Discurso durante a 46ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Preocupação com o enfraquecimento do Senado Federal perante a opinião pública. Manifestação sobre o empobrecimento da população e a violência no Pará. Citação de matérias jornalísticas afetas à intenção de S.Exa. de criar uma CPI para investigar irregularidades no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-Dnit. (como Líder)

Autor
Mário Couto (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PA)
Nome completo: Mário Couto Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO. ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Preocupação com o enfraquecimento do Senado Federal perante a opinião pública. Manifestação sobre o empobrecimento da população e a violência no Pará. Citação de matérias jornalísticas afetas à intenção de S.Exa. de criar uma CPI para investigar irregularidades no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes-Dnit. (como Líder)
Aparteantes
Flexa Ribeiro.
Publicação
Publicação no DSF de 07/04/2009 - Página 9553
Assunto
Outros > SENADO. ESTADO DO PARA (PA), GOVERNO ESTADUAL. POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • IMPORTANCIA, RECUPERAÇÃO, REPUTAÇÃO, REFORÇO, SENADO, BENEFICIO, DEMOCRACIA.
  • COMENTARIO, NOTICIARIO, JORNAL, O LIBERAL, ESTADO DO PARA (PA), GRAVIDADE, SITUAÇÃO, ABANDONO, AMBITO ESTADUAL, CRESCIMENTO, MISERIA, VIOLENCIA, DESEMPREGO, REITERAÇÃO, CRITICA, GOVERNO ESTADUAL, OBSTACULO, EMPRESA, EXPLORAÇÃO, MINERIO, MADEIRA, PECUARIA, EXPORTAÇÃO, SOLICITAÇÃO, ATENÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, COBRANÇA, PROVIDENCIA, GOVERNADOR, COMBATE, AMPLIAÇÃO, CRIME ORGANIZADO.
  • ANUNCIO, CONTINUAÇÃO, LUTA, ORADOR, DEFESA, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), INVESTIGAÇÃO, IRREGULARIDADE, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), IMPORTANCIA, COMBATE, CORRUPÇÃO, MOTIVO, PRECARIEDADE, RODOVIA, PAIS.
  • LEITURA, DECLARAÇÃO, DIRETOR GERAL, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), AMEAÇA, ORADOR, EXIGENCIA, RETRATAÇÃO, JUSTIÇA, TENTATIVA, RESTRIÇÃO, FUNÇÃO FISCALIZADORA, SENADO.
  • LEITURA, TRECHO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, ESTADO DE MINAS, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), DENUNCIA, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), FAVORECIMENTO, EMPRESARIO, ASFALTAMENTO, FEIRA AGROPECUARIA, PARALISAÇÃO, TRABALHO, RODOVIA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acabo de ouvir o Senador Cristovam, acabo de ouvir o Senador Mão Santa e me preocupa - e há muito venho falando ao País - o enfraquecimento desta Casa. Preocupa-me muito. Esta Casa é o símbolo da democracia brasileira. Esta Casa tem que ser fortalecida para que o povo tenha a tranquilidade, cada vez maior, de uma democracia ampla neste País.

Oxalá, Presidente Mão Santa, as coisas melhorem e que nós possamos, aqui, todos os dias, combater essa ditadura branca, política, que se quer estabelecer neste País com o enfraquecimento do Senado!

Presidente Mão Santa, Senador Paulo Paim, Senador Mozarildo, há muito tempo que venho a esta tribuna dizer da minha preocupação com o caos estabelecido no meu Estado. Hoje eu trago toda a clareza de como se encontra o Estado do Pará. Preocupa-me o País; preocupa-me a crise; preocupa-me a violência; a saúde; a situação dos nossos aposentados, de que nós não vamos arredar pé um milímetro enquanto não for resolvida. Preocupa-me tudo, mas não posso dizer aos paraenses que estou tranquilo com relação ao meu Estado. Infelizmente, eu não posso dizer isso. O Estado do Pará, o sexto maior exportador do Brasil, um dos maiores pólos turísticos deste País, encontra-se um caos.

O jornal paraense, O Liberal, Sr. Presidente, na edição de domingo, mostra aquilo com que sempre me preocupei. Não queria ler esta notícia. Eu queria que esta notícia fosse outra. Mas pessoas, algumas do próprio Estado do Pará, acham que eu venho aqui simplesmente com intuito político de querer me promover. A minha eleição não é em 2010; se eu vier a ser candidato, a minha eleição será em 2014. A minha preocupação é com a situação dos paraenses. A minha preocupação é com a situação do abandono do meu Estado. A minha preocupação é com a economia do meu Estado. A minha preocupação é com a violência estabelecida no Estado do Pará, com um dos maiores índices de violência do mundo! Digo e provo. E vou mostrar, mais uma vez, que eu não acredito que haja uma cidade mais violenta no mundo do que a cidade de Belém, no Estado do Pará.

