Discurso durante a 154ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações sobre aumento das doenças no sexo masculino e sugestões de medidas preventivas. Registro do lançamento, pelo Ministro da Saúde, do Programa Nacional de Saúde do Homem.

Autor
Augusto Botelho (PT - Partido dos Trabalhadores/RR)
Nome completo: Augusto Affonso Botelho Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • Considerações sobre aumento das doenças no sexo masculino e sugestões de medidas preventivas. Registro do lançamento, pelo Ministro da Saúde, do Programa Nacional de Saúde do Homem.
Aparteantes
Mozarildo Cavalcanti, Osvaldo Sobrinho.
Publicação
Publicação no DSF de 12/09/2009 - Página 43009
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • ADVERTENCIA, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, AUMENTO, DOENÇA, VITIMA, HOMEM, ESPECIFICAÇÃO, DIABETES, CANCER, COINCIDENCIA, PERIODO, PROGRESSO, SETOR, MEDICINA, FARMACOLOGIA, NUTRIÇÃO, EDUCAÇÃO FISICA.
  • DEFESA, PRIORIDADE, MEDIDA PREVENTIVA, REDUÇÃO, INCIDENCIA, DOENÇA, PERDA, QUALIDADE DE VIDA, INCAPACIDADE FISICA, POPULAÇÃO.
  • ELOGIO, LANÇAMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), POLITICA NACIONAL, SAUDE, HOMEM, CONSCIENTIZAÇÃO, IMPORTANCIA, BUSCA, SERVIÇO DE SAUDE, ANTECIPAÇÃO, DIAGNOSTICO, MEDIDA PREVENTIVA, EFICACIA, ALIMENTAÇÃO, PRATICA ESPORTIVA, AUMENTO, EXPECTATIVA, VIDA.
  • SAUDAÇÃO, MEDICO, ESTADO DE RORAIMA (RR), RELEVANCIA, CONTRIBUIÇÃO, PREVENÇÃO, SAUDE, HOMEM.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Exmº Sr. Presidente, Senador Leomar Quintanilha, Srªs e Srs. Senadores, hoje vou abordar um tema aqui que é esquecido pela sociedade. As pessoas que são alvo desse tema que vou abordar hoje aqui também não se preocupam muito com isso. Vou falar hoje a respeito da saúde do homem. Vou começar considerando alguns dados estatísticos para as pessoas poderem entender e ver a importância de que nós, os homens, temos que tomar uma posição em relação a nossa saúde.

            Em duas décadas e meia, de 1980 a 2005, a taxa padronizada de mortalidade de pessoas do sexo masculino, tendo como causas moléstias hoje plenamente controláveis no País, aumentou de forma expressiva. Alguns números, que me permitirei apresentar aqui, transformaram-se em um sinal de alerta eloquente para a formulação de políticas públicas e sugerem, por parte da população masculina, um pouco mais de bom senso e atenção em torno de medidas preventivas e de acompanhamento para a preservação da própria saúde.

            O diabetes mellitus, por exemplo, cresceu 103%, ou seja, mais que dobrou sua incidência entre os homens. O câncer de próstata registrou uma expansão de 95,1%, enquanto o câncer de cólon, reto e ânus elevou-se mais de 50%. Isso para não mencionar as quedas acidentais, que registraram um aumento de 95%. A doença hipertensiva, a pressão alta, aumentou 25% nesse período. Tudo isso em apenas 25 anos, período que coincide com avanços médicos e farmacológicos inéditos no mundo, e com um exponencial crescimento na produção e circulação de informações em geral, e na vulgarização da ciência também, nesse particular.

         Nesse mesmo período, houve igualmente um notável avanço nos campos da nutrição e da educação física, com a geração de conhecimentos que se vêm disseminando ampla e rapidamente, graças aos veículos de comunicação social e ao advento e popularização da Internet pelos diversos estratos da sociedade brasileira.

            Como se sabe, as doenças, além de representarem perdas substantivas na qualidade de vida da população, produzindo diversas formas de incapacitação, implicam também prejuízos econômicos, individuais e coletivos. Logo, tanto do ponto de vista pessoal quanto do da coletividade, é muito mais inteligente manter um cidadão dentro dos parâmetros de uma vida sã a vê-lo privado do usufruto de suas possibilidades e potencialidades, e finalmente afastado das atividades sociais e laborativas, Presidente Quintanilha.

