O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu

gostaria que V. Exª me inscrevesse.

Também quero fazer o registro de que, amanhã,

a CPI da Pedofilia, a partir das 14 horas, estará em

Sorocaba, no interior de São Paulo. Sorocaba vive o

drama de um caso emblemático de pedofilia de um

secretário, professor universitário, que foi pego em flagrante

com crianças em um motel. Como é um caso

emblemático - nos casos emblemáticos que envolvem

rede nós vamos até o local -, nós nos deslocaremos

para lá no dia de amanhã.

Registro, Sr. Presidente, que estive em Joinville

para o Congresso do Sindireceita e fiquei muito feliz

de ver um sindicato discutindo questões da sociedade,

como a questão dos aposentados, de que V. Exª

fala tanto, debate tanto, o respeito aos aposentados, a

equiparação salarial dos aposentados neste País. Nós

não podemos cruzar este ano sem dar uma resposta

aos aposentados do Brasil. É um clamor nacional.

Ontem, tomou-se uma atitude pelos policiais, a

mais bela possível, para dar dignidade aos operadores

da segurança pública, ou seja, àqueles que trabalham

de forma sacerdotal, porque quem enfrenta tiro na rua

para ganhar um salário de mil reais, mil e duzentos reais,

sem ter condições de dar qualidade de vida para a

sua família, são sacerdotes da segurança pública. E,

ontem, tomou-se uma atitude maravilhosa aqui.

Encerro, Sr. Presidente, dizendo que o registro

da minha fala será nesse sentido e eu gostaria de ter

V. Exª fazendo coro comigo.

Estou criando uma frente chamada de Frente Parlamentar

dos Usuários dos Serviços de Aeroportos. Sr.

Presidente, eu me toquei para uma questão, e a pergunta

é da Nação juntamente comigo: quem autoriza

os preços abusivos dos aeroportos? Uma coca-cola é

um real num posto de gasolina; um real na rodoviária;

um real na rua; um real no shopping. Um coxinha é

um real. Um cafezinho, cinquenta centavos; na estrada,

nada. Por que um cafezinho no aeroporto é cinco

reais? Por que uma coca-cola no aeroporto custa cinco

reais? Por que um suco no aeroporto custa cinco

reais? Quem autoriza esses preços abusivos?

Sempre fui muito revoltado com isso, mas, na

semana passada, encontrei um casal que ganhou

uma passagem, porque a mulher vinha se internar

no Sarah Kubitschek. Gente pobre, simples. Eles tinham

dez reais. Ganharam as passagens, mas não

tinham o direito de fazer um lanche - era um casal

de velhinhos -, porque tinham dez reais. Eles fariam

um lanche em qualquer lugar do mundo, menos no

aeroporto.

Antigamente, um pobre não viajava de avião. Ele

tinha de comprar a passagem em 15 vezes, em 20 vezes

- lembro a época da Transbrasil. Mas, agora, não.

As pessoas circulam. Quem autoriza? Cadê o Procon?

É um preço abusivo. Um sujeito que tem dez reais não

faz um lanche no aeroporto. A mim me assusta muito

um pastel custar cinco reais.

Aqui, Sr. Presidente, quero conclamar a Nação

e os ouvintes da TV Senado para que me mandem

e-mails, que levantem preços de alimentos nos aeroportos,

nas cantinas e nos restaurantes do seu

Estado. Vamos fazer uma grande cruzada, porque

é abusivo. Ninguém vê o Procon atuar no Brasil .

Ninguém vê ninguém usar o Código do Consumidor.

Quem autoriza? Quero saber e faço o requerimento

por meio desta Casa e desta Mesa. Requeiro não

sei se à Infraero. Mandei minha assessoria levantar

tudo agora para saber quem permite e autoriza esses

preços abusivos e, até certo ponto, descarados nos

aeroportos do Brasil.