Discurso durante a 31ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Execução do programa Luz para Todos e instalação de telecentros comunitários no Estado de Mato Grosso, dentre outras iniciativas do Governo Federal. Premência quanto à definição do traçado da Ferronorte. Federalização das rodovias.

Autor
Serys Slhessarenko (PT - Partido dos Trabalhadores/MT)
Nome completo: Serys Marly Slhessarenko
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Execução do programa Luz para Todos e instalação de telecentros comunitários no Estado de Mato Grosso, dentre outras iniciativas do Governo Federal. Premência quanto à definição do traçado da Ferronorte. Federalização das rodovias.
Publicação
Publicação no DSF de 21/03/2009 - Página 5921
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA DE TRANSPORTES. DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, APROVAÇÃO, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO JUSTIÇA E CIDADANIA, PROJETO DE LEI, AUTORIA, DEPUTADO FEDERAL, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), OPORTUNIDADE, HOMENAGEM POSTUMA, AUTOR, HONRA, ORADOR, QUALIDADE, RELATOR, REFERENCIA, AUTORIZAÇÃO, FILHO ADOTIVO, ACRESCIMO, NOME, PAES.
  • ACOMPANHAMENTO, AUTORIDADE, VISITA, MUNICIPIO, SINOP (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), DEBATE, COORDENAÇÃO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, GOVERNO MUNICIPAL, VIABILIDADE, RECUPERAÇÃO, ESTRADAS VICINAIS, IMPLEMENTAÇÃO, POLITICA DE DESENVOLVIMENTO, ENTORNO, RODOVIA, MODELO, AGROPECUARIA, ELOGIO, INICIATIVA, MINISTRO DE ESTADO, SECRETARIA ESPECIAL, LONGO PRAZO.
  • REGISTRO, ACOMPANHAMENTO, AUTORIDADE, CENTRAIS ELETRICAS DO NORTE DO BRASIL S/A (ELETRONORTE), CENTRAIS ELETRICAS MATOGROSSENSES S/A (CEMAT), MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA (MME), INAUGURAÇÃO, PROGRAMA, ELETRIFICAÇÃO RURAL, MUNICIPIOS, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), AMPLIAÇÃO, ACESSO, ENERGIA, PROMOÇÃO, DESENVOLVIMENTO, IMPORTANCIA, CADASTRO, INSCRIÇÃO, COMUNIDADE, CUMPRIMENTO, OBJETIVO, GOVERNO FEDERAL.
  • IMPORTANCIA, VIAGEM, ORADOR, MUNICIPIO, NOVA XAVANTINA (MT), RECOLHIMENTO, REIVINDICAÇÃO, POPULAÇÃO, INTERIOR, REGISTRO, RECEBIMENTO, PLACA, HOMENAGEM, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), PARTICIPAÇÃO, ENCONTRO, AMBITO REGIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DEFESA, VALORIZAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, SAUDAÇÃO, INAUGURAÇÃO, POSTO, INFORMATICA, INTEGRAÇÃO, COMUNIDADE, DISTRITO.
  • PARTICIPAÇÃO, ENCONTRO, DEBATE, CONTINUAÇÃO, OBRAS, FERROVIA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), BUSCA, SOLUÇÃO, PENDENCIA, EMPRESA, LICENÇA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), MEIO AMBIENTE, REGISTRO, GESTÃO, BANCADA, PROJETO, FEDERALIZAÇÃO, RODOVIA, INICIATIVA, JONAS PINHEIRO, EX SENADOR.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


A SRª SERYS SLHESSARENKO (Bloco/PT - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Sr. Presidente, Senador Mão Santa, que neste momento preside a nossa sessão.

