A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigada, Senador Mão Santa, que preside a Mesa neste momento. Vou procurar cumprir o tempo, talvez com um pouquinho de prorrogação, aquela prorrogação devida, em respeito aos outros Srs. Senadores que estão inscritos.

Falarei da importância desse convite do Presidente Lula aos Prefeitos e Prefeitas, às primeiras-damas, enfim, a todos os que estiveram presentes. Realmente, em termos de participação, foi o maior de todos os tempos; com certeza, pois, até onde estou informada, tivemos mais de 13 mil inscritos para entrar naquele recinto, o Centro de Convenções. Foi um momento extremamente importante para o Brasil. Mas vou falar sobre isso possivelmente amanhã, porque estou esperando terminar, inclusive, estou conversando com muitos Prefeitos do meu Mato Grosso, e há alguns à minha espera no meu gabinete.

Hoje, o Senador Arthur Virgílio já fez um pronunciamento nesse sentido, em relação à Copa do Mundo, e eu venho aqui também fazer um pronunciamento nesse sentido.

Desde o momento em que nós, de Mato Grosso, tivemos informação da possibilidade de um dos Estados dentro do Pantanal ser uma das subsedes da Copa do Mundo, tem havido uma luta entre os dois Estados irmãos, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A gente não pode, realmente, provocar nenhum tipo de rixa e de polêmica. Ao contrário, temos que fazer essa busca. Espero que Cuiabá seja a contemplada, mas, se for Campo Grande, queremos ser muito bem recebidos lá; e, se for Cuiabá, com certeza, receberemos nossos coirmãos de Mato Grosso do Sul com muita alegria, com muito entusiasmo.

Como disse, eu não poderia deixar de estar nesta tribuna falando sobre a possibilidade de Cuiabá ser escolhida pela Fifa, Federação Internacional de Futebol, como uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.

Para nós, que temos o Pantanal como uma de nossas riquezas naturais, um ecossistema que maravilha o mundo, devo dizer que já é uma vitória saber que a região pantaneira irá, com certeza, servir de palco a esta festa, que é a Copa do Mundo. Sessenta e quatro anos depois da Copa do Mundo de 50, o Brasil volta a sediar o maior de todos os eventos do futebol, que é o esporte das multidões pelo mundo afora.

Tenho observado, pela mídia de nossa região, que se estabeleceu - ou se está querendo estabelecer - uma disputa entre alguns cuiabanos e alguns campo-grandenses por causa dessa definição da sede da Copa no Pantanal, escolha marcada para acontecer no próximo mês de março, na Suíça.

Peço vênia, Senhores e Senhoras, para dizer ao ilustre e muito respeitado Governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que, realmente, quanto à defesa de Campo Grande que ele faz, ele está correto. Estamos defendendo Cuiabá, mas não podemos atacar um ao outro, como eu já disse aqui.

Nem o Governador de Mato Grosso, nem eu, como Senadora, nenhum mato-grossense pode desmerecer Mato Grosso do Sul, como também Mato Grosso do Sul não pode desmerecer nosso Mato Grosso. Todos são brasileiros, tanto aqueles que residem em Mato Grosso do Sul quanto aqueles que residem em Mato Grosso.

Sinceramente, para usar a linguagem do futebol, no meu modesto entendimento, não podemos cometer essa falta grave, pois não há enfrentamento entre as duas capitais e muito menos entre seus moradores. É preciso que tenhamos maturidade para “jogarmos” literalmente a favor de todo o Centro-Oeste.

Avalio que este é um momento de festa, tanto para Cuiabá quanto para Campo Grande, porque triste seria ver a Copa fora do Pantanal, e, pelo que nos alertou a ex-Vereadora Soninha - que compôs a Câmara de São Paulo e, recentemente, disputou a prefeitura paulista e é também uma ativa comentarista esportiva, das mais respeitadas de nosso País, honrando, por sinal, todas as mulheres brasileiras com seu desempenho -, existiu este risco: o risco de que os Estados do Pantanal ficassem sem a Copa. Acreditamos que um deles tem grande chance de sediar a Copa.

Felizmente, eu diria que essa etapa foi superada. Só que é preciso que essa disputa não alimente a cizânia. Muito pelo contrário, se Campo Grande for a escolhida, como já disse aqui, é preciso que se mantenha um clima de fraternidade, para que todos nós possamos nos deslocar de Cuiabá, de todo o Mato Grosso, de todas as regiões vizinhas, com muito orgulho, até a capital de Mato Grosso do Sul e curtir, numa boa, os jogos que lá se realizarão.

Tenho certeza de que a manifestação do Governador não representa o pensamento dos mato-grossenses do sul. Assim como sei também que, em Cuiabá, todos que se deslocarem de Campo Grande até a capital de Mato Grosso para lá acompanharem o jogos da Copa, se a nossa capital for escolhida, como confio que será, também haverão de contar com uma acolhida gentil e calorosa de nosso povo. Nossa hospitalidade é conhecida no mundo todo, Sr. Presidente.

