Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do encontro de novos prefeitos com o Presidente Lula. Importância da renegociação da dívida dos municípios com o INSS, assinada pelo presidente Lula.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL.:
  • Registro do encontro de novos prefeitos com o Presidente Lula. Importância da renegociação da dívida dos municípios com o INSS, assinada pelo presidente Lula.
Publicação
Publicação no DSF de 12/02/2009 - Página 1552
Assunto
Outros > ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, PRESENÇA, PREFEITO, REUNIÃO, BRASILIA (DF), DISTRITO FEDERAL (DF), ELOGIO, INICIATIVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, NEGOCIAÇÃO, DIVIDA, MUNICIPIOS, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS).
  • CONVOCAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, DEBATE, DEFINIÇÃO, NORMAS, RENEGOCIAÇÃO, DIVIDA, MUNICIPIOS, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), REDUÇÃO, RISCOS, INADIMPLENCIA, GARANTIA, AUTORIDADE MUNICIPAL, REALIZAÇÃO, OBRAS, PROGRAMA, ACELERAÇÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, CONVENIO, AREA, SAUDE, EDUCAÇÃO, INFRAESTRUTURA, MELHORIA, QUALIDADE DE VIDA, POPULAÇÃO.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, pedi a palavra para fazer um registro que considero extremamente importante, inicialmente saudando a Marcha dos Prefeitos, o encontro de tantos Prefeitos e Prefeitas que estão em Brasília, muitos deles iniciando seu mandato municipal, por conta disso tudo com muita esperança, com muitos projetos, com muita vontade de mudar, de acertar e de melhorar a vida da população de cada Município.

Nesse encontro de Prefeitos, o Governo Federal tomou uma providência extremamente importante, que quero aqui ressaltar, que é exatamente a renegociação da dívida do INSS com os Municípios.

O Presidente Lula assinou dispositivo que autoriza o parcelamento, em até vinte anos, das dívidas atuais, pendentes e renegociadas inclusive, dos Municípios brasileiros com o INSS.

Por que peço a palavra, Sr. Presidente? Porque entendo que o Congresso, que a Câmara e o Senado precisam se debruçar sobre esse dispositivo e ampliá-lo e melhorá-lo, porque foi dado um passo gigantesco, um passo importante para esse renegociação, mas é preciso que esse passo seja dado de uma forma contundente e que, efetivamente, ele resolva a questão, a pendência, o pagamento, a regularização de todos os Municípios brasileiros.

É importante parcelar em vinte anos, mas é importante também que se tenha um valor máximo de cobrança para as dívidas que serão renegociadas. Por quê? Para que persista a condição de pagamento dos Municípios nas novas prestações, nos novos pagamentos da Previdência Social. É preciso que haja capacidade de negociação e que o passivo acumulado se transforme em uma parcela palpável, uma parcela factível de pagamento para as prefeituras, para que as prefeituras não repactuem essas dívidas e depois simplesmente parem novamente de pagar por falta de capacidade de pagamento.

Então, é importante que tenhamos um valor percentual da arrecadação, provavelmente da receita líquida, para a pactuação das dívidas atrasadas e tenhamos a cobrança atualizada dos valores mensais de cada recolhimento da Previdência Social. Isso fará com que não se deixe de pagar o atrasado, mas que se mantenha pagando em dia o que é efetivamente devido a cada mês.

Faço essa ressalva porque já tivemos no País, em diversas ocasiões, vários parcelamentos de previdência, e esses parcelamentos de previdência terminam caindo numa situação de renegociar por um breve período e depois colocar novamente na rua da amargura, na inadimplência, na situação de falta de condição de convênios, a maioria dos Municípios brasileiros.

Então, a medida do Presidente Lula é extremamente importante. Quero saudar a decisão política do Presidente Lula de renegociar a dívida dos Municípios, pois muitos Municípios brasileiros que descontam 40%, 50% do Fundo de Participação dos Municípios diretamente na “boca do caixa” no Banco do Brasil, quando recebem o FPM, terão condição de pagar uma módica prestação, colocando, assim, na linha de frente o atendimento e a prestação de serviço à população do Município.

Então, deixo aqui o meu voto de aplauso, o meu registro de aplauso ao Presidente, mas fica também a convocação para que a Câmara e o Senado melhorem a proposta e, efetivamente, discutam com os Municípios, a fim de que tenhamos uma regra clara, definitiva, factível, para que os Municípios brasileiros continuem pactuando e continuem pagando a Previdência Social, porque só assim os Municípios estarão, inclusive, habilitados para realizarem obras do PAC, para fazerem convênio nas áreas de educação, saúde e infra-estrutura, que, efetivamente, representam investimento, geração de empregos e melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/02/2009 - Página 1552