Srªs e Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, eu, como quase sempre, vou falar um pouco do meu Mato Grosso. Antes, Senador Mão Santa, Senador Ademir Santana e Senador Geraldo Mesquita Júnior, eu gostaria de dizer que, na quarta-feira passada, antes de ontem, na Comissão de Constituição e Justiça, eu fui Relatora do Projeto de Lei do Deputado Clodovil Hernandes. Uma semana antes, Senador Adelmir Santana - na hora eu disse até que parece uma coisa mais ou menos do destino -, na quarta-feira anterior, ele estava presente na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, e eu era Relatora do projeto, como sempre fui - projeto que autoriza a dar o nome do padrasto e da madrasta a filhas ou filhos adotivos. Ele estava lá, muito empolgado, dizendo que aquele era um projeto de uma dívida da vida inteira dele, inclusive para com a mãe dele, que sempre quis que ele tivesse o sobrenome dela, e ele não conseguiu ter. Muito animado, ele pedia que eu fizesse o relato. O projeto estava na pauta, e eu acabei não podendo relatá-lo, porque, por um equívoco, o meu nome não estava na lista da CCJ naquele dia, uma vez que estavam sendo renovados os nomes. Naquele momento, combinamos, eu e ele, que na quarta-feira seguinte, anteontem, eu faria o relato. Ele ainda insistiu, rindo, brincando, com o bom humor que lhe era peculiar, Senador Mão Santa: “Senadora, a senhora vem fazer o relatório. Este é o meu projeto! Este é um projeto muito importante para minha pessoa”, dizia Clodovil. E eu prometi a ele que eu viria, como vim na quarta-feira. Infelizmente, ele não veio, faleceu na terça-feira. Nós, na Comissão de Constituição e Justiça, na quarta-feira, lemos o relatório, com parecer favorável, que foi aprovado por unanimidade. Naquele momento, fiz também uma homenagem a ele.

Eu quis registrar isso na tribuna do Senado para que fique gravado aqui, nos nossos Anais, que esse fato ocorreu. Temos que procurar fazer as coisas no tempo e na hora devida, porque, muitas vezes, se passar um pouquinho, perde-se o tempo apropriado. Essa foi uma lição muito grande para mim. Não tive responsabilidade, é claro! O meu nome não estava na lista, eu não podia ser Relatora, mas, realmente, vimos que aquele momento em que ele lá estava era o momento apropriado para termos feito a votação; no entanto, ficou para o outro dia, e, no outro dia, ele não chegou.

Srs. Senadores, como eu disse, venho, mais uma vez, a esta tribuna contar um pouco do meu Mato Grosso, que, como todos sabem, é imenso e em franca ocupação. Ocupação no sentido não só da sua extensão territorial, da sua extensão geográfica, que é muito grande, com densidade demográfica pequena, mas, como sempre falamos, no sentido de que, em Mato Grosso, encontramos brasileiros dos mais diversos recantos do Brasil, todos com intenção firme de fazer do nosso Estado um celeiro na produção de alimentos para o mundo.

Tem crise e tem crise. Mato Grosso produz muito para exportação. Claro que vem sofrendo com o problema da crise em termos da questão da exportação, mas, por outro lado, continua avançando celeremente.

Estive viajando de 12 a 16 de março. Saí daqui, de Brasília, com o Ministro de Assuntos Estratégicos, Ministro Mangabeira Unger, e com diversas outras autoridades e estivemos no nosso grande e exuberante Município de Sinop. Lá, estivemos com outras autoridades, como o Governador Blairo Maggi; o Diretor Geral do Dnit, Dr. Luiz Antônio Pagot; o Secretário Executivo do Ministério dos Transportes, Dr. Paulo Sérgio Oliveira Passos; o Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, além de um técnico representante do Ministério da Agricultura; muitos prefeitos - umas três dezenas de prefeitos - e lideranças, vereadores, vereadoras, muitas lideranças municipais da região. Fomos lá, Srs. Senadores, para discutir a coordenação das ações dos Governos federal, estadual e municipal. Para quê? Para viabilizar a racionalização e recuperação da malha de estradas vicinais, principalmente as localizadas no entorno das rodovias BR-163 e BR-158, com base no Plano Amazônia Sustentável. Além disso, também discutimos a implementação conjunta de políticas públicas voltadas à intensificação do sistema produtivo, com ênfase em um novo modelo agropastoril para aquela região.

