Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Relato da trajetória de vida de S.Exa. e registro dos temas que serão prioritários durante o mandato de S.Exa.

Autor
Vicentinho Alves (PR - Partido Liberal/TO)
Nome completo: Vicente Alves de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Relato da trajetória de vida de S.Exa. e registro dos temas que serão prioritários durante o mandato de S.Exa.
Publicação
Publicação no DSF de 12/02/2011 - Página 2848
Assunto
Outros > ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • COMEMORAÇÃO, ELEIÇÃO, ORADOR, SENADOR, REGISTRO, BIOGRAFIA, VIDA PUBLICA, POLITICA, APRESENTAÇÃO, COMPROMISSO, DEFESA, INTERESSE PUBLICO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DO TOCANTINS (TO), COMENTARIO, DIRETRIZ, MANDATO.

            O SR. VICENTINHO ALVES (Bloco/PR - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eminente Senador Paulo Paim, de início, eu quero registrar neste meu primeiro pronunciamento a admiração e o respeito que tenho por V. Exª, pelas causas que V. Exª defende neste Congresso Nacional.

            Como aviador que sou de profissão, piloto comercial, voei por este Brasil imenso, aliás, me parece que sou o primeiro aviador a se tornar Senador da República. Filho de aviador, eu admiro muito V. Exª quando defende, aqui no Congresso Nacional, os direitos e os interesses dos aviadores, aeroviários do Brasil. Serei um aliado de V. Exª neste Senado Federal.

            Também o admiro, como neto que sou de uma avó negra, pobre, mãe solteira e doméstica, e chego aqui à tribuna do Senado Federal, e ela, se com vida estivesse, com certeza estaria aqui feliz com seu neto.

            V. Exª defende causas que estão intrinsecamente ligadas às minhas, por isso tenho essa admiração por V.Exª.

            Saúdo as Srªs Senadoras e os Srs. Senadores.

            Quero dizer a V. Exª, Senador Mozarildo Cavalcanti, que também tenho muito apreço pela sua história, pela sua luta, quando, na Constituinte - V. Exª foi constituinte ao lado de Siqueira Campos e de tantos outros Parlamentares -, ajudou a nos presentear com o Tocantins, luta centenária que veio desaguar na Assembleia Nacional Constituinte. V. Exª, juntamente com o Presidente Lula e tantos outros constituintes, contribuíram para nos dar essa alegria de dizermos hoje, como nativo do Estado, que sou o primeiro Senador da República filho do Tocantins, da centenária Porto Nacional. Eu me sinto muito feliz por ser colega de V. Exª, que foi colega de Siqueira Campos.

            Quero dizer a V. Exª, Senador Mozarildo e a todos que nos assistem, que a felicidade é o maior bem que o ser humano pode adquirir, o bem mais precioso e também o único que pode ser dividido sem fazer falta. Quero dividir a minha felicidade por estar nesta Casa hoje com todos aqueles que, ao longo da minha vida, contribuíram para que eu pudesse chegar até aqui.

            Essa divisão eu faço com o mais nobre sentimento de gratidão por todos aqueles que vieram caminhando comigo, pari passu, desde as minhas professoras, professores, os meus mestres, os meus pais e, católico praticante que sou, devo muito também aos nossos padres franceses como seminarista que fui na cidade de Porto Nacional. Portanto, a todos que contribuíram eu divido este momento feliz da minha vida, do meu primeiro pronunciamento como Senador da República.

            Quero também dizer que, dentre todas as artes, a arte de transformar sonhos em realidade para mim é a maior arte; e eu me considero um grande artista, por transformar sonhos em realidade. Sonhei um dia seguir os passos da profissão do meu pai e ser um piloto aviador, como era o meu saudoso pai. Saí da minha cidade com 17 anos, fui ao Rio de Janeiro e lá me tornei piloto privado, comercial, multimotores, instrumentos, enfim, cursei todos os cursos da aviação. E fui voar nas asas dos meus sonhos, como profissional, na Amazônia, em companhias aéreas.

            Enfim, carreguei riquezas, transportei pessoas, sonhos e ideal. E aqui chