Discurso durante a 229ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comunicação de que hoje será feito o registro, perante a Executiva Nacional do PMDB, do nome do Governador do Paraná Roberto Requião, como candidato à Presidência da República. Aplauso ao jornal O Globo, pelo lançamento, ontem, da campanha "Nós e você, já somos dois gritando contra a corrupção". Reflexão acerca de escândalos de corrupção na história recente do Brasil, em especial, o que veio a conhecimento público neste fim-de-semana, envolvendo políticos do Distrito Federal.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA. POLITICA NACIONAL. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL (GDF).:
  • Comunicação de que hoje será feito o registro, perante a Executiva Nacional do PMDB, do nome do Governador do Paraná Roberto Requião, como candidato à Presidência da República. Aplauso ao jornal O Globo, pelo lançamento, ontem, da campanha "Nós e você, já somos dois gritando contra a corrupção". Reflexão acerca de escândalos de corrupção na história recente do Brasil, em especial, o que veio a conhecimento público neste fim-de-semana, envolvendo políticos do Distrito Federal.
Aparteantes
Eduardo Suplicy.
Publicação
Publicação no DSF de 02/12/2009 - Página 63929
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA. POLITICA NACIONAL. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL (GDF).
Indexação
  • ANUNCIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, REUNIÃO, DIRETORIO NACIONAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (PMDB), LANÇAMENTO, CANDIDATURA, GOVERNADOR, ESTADO DO PARANA (PR), PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • ELOGIO, SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, DIVULGAÇÃO, INICIATIVA, JORNAL, O GLOBO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), REALIZAÇÃO, CAMPANHA, COMBATE, CORRUPÇÃO, DEBATE, SOCIEDADE, SOCIEDADE CIVIL, SOCIOLOGO, PROFESSOR, NECESSIDADE, EXTINÇÃO, IMPUNIDADE, OMISSÃO, EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIARIO.
  • COMENTARIO, ATUAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MANIPULAÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, NATUREZA SOCIAL, ESPECIFICAÇÃO, UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES (UNE), CENTRAL UNICA DOS TRABALHADORES (CUT), CRITICA, ORADOR, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), DESRESPEITO, ETICA.
  • REPUDIO, POLEMICA, CORRUPÇÃO, GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL (GDF), ANALISE, POSSIBILIDADE, IMPUNIDADE.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


      O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, muito obrigado a V. Exª pela gentileza de suas palavras. Obrigado ao Senador Paim pela gentileza de trocarmos de tempo.

            Saio daqui e vou a uma reunião em que lançaremos a candidatura do Governador Requião à Presidência da República. Houve uma reunião em Curitiba, com quinze Estados presentes, e, hoje, será o dia em que será feito o registro perante a Executiva Nacional, com uma entrevista coletiva do Governador Requião. Às 16 horas, na Comissão de Constituição e Justiça, nós faremos o lançamento oficial.

            Sr. Presidente, que triste coincidência. O Globo lançou ontem uma campanha cujo slogan é o seguinte: “Nós e você. Já são dois gritando” - contra a corrupção.

            Lá no jornal O Globo, perante uma platéia sob a Presidência do grande jornalista Merval Pereira - peço a transcrição nos Anais da sua coluna de hoje em que ele retrata o que foi o debate, com a presença da socióloga Maria Aparecida Fenizola, da professora Rosangela Giembinsky e do extraordinário Claudio Abramo -, houve um debate com a sociedade exatamente sobre essa matéria. Peço a transcrição da matéria.

            O Globo vai iniciar uma campanha para ouvir a sociedade, para debater com a sociedade, para sentir o pensamento da sociedade com relação à matéria corrupção. E não foi uma decisão da Rede Globo. A Rede Globo fez uma ampla pesquisa nacional sobre os vários temas que devem ser debatidos e discutidos na sociedade, e o primeiro tema foi a corrupção. O tema escolhido pela sociedade para ser debatido, em primeiro lugar, foi a corrupção.

            O slogan, repito: “Nós e você. Já são dois gritando”.

            Olha, Sr. Presidente, entre o convite para fazer o debate e a realização do debate, a pauta poderia ser mudada totalmente. Entre a quarta-feira passada - o convite - e ontem, surgiu o escândalo de Brasília, do Governo do Distrito Federal. Surgiu o debate em torno do genro do Presidente, e a manchete perguntava: “Genro é parente?” Lembro a época em que Brizola queria ser candidato a Presidente de qualquer jeito e, como ele era cunhado de João Goulart, que era Presidente da República, lançou a questão: “Cunhado não é parente.” Pois a imprensa perguntava ontem: “Genro é parente?”