Estamos trabalhando para garantir o desenvolvimento das regiões no entorno dessas rodovias, que são eixos estruturantes, fundamentais para o escoamento da nossa produção em Mato Grosso. Penso, Sr. Presidente, que não basta apenas asfaltar. “Temos que fazer um trabalho de integração entre sociedade e Governo, e encontros como esses são importantes para reforçar essa discussão.” Nesse sentido, elogio a iniciativa do nosso querido Ministro Mangabeira Unger, que, aos poucos, vai se tornando também um mato-grossense. Por lá, Mangabeira Unger já andou; ele já chegou de avião, ele já chegou de carro, já andou por regiões de difícil acesso, por aquele Mato Grosso afora. Então, eu brinco com o Ministro Mangabeira Unger que ele já está se tornando um mato-grossense de verdade, daqueles que pega, realmente, pra valer, para conhecer os problemas, conhecer a realidade de Mato Grosso, porque só quem conhece compreende, e só quem conhece e compreende é capaz de transformar no rumo correto.

Nesse mesmo dia, eu fui para Bom Jesus do Araguaia, com os companheiros, da Eletronorte, Gustavo Vasconcelos, e da Rede Cemat, o engenheiro Robson. Estava também no evento o representante do Ministério de Minas e Energia, Dr. Helio Morito Shinoda, representante do Ministro Lobão, que estava em Mato Grosso para fazer inaugurações do grande programa Luz Para Todos.

Agora, Bom Jesus do Araguaia é o mais novo Município mato-grossense a receber o projeto de eletrificação rural do Governo Federal, o Luz para Todos. Para que os senhores entendam, Bom Jesus do Araguaia é um Município muito novo, é um Município que não tem um metro de asfalto, mas o Luz para Todos já chegou lá, Senador Adelmir; o Luz para Todos está lá, iluminando homens e mulheres que moram na área rural. Foram mais de 100 ligações de residências na área rural nesse Município.

Esse programa foi feito principalmente no assentamento Jacobim, na área rural do Município de Bom Jesus do Araguaia. Um investimento de R$930 mil, que garantirá a chegada da luz ao lar de mais de 500 pessoas. A chegada da energia representa mais conforto, melhoria da qualidade de vida, novas oportunidades e geração de emprego e renda para as famílias atendidas, diminuindo os índices de pobreza e fome.

Lá estava, inclusive, na grande reunião da qual participamos, o pastor de Jacobim, que, emocionado, falou, manifestando os sentimentos das famílias que moram naquela localidade.

Percorri também, Sr. Presidente, no fim da semana passado, nove Municípios das regiões sul e médio norte do Estado. Na sexta-feira, dia 13, reuni-me com o Prefeito Diá e com lideranças de Ribeirão Cascalheira; em Água Boa, com o Prefeito Maurição; e, em Nova Xavantina, com nosso querido Prefeito do Partido dos Trabalhadores, assim como em Cascalheiras; e com vereadores, lideranças da sociedade organizada, muita gente realmente que veio trazer seus problemas. Especialmente, eu estava percorrendo as regiões para ver como está o Luz para Todos em cada Município, uma vez que o Presidente Lula e a Ministra Dilma Rousseff exigem que, até dezembro de 2010, todas as residências na área rural tenham energia.

Estou fazendo esse trabalho no meu Estado, indo de Município a Município, para discutir essa questão, para ver se estão todos cadastrados, porque isso é importante. O prazo é até dezembro de 2010, mas as pessoas têm que estar inscritas no programa.

No sábado, dia 14, estive em Pontal do Araguaia, Poxoréu e Dom Aquino e, no domingo, na nossa querida Jaciara.

São nessas viagens para o interior que a gente consegue vislumbrar as demandas das regiões. “Conhecendo de perto a realidade de cada comunidade, fica mais fácil para trabalhar as reivindicações.” É o contato com a realidade de cada Município, passada pelos seus moradores, que facilita minha ação como Senadora.

Em Ribeirão Cascalheira, o encontro com a comunidade e com lideranças aconteceu junto à Igreja Católica. Já em Água Boa, houve um ato público com autoridades e lideranças - como eu já disse, na Câmara Municipal. Em Nova Xavantina, visitei obras do Governo Federal e participei de uma atividade que muito me orgulhou. No Lar do Idoso, fui homenageada com uma placa de reconhecimento pelos meus serviços ao Município e à região.