            O Ministério da Saúde, dentro da administração do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem concedido especial atenção a essa preocupante realidade que os números anunciam. Muito além do discurso e da propaganda, o zelo oficial vem se transformando em ações efetivas, no sentido de reverter um quadro francamente negativo para milhões e milhões de homens brasileiros e, enfim, para o próprio País.

            Assim, na quinta-feira passada, 27 de agosto, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou em Brasília a Política Nacional de Saúde do Homem (PNSH), iniciativa que pretende “facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde em todo o País”.

            Em relação à mulher, eu me lembro de que, há uns 20, 25 anos, foi criado o Paismc (Programa de Ações Integradas da Saúde da Mulher e da Criança), do Ministério da Saúde, que vem evoluindo, e hoje, nós que tínhamos índice altíssimo de mortalidade por câncer de colo de útero no Brasil, baixamos para uma quantidade que ainda não é a ideal - o ideal é que não houvesse nenhuma -, mas é aceitável. Ainda está alta, porque muitas mulheres não fazem o seu preventivo de câncer.

            Em relação aos homens, poucos se submetem ao exame de próstata, ao toque, porque existe um preconceito nos homens. Eu já perdi amigos do meu pai, mais idosos, que são meus amigos também, de câncer de próstata, porque tinham preconceito de fazer o exame. Só o fizeram quando a casa estava pegando fogo. Aí, já foi difícil a recuperação.

            Com execução nacional nos próximos dois anos, a Política Nacional de Saúde do Homem comportará um investimento total de R$613 milhões, distribuídos em oito linhas de ação, que contemplam promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação profissional e significativos aportes na rede pública, entre outros.

            Durante o ato de lançamento, o Ministro Temporão, que resgatava promessa feita no início de sua gestão à frente do Ministério da Saúde, alinhavou motivos culturais e educacionais que levariam a maior parte da população masculina brasileira a procurar o serviço de saúde somente depois de perder a capacidade de trabalho.

            Essa, de fato, é uma realidade que se repete, em desfavor de todos, à exaustão em todo o Brasil, não fazendo sequer muita distinção em classe social. O câncer de próstata atinge todas as classes. Era de se pressupor que as pessoas com maior nível de conhecimento e de informação fossem mais cuidadosas, fossem mais atentas, mas as estatísticas mostram que o que acontece ocorre em todas as classes sociais. Não é por falta de informação. Os homens, em geral, evitam frequentar consultórios médicos e ambulatórios, postergando, com inusitada frequência, a um limite perigoso as ações preventivas e o diagnóstico precoce, por vezes suficiente para salvar vidas e garantir uma existência de qualidade.

            Certamente, um dos pontos decisivos para a efetiva e bem-sucedida implementação da Política Nacional de Saúde do Homem será a comunicação persuasiva que deverá ser instituída pelo Ministério da Saúde. É preciso mostrar aos brasileiros a importância de procurar os serviços de saúde e a necessidade da observância de cuidados básicos e regulares com a própria saúde, práticas que incluem uma alimentação saudável e balanceada e atividades físicas diárias - muitos de nós não estamos fazendo atividade física diária, e eu me incluo entre eles.

            É sempre oportuno recordar, e enfatizar, que dados recentes do Ministério da Saúde revelam uma expectativa de vida para os homens, em média, sete anos menor do que a das mulheres. Mais uma prova de que as mulheres estão se cuidando mais do que os homens. Elas estão vivendo sete anos a mais que os homens. Relevante considerar também a incidência mais elevada, nas pessoas do sexo masculino, das doenças do coração, do câncer, do diabetes e do colesterol alto.

            Um aspecto importante embutido na execução da Política Nacional de Saúde do Homem diz respeito ao reajuste de até 570% nos valores repassados às unidades de saúde por procedimentos urológicos e de planejamento familiar como vasectomia. Lógico que, aumentando o valor do pagamento, os procedimentos serão mais frequentes nas unidades de saúde. Ademais, o número de ultrassonografias de próstata deverá aumentar em 20%, entre outras medidas corretivas para remuneração dos serviços.

