Discurso durante a 61ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Relato da viagem que S.Exa. realizou por cidades do Piauí na última semana. Apelo para que o Senado e os governos federal, estaduais e municipais empreendam um esforço nacional para combater o avanço do crack. Registro de que o Brasil possui o melhor Índice de Clima Econômico. A entrada definitiva do Piauí na rota do turismo náutico internacional.

Autor
João Vicente Claudino (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/PI)
Nome completo: João Vicente de Macêdo Claudino
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR. DROGA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ELEIÇÕES. TURISMO.:
  • Relato da viagem que S.Exa. realizou por cidades do Piauí na última semana. Apelo para que o Senado e os governos federal, estaduais e municipais empreendam um esforço nacional para combater o avanço do crack. Registro de que o Brasil possui o melhor Índice de Clima Econômico. A entrada definitiva do Piauí na rota do turismo náutico internacional.
Aparteantes
Mão Santa.
Publicação
Publicação no DSF de 29/04/2010 - Página 17098
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR. DROGA. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. ELEIÇÕES. TURISMO.
Indexação
  • REGISTRO, VISITA, ORADOR, MUNICIPIO, JAICOS (PI), PADRE MARCOS (PI), ESTADO DO PIAUI (PI), ELOGIO, INSTALAÇÃO, COMPLEXO INDUSTRIAL, PRODUÇÃO, SUCO NATURAL, CAJU, INAUGURAÇÃO, MERCADO, PRODUTO NATURAL, CONGRATULAÇÕES, PARCERIA, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO, GOVERNO ESTADUAL, GOVERNO MUNICIPAL, AMPLIAÇÃO, ACESSO, TECNOLOGIA, PRODUTOR RURAL, INCENTIVO, AUMENTO, PRODUTIVIDADE, PRESERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE.
  • LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O DIA, DIARIO DO POVO, ESTADO DO PIAUI (PI), INEFICACIA, ATUAÇÃO, GOVERNO ESTADUAL, COMBATE, DROGA, COBRANÇA, MOBILIZAÇÃO, SENADO, ADMINISTRAÇÃO PUBLICA, CRIAÇÃO, INSTRUMENTO, RECUPERAÇÃO, VICIADO EM DROGAS, RELAÇÃO, PROBLEMA, DESIGUALDADE SOCIAL, NECESSIDADE, VALORIZAÇÃO, FAMILIA, AUMENTO, INVESTIMENTO, EDUCAÇÃO.
  • ELOGIO, CONDUTA, GOVERNO FEDERAL, PERIODO, CRISE, SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL, SAUDAÇÃO, RECONHECIMENTO, AMBITO INTERNACIONAL, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, BRASIL.
  • IMPORTANCIA, POSSIBILIDADE, MULHER, VITORIA, ELEIÇÕES, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.
  • ELOGIO, PARCERIA, SECRETARIO DE ESTADO, TURISMO, ESTADO DO PIAUI (PI), DIRETOR, FINANCIAMENTO, MINISTERIO DO TURISMO, POSSIBILIDADE, RECEBIMENTO, PORTO DE LUIS CORREA, EMBARCAÇÃO ESTRANGEIRA, TURISTA, ORIGEM, CONTINENTE, EUROPA, COMENTARIO, NECESSIDADE, REFORMULAÇÃO, PORTO MARITIMO, REGIÃO NORDESTE, OFERECIMENTO, SERVIÇOS TURISTICOS, IMPORTANCIA, CRIAÇÃO, EMPREGO.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB - PI. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Agradeço as suas palavras, Presidente Mão Santa. Nós procuramos servir porque acreditamos muito no Piauí e no seu potencial.

            E cito um dado, Presidente Mão Santa, Presidente Acir Gurgacz. Estive agora na BR-020, numa região produtora de caju. O Piauí é o maior produtor de caju; é o Estado mais forte em cajucultura. Lá se instalaram, em razão dessa lei de incentivo fiscal, sete indústrias de suco de caju para que não sejamos apenas exportadores de matéria prima, mas também possamos agregar valor à nossa produção, transformar essa matéria prima e gerar empregos. Nessa viagem que fiz na semana passada, verifiquei que há mais seis indústrias se instalando. Então, teremos treze indústrias de suco de caju só na BR-020.

            Presidente Acir Gurgacz, eu queria aqui, neste meu pronunciamento, registrar alguns fatos ocorridos em viagens que fiz ao Piauí nesse fim de semana.