Vamos manter no espírito aquele apelo do Presidente Tancredo Neves: não vamos nos dispersar, porque a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 deve representar um momento de afirmação da brasilidade diante do mundo. Vamos mostrar para todo o mundo o padrão de civilização que alcançamos e, certamente, depois da Copa, o Pantanal e todo o Brasil haverão de ser muito mais procurados por turistas e visitantes de todas as partes do Planeta. É este o grande objetivo que temos que perseguir isolando torcedores truculentos - que não vão existir nesta disputa -, incentivando realmente a torcida a ser alegre, festiva, a ser uma torcida de felicidade da população nos gramados.

Digo tudo isto para afirmar, com a devida permissão dos meus colegas de Senado - tanto o meu querido Delcídio Amaral como o meu muito caro e querido Valter Pereira -, que tenho a certeza de que Cuiabá tem tudo para merecer a preferência da Fifa e ser escolhida como a subsede pantaneira da Copa do Mundo de 2014.

Quando o Estado de Mato Grosso foi dividido em dois, no já longínquo ano de 1979, Campo Grande, na verdade, comandava um território economicamente mais dinâmico. O passar dos anos, todavia, tem demonstrado que o impulso desenvolvimentista também se tornou uma marca muito forte em Cuiabá e no nosso Mato Grosso. Hoje nós temos uma situação econômica muito destacada na região Centro-Oeste, tendo registrado saltos continuados em nossa performance, de tal forma que, antes mesmo da Copa, os olhos de todo o mundo já se acham voltados para a terra mato-grossense e sua população tão empreendedora. Os investimentos em infraestrutura, disparados, notadamente, depois de o Presidente Lula assumir o Palácio do Planalto, garantem também uma posição privilegiada a Cuiabá e a nosso Mato Grosso como um todo.

Agora mesmo, com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, Cuiabá e Várzea Grande, Municípios que formam a Grande Cuiabá, estão se transformando em um grande canteiro de obras, de forma a garantir a universalização do atendimento da população no que diz respeito à tratamento de água e esgoto sanitário.

Com a vontade e a determinação dos Prefeitos Murilo Domingos, de Várzea Grande, e de Wilson Santos, de Cuiabá - que fique muito claro que não são Prefeitos do meu Partido e, obviamente, não são Prefeitos do Partido do Presidente Lula, porque eu sou do Partido do Presidente Lula, do PT -, vemos uma grande movimentação em termos de PAC para que se reduza a zero a falta de esgotamento sanitário e para que se tenha 100% desse serviço feito assim como o oferecimento de água potável para todos e para todas.

Além da festa do futebol, a Copa de 2014 certamente ampliará a visitação internacional a Cuiabá como portal da Amazônia e do Pantanal.

(Fazendo soar a campainha.)

A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT) - Sr. Presidente, peço só mais dois minutos, pois tenho mais um do meu tempo.

Um dos mais extraordinários patrimônios da humanidade, o Mar de Xaraés, a maior planície inundável do mundo, com fauna e flora exuberantes, tradições culturais de características ímpares e uma população acolhedora e de uma simpatia sem igual. A partir de Cuiabá, os visitantes certamente se espalharão por toda a região pantaneira, constatando os fenômenos que ali têm sido plantados pelo trabalho e pela criatividade da população mato-grossense.

Falar em Cuiabá é falar também das belezas da Chapada dos Guimarães, do rio Cuiabá, de Nobres, de Poconé, da festeira cidade de Santo Antônio de Leverger, que serve de palco para um dos carnavais regionais mais animados e descontraídos de todo o País; falar de Cuiabá é falar de Rondonópolis, de Sorriso, de Sinop, de Querência, de Nova Mutum, de Lucas do Rio Verde e de tantas e tantas outras cidades sobre as quais vou falar nos próximos dias aqui, que se transformaram, aos olhos do mundo, em centros de excelência na produção de soja, de algodão, concentrando o maior rebanho bovino do Planeta e merecendo destaque pelo acolhimento de migrações que vieram não só de todas as regiões do Brasil, mas também de diversas partes do mundo, formando um contingente populacional que, como em poucas regiões do planeta, tem hoje a marca consagradora da diversidade.

Eu tenho muita alegria de representar o povo de Cuiabá e o povo de Mato Grosso neste Senado. Tenho expectativas muito positivas com relação à escolha que se dará no próximo mês de março. Estou confiante de que em Mato Grosso, que hoje se destaca economicamente pelo alto padrão de desenvolvimento alcançado a partir do trabalho de nossos cuiabanos de pé rachado e da turma da botina, que tem desbravado as nossas regiões interioranas, vai o primeiro lance desta Copa e terá a sua capital, Cuiabá, escolhida como uma das subsedes do Campeonato Mundial de Futebol de 2014. Todos os mato-grossenses, homens e mulheres, da terceira idade, as crianças, os jovens, todos realmente estão empenhados. Torço muito, como torce toda a gente mato-grossense.

Lá em Cuiabá, estamos todos juntos, Presidente, na mesma emoção. E com os cuiabanos, não há quem possa. Por isso é que vibro e acredito: a Copa do Mundo é nossa!

Obrigada, Presidente. 

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