No sábado, pela manhã, participei do encontro regional do PT/médio norte, em Pontal do Araguaia. Para o encontro regional do médio norte, em Pontal do Araguaia, houve representação de 17 Municípios: Água Boa, Araguaiana, Araguainha, Barra do Garças, Campinápolis, Canarana, Cocalinho, Gaúcha do Norte, General Carneiro, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Santo Antônio do Leste e Torixoréu, além de Pontal do Araguaia.

Faço questão de listar esses Municípios na tribuna do Senado, porque eles têm muitas dificuldades, Senador Mão Santa. V. Exª já foi Prefeito e vive falando - e acho importante que fale - que ser prefeito é uma função das mais relevantes. Concordo, porque é junto ao prefeito que a comunidade está; é junto aos vereadores e às vereadoras, aos prefeitos, aos vice-prefeitos e às vice-prefeitas. A população que mora na localidade sabe das suas necessidades, dos seus problemas, e ela tem a quem recorrer: aos vereadores e às vereadoras, aos prefeitos e às prefeitas ou aos vice-prefeitos ou vice-prefeitas. E essa valorização tem que ser feita, mas tem que ser feita buscando descentralizar políticas públicas e também recursos, para que eles possam, realmente, fazer as coisas acontecerem com mais facilidade.

Estive também no meu querido Município de Poxoréu, num ato público na Câmara, com meus companheiros petistas, com o Prefeito, com vereadores e com lideranças de assentamentos, para entrega de maquinários agrícolas. À noite, eu já estava em Dom Aquino, onde participei, juntamente com o Prefeito Eduardo e vereadores, da inauguração do telecentro no Distrito de Entre Rios; depois, participei de reunião com lideranças na Câmara Municipal.

Senadores, Senador Mão Santa, Entre Rios é um Distrito de Poxoréu, pequeno, com pouca gente, mas V. Exª precisava ver a alegria e o brilho nos olhos dos jovens, das crianças e das pessoas daquele Município ao receberem um telecentro. Quer dizer, eles entraram no mundo. Aquelas pessoas não tinham um telefone de orelhão! Tiveram, um dia, mas deixaram de ter, porque o orelhão pifou, estragou, e não conseguiram mais fazê-lo funcionar. Agora, elas têm um telecentro. Quer dizer, estão contatados com o mundo. Há um professor, formado pela nossa Universidade Federal, que vive lá na comunidade, que é da comunidade e que está lá agora para instruir, ajudar os nossos jovens, nossas crianças, a população de um modo geral a saber o que vai pelo mundo em tempo imediato.

Isso é de uma importância! Acho que só o Presidente Lula, ao pensar num projeto desse para o Brasil inteiro, a instalação dos telecentros comunitários, realmente poderia imaginar essa importância. Nós víamos, realmente, as pessoas com o olho brilhando, dizendo: “Agora estou em contato com o mundo; agora posso saber o que vai pelo mundo”. Às vezes, até sem entenderem direito; mas, com certeza, vão entender muito bem a partir do momento em que estiverem fazendo uso dele.

Já no domingo, em Jaciara, participei do encontro regional do PT/região sul, onde reunimos cerca de onze Municípios: Campo Verde, Juscimeira, Dom Aquino, Poxoréu, Rondonópolis, Pedra Preta, Alto Taquari, Alto Araguaia, Itiquira e Guiratinga. Retornei a Cuiabá no final da tarde e, já cedinho, na segunda-feira, dia 16, participei de reunião sobre a retomada das obras da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso.

Vicente Vuolo foi Senador, ocupou essas tribunas e à época dizia que a ferrovia precisava chegar em Mato Grosso. E, Srs. Senadores, lá, em Mato Grosso, uma época, faziam piada dessa questão. Quando a gente falava em alguma coisa difícil de ser conquistada, Senador Mão Santa, as pessoas falavam: “Isso aí é a ferrovia do Senador Vicente Vuolo”. Mas ele foi persistente, foi insistente, determinado e conseguiu fazer avançar o projeto. Infelizmente, ele faleceu antes de fazermos o primeiro trajeto, Alto Taquari-Alto Araguaia, no início do Governo do Presidente Lula, de 100 quilômetros, de trem, ao se inaugurar a primeira parte da Ferronorte, a Ferrovia Senador Vicente Vuolo.