            Primeiro, fui patrono de uma turma de História, a segunda turma de História da Faculdade Evangélica Cristo Rei, em Jaicós, uma cidade do nosso semiárido piauiense. Com a visão de um educador devotado, o Professor Francisco Cecílio instalou, naquela importante cidade do Piauí, essa faculdade que agora é dirigida pelo Professor Jackson Cristiano e pelo Professor Márcio de Lima. Tive a grata alegria de ser o patrono dessa turma e de ver o quanto a cidade está sendo transformada pela instalação dessa faculdade que tem cinco cursos. É uma transformação que muda, a olhos vistos, a face social e econômica daquela cidade, hoje com o Prefeito Ozanam, o Prefeito em exercício José Reis e o Presidente da Câmara, José Acelino, cumprimentando todas as lideranças.

            No dia seguinte, fui a uma cidade próxima também do nosso semiárido, chamada Padre Marcos, uma cidade onde vi um fato interessante.

            Em nosso semiárido piauiense, com a parceria de Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, do MDS, do MDA, do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, inauguramos um mercado de produtos orgânicos. São 20 boxes de 20 famílias de produtores com acesso a toda a nova tecnologia de produção. Vi desde o cuidado na venda do manuseio até sua produção in loco.

            Então, é um fato. Primeiramente, é o mercado de produtos orgânicos do Estado do Piauí, que deve ser seguido como exemplo para outros Municípios do Estado, como também para outras cidades dos outros Estados do Nordeste. É uma experiência que tenho certeza é muito valiosa, não só para a economia daquelas famílias, que começam a ter uma elevação do seu nível de renda, mas também pela conscientização de unir a produção saudável à preservação do meio ambiente, atingindo níveis de produtividade bem elevados.

            Quero aqui parabenizar a iniciativa de toda essa parceria do Governo Federal, do Governo Estadual, do Prefeito da Cidade, Zé Melado, do Vice-Prefeito, Walter Júnior, e de todos os Vereadores, cumprimentando o Presidente da Câmara, Wiliams Macedo.

            Uma coisa que me deixou estarrecido, Presidente Acir Gurgacz e Senador Mão Santa: segunda-feira, V. Exª, Senador Mão Santa, que estava em Teresina, teve ter visto esta manchete do Jornal O Dia, que diz o seguinte: “O crack nos venceu. Assume o poder público.”

            E tanto o jornal O Dia como o jornal Diário do Povo, dois jornais de grande circulação em Teresina, mostram os esforços que são feitos, mas que não têm atingido o objetivo no combate às drogas e principalmente ao crack.

            Aqui temos uma matéria na qual foi entrevistado um usuário do crack, em Teresina, de codinome Bira, que diz o seguinte:

            O crack eu vim a conhecer em 2005. É uma droga altamente destrutiva. Na época, eu perdi todos os meus valores morais. Não adianta, o usuário de crack não tem amor a si próprio, não tem amor ao seu próximo, as qualidades desaparecem, os defeitos de caráter afloram. Então, me torno desonesto, ganancioso, eu não tenho aceitação a nada.

            E ele diz ainda, dando conselho aos jovens:

            Eu peço, pelo amor de Deus: não experimentem nunca, porque é um caminho sem volta. A porta é muito larga para entrada, mas, para sair, a porta é muita estreita. Muito difícil, muito e doloroso. Hoje em Teresina comprar crack é como comprar cigarro.

            Essa é uma situação de muita preocupação. Nós, políticos, sociedade civil, entidades que dão assistência e ONGs que fazem um belo trabalho no Estado do Piauí, devemos desenvolver ações de maneira imediata para que famílias não se desfaçam.

            Na semana passada, Presidente Acir Gurgacz, nós vimos notícia de filho que assassinou pai e mãe, por conta do uso de drogas e principalmente o crack, que é uma droga de fácil acesso, barata, e tem atingido de uma maneira violenta, não só a capital do Estado, mas todos os Municípios do Estado do Piauí.

            E ouvindo aqui os pronunciamentos de hoje do Senador Magno Malta e do Senador Eduardo Azeredo também no mesmo sentido, tem que ser uma preocupação desta Casa, o Senado, e do Governo Federal, aliado aos governos estaduais e municipais, de não só combatermos pela Polícia o narcotráfico ou os traficantes, mas alargarmos essa porta estreita da saída - que o usuário Bira define como estreita -, para que a nossa juventude não seja devastada e destruída por uma droga tão forte como essa.