            Olha, eu disse ontem e repito aqui - desculpem-me a sinceridade -: não esperem nada do Congresso Nacional, não esperem nada da Presidência da República e não esperem nada do Judiciário no combate à corrupção. Se a sociedade não se empolgar, se a sociedade não participar, se a sociedade não estiver presente, não vai acontecer nada, Presidente. Daqui não sai nada! Daqui não sai nada!

            Quando vejo essa onda toda em torno do Governo do Distrito Federal, eu me lembro da onda toda em torno do Senado, mas que o Presidente Lula mandou arquivar - e está tudo arquivado. Foi feita alguma coisa? Nada! Será feita alguma coisa? Nada! Infelizmente, é isso.

            Dizia, ontem, lá, Presidente, que os grandes movimentos na sociedade brasileira, da fase contemporânea, foram feitos pela sociedade. Se dependesse da classe política... O Brizola estava querendo fazer guerrilha, luta armada. Os outros estavam na rua, fazendo uma série de... Em busca da guerra civil. Os jovens na rua, os caras-pintadas. Homens como Dr. Ulysses e Teotônio confiaram no povo, e o povo se levantou.

            E uma ditadura violenta, radical, com cinco generais nomeados presidentes, o empresariado, a Igreja Católica, a grande imprensa, tudo do lado do poder constituído, que era para durar um século. Os jovens na rua, e o povo na rua derrubaram esse regime, sem um tiro. Quando ninguém acreditava, o regime acabou. Os jovens na rua, os caras-pintadas. É verdade que, - dizia ontem eu no debate na sede do Globo e repito aqui - hoje, o Presidente Lula conectou para ele o movimento da sociedade organizada. Se perguntar cadê a UNE, a UNE, que estava pelas Diretas Já, que estava na rua pela democracia, hoje, onde é que está? Está pela sede própria mais bonita do mundo; está pelo movimento da meia passagem; está na defesa dos direitos sexuais de todos. Mas, na luta pela moral e pela ética, onde está? E agora até se pergunta sobre as verbas que ela recebeu, e não presta conta.

            Onde está a CUT? A CUT na rua, defendendo as Diretas Já, contra a ditadura, contra a violência. Hoje, a CUT está na vice-presidência da Petrobras, está na diretoria do Banco do Brasil, está nos cargos de comando.

            O Dr. Lula conectou toda a liderança popular; todo o movimento social, hoje, parcamente desapareceu. Não fala, não abre a boca.

            Por isso, nota dez à Rede Globo, por fazer esse movimento. É mais difícil, porque a UNE não está à frente. É mais difícil, porque CUT e companhia estão sentados em cima. Mas é necessário.

            O PSDB, lá em Minas Gerais. O PT, aqui em Brasília, com o mensalão. Agora, o PFL. É o Congresso Nacional. Vamos fazer alguma coisa? Vai ter resposta?

            E quando vemos a reunião do DEM, dizendo “expulsão imediata do Governador”, e o Governador, dizendo “vai devagar, senão eu conto” - isso a imprensa está publicando -, “senão eu falo tudo”, e aí baixam a bola! Mas o que é isso “eu falo tudo”? Isso é apenas para mostrar o que aconteceu aqui em Brasília, no Governo do Distrito Federal. Aconteceu no Lula, no mensalão que conhecemos. Foi o que disse o Deputado Jefferson, Presidente do PTB, quando denunciou, com coragem, que era isso que estava acontecendo; que os partidos e as estatais eram entregues ao partido, para fornecer verba a esses partidos.

            Digo uma coisa triste, Presidente: eu constatei. Vou dizer pela primeira vez nesta tribuna, e disse pela primeira vez, ontem, no auditório do Globo.