Não era isso que eu queria dizer aqui. Eu queria poder elogiar a Administração do meu Estado. Eu queria poder dizer que meu Estado está crescendo mais do que antes. Eu queria poder dizer que o meu Estado gera emprego, que lá a saúde satisfaz sua população, que lá é pouca a violência. Era isso que eu queria dizer, paraenses. Mas o que vou dizer hoje, infelizmente, é o caos, de difícil recuperação. O caos estabelecido no Estado do Pará é de difícil recuperação.

E ninguém me escuta! Ninguém me ouve, Presidente! O Presidente da República, amigo da Governadora Ana Júlia, do meu Estado, nada faz! Presidente Lula, pelo amor de Deus, Presidente Lula, e aqui quem lhe pede é um humilde Senador da Republica: olhe a situação do Estado do Pará!

Senador Paim, um dos jornais de maior credibilidade deste País diz - e a TV Senado poderia focar a matéria: “Tropa da miséria cresce no Estado do Pará”.

Tentem encontrar uma situação igual a essa! Procurem nas suas cidades, vejam se a situação é igual a essa! Vejam se existe no Brasil uma cidade com situação igual a minha, um Estado com situação igual ao meu!

Pesquisa oficial publicada no jornal O Liberal: Em 2007, 3,5 milhões de pessoas passaram a receber menos da metade do salário mínimo. Será, Brasil, que existe um Estado igual ao meu? Em 2007, 3,5 milhões de pessoas passaram a receber menos da metade do salário mínimo! Será que existe algum Estado igual ao meu? A cada ano - friso: a cada ano! - 500 mil pessoas entram nessa tropa.

Chamei a atenção aqui. Eu sabia que estávamos caminhando para isso. Quando cheguei aqui, Pará, eu disse que tinham acabado com o minério no Estado. Fecharam as mineradoras, uma das maiores fontes de geração de emprego. Eu chamei a atenção aqui, Pará! Eu disse que estavam fechando as madeireiras sérias, que trabalhavam seriamente, dentro da lei. Misturaram regularidade com irregularidade. Fecharam essas madeireiras e desempregaram a metade do povo paraense. Eu disse aqui desta tribuna; eu sabia que isso ia acontecer.

         Começaram a taxar o boi em pé para que o Pará não exportasse mais. Acabaram com a nossa exportação de boi praticamente. Acabaram com a economia do meu Estado. Desempregaram mais da metade da população brasileira. Essa é a grande realidade! E o meu Pará tornou-se um caos.

         Isso é número; não estou inventando absolutamente nada. Isso é número, pesquisa, não é invenção alguma! Eu já havia dito aqui nesta tribuna, por várias vezes, que o meu Estado ia virar um caos.

“Não, é porque o Mário Couto tem questões políticas com a Governadora!” Não é nada disso, absolutamente nada. O que eu falei aqui foi para o bem, não foi para o mal; o que eu alertei foi para o bem, não foi para o mal. Não desejo mal ao meu Estado; não quero mal às pessoas. Eu amo meu Estado; eu respeito as pessoas do meu Estado. Mas eu sabia que isso ia acontecer, mais tarde ou mais cedo.

Está aqui: 3,5 milhões de pessoas ganhando menos que a metade do salário mínimo. Miséria, fome! E, a cada ano, são 500 mil de pessoas que entram nessa tropa.

Presidente Lula, chame a Governadora do meu Estado, Presidente. Não deixe o Pará ficar ingovernável. O Pará é um Estado produtor que vinha num crescimento espetacular. O Pará vinha crescendo em todas as áreas. O Pará era o Estado que mais empregava no Brasil. Olhe a situação do Estado do Pará. O Estado do Pará gosta de Vossa Excelência, votou em Vossa Excelência. Chame a Governadora. Vossa Excelência mesmo disse que não acreditava no trabalho dela, que achava que ia ser um desastre. Eu li, na revista IstoÉ, uma declaração sua, Presidente. Chame a Governadora. Dê um assessoramento capaz de mostrar a ela a situação do meu Estado. Nada contra a Governadora, absolutamente nada.

Aí eu leio o jornal de sábado, Mozarildo. A cada dia piora, Mozarildo. Eu leio o de domingo: a população na miséria, mais da metade da população do meu Estado na miséria, de 2007 para cá. Eu pego o jornal de sábado e leio: 15 mortes violentas em dois dias. Cansei de dizer aqui: a cada oito horas morre um cidadão paraense.

