Discurso durante a 257ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Indignação com os escândalos verificados no meio político e expectativa de que haja punição para todos. Manifestação sobre a Lei Seca afirmando que apresentará projeto de lei que torne mais severa a legislação sobre o tema.

Autor
Sadi Cassol (PT - Partido dos Trabalhadores/TO)
Nome completo: Sadi Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Indignação com os escândalos verificados no meio político e expectativa de que haja punição para todos. Manifestação sobre a Lei Seca afirmando que apresentará projeto de lei que torne mais severa a legislação sobre o tema.
Publicação
Publicação no DSF de 18/12/2009 - Página 73140
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • REPUDIO, CORRUPÇÃO, POLITICA NACIONAL, EFEITO, DIFAMAÇÃO, REPUTAÇÃO, POLITICO, EXPECTATIVA, PUNIÇÃO, NATUREZA JURIDICA, ANALISE, MELHORIA, CONSCIENTIZAÇÃO, POPULAÇÃO.
  • ANUNCIO, APRESENTAÇÃO, PROJETO DE LEI, APERFEIÇOAMENTO, LEGISLAÇÃO, IMPEDIMENTO, CONSUMO, BEBIDA ALCOOLICA, MOTORISTA, ESTABELECIMENTO, PUNIÇÃO, COBRANÇA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, ASSISTENCIA MEDICO-HOSPITALAR, VITIMA, ACIDENTE DE TRANSITO, COMPROVAÇÃO, UTILIZAÇÃO, ALCOOL, DROGA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. SADI CASSOL (Bloco/PT - TO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Mão Santa, na verdade estou usando a tribuna não é especialmente para tratar desse assunto novamente, dessa corrupção, mas eu quero tecer algum pequeno comentário, antes de tratar especialmente da minha comunicação inadiável, sobre o que vimos de novo, ontem à noite, pela imprensa. Fizeram um arranjo todo ali e parece que estão empurrando tudo para o ano que vem, para ver se o povo esquece, mas acho que o povo não esquece não. Eu acho que a população brasileira está cobrando cada vez mais desses corruptos, para ver se consegue fechar o cerco impedindo um pouco desse desvio de dinheiro público.

            É apenas para pegar o gancho e dizer que continuamos indignados, sim, porque há bons políticos que fazem política há 40, 50 anos e nem por isso são corruptos. Para ser político, para ter cargo público, não há necessidade de ser corrupto. Ficamos indignado com essas coisas, porque, para o povo lá fora, ficamos todos nós na mesma vala, ficamos todos iguais, todos na mesma situação. E eu não vou aceitar, não vou aceitar ficar na mesma vala, porque eu não mereço, como não merecem tantos e tantos bons políticos. Então, ficamos indignados com isso. Nós esperamos que a Justiça faça alguma coisa. Ontem à noite eu vi um Parlamentar dizendo que eles não vão cassar ninguém, que não vão fazer nada para ninguém e que é para a Justiça fazer o que tem que fazer.

            Claro que a Justiça sabe o que tem que fazer e vai fazer, mas caberia a eles também buscar o clamor da sociedade e averiguar esses escândalos todos.

            Mas eu vim à tribuna nesta tarde, Senador Mão Santa, demais Senadores, porque queria fazer alguns comentários sobre um projeto em que estou dando entrada no início do ano que vem, em que eu gostaria de ver mudado um pouco alguma coisa sobre a nossa lei seca do País.

            Ela está muito tímida ainda, com pouca fiscalização, e eu acho que precisa melhorar alguma coisa. Por exemplo, aquele motorista que pratica um acidente e está embriagado ou sob efeito de droga vai para o hospital público e leva todos aqueles que se acidentaram - aqueles que estavam no carro dele e outros atingidos também e que não têm culpa de nada - para um hospital público. E eles têm preferência de serem atendidos porque foram acidentados. Quem estava na fila, pessoas de idade, com deficiência que chegaram lá às quatro, cinco da manhã, para receberem um cuidado médico, ficam esperando porque chegou um acidentado que estava bebendo até quatro, cinco horas da manhã e que vai lá e gasta dinheiro público para curar aquela bebedeira e os ferimentos também.

            Então, o que nós vamos propor já no próximo ano? Que o hospital público atenda, sim, pois é obrigação atender - são seres humanos que precisam ser atendidos. Mas, no momento em que for comprovado, pela autoridade policial ou pela autoridade médica, que aquele motorista estava sob efeito de álcool ou de droga, que o hospital público atenda, mas que seja cobrada a responsabilidade daqueles custos desse motorista que praticou o acidente. Que seja cobrado de seu patrimônio, buscando e penhorando, fazendo com que ele pague o mesmo preço de um hospital privado da região. Talvez essa seja uma maneira de nós deixarmos um pouco mais apertado o cerco e evitar essas bebedeiras de madrugada, nos fins de semana.

            Em Palmas, morre gente todo fim de semana - e não é diferente no resto do País -, depois de beberem muito durante a noite nas baladas, nos bailes. Nós não somos contra. Que cada um faça o que quiser, mas que tenha responsabilidade e que não vá cobrar de nós, que estamos em casa com a nossa família, seu tratamento nos hospitais.

            Então, no próximo ano, nós vamos entrar com essa matéria para ver se conseguimos avançar e fazer com que se tornem mais responsáveis essas pessoas que dirigem sob efeito de álcool e droga - e não poderiam fazê-lo.

            Era apenas para fazer esse comunicado. No próximo ano, entraremos com esse projeto nesta Casa.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Estamos aí para ver se conseguimos aprovação de melhoria da nossa lei seca do País, para evitar mais morte, mais acidente e mais despesa, mais custo para a Nação brasileira.

            Obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/12/2009 - Página 73140