            Quando eu me lembro do PT na Oposição; quando eu me lembro daqueles jovens do PT, quase que de pés descalços na rua, fazendo campanha pelo Lula, sem nada; quando eu me lembro daqueles jovens que Dom Evaristo Arns transformou, em movimento da Igreja, praticamente no PT; quando me lembro daquela Oposição radical, dura, enérgica do PT, presente permanentemente; quando eu me lembro da conversa que tive com Lula e José Dirceu, jantando na minha casa antes de assumir o Governo... Eu estava empolgado, achei que ia ser um Governo fantástico. Mas o que eu vejo hoje - é triste o que eu vou dizer - é que não é o PT que foi para o Governo e corrompeu o Governo. Não! O PT foi para o Governo, e era aquela mesma gente simples, dedicada, esforçada, que lutava na Oposição para ser Governo e que sonhava a transformação da sociedade. Chegou ao Governo. Mas foi o Governo do Lula que corrompeu o PT.

            Na hora em que o Lula não teve capacidade de separar o joio do trigo, na hora em que o Lula deixou as coisas acontecerem, os Waldomiros da vida acontecerem, o mensalão acontecer e ele não demitiu ninguém, e ele não afastou ninguém, e ele não tomou providência alguma, se espalhou, se espalhou a liberação. Os freis Beto foram saindo. O teu tio Senador passou a não ser mais ouvido nem pelo conselho nem pelo telefone. Aqueles líderes do PT, aqueles ideólogos, aqueles apaixonados foram saindo.

            E não se diga que saíram porque queriam um Governo mais radical - o Lula, com capacidade, fez um Governo moderado socialdemocrata praticamente igual ao do Fernando Henrique -, não se diga que foi porque o Lula manteve o Plano Real, porque ele manteve uma economia com um Presidente do Banco Central igual ao anterior. Não foi por isso que essa gente saiu, que os autênticos do PT se afastaram. Não. Foi na parte da ética, da moral, da dignidade, da seriedade.

            E hoje estamos aqui. O que vai acontecer no Distrito Federal eu não sei. O Deputado Ciro Gomes diz que não se pode aceitar que a imprensa publique, julgue e encerre o caso.

            Eu também concordo. Mas é que o que apareceu foi sério demais. Não é uma história. O que apareceu foi na televisão. A não ser que mostrem que aquele que estava lá não era o Governador nem eram os Deputados; que eles estavam sendo forçados, com um revólver, para fingirem aquilo. Mas, na verdade, aconteceu. Pela primeira vez, o cidadão que serviu junto à polícia para fazer o plano todo, foi diabólico. Não foi um envelope, foi dinheiro! Dinheiro, montões de dinheiro, e o cara recebia, pegava e guardava. Foi feito para desmoralizar, para humilhar mesmo. E vai acontecer o quê? Em primeiro lugar está lá o mensalão. E vai acontecer o quê com o mensalão? Não está lá o Sr. José Dirceu, cassado o mandato; o Procurador-Geral da República disse que ele era o chefe da quadrilha; o Ministro relator, no Supremo, disse que ele era o chefe da quadrilha. Está aí! É a figura de honra do novo diretório do PT, é a vedete, a grande vedete.

            Eu volto a dizer o que dizia ontem lá na Globo, e digo hoje aqui: tudo no Brasil começa com a impunidade. A gente vê as pessoas falando. Passa pela cabeça de alguém que algum dos envolvidos vai parar na cadeia ou vai devolver o dinheiro? O mensalão: já vai para três anos e não aconteceu nada. Não aconteceu nada. E não aconteceu nada em nada que se faça neste País. Este é o País da impunidade. Triste Congresso. Quando se quer votar lei - e são leis para agravar mais -, não só não conseguimos votar lei de verba pública de campanha, como ainda liberamos que as verbas sejam fornecidas e não precisa saber o nome do doador. Do Congresso não sai.

            Por isso, meus irmãos da Rede Globo, meus irmãos de rádios, jornais e televisão, meus jovens estudantes, entidades como essas que participaram ontem, vamos iniciar essa caminhada, vamos percorrer o Brasil, vamos botar o Brasil de cabeça para frente, vamos cercar este Congresso Nacional como foi cercado na votação do Colégio Eleitoral. Vamos agir com coragem e dignidade. Nós temos que fazer isso. A sociedade tem que fazer isso. A imprensa tem que fazer isso.

