Discurso durante a 81ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da CPI da Petrobrás.

Autor
Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AC)
Nome completo: Geraldo Gurgel de Mesquita Júnior
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.:
  • Defesa da CPI da Petrobrás.
Publicação
Publicação no DSF de 26/05/2009 - Página 19532
Assunto
Outros > ADMINISTRAÇÃO PUBLICA.
Indexação
  • LEITURA, MENSAGEM (MSG), INTERNET, APOIO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), DENUNCIA, ATUAÇÃO, DIRETOR, EMPRESA SUBSIDIARIA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PASTOR, IGREJA EVANGELICA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), CANDIDATO, DEPUTADO FEDERAL, MANIPULAÇÃO, MEMBROS, IGREJA, PROMESSA, EMPREGO, EMPRESA, CRIME, TRAFICO DE INFLUENCIA, NEPOTISMO.

            O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (PMDB - AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Em homenagem a V. Exª vou falar de pé, Senador Mão Santa, pela admiração que tenho por V. Exª.

         Com relação ao que V. Exª falava há pouco, acho que não resta a menor dúvida junto ao povo brasileiro da sua firmeza. Quando V. Exª, eu e outros companheiros do PMDB assinamos a CPI da Petrobras, o fizemos com convicção, porque sabíamos que era necessário verificarmos o que está acontecendo ali nessa grande empresa brasileira, que é de todos os brasileiros.

            Só para que V. Exª tenha ideia, V. Exª falava há pouco de e-mails recebidos, eu também os recebo. Este e-mail em especial é só para reafirmar a disposição que tivemos quando assinamos a CPI. Olhe o que diz o e-mail, Senador Mão Santa:

        Sr. Senador, o fato é que o Sr. Diretor Administrativo e Financeiro da Transpetro, Rubens Teixeira da Silva, que também ocupa o cargo de pastor de uma igreja evangélica do Ministério Óleo e Vida, na Baixada Fluminense [isso vem do Rio], vem assediando alguns membros do ministério não só dessa igreja, mas também de outras, com promessas de emprego na Transpetro. O Diretor irá se candidatar a Deputado Federal em 2010 e, com isso, já começaram suas articulações criminosas.

Eu, como membro evangélico, estou muito incomodado com o fato do tráfico de influência e mais ainda por ele usar locais sagrados como verdadeiros currais eleitorais. Ele vem empregando líderes e seus parentes dessas igrejas, como o seu motorista (Rogério), que é presbítero da Assembléia de Deus em Marechal Hermes. O filho de sua prima Eli de Assis, que é dona da Igreja Monte Hermon, também em Marechal Hermes. Ele é seu assessor e chama-se Alex de Assis. O seu cunhado Evani, que trabalha na sede da empresa, é diácono da igreja em Niterói, no Bairro da Fonseca. Além de tudo, vemos também que ficou caracterizado o nepotismo, sem falar que existem muito mais pessoas beneficiadas que eu não sei o nome. Porém, com uma investigação, vocês irão descobrir.

            Senador Mão Santa, eu fiz questão de ler esse e-mail porque o Brasil está diante da seguinte situação: um grande número de Senadores, com convicção, resolveram requerer a instalação de uma CPI a partir da iniciativa do Senador Alvaro Dias. E há um outro número de Parlamentares que diz que isso é oportunismo, que isso é antecipação do processo eleitoral.

            Eu digo com toda convicção, Senador Mão Santa, que o que se trata aqui é de se verificar exatamente o que está acontecendo nessa grande empresa. Há indícios, há informações de grandes bandalheiras acontecendo no âmbito da Petrobras e de suas empresas satélites, de transferências de recursos de grande monta, sem licitação, sem os procedimentos corretos, que, na Administração Pública, devem primar a utilização do dinheiro público.

         Portanto, que o povo brasileiro saiba que aqui não se está tentando acabar com a Petrobras. Pelo contrário, estamos tentando livrar a Petrobras dos ratos que tomaram conta dela. Essa é a grande verdade. O resto é uma grande balela, Senador Mão Santa, e eu parabenizo V. Exª pela firmeza com que V. Exª atuou nesse caso, assinando a CPI e mantendo sua assinatura. É assim que a gente deve proceder.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/05/2009 - Página 19532