escrita e leitura em 55 mil escolas espalhadas pelo País, o que corresponde a 98% dos municípios brasileiros.

Foram 8 meses de trabalho para estudantes e professores que passaram por quatro etapas seletivas até chegar à disputa regional. Entre os participantes, 150 venceram as etapas regionais e apenas 15 alunos e professores dos ensinos fundamental e médio venceram a etapa final da primeira Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Esses alunos produziram redações com o tema “O Lugar onde Vivo”, dentro de três diferentes gêneros literários: poesia, pelos alunos de 4ª e 5ª séries do ensino fundamental; memória, pelos alunos de 7ª e 8ª séries; e artigo de opinião desenvolvido por estudantes de 2º e 3º anos do ensino médio.

Na semana passada, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Ministro da Educação, Fernando Haddad, receberam em cerimônia no Palácio do Planalto os alunos e professores vencedores na etapa nacional, que ganharam medalhas de ouro, computadores e impressoras. Já as escolas de onde vêm os selecionados também foram premiadas com laboratórios de informática, compostos por dez microcomputadores, uma impressora e livros para a biblioteca. Ressalto, ainda, que todos os 150 finalistas receberam medalhas de prata e aparelhos de som.

Nessa primeira edição da Olimpíada da Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foram reunidas poesias, pontos de vista e memórias vivas como a preservação da floresta Amazônica, as memórias de um filho de ex-escravos e o trabalho dos cortadores de cana-de-açúcar.

No Paraná, foram nove estudantes e professores classificados para a etapa nacional da olimpíada e duas premiadas na etapa final. Uma delas foi a estudante Mariane Cheli de Oliveira, que ficou entre as cinco melhores redações da categoria opinião. Com 17 anos e cursando o terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Duílio Brandão, em Tamboara, cidade a 521 quilômetros de Curitiba, a jovem descreveu seu drama familiar sobre o desemprego causado pela mecanização das lavouras de cana-de-açúcar no Noroeste do Paraná.

Inspirado em seu pai, Sebastião Ferreira de Oliveira, 41 anos, Mariane criticou o uso de máquinas em substituição ao trabalho das pessoas na lavoura. Para a estudante, pelo serviço árduo e estafante que desenvolvem, os cortadores de cana podem ser chamados de “cavaleiros da cana”, pois levantam de madrugada, vestem suas armaduras e saem para a luta com a mesma determinação de um guerreiro.

Sheron Ribeiro é a outra paranaense ganhadora da primeira Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, na categoria memória. Aluna da 7º série do Colégio Estadual Sagrada Família, a estudante recorreu a uma história da família e usou relatos dos avós para contar como era a rotina de Campo Largo há duas décadas.

A troca de experiências culturais promovida por essa iniciativa é um ganho incalculável para a aprendizagem dos estudantes brasileiros. É um processo de formação tanto de alunos quanto de professores.

A Olimpíada existe desde 2002 e era somente comandada pela Fundação Itaú Cultural. A partir deste ano, com a parceria do Ministério da Educação, além da fase de seleção, que ocorreu ao longo de 2008, os professores participantes dos 5.445 municípios receberão no ano que vem capacitação para trabalharem da melhor maneira em busca de melhores resultados.

Termino meu pronunciamento parabenizando todos os participantes e, de uma maneira particular, as jovens Mariane Cheli de Oliveira e Sheron Ribeiro, do Estado do Paraná, pela conquista e pelo exemplo de perseverança que são hoje para todos os estudantes do País.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/12/2008 - Página 50613