            Quanto ao Lula, é uma pena. Eu penso e, pensando, chego à conclusão que parece que Deus não quis que o Lula assumisse este papel de tutor da Pátria. Este Governo é um grande governo, é um bom governo. Sua Excelência está tendo um papel de destaque importantíssimo no Brasil e no mundo. Ah, se o Lula pegasse a bandeira da seriedade, desse um sentido de moral e de ética ao seu Governo, ele hoje seria um herói. E talvez aí ninguém evitasse um terceiro mandato. Esse, desgraçadamente, é o lado bom que eu vejo em tudo isso. O Lula não é herói por ter uma parte de herói e uma parte de vilão. O vilão é esta. Lula, quando assumiu a Presidência da República, ao contrário dos seus antecessores, não tinha compromisso. Lula não tinha nenhuma multinacional, não tinha empreiteiro, não tinha empresário, não tinha nada atrás da sua candidatura com que ele estivesse compromissado. Ele assumiu a Presidência da República sem nenhum compromisso a não ser com o povo. No entanto, os banqueiros são os mais apaixonados por ele. Os empreiteiros são os mais apaixonados por ele. E esses fatos de corrupção não o abalam. Já não falo em genro ou coisa parecida, mas falo do seu Governo.

            Por isso, meus irmãos, repito aqui: meus cumprimentos ao jornal O Globo. Que não seja um fato isolado; que outros jornais e televisões repitam. E, apesar da UNE, CUT e companhia não entrarem nessa campanha, que os jovens se organizem, movimentem, vão para a rua, cobrem, cobrem deste Congresso, cobrem da Justiça e cobrem do Executivo dignidade e seriedade.

            Pois não, Senador.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Prezado Senador Pedro Simon, o que os jornais estamparam nesses últimos três dias, obviamente, nos deixou especialmente tristes, preocupados, ainda mais que um dos principais governos deste País, o da capital do Distrito Federal, está envolvido em situações extremamente graves, nosso ex-colega e hoje Governador José Roberto Arruda, que necessita agora dar explicações e de maneira completa, não apenas parciais. E, conforme V. Exª salientou, o menos adequado de uma pessoa que, pelo que foi revelado, precisa dar explicações completas é que venha a dizer que, se radicalizarem contra, ele então ele vai radicalizar e revelar outros fatos que ainda poderiam ser mais graves. V. Exª tem razão, nós estamos aqui sendo solicitados pela população. Algumas mensagens chegam a nós de que é necessário que a população se manifeste e venha a conclamar que sobretudo nós temos a responsabilidade de apurar esses fatos. É claro, constitucionalmente, à Câmara Distrital cabe realizar a devida apuração para um caso de tal complexidade. Normalmente uma Comissão Parlamentar de Inquérito é o que se pode esperar. Mas já ontem alguns Senadores, o próprio Senador Mão Santa, o Senador João Pedro e o Senador Cristovam Buarque aqui cogitaram da possibilidade de o próprio Senado Federal realizar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Acho que a primeira responsabilidade é da Câmara Distrital fazê-lo, mas como surgem notícias de que talvez ali não se faça, e tendo em conta que afinal o Distrito Federal...

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Aqui também não se faz, Senador.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Mas uma coisa é o que poderão alguns dizer, às vezes até em número correspondente à maioria, outra coisa é aquilo que vozes como a de V. Exa estão aqui a nos propor. Porque a responsabilidade aqui é de todos os 81 Senadores e de cada um de nós e, portanto, eu acho que aqui hoje cabe a reflexão com Senadores de todos os partidos. Li uma notícia de que esses problemas que estão ocorrendo no Governo do Distrito Federal envolvem até nove partidos. Então, isso envolve o Congresso Nacional. E como no Distrito Federal há verbas que são da Federação, do Governo, e como há uma interação muito forte de recursos do Governo Federal com o Governo do Distrito Federal, eu acho que cabe refletir se é o caso de essa CPI vir a ser uma CPI do Senado. Eu acho que nós devemos refletir sobre isso. Avalio que esta pode ser uma decisão conjunta e responsável, inclusive de Senadores, como, por exemplo, o Senador Demóstenes Torres, que, em sendo do Democratas, tem tido uma posição muito incisiva de que se faz necessário esclarecer isso, tal como ele normalmente tem exigido em relação aos fatos que ocorrem com outros partidos, inclusive com o meu.

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Obrigado.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Portanto, quero expressar a minha comunhão com o seu sentimento de indignação. Avalio que, sim, cabe a nós a responsabilidade de darmos passos para a apuração completa dos episódios e a responsabilização daqueles que, de fato, estiverem envolvidos nesses problemas.

            O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Obrigado. E agradeço a V. Exª a gentileza do tempo, Sr. Presidente.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/12/2009 - Página 63929