Cansei de falar aqui: três mortes por dia. Agora o número está aumentando, meu Deus do céu! Em 48 horas, morreram 15 pessoas. O jornal mostra a barbaridade dos crimes. Não tem Estado mais violento no mundo do que o Estado do Pará atualmente! Eu quero que venham aqui me dizer qual é! Eu quero que me provem por números, que me digam aqui qual é o Estado mais violento do mundo se não é o Estado do Pará!

E ninguém liga para isso. E morre paraense! E tomba paraense! E choram as famílias, desgraçadas! Choram as famílias diariamente! Pior do que guerra! Pior do que guerra, em dois dias morrerem 15 pessoas!

E olhem as fotos: deprimentes! As fotos, deprimentes. Se a TV Senado puder pegar... Olhem a condição das mortes: eles matam e tiram todas as partes do corpo, as vísceras, estendem no meio da rua. Olhem aqui!

Isso é pior do que guerra, Paim!

Numa guerra, você atira, mata e vai passando. Aqui, você atira, mata - olhe, Paim - e estraçalha as pessoas. Cortam pedaço por pedaço. Um monte de pedaços humanos no meio da rua: cabeça, braço, pernas, e os parentes olhando. E vá reclamar!

O tráfico tomou conta. Quem manda são os traficantes no meu Estado. Não tem jeito. Só tem um jeito. Só tem um jeito! A Governadora não percebe, não adianta. Olhem que eu já falei aqui, eu falo quase todos os dias. Quase todos os dias, eu bato nesta tecla da violência. O Estado empobrecido. A violência tomando conta do meu Estado. Os bandidos sabem, Mão Santa! Os bandidos sentem, Mão Santa! Os bandidos sabem a hora que eles têm que atacar. Eles sabem quais são os Estados que estão desprotegidos! Eles sabem os Estados para onde podem ir matar, roubar, comercializar drogas. Eles sabem! O meu Estado está enfraquecido! O meu Estado está empobrecido! O meu Estado não tem Governo, e os ladrões estão lá a mandar! Os Correios não podem entregar cartas! Os medidores de luz só podem marcar a luz se pagarem pedágio! Eles tomam conta do interior.

Eles entram nas cidades menores, prendem delegado, prendem policial militar, tomam conta das cidades. É um terror generalizado!

Desço desta tribuna, Sr. Presidente, angustiado, indignado com o que acontece no meu Estado. Sinto muito. Sinto muito. Já fui com o Ministro da Justiça, já tentei; já mandei ofício ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público estadual. Só me resta dizer agora, Presidente Lula, mais uma vez: chame a Governadora, Presidente.

Não sei se foi o Senador Eduardo Suplicy que um dia aqui disse que o Lula assistia à televisão, que via a TV Senado. Foi V. Exª, não foi?

Se Vossa Excelência está me vendo, atenda a um humilde Senador do Estado do Pará, Presidente Lula. Vá ao Pará, veja a situação real do meu Estado. Dê a mão à Governadora, pode ser que a Governadora esteja despercebida. Pode ser que a Governadora tenha dificuldade de assessoramento, de ações mais contundentes. O Estado perde a sua economia, o Estado fica pobre, a violência toma conta do Estado. É um Estado exportador, um Estado que vai fazer falta à Nação, um Estado que faz falta à Nação, porque ali estão as riquezas. O Estado do Pará produz riquezas, Presidente Lula, não pode ser abandonado.

Um povo decente, ordeiro, corajoso e que está abandonado, neste momento, por V. Exª. Não abandone o Estado do Pará, Presidente Lula. Faça alguma coisa por nós. A violência tomou conta do meu Estado, Presidente.

Desço, Senador Mão Santa, mais uma vez, triste e indignado porque, assim como V. Exª ama o Piauí, eu amo o Estado do Pará.

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador Mário Couto?

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Já estou descendo. Se V. Exª for breve, porque ainda tenho mais um minuto para falar da minha tentativa de fazer o CPI do Dnit, pois não.

O Sr. Flexa Ribeiro (PSDB - PA) - Senador Mário Couto, estou chegando agora do nosso Estado do Pará. Estive, pela manhã, em Marabá, numa reunião para tratar, entre outras coisas, da questão do não cumprimento dos mandados de reintegração de posse de terras invadidas. Chego aqui, e V. Exª traz ao conhecimento de todo o Brasil e, em especial, do Pará, a questão das manchetes nos jornais diários do nosso Estado, com o absurdo das mortes que acontecem. Acredito, Senador Mário Couto, que morre mais gente no nosso Estado - e direi em Belém - do que lá, no Iraque. Não tenho dúvida disso. Aqui a manchete diz: “Quinze mortes sangrentas em dois dias violentos”. Antigamente se dizia - mas isso há cinquenta anos, quando estavam ainda em desenvolvimento as áreas do Sul e Sudeste - que você matava um e deixava o outro amarrado para o dia seguinte. Vamos voltar a essa situação no Estado do Pará, tal é o grau de violência. Vou fazer um pronunciamento em seguida, assim que o Senador Mão Santa me permitir, exatamente sobre essa questão do desrespeito da Governadora ao direito de propriedade no Estado do Pará. Parabéns a V. Exª.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Já vou descer, Presidente.