            No curso da execução da Política Nacional de Saúde do Homem, o Governo Federal espera que pelo menos 2,5 milhões de brasileiros, na faixa dos 20 aos 59 anos, procurem anualmente os serviços de saúde. Não chega a ser uma meta ambiciosa, e por isso mesmo, pelo seu realismo, parece plenamente alcançável. Neste momento, o importante é estabelecer uma inflexão cultural relevante, alterando a mentalidade vigente, além de melhorar o padrão dos serviços oferecidos a esse largo segmento da população brasileira.

            O Sr. Osvaldo Sobrinho (PTB - MT) - V. Exª me concede um aparte?

            O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR) - Concedo um aparte ao Senador Osvaldo Sobrinho, com todo prazer.

            O Sr. Osvaldo Sobrinho (PTB - MT) - Senador, na verdade estou prestando atentamente atenção ao seu pronunciamento, até porque eu sou um dos sobreviventes desse problema que V. Exª levanta aqui. O que me salvou e que me deu oportunidade de estar hoje aqui foi ter feito um exame preventivo. Eu era um homem que sempre tive boa saúde, saúde excelente. E, na semana em que eu estava em Cuiabá - eu ia viajar para fazer política pelo interior do Estado -, um amigo meu, médico, chamou-me e disse para eu fazer uma série de exames. E fui fazer, mais por descargo de consciência, e, nessa coisa toda ,detectei um câncer no estômago, que me levou a tirar todo o estômago, tirar o baço, tirar parte do intestino, tirar a vesícula. Após isso, peguei infecção hospitalar. Fiquei 42 dias em uma UTI no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Fui dado como morto, e Deus - graças a Deus - me deu oportunidade de aqui estar. O que me salvou foi realmente o exame preventivo desses que eu fiz. Portanto, é necessário campanha de conscientização nesse sentido, para que todos possam saber que o que pode salvar, além de Deus, evidentemente, são esses exames preventivos. Ter medo de fazer exame de próstata é um tabu que tem de acabar. A sua vida pode estar assegurada nisso. Portanto, nós temos de prever. E tem o Governo, como um todo, de fazer uma campanha nesse sentido, para que a gente possa salvar mais vidas. Quantas e quantas são ceifadas, porque não têm informação ou têm medo? O tabu é muito grande nesse sentido. Portanto, o pronunciamento que V. Exª faz aqui hoje é propedêutico, didático, ele ensina. Na verdade, ele é professoral e traz aqui, a toda a Nação, a forma de começar a pensar. Eu não posso deixar para amanhã fazer meus exames preventivos. Eu tenho de fazer agora, porque podem salvar a minha vida. E o câncer hoje tem cura em tudo quanto é lugar, basta pegar no início; basta você descobrir logo, cedo. Aí, você tem condição. Se deixar por último, aí já não tem mais condição de salvar nada. Portanto, eu agradeço e, logicamente, eu digo a V. Exª que o seu pronunciamento é realmente de salvar vidas; é um pronunciamento, na verdade, o mais humanístico que pode ter, porque V. Exª traz aqui condições técnicas e aquilo que pode acontecer na vida normal de um cidadão. Parabéns a V. Exª!

            O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR) - Senador, V. Exª dá um testemunho que, com certeza, vai ajudar muitas pessoas, porque elas, às vezes, parece incrível, mas quando se detecta um câncer em alguma pessoa, muitas pessoas se recusam até a fazer o tratamento de tão apavoradas que ficam.

            Mas é um exemplo de que a prevenção... V. Exª é um exemplo vivo da importância da prevenção, da importância da detecção precoce das doenças, da detecção cedo. Você tem que achar a doença cedo para poder tratá-la. Poder tratá-la, e olha o senhor, com qualidade de vida, nem se pensa que o senhor teve uma fera dessas, e o senhor venceu, venceu porque vi que V. Exª também é um homem de fé. Lógico que Deus é que está acima de tudo, e a gente não pode largar a mão de Deus, principalmente nessas horas.