Eu não estava aqui, ontem, na hora da fala; eu estava aqui, no Senado, mas não estava dentro do plenário, na hora em que os Senadores Jayme Campos e Gilberto Goellner falaram sobre essa questão. É uma questão ainda difícil. A LL é a empresa que está encarregada de tocar essa obra, de Alto Araguaia até Rondonópolis.

Precisamos, com certeza, de um empenho muito grande, especialmente de todos os políticos mato-grossenses, para conseguirmos definir, de uma vez por todas, o traçado dessa Ferronorte, pelo menos até Cuiabá. Depois, a gente vai ver para que rumo ela segue em direção à subida, vamos dizer assim, do mapa do nosso Mato Grosso.

A Ferronorte está chegando, está se aproximando de Cuiabá, mas precisamos não só definir o traçado como também obter as tais das licenças do Ibama. O Ibama, realmente, é uma coisa encantada, não no bom sentido; encantada no sentido de que não consegue fazer as coisas acontecerem, pelo menos no tempo necessário, ágil, para que a população seja contemplada com obras tão importantes, como é o caso da nossa Ferronorte.

Em 2008, percorri 106 Municípios dos 141 Municípios mato-grossenses. Em 2009, continuarei na minha andança, conversando com a sociedade mato-grossense, como sempre fiz, na busca de ajudar a encontrar os caminhos para o meu Estado andar mais depressa nesse processo de desenvolvimento, mas de desenvolvimento com sustentabilidade.

Precisamos, regularmente, avaliar nosso trabalho, buscando novas formas de atuação. Esses encontros regionais são de extrema importância não só para que a população possa chegar junto aos parlamentares, para que a população realmente conheça o nosso trabalho, mas, principalmente, para que a população demonstre aquilo que é mais necessário para ela no momento.

Na segunda-feira, reunimos em Cuiabá mais de 200 pessoas, sob o comando do Vereador Vuolo, Vereador por Cuiabá, que coordena o fórum da ferrovia. Para nós, de lá, por enquanto é só a Ferronorte, mas, no futuro, pretendemos ter outras chegando a Mato Grosso, como a Norte-Sul. Por enquanto, temos somente a Ferronorte, que é da maior relevância. Então, a partir dessa reunião é que poderemos trazer subsídios para conversar aqui, em Brasília, e tentar, realmente, deslanchar esse programa de ferrovias para o meu Estado de Mato Grosso.

Assim também é com as estradas, a federalização das nossas estradas. Temos, lá, mais quatro mil quilômetros de estradas federalizadas, e eu gostaria de dizer que tanto eu quanto o Senador Jayme Campos temos nos empenhado muito; e de render sempre homenagem ao Senador Jonas Pinheiro, que se sentava ali, à minha esquerda, e que ajudou muito nesse processo também.

Eu costumo dizer sempre que dou a César o que é de César. Jonas Pinheiro, que nos deixou, deixou a população de Mato Grosso realmente muito consternada, porque foi um político, apesar de sermos adversários de partido, que sempre deu uma grande contribuição para o Estado de Mato Grosso. Essa questão da federalização das estradas é uma das contribuições que ele deixou, às vésperas do seu falecimento; sendo que, uma semana após o seu falecimento, eu defendia um dos projetos de federalização do Senador Jonas Pinheiro. Continuamos buscando fazer esse trabalho conjunto, agora somada a participação do Senador Gilberto Goellner.

Quero ainda, rapidamente, dizer que não sei, e eu gostaria até de conversar com alguns dos Srs. Senadores de outros Estados, para ver como está o programa Luz para Todos em cada Estado. Em Mato Grosso, temos praticamente 80% já cumpridos. Essa é uma missão que estou levando com total determinação, para que, realmente, em 2010, a gente não tenha nenhuma casa na área rural sem energia, não só para iluminar as casas, o que por si só já é muito importante, mas para que as pessoas que vivem lá na roça, que vivem no campo e, principalmente, para que aquelas que vivem da pequena propriedade, da agricultura familiar, tenham, realmente, potencial, condições, possibilidades de fazer as suas pequenas empresas, desde a farinheira, a pequena fábrica de ração, enfim, aquelas possibilidades que venham a melhorar a sua qualidade de vida.

Muito obrigada, Senador Mão Santa.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/03/2009 - Página 5921