Vou apenas ler - passando ao assunto da CPI do Dnit -, Senador Paim, o que diz o Diário de Cuiabá. Senador Mozarildo, preste atenção, essa aqui é muito boa. Vejam como o dirigente de um órgão tenta intimidar um Senador da República. Isso porque o Senador da República quer mostrar o que existe de corrupção dentro de um órgão público. Eu não vou abrir mão nem um milímetro. Eu vou até o fim. Eu vou apurar o que há de irregularidades dentro do Dnit, Senador. Porque é o Brasil que vive a desgraça das estradas, são mortes atrás de mortes. As estradas federais no seu Estado devem estar uma desgraça...

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - São poucas ou quase nenhuma, com exceção das que são terceirizadas. As do Governo mesmo só fazem matar. O diretor-geral Luiz Antonio Pagot... Atenção, Senadores, nós não podemos mais denunciar ninguém! Atenção, Flexa Ribeiro; atenção, Senadora Serys; atenção, Mão Santa, não tentem mais abrir CPI aqui, porque logo vocês receberão ameaças.

Senadores não podem mais falar em CPI. Mandam arquivar e, quando não mandam arquivar, os diretores dos órgãos mandam ameaçar.

         O Diretor-Geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot (PR), afirmou ontem que as investidas do Senador Mário Couto (PSDB-PA), feitas principalmente por meio de discursos efusivos na tribuna do Senado, não ficarão impunes [Atenção, Mário Couto, cuidado com a sua vida!]. Pagot exigirá retratação na Justiça sobre as acusações provenientes de Couto que, segundo ele, atingem sua família, honra e imagem.

Ora, Pagot! O que eu posso fazer se tu cometes irregularidades? Tenho que preservar o dinheiro público. É minha responsabilidade, meu amigo Pagot! Vim para cá para isto! Como Senador, a Constituição me obriga a fazer isto, a zelar pelo dinheiro público, e aqui eu o farei, meu amigo, sem medo...

(Interrupção do som.)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Sem medo! Sem nenhum receio de ninguém. Ninguém vai conseguir me calar. Olhem aqui.

Vou mostrar à população brasileira como é o Dnit. E a cada dia vou ler uma irregularidade.

Esta aqui é do jornal Estado de Minas: “Dnit a serviço de amigos em Minas”. Vamos lá, TV Senado, mostre ao Brasil. Sabem o que aconteceu aqui? A Contorno Construtora de Obras Ltda. fazia a manutenção da BR-460 em Minas Gerais. Um amigo do Pagot chegou e disse a ele: “Pagot, quebra o galho. Eu tenho uma feira agropecuária. Prepara lá a feira todinha para mim. Quanto é que custa?” “Duzentos mil reais”. O prefeito Yuri Vaz de Oliveira, de Carmo de Minas, foi à feira. Pararam todas as máquinas da BR, entraram na feira de exposições, fizeram todo o asfalto da feira. Quanto custou? Duzentos mil reais. Quem pagou, diga para mim, Senador Flexa? Quem pagou? Quem pagou, Mozarildo? É o Estado de Minas Gerais que está dizendo isso. Quem pagou, brasileiros? Quem pagou? Porque é amigo do Pagot. Ô, Pagot, tu não és sério! Não adianta...

(Interrupção do som)

O SR. MÁRIO COUTO (PSDB - PA) - Já estou descendo, Presidente.

Não adianta tu ameaçares, Pagot. Tu não és sério. Tu estás deixando a população brasileira sem estrada.

Quem pagou, Senador Flexa? Quem pagou? O Dnit, Senador Flexa; serviços particulares, Senador Flexa. E o povo brasileiro a pagar os impostos. O povo brasileiro a pagar os impostos para os serviços serem feitos para o povo, e é feito para particulares, amigos do Luiz Pagot.

Sr. Presidente, muito obrigado.

Eu esperei aqui, Presidente, tranquilamente para falar. Os que me antecederam usaram mais de vinte minutos, e V. Exª, como sempre, sempre faz aquilo que se deve fazer: é para um, é para todos. Eu lhe agradeço mais uma vez.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/04/2009 - Página 9553