            De acordo com o Ministério da Saúde, a nova política posiciona o Brasil na linha de frente das ações voltadas para a saúde do homem, o que é uma excelente notícia. O País tornou-se o primeiro da América Latina e o segundo do continente, depois do Canadá, a colocar em prática uma política nacional de atenção integral à saúde dos homens.

            Sou oriundo de família de médicos. Como profissional de saúde, trabalho há mais de três décadas na clínica. Me formei em 1972, fui para Roraima em 1974 e levei minha mulher, minha querida mulher Vitória Maria, que é patologista, e trabalhamos juntos. Ainda consegui trabalhar quatro anos junto com meu pai - o Senador Mozarildo trabalhou mais tempo com meu pai do que eu, porque ele se formou um pouco antes de mim. Mas, com ele foi que aprendi também a importância do ser humano, aprendi a abordar e a ouvir as pessoas, a entrar nas casas. Bom, eu entrava na casa das pessoas desde pequeno, acompanhando papai para atender doentes, pois gostava de ir. Mas aprendi depois de médico, porque ele começou a conversar mais amplamente comigo quando era acadêmico, e aprendi. E o que gosto mesmo é de gente, de pessoas.

            Por isso, que exerci e exerço minha profissão com muito carinho, como estou exercendo meu mandato aqui também, olhando as pessoas, representando sempre os mais fracos, lutando pela saúde, pela educação, lutando pelo meu Estado e pela minha gente.

            Eu quero aproveitar, já que eu falei no meu pai, para falar também em três médicos, em alguns médicos lá de Roraima, que são importantes na saúde masculina, que é o nosso amigo Francisco Chicola, o João Fernandes, o Marlon, o Fariel, e também tem um médico que é ginecologista, que é nosso contemporâneo - meu e do Mozarildo - que é o Wilson Franco Rodrigues, que trabalha na parte de orientação familiar e lá em Roraima ele é o médico que realizou mais cirurgias de vasectomia. E quiçá no Brasil não seja um dos que fazem mais, porque há 20 anos ele vem fazendo isso, dentro dos padrões rígidos, científicos, com orientação, com palestras para os pacientes, com discussão. E hoje em Roraima nós já temos fila para fazer vasectomia, porque os homens já estão se convencendo de que é importante fazer esse procedimento.

            Cedo um aparte ao Senador Mozarildo Cavalcanti, que é médico também.

            O Sr. Mozarildo Cavalcanti (PTB - RR) - Senador Augusto Botelho, eu fico feliz que V. Exª esteja fazendo esse pronunciamento, abordando um tema que realmente é tabu ainda, que é a saúde do homem. E homem não tem, vamos dizer assim, relaxamento só com a questão da próstata, não. Ele relaxa é com toda a sua saúde. O homem de um modo geral, até talvez seja uma questão atávica, genética, de achar que ele é o guerreiro, ele é o poderoso, a tendência do homem é não ir a médico. Diferentemente das mulheres hoje em dia. Até digo “hoje em dia” porque fui ginecologista durante muito tempo e na minha época, no início, realmente as mulheres só iam ao consultório quando estavam doentes. Hoje, não. Elas se previnem, fazem o exame preventivo tanto de colo de útero, quanto de ovário, quanto de mama, então realmente as mulheres se cuidam. Não só no aspecto ginecológico, não: da saúde como um todo, já que elas têm, inclusive, um detalhe a mais sofisticado, mas que lhe dá problema, que é a questão da menopausa, que implica, portanto, na questão hormonal. Mas nós não olhamos a questão de próstata, não olhamos a questão hormonal e não olhamos o resto. Então, o Governo fazer o lançamento de um programa da saúde do homem é muito importante. Acho que, realmente, é uma inovação na questão de saúde do ponto de vista de ação do Governo Federal. Eu diria que até cola um pouco com o nome do Ministro, que é conhecido como Ministro Temporão, quer dizer, as coisas que vem tardiamente, acho que está vindo um pouco tarde esse programa, mas, de qualquer forma, antes tarde do que nunca. Acho que é importante que possamos repercutir isso aqui, o exemplo que o Senador Osvaldo Sobrinho colocou aqui com ele próprio, dando o testemunho de que se salvou porque foi fazer um exame por recomendação de um amigo. E, se o Senador Leomar me permitir, o Senador Leomar foi fazer um exame para uma questão de coluna e descobriu uma outra coisa pior e se tratou. Então, na verdade, precisamos ter esse cuidado, e é importante que seja dito por um médico. E quero aqui, como médico, primeiro, dar um depoimento. V. Exª já falou, do seu pai, que fez um excelente trabalho, numa época em que tinha três ou quatro médicos só, em Roraima. Fez um trabalho magnífico, como se diz, fazia “tudologia”, porque cuidava de tudo, não tinha possibilidade de ter especialista em a, b ou c, e foi meu mestre na medicina, porque eu vivia dentro do hospital nas minhas férias lá, fazendo tudo que o mestre mandava e aprendendo tudo com ele. Depois, tive oportunidade de ter V. Exª como companheiro de trabalho, ajudando-me e eu ajudando-o em cirurgias, nos fazendo permanente juntas médicas para chegar a definir diagnósticos quando tínhamos dúvidas. E vejo hoje V. Exª fazendo esse pronunciamento que, no meu entender, é oportuno. E quero aqui dar um testemunho ao povo de Roraima principalmente, do trabalho que V. Exª continua fazendo como médico e do excelente trabalho que V. Exª está fazendo aqui no Senado. V. Exª só tem um defeito como político: não faz propaganda do que faz, ao contrário de outros, que propagandeiam até o que não fazem. Tem gente que não faz e diz que faz, ou o outro faz e ele diz que foi ele. V. Exª faz, e eu tenho dito para V. Exª, fica calado. Disso o povo precisa saber. Eu sou testemunha de que V. Exª é um Senador assíduo, trabalhador, dedicado e muito atento com os casos de Roraima, principalmente. Está aí o exemplo do seu empenho. Embora sendo do PT, o empenho que V. Exª teve com relação a tentar convencer o Presidente Lula para não fazer aquela demarcação imoral que foi feita lá no nosso Estado. V. Exª entrou, inclusive, com uma ação no Supremo junto comigo. Aliás, entramos com várias. Escolheram uma para julgar e, mesmo assim, nós perdemos, pelo menos nós implantamos regras que vão servir para futuras demarcações. Infelizmente, aqueles da Raposa Serra do Sol foram só parcialmente atendidos. E eu queria até aproveitar esse aparte e pedir, já que o Presidente Lula vai lá, aconselhe-o a ir à Raposa Serra do Sol, para ver o desmando que fez. Mas vamos voltar à saúde. Eu quero pedir justamente a todos os homens que estão nos ouvindo pela Rádio Senado, nos assistindo pela TV Senado, que meditem sobre as palavras de V. Exª e o aparte do Senador Osvaldo Sobrinho, que deu um testemunho pessoal, do quanto é importante fazer exames preventivos. É lógico que também é importante se curar quando se está doente, mas a melhor medicina é aquela que previne. Portanto, parabéns pela oportunidade do seu pronunciamento. Repito: pena que só esteja sendo lançado agora esse programa.

            O SR. AUGUSTO BOTELHO (Bloco/PT - RR) - Muito obrigado, Senador Mozarildo.

            Como o Ministro Temporão fala, ainda bem que ele está fazendo.

            Sr. Presidente Leomar Quintanilha, Srªs e Srs. Senadoras, sinto-me bastante entusiasmado com essa relevante e oportuna iniciativa do Ministério da Saúde. Em larga medida, é bom lembrar, há uma responsabilidade compartilhada para o sucesso. Caberá aos homens brasileiros mostrarem-se dispostos a inaugurar uma nova cultura; uma cultura do cuidado pessoal em benefício da própria saúde, do bem-estar e em benefício de sua família.

            Estou certo de que a Política Nacional da Saúde do Homem, parte do Programa “Mais Saúde: Direito de Todos”, haverá de contribuir decisivamente para que as condições de vida do cidadão brasileiro alcancem um novo patamar.

            Parabéns ao Ministério da Saúde! Parabéns ao Ministro Temporão e a todos os seus assessores que elaboraram o Programa, bem como a todos os órgãos e profissionais que, direta ou indiretamente, estarão envolvidos nessa nobre ação!

            Senador Leomar Quintanilha, era o que tinha a dizer.

            Muito obrigado.


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