Discurso durante a 28ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Cumprimento ao discurso do Senador Gerson Camata em defesa do estado do Espírito Santo na questão da partilha dos royalties do petroleo.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ENERGETICA.:
  • Cumprimento ao discurso do Senador Gerson Camata em defesa do estado do Espírito Santo na questão da partilha dos royalties do petroleo.
Publicação
Publicação no DSF de 12/03/2010 - Página 6864
Assunto
Outros > POLITICA ENERGETICA.
Indexação
  • APOIO, DISCURSO, GERSON CAMATA, SENADOR, DEFESA, INTERESSE, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), EXIGENCIA, DIFERENÇA, DIVISÃO, ROYALTIES, EXPLORAÇÃO, PETROLEO, COMPENSAÇÃO, IMPACTO AMBIENTAL, ESTADOS, PRODUTOR.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Nós já passamos mais de um minuto só na graça.

            Senador Inácio, o Senador Gerson Camata é regimentalista, ele disse a mim. Eu gostaria muito de aparteá-lo, mas eu quero parabenizá-lo pelo pronunciamento, até porque o calo que está doendo é o nosso. Nós temos o passivo ambiental conosco. Toda a degradação, ao longo desses anos, ficou conosco; fica conosco, com o Rio, com São Paulo.

            O Presidente Lula teve uma fala com o Governador Paulo Hartung, e eu nunca tive o Presidente Lula como mentiroso ou como um homem que voltasse atrás na sua fala. Por isso, não acredito que vá sobreviver essa emenda Ibsen Pinheiro, que é oportunista, irresponsável, eleitoreira, para fazer graça para o povo dos Estados.

            Então, nós agora que produzimos, que ficamos com o passivo ambiental, vamos ficar atrás de mais de vinte Municípios. Os Municípios do nosso Estado serão quebrados. Nós vamos ficar com a degradação, e já estamos, porque lá no Espírito Santo já começou a perfuração do pré-sal. Discutir o futuro é plausível, é compreensível, mas tentar destruir o presente e o passado é minimamente irresponsável.

            Senador Inácio Arruda, Senador Presidente, o Presidente Lula se comprometeu com o Governador do Rio e de São Paulo e do meu Estado, o Governador Paulo Hartung, e eu não entendo o Presidente Lula como um homem de duas palavras, mentiroso. Por isso, eu espero que ele mantenha a palavra dele, porque nós temos que tomar algumas atitudes, ou o Estado do Espírito Santo ou a vontade do Governo. Eu fico com o Estado do Espírito Santo. Por quê? Porque não há demérito em ser base de Governo e ser governista. Demérito é ser subserviente, e subserviente eu não sou. Em nome dos interesses do povo do Estado do Espírito Santo, posso começar a votar contra o Governo, tomar posição contra o Governo, porque eu vim aqui para representar aquele povo, e não interesses segundo os quais o meu Estado, degradado, ficará com o passivo.

            O meu Estado, agora que é produtor, ficará atrás de quem? De mais de vinte Estados da Federação. Isso é minimamente irresponsável.

            Vamos contar com o bom senso dos Senadores, vamos contar com o bom senso de todos os Estados, porque senão vamos ter que dividir as riquezas minerais do País inteiro, de maneira igual, entre todos, como bem colocou o Senador que me antecedeu.

            Senador Inácio Arruda, muito obrigado pela sua generosidade.

            Obrigado, Senador-Presidente. O senhor não teve muita graça comigo, não, mas obrigado assim mesmo.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/03/2010 - Página 6864