            Leio também uma matéria do dia 7 de abril de 2010, “Violência, juventude, economia e educação”, de Jorge Werthein, que é doutor em Educação pela Universidade de Stanford e ex-representante da Unesco no Brasil. Ele apresenta algumas situações interessantes, ligando as drogas à desigualdade social, ao nível de homicídios:

Os maiores índices de homicídio no Brasil concentram-se na faixa de 15 a 24 anos de idade (o pico está entre 20 e 21 anos). (...)

Em uma perspectiva internacional, a situação do Brasil também é pouco confortável. O País ocupa a 6ª posição entre os 91 países mais violentos para um ano compreendido entre 2003 e 2007. O Brasil vem logo abaixo de nações com evidentes problemas com gangues juvenis, como El Salvador e Guatemala, ou países de longa história de guerrilha e narcotráfico, como a Colômbia.

            Esse é um dado extremamente estarrecedor!

            Diz mais ainda: “Verifique-se que a violência homicida entre os jovens não é fenômeno universal, mas tem um caráter social e cultural.

            E ele apresenta como dois fatores preponderantes: o baixo nível de renda per capita e a baixa qualidade de educação na formação da nossa juventude.

            Já o PIB per capita permite a que a renda per capita afete, e uma análise puxa a outra, o mapa da violência.

Aponta [o professor Jorge Werthein] a estreita relação entre a concentração de renda e educação, e alguns desses estudos dão conta de que entre 30 e 50% das disparidades de renda têm origem nas desigualdades educacionais.

Pode-se inferir que a saída para o fim da escalada homicida, sobretudo entre os jovens brasileiros, está na educação de qualidade para todos ao longo de toda a vida, como propõe a UNESCO.

            E termina:

É preciso, portanto, romper com o círculo vicioso - pobreza, educação ausente ou precária, violência, morte - e instaurar um círculo virtuoso em seu lugar: educação de qualidade, aumento de renda, redução da violência, vida longa e saudável aos jovens do Brasil.

            Então, uma coisa complementa a outra, Presidente Acir Gurgacz. E uma preocupação que temos é fazer com que essa educação cumpra o papel de ser verdadeiramente uma educação transformadora. Não vamos atingir o desenvolvimento neste País sem nos dedicarmos e fazermos uma educação transformadora, o que é um processo lento e gradual. Em nenhum país, a não ser na Coreia, fez-se uma revolução educacional em algo beirando a um século. E nós pouco fizemos. Então, temos que avançar num ritmo muito mais rápido.

            Senador Mão Santa.

            O Sr. Mão Santa (PSC - PI) - Senador João Vicente, V. Exª traz um tema atual e que demonstra que vivemos à custa de mídia. Este País não melhorou, este País piorou. É aquele negócio da mentira repetida. Não está, não. O caos está aí. Isso não é uma sociedade, isso é uma barbárie. E eu desafio, eu estava ali, outro dia eu trouxe um pedaço desses versos de Bilac, e o Paulo Duque, que é um homem muito culto, eu o admiro, ele me trouxe: “Está aqui,Mão Santa, para você - parece que é Deus -, quando tiver oportunidade. Eu lhe trouxe na íntegra.” Porque aprendi, quando menino, isso e li uns trechos. Ele trouxe integral, e vou ler. Desafio que tenha algum poeta hoje que descreva nosso País assim:

            Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum país como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

            A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,

            É um seio de mãe a transbordar carinhos.

            Vê que vida há no chão! Vê que vida há nos ninhos,

            Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! Jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! Não verás nenhum país como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

            Isto aqui, Senador João Vicente, fez parte da minha infância. Eu sabia decorado. Outro dia eu disse um trecho. Isso era o Brasil. Nunca aquela história do Luiz Inácio, “nunca antes...”. Tivemos uma barbárie. V. Exª está dizendo. O Governo pensa que é a mídia, mas V. Exª traz os fatos, que é homem de governo. Isso é uma barbárie, isso não tinha na sociedade. A minha infância foi essa, a minha juventude, isso eu sabia de cor. Este era um País bem governado antes. Esta era uma Pátria feliz. Ô João Vicente, as coisas são simples. Primeiro era a base. Os nossos pais eram sábios. E tem esse negócio de pedagogia. Apanhei foi muito de cinturão do meu pai. Ele era enérgico. Apanhei foi muito. Só fico satisfeito em relatar porque o Paulo apanhou mais do que eu. Eu via. Mas era a maneira da educação, e era de cinturão, e dizia: quem mente, rouba. E a minha mentira era pequenininha, era com medo do dentista.

