O SR. JEFFERSON PRAIA (PDT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

Quero, inicialmente, parabenizar V. Exª pela iniciativa, cumprimentar as autoridades eclesiásticas presentes, todos os religiosos, todos os que estão envolvidos nessa questão da Campanha da Fraternidade.

Dedico minha intervenção, Sr. Presidente - serei breve -, nesta oportuna sessão especial, a uma breve e sincera homenagem ao estimado D. Luiz Soares Vieira, Arcebispo de Manaus, e seus colaboradores - padres, religiosos e leigos - pelo trabalho em prol do sucesso da Campanha da Fraternidade 2009.

O tema deste ano é “Fraternidade e Segurança Pública”, tendo por lema “A Paz é Fruto da Justiça”. Como faz há tantos anos, D. Luiz oficiou missa de abertura da campanha no Amazonas, na Igreja Matriz da nossa capital, no último dia 25 de fevereiro.

Na ocasião, ele lembrou que a violência e a criminalidade que imperam na nossa sociedade são fruto de uma atitude distorcida e generalizada de materialismo, hedonismo, busca da satisfação dos impulsos individuais a qualquer preço, o que resulta na degradação do próximo em mero objeto.

Como resultado, a família vem sendo destroçada pela violência, maridos espancam esposas, pais maltratam filhos, jovens desrespeitam e agridem idosos, o álcool e as drogas destroem os valores familiares.

Ao mesmo tempo, o sistema carcerário, ao invés de recuperar, transforma-se em depósito de seres humanos e quartel-general de onde emanam ordens de assassinatos e estratégias do crime organizado.

Ainda segundo D. Luiz, o preço a ser pago por esses gigantescos desencontros é de 40 mil assassinatos por ano em todo o País, uma guerra civil não declarada, mas de gigantescas proporções, onde crianças e jovens são as maiores vítimas.

Sr. Presidente, sob a liderança inspiradora de D. Luiz, a Arquidiocese de Manaus, adotando o lema local específico “Segurança, Justiça e Paz: É a gente que faz”, tem promovido numerosas ações destinada a sensibilizar o povo e autoridades para a importância da participação de todos no enfrentamento desse gravíssimo problema.

Assim, por exemplo, no Município de Novo Airão, jovens ligados à Igreja promoverão encontro com a presença do Prefeito, dos Vereadores, do Promotor de Justiça, do Delegado de Polícia e do Comandante da Polícia Militar. Os organizadores do evento pediram apoio a projetos educacionais, culturais e esportivos destinados a ajudar a juventude a fugir da violência e das drogas.

Mais recentemente, o Centro de Direito Humanos da Arquidiocese, a Pastoral Carcerária e o Centro de Referência e Apoio à Saúde Indígena realizaram a Conferência Livre de Segurança Pública de Manaus, preparatória à grande Conferência Nacional, que terá lugar em Brasília em agosto próximo. Na pauta, destacam-se a formulação de propostas para a política de segurança pública, a busca de formas humanas de ação na comunidade para uma vida mais segura, mais cidadã e mais respeitosa dos direitos humanos.

Finalmente, Sr. Presidente, a Associação dos Delegados de Polícia do Amazonas, Adepol-AM, na pessoa do seu Presidente, Dr. Mário Aufiero, reuniu-se com os Padres Guilhermo Carmona, Coordenador de Direitos Humanos, e Alcimar Araújo, Coordenador da Pastoral, para propor ações destinadas a diminuir a violência.

Todas essas iniciativas merecem ser difundidas e prestigiadas pelos governantes, meios de comunicação, tomadores de decisões e formadores de opinião em todos os segmentos do Estado e da sociedade, pois refletem o compromisso concreto da Igreja Católica e da Arquidiocese de Manaus com o bem comum e o direito dos cidadãos a uma vida sem medo. Esse grande objetivo, repito, só poderá ser alcançado com a participação de todos.

Portanto, Sr. Presidente, encerro meu pronunciamento dizendo que esta Casa tem uma grande responsabilidade também, que é aquela de fazer com que tenhamos uma política de realizações. Portanto, analisando todas as iniciativas que cabe a nós que estamos aqui nesta Casa viabilizarmos no sentido de termos uma sociedade melhor.

Muito obrigado.

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