Discurso durante a 123ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de encontro da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, ocorrido no Maranhão. Homenagem pelo transcurso dos 55 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA.

Autor
João Pedro (PT - Partido dos Trabalhadores/AM)
Nome completo: João Pedro Gonçalves da Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INDIGENISTA. HOMENAGEM.:
  • Registro de encontro da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, ocorrido no Maranhão. Homenagem pelo transcurso dos 55 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA.
Publicação
Publicação no DSF de 05/08/2009 - Página 34464
Assunto
Outros > POLITICA INDIGENISTA. HOMENAGEM.
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, ESTADO DO MARANHÃO (MA), ENCONTRO, COORDENAÇÃO, COMUNIDADE INDIGENA, REGIÃO AMAZONICA, INFORMAÇÃO, CRIAÇÃO, ORGANIZAÇÃO, MULHER, INDIO.
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZONIA (INPA), SAUDAÇÃO, ATENÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA (MCT), INVESTIMENTO, MELHORIA, INSTALAÇÕES, AUMENTO, SALARIO, CONTRATAÇÃO, TECNICO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. JOÃO PEDRO (Bloco/PT - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente Mão Santa, que está aqui até essa hora do dia, com a voz esgarçada.

            Sr. Presidente, esta é a minha primeira fala pós-recesso e quero fazer dois registros que considero importantes.

            O primeiro é o registro do encontro, que aconteceu no Estado do Maranhão, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, conhecida como Coiab, que agrega dezenas de organizações dos povos indígenas da nossa Amazônia, da Amazônia Brasileira. O ex-Presidente que esteve, nestes últimos anos, à frente da Coiab, foi o líder Jecinaldo Sateré Mawé, que dirigiu essa entidade nestes últimos 4, 5 anos. Neste ano, a Coiab comemora 20 anos, trata-se de uma entidade que não só congrega as organizações, mas também representa os povos indígenas da Amazônia Brasileira - é sua interlocutora legítima. Nesse encontro, que aconteceu na aldeia Krikati, em São José, no Estado do Maranhão, foi eleita a nova coordenação da Coiab, que tem como novo Presidente a liderança indígena de Marcos Apurinã, que já era um dos seus diretores e saiu eleito novo Presidente.

            É relevante e também importante registrar a nova organização de mulheres indígenas da Amazônia. Foi criada agora a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira, Umiab, que tem como sua Presidente a liderança indígena Conserlei Sumpré Xerente, coordenadora-geral da Umiab - ela é do Estado do Pará -, além da vice-coordenadora Edilene Krikati; e a outra liderança, coordenadora, é Matilde Madikai, do Tocantins, e a Srª Letícia Luiza Yawanawa, coordenadora do Acre. São as coordenadoras da entidade União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira.

            Quero fazer o registro do evento que aconteceu nestes últimos dias de julho, de 20 a 25 de julho, e dizer do meu apoio à Coiab, que é a entidade que representa a luta dos povos indígenas da Amazônia brasileira.

            Mas, Sr. Presidente, também no final de julho, foram comemorados em Manaus, na sua sede, os 55 anos do Inpa - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, talvez a principal instituição de pesquisa na Amazônia.

            O Inpa foi criado em 1952 e implementado em 1954. Uma instituição, Sr. Presidente, que hoje possui doze coordenações de pesquisa - botânica, biologia aquática, ecologia, aquacultura, tecnologia de alimentos, silvicultura tropical, ciências da saúde, produtos florestais, produtos naturais, entomologia, ciências agronômicas, clima e recursos hídricos e um núcleo de pesquisa de ciências humanas e sociais.

            Quero parabenizar a todos os servidores, a todos os funcionários do Inpa, na pessoa do seu Presidente, que é o pesquisador Dr. Adalberto Val. Quero me congratular com essa instituição. Não tenho nenhuma dúvida de que o Inpa joga um papel estratégico na Amazônia, por que não dizer, um papel estratégico no Brasil. Na realidade, lamentavelmente, a sociedade brasileira pouco conhece o Inpa.

            Esse instituto tem sede em Manaus, mas seus pesquisadores trabalham de forma árdua, corajosa, abnegada pelo interior da nossa Amazônia. É muito importante esse instituto.

            Nesses anos de trabalho dedicados pelo Inpa, com certeza, ganhou o Brasil, ganhou o meu Estado, o Amazonas, ganhou a Amazônia.

            Espero, Sr. Presidente, que o futuro do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia seja um futuro ligado às causas do Brasil. E mais, não que não seja, mas o Brasil não pode viver sem o Inpa.

            Quero dizer da minha alegria porque, nesses últimos anos, o nosso Governo, o Governo do Presidente Lula, o Ministério de Ciências e Tecnologia tem dado uma atenção ao nosso Instituto. Se as coisas não funcionam a 100%, a 1000%, nesses últimos anos, o Instituto avançou na melhoria dos seus salários, na contratação de técnicos.

            Quando você passa próximo ao Instituto, ali em Manaus, e observa melhorias na sua parte física, estrutural, então o Inpa merece toda a atenção dos nossos Governos. Eu falo do Governo Estadual, do Governo Federal e da sociedade brasileira.

            Então, eu quero parabenizar a dedicação dos pesquisadores do Inpa, eu quero me congratular com os seus diretores e desejar um futuro promissor, exitoso do Inpa. Na realidade, a Amazônia não pode prescindir de um Instituto moderno, de um Instituto comprometido com o passado, com o presente e com o futuro daquela região. O Inpa deve, numa escala de prioridades, merecer um grau de atenção de forma muito especial.

            São 55 anos de pesquisa naquela região, são 55 anos de dedicação, são 55 anos de desafios. O Inpa merece o respeito de todos nós. Espero que os pesquisadores, os servidores, os funcionários do Inpa continuem entusiasmados em viver a pesquisa lá na Amazônia. Não teremos futuro, não teremos respostas se não for pelo caminho do conhecimento, se não for pelo caminho da pesquisa, se não for pelo caminho da ciência.

            Então, Sr. Presidente, o Inpa é um Instituto relevante que merece o nosso aplauso por completar 55 anos de existência. Pó isso eu parabenizo todos os servidores e funcionários desse Instituto, mas quero também chamar a atenção da importância do Inpa para estudar não só as questões do ponto de vista físico, dos solos da Amazônia, mas, fundamentalmente, da pesquisa acerca do homem e da mulher que vivem na nossa Amazônia. Precisamos, inclusive, aprofundar o conhecimento, o estudo acerca das mulheres e dos homens que vivem na nossa Amazônia.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Modelo1 4/20/249:14



Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/08/2009 - Página 34464