            Tinha uma broca, eu não ia, e ele sabia. Então, família, esta instituição, a família, está desmoronando hoje, João Vicente. Eu fui a uma festa ontem. E vi o que é família, muito importante, aquela dos nossos gêmeos, família, a Dª Inaí, por amor... Mas é muito importante esse negócio de família, a família está desmoronada e o Governo é o culpado disso. Eu sei, eu estou preparado, eu estudei muito, eu sou pai da Pátria, não é conversa, não. É o seguinte, família você tem. Eu sei... O Luiz Inácio é gente boa, eu gosto dele, não tenho nada contra ele, eu votei nele em 94, é gente boa. O Zezinho é gente boa... Mas ele ficou muito soberbo porque sabe tudo. Sabe não. Ele devia estar aqui aprendendo. Senador é para isso. Pedro II deixava a coroa e o cetro e vinha ouvir os Senadores. Então, vou dizer: família... Eu sei que ele não teve avós... Ele não teve. Heróica a mãe dele, foi uma matriarca, vencedora, não é, Acir? Então, eu não o culpo, estou dizendo só que a experiência, o que é a família. A família é sobretudo o avô. Eu sou melhor avô do que pai, João Vicente. Vá ver a Dª Socorro e o Sr. João. Devem cuidar do neto melhor porque têm mais tempo, têm mais recursos, têm mais experiência. Os avós do Brasil estão destruídos. As aposentadorias foram capadas, foram dissecadas. Eles perderam aquilo, os netos... Eles prometeram uma bolsa de estudo, uma roupa, uma ajuda e, abruptamente, foram capados pelo fator previdenciário e por esse ignominioso empréstimo consignado. Isso foi uma imoralidade. Está tudo... Eu nunca vi. Ô João Vicente Claudino, Barack Obama disse o seguinte... Eu já li os dois livros dele. V. Exª deve ler, principalmente o último, que é um negócio de programa de governo. Mas o bom é ele contando da vida dele, a herança. Ele diz assim: eu não sou maconheiro por causa dos meus avós. Foram eles que me educaram. Então, os avós são importantes. Os avós, os velhinhos, os aposentados foram massacrados. E família é tudo. Então, aquela família que nós tínhamos, o pai, a mãe, no almoço, no jantar, orientando, usando os meios que eles achavam que nos melhoravam... O meu usou foi o cinturão, eu confesso. E eu sou agradecido ao meu pai. Agorinha eu estava ali dizendo que ele vai fazer 100 anos, em 18 de maio. É gratidão. Então, a família está destroçada. Não é aquela Sagrada Família, de Jesus e Maria... E ela é importante. Ela é tão importante que Deus botou o seu filho, querendo recuperar o mundo, depois de muito tempo, em uma família. Então, a família, isso aí tem que ser preservado. Eu vi uma festa muito bonita daqueles meninos, porque eu gosto de família... O amor que ele tem ao pai, o amor que ele tem à mãe, e nos deram ensinamentos, muitos. A gente aprende com a vida, a escola da vida. Vou-lhe dizer um. Esse negócio de irmão, qual é a noção que nós temos? Caim matou Abel. Aquele outro, Jacó e não sei o quê, Isaac enganou o outro, tomou o poder. Rômulo e Remo. O outro, venderam o José do Egito. Então, ali nós vimos irmãos. Eu fui irmão de amor. Aquele Francisco Filho e Zé Nordeste. Outro dia, eu vi uma definição, João Vicente. Um filósofo: “O que é melhor: um irmão ou um amigo? Acir Gurgacz, o que você prefere, o que é melhor para você: um irmão ou um amigo? O filósofo disse: o irmão amigo! O Roberto Carlos, da nossa geração, em sua pureza... Eu tenho inveja porque ele fez aquela música que diz “amigo de fé, irmão camarada”. Nós vimos naqueles dois. O herói, o amor. Então, a família está destroçada. E piorou, piorou! O Luiz Inácio... Eu estou cumprindo o meu dever. Se ele não está ouvindo, ele que não está... Mas eu sou Senador porque eu me sinto pai da Pátria. E não digo isso com soberba não, Acir Gurgacz. Aos meus pais que me educaram, a minha família, aos meus professores, ao meu Estado... Não é negócio de soberba e vaidade, mas é! Mas eu acho que o Senador só exerce... Então, a família, e vou dizer já, agora. Ô João Vicente, era para ouvir. Quem está aqui do PT? Quem está aqui do Governo? Eles não têm responsabilidade, são uns aloprados de todo lado. Quem está aqui? E o Senado só serve se for para isso. Pedro II vinha ouvir, e tem que ouvir. Então, não tem sentido, toque fogo nisso aqui! Mas eu vou te dizer. Ô João Vicente, você já leu os livros do Juscelino? Tem três: “Porque construí Brasília”, “Meu caminho para Brasília” e não o quê, para ir para a Academia de Letras. Ele diz lá: paternidade e maternidade responsáveis, planejamento familiar. O estadista, está lá. Os países organizados... O que o Governo está fazendo? Ô João Vicente, os aloprados do Lula. O Luiz Inácio é gente boa, mas não teve o estudo que eu tive, e aí pode se danar. É o seguinte: atentai bem! Vou te dar só um quadro. Lá no Morro da Mariana, que é cidade - eu fiz 78 cidades no Piauí -, onde eu andei nessa última eleição, e, numa fazendola, vi uma barriguda. Tinha uns oito meninos lá. Aí eu peguei assim e disse: “Dona Maria, eu vou mandar um bilhete para o Dr. Chico Pires, um médico da Santa Casa, gente muito boa. Ele vai fazer sua cesária e ligar suas trompas”. Ela disse: “Êpa! Não, Dr. Mão Santa! Olha, aquela televisão ali foi esse menino pequeno. Este menino que está na minha barriga eu vou parir, vou ganhar quatro salários mínimos na boca do caixa e vou comprar uma moto para o meu marido”. O Governo está dando, está estimulando quem não pode a ter filho. Eu vi, outro dia, no noticiário aí dos Estados, do Amazonas ali. Um homem engravidou uma mocinha nova. Aí ela teve um aborto. Ele deu nela porque ele estava certo, já contando com o dinheiro que ia parir o menino. É um estímulo. E o que vão ter esses meninos? Vamos aprender. Aquele José Serra, eu vi a aula dele. Eu vi e eu procuro aprender com os outros. Filho de pobre, um homem que trabalhava no mercado, carregava verdura e fruta. Ele disse que viu seu pai carregar fruta e verdura, João Vicente, para ele poder carregar livros nos ombros. Mas ele disse: “Por que eu pude?” O pai, austero, trabalhava todos os dias do ano, 10 horas; aos sábados, 6 horas; e aos domingo, 5. Só não no dia 1º, porque o mercado era fechado. Filho único; então pôde. Então, tem que haver um planejamento familiar: paternidade responsável e maternidade responsável. É isso. Esses aloprados já falaram isso para o Luiz Inácio? Não. A escola. A escola caiu de padrão no Brasil todo. A escola caiu, escola da vida. O Brasil, o que teve de positivo... Vamos dizer, a escola caiu. A escola pública, a que frequenta a maioria do povo, caiu; caiu de receptividade, de crença. O Cristovam diz todo dia: qual é o político que bota seu filho na escola pública? Caiu. A única coisa boa que houve e que está havendo - e não vamos ser pessimistas - foi esse... a Igreja, que hipertrofiou, hiperplasiou. Os cristãos, depois de Lutero, que, firme, dá uma mensagem, um freio. Eu digo isso porque esta Casa fez um debate sobre violência. Cada um dava a sua ideia: botar os canhões na rua, o Exército, pena de morte, mata, bala, aumenta. Aí um jornalista - atentai bem para o que ele disse: “Não, não é assim. Eu frequento as favelas, o Morro do Alemão, a Rocinha, pelo trabalho de repórter, e vi que, onde há uma igreja, há paz em torno”. Então, são esses valores que V. Exª citou, esses valores que o antigo cultivava que eram o tripé da nossa cidade: a família - pela família a gente tem que zelar, não pode se desmoralizar; a escola - a escola tem que ser boa mesmo, dizia-se que é o segundo lar, e que a mestra é a segunda mãe; e a Igreja - vamos valorizar, prestigiar. Mas V. Exª chamou atenção para um assunto muito importante, e eu quero lhe dizer - é bom o testemunho, porque eu tenho, eu estou aqui porque tenho. Vou-lhe dar um quadro de que isso é simples e falta governante, falta presidente. Deus e o povo me fizeram Prefeito de Parnaíba em 1989. Parnaíba tinha 150 mil habitantes - o mesmo tanto de hoje, João Vicente, porque diminuíram as cidades que foram criadas no meu Governo, que eram Parnaíba, Ilha e Bom Princípio. Sabe quantos meninos de rua havia? Para você ver como governo resolve. Governo é para resolver. Acir Gurgacz, uma cidade com 150 mil habitantes, só tinha 127 crianças sem pais, na rua. Pegaram-se aquelas crianças, fez-se a Escola do Bom Menino, com psicólogo e tudo, deu-se um trabalho no segundo turno, um empresário para ajudar, enfrentamos e tiramos da rua. De vez em quando eu conto, eu era bom menino e trabalhava. Os antigos eram mais... Se você tinha capacidade de estudar, estudava. Senão, ia trabalhar. Aí eu fui a Teresina; a mesma coisa. Havia mais. E a D. Adalgisa tirou todos da rua. Você fez parte dessa luta. Eles não cheiravam crack, mas era cola de sapateiro. E tiraram-se todos. E era o mesmo mecanismo que tinha dado certo em Parnaíba. Aí veio o Ministério Público: não pode trabalhar. Não pode... O trabalho é uma escola. Aí eu dei um exemplo e fui defender. Dos maiores homens que eu conheço do Brasil, do Piauí, João Paulo Reis Veloso. O seu pai era lá da Paraíba. Ele abria a fábrica do meu avô com dez anos de idade. Deixou o emprego para o segundo, o segundo para o terceiro, e todos quatro. O trabalho educa. E o Mauá. O Mauá era filho, a viúva arrumou um namorado, e ele exigiu, sem os filhos. Ficou lá uma mulher, deu a um parente, aí um tio foi buscar, e ele começou a trabalhar com nove anos. Essas coisas têm que ser modificadas. Nós somos contra o trabalho escravo, mas o trabalho... Não é todo mundo que quer ser intelectual, não. Mas V. Exª trouxe o tema. Esse crack, não existiam essas coisas, não. A nossa juventude acreditava no que o Bilac diz: “não verás nenhum país como este”. Não há. Eu desafio alguém a fazer uma crônica como Bilac. Então, V. Exª chamou atenção para isto, e é para resolver. Eu li no livro de Dom Quixote de La Mancha. Atentai bem! Está lá aquela frase, ele ensinando o Sancho Pança a governar... E eu me esqueci de uma coisa: só não tem jeito para a morte, e tem jeito para isso tudinho, se nós chamarmos à responsabilidade. E governo é para resolver esses problemas.

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB - PI) - Agradeço suas palavras, Senador Mão Santa. Esse é um tema sobre o qual temos de discorrer muito aqui, no Senado. Quando o poder público assume, Presidente Acir Gurgacz, que a droga venceu... Eu acho que nós nem começamos a luta ainda. Temos de unir e fortalecer a família, principalmente porque a droga infelicita tantas famílias, tantas mães, pais e principalmente avós, como V. Exª lembrou bem. Nós temos de nos dedicar a essa luta, produzindo leis e programas sociais que combatam verdadeiramente esse efeito tão danoso à nossa sociedade.

            Para encerrar, Presidente Acir Gurgacz...

            O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. PDT - RO) - V. Exª me concede um aparte?

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB - PI) - Pois não, Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Acir Gurgacz. PDT - RO) - Esse tema que V. Exª traz realmente é preocupante para todos nós, e não é só no Piauí; em nosso Estado de Rondônia, também acontece isso. Nós temos dois problemas: o combate à droga, o combate à multiplicação das drogas, e a recuperação da pessoa que está hoje dependente, o dependente químico. Nós temos de cuidar dessas pessoas. E as famílias não têm condições financeiras para acudir o jovem, porque realmente não têm como pagar uma clínica, não têm dinheiro para isso. Então, é importante a atuação do Governo, seja estadual, seja federal, seja municipal. Eu entendo que o Governo Federal precisa atuar forte na recuperação desses jovens. É outro grande problema. As famílias não sabem o que fazer; os pais e as mães não sabem o que fazer quando se deparam com esse grave problema que é ter alguém da família dependente químico, principalmente com relação ao crack. Então, é um tema que o senhor traz aqui que realmente é de muita relevância, de muita importância, que precisa de uma atuação rápida do Governo. Senão, o avanço vai ser muito maior que o remédio para conter essa epidemia, podemos dizer assim, que vai ser logo, logo, no Brasil.

            O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTB - PI) - Não tenha dúvida. Eu acho que é um problema que tem a parte que é policial, do combate, mas tem a social, do fortalecimento do tecido social, através da família, através da educação, da perspectiva de futuro, da geração de emprego e de oportunidade de trabalho; das entidades que precisam de um apoio muito forte para que continuem prestando o serviço, da área de saúde, com mais recursos para atender a questão do combate, principalmente aos dependentes químicos. Então, eu acho que é uma ação sobre a qual nós ainda não nos debruçamos de maneira verdadeira.

            Para encerrar, Presidente Acyr, eu queria pedir que fossem dados como lidos dois pronunciamentos que eu teria a serem feitos. Um era para ter sido feito no mês de março, o mês internacional da mulher. Mas, como abril está entre o mês internacional da mulher e o mês de maio, que é o mês das mães, mês de Maria, eu faria uma perspectiva do Brasil, principalmente destacando o momento político que nós vivemos, em que o País, como outros países que já têm essa experiência, tem a disputa de mulheres à Presidência da República, como a nossa colega de Senado, a Senadora Marina Silva, e a ex-Ministra Dilma Rousseff, candidatas com perspectivas verdadeiras. Então, esse é um momento novo na política nacional.

            O outro pronunciamento, que era para ter sido feito há alguns dias, trata de uma ação estruturada pelo Secretário de Turismo do Estado do Piauí e pelo diretor de financiamento do Ministério do Turismo, que nasceu no Salão Náutico de Paris. Eles trabalharam para que embarcações de sete países europeus atracassem no nosso Porto de Luís Correia ou fundeassem no Porto de Luís Correia, na antiga fábrica de gelo, que o Senador Mão Santa conhece. A coisa ainda é muito improvisada. Levando 70 tripulantes, foi possível receber esses barcos e perceber a importância de o Brasil começar a se abrir para esse tipo de segmento e entender a demanda e o impacto nos destinos turísticos que decidirem assumir sua vocação náutica. Então, o Piauí, como o Maranhão, tem essa vocação náutica.

            A proposta é de que, a partir de agora, o Nordeste e, principalmente, o Estado do Piauí entrem na rota do turista náutico e sejam estrutura e pontos de excelência do turismo náutico brasileiro. É um destino possível para cerca de oito mil barcos que deixam a Europa todos os anos em direção ao Caribe, para tantos outros que sobem o litoral brasileiro e também uma opção para o segmento do charter náutico. Atrair apenas 10% dos barcos de lazer que cruzam o Atlântico Sul pode significar a criação de mais de mil empregos.

            São esses os registros que eu queria fazer, deixando aqui o alerta para que tenhamos ainda um debate muito mais profundo sobre essa questão das drogas que aflige tantas famílias e tantos jovens em nosso País.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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SEGUEM, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTOS DO SR. SENADOR JOÃO VICENTE CLAUDINO.

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           O SR. JOÃO VICENTE CLAUDINO (PTBB - PI. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, acompanho com o maior interesse, tudo que se refere à economia no Brasil. Acompanho, porque esta é a área de minha formação e porque acredito que um plano econômico bem estruturado e executado pode mudar os rumos de um País.

           Nós brasileiros, pudemos observar no ano de 2009, os reflexos negativos de uma política econômica mundial baseada na especulação financeira, o que acabou por gerar a crise global. O Brasil soube contornar os efeitos desta crise, mas, vemos com muita tristeza, que vários países continuam sofrendo as conseqüências residuais geradas pela desordem econômica sem precedentes na história e cada vez mais atolados na desorganização do Estado, convivendo com bastante dificuldade.

           Hoje, o Brasil é reconhecido mundialmente por sua política econômica e pela trajetória adotada pelo Governo no transcurso da crise. E as perspectivas para este ano são ainda mais animadoras. Já há algum tempo vêm sendo percebidos os impactos positivos da política econômica adotada pelo País, conduzidas pelos mais próximos auxiliares do Presidente Lula, sob sua incontestável liderança.

           Não se discute que esses avanços são reflexos de um processo de evolução, onde esforços vêm sido envidados ao logo dos últimos 16 anos. Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de dar os merecidos créditos aos gestores de nosso País, que conduziram, com maestria, a economia durante esse período tão tormentoso, que foi o ano de 2009.

           Em 2010 o Brasil terá oportunidades inéditas. A economia brasileira já demonstra avanços significativos, e a expectativa para o crescimento do PIB neste ano chega a 5,5%. Pode parecer pouco, mas se analisarmos os números dos outros países veremos que o Brasil está um passo a frente. Nos últimos dois trimestres o País já experimentou números que refletiam crescimento real, e não apenas recomposição das perdas geradas pela crise.

           O Brasil vive a melhor situação econômica entre os países da América Latina. Também podemos dizer que o Brasil é o país que está em uma situação mais confortável entre os países que compõe o BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China).

           Em recente reportagem veiculada pelo Jornal Folha de São Paulo, segundo dados obtidos pela Fundação Getúlio Vargas, o Brasil possui o melhor Índice de Clima Econômico, que mescla indicadores da situação atual e de expectativas futuras, à frente dos países vizinhos da América Latina, EUA, União Européia, assim como os países membros do BRIC.

           A situação atual de nossa economia nos permite afirmar que o Brasil demonstrar ter fôlego suficiente para crescer em níveis elevados por muitos anos. 

           Ainda temos o Pré-Sal, onde novos poços estão sendo descobertos pela Petrobrás, o Programa Minha Casa Minha Vida, que está possibilitando a aquisição de imóvel para milhares de brasileiros e o PAC 2, que prevê um total de R$ 140 bilhões de investimentos nos próximos 04 anos.

           Também vale nota a nova política de redução de carga fiscal, que além de proteger a economia da crise, alavancou o crescimento do PIB e aumentou a arrecadação de tributos, além de criar projeções recordes de arrecadação para 2010. Somente em janeiro de 2010 o total da arrecadação federal ficou em R$ 73,027 bilhões. A expectativa de arrecadação tributária total no país em 2010 é de R$ 1,225 trilhão. Essa experiência bem-sucedida de redução de carga fiscal comprovou factualmente a tese de que reduzindo impostos, mais pessoas e empresas saem da informalidade e os preços dos produtos são reduzidos, incentivando o consumo sem gerar inflação, criando um círculo virtuoso na economia que faz crescer o PIB, aumentando a produção e a geração de empregos, crescendo quantitativamente a arrecadação presente e futura e causando um crescimento sustentável da economia. Ou seja, são vários os fatores que contribuem para um futuro próspero.

           Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assim como o Brasil experimenta momentos inéditos em relação à economia, também vislumbra o mesmo com relação à política brasileira. Pela primeira vez, podemos eleger para o exercício da presidência da republica uma mulher. Outros países da América Latina e no restante do mundo já tiveram a oportunidade de eleger uma mulher para o cargo de Chefe de Estado: Cristina Kirchner na Argentina; Michelle Bachelet no Chile; Pratibha Patil na Índia; Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher eleita presidente no continente africano, na Libéria; Tarja Halonen na Finlândia; Angela Merkel na Alemanha. São vários os exemplos exitosos. No Brasil, concorrem para o cargo a Senadora Marina Silva e a ministra Dilma Rousseff. 

           Vale ressaltar que vários dos programas do Governo Lula já eram gerenciados por mulheres. A própria senadora Marina Silva esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente por 05 anos e, nesse período, foi a responsável por trazer à sociedade o debate sobre a importância da preservação ambiental e da necessidade de uma política voltada para o meio ambiente.

           Já a ministra Dilma é reconhecida por sua competência política e administrativa, gerenciando os principais programas do Governo Lula. Destaque para sua atuação frente ao Ministério de Minas e. Daí surgiram os programas de Bicombustíveis, os fortes investimentos no setor de hidroenergia e da matriz energética brasileira como um todo, além de investimentos em pesquisas de fontes alternativas para produção de energia, tiveram a oportunidade de universalizar do acesso à energia elétrica, quando foi implantado o Plano Luz para Todos, com o objetivo de utilizar a energia como vetor de desenvolvimento social e econômico de localidades com um menor Índice de Desenvolvimento Humano e para famílias de baixa renda, contribuindo para a redução da pobreza e aumento da renda familiar, além de facilitar a integração dos programas sociais do governo federal e o acesso a serviços de saúde, educação, abastecimento de água e saneamento.

           Vale lembrar que os biocombustíveis e outras formas de energia renovável estão ocupando cada vez mais espaço nas discussões sobre o futuro energético no mundo, tendo o Brasil tem papel de destaque quando se debate programas eficientes de produção de energia alternativas.

           O PAC também proporcionou inúmeros projetos que favoreceram a atual conjuntura brasileira: foram selecionados mais de cem projetos de investimento prioritários em, hidrovias, ferrovias - a exemplo da Transnordestina que cruza o meu Estado, o Piauí, rodovias, portos, aeroportos, saneamento e recursos hídricos. Projetos sob a gerência da Casa Civil comandada pela ministra Dilma.

           Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, temos condições de proporcionar um futuro mais tranqüilo e próspero para nossos filhos e netos. Com possibilidades reais de dar continuidade ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, a escolha do caminho a ser trilhado por todos nós deve ser vista como preceito fundamental para que as oportunidades que estão presente atualmente, se convertam em efetivas melhoria e avanços para todo o povo brasileiro.

           Era o que tinha a dizer.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/04/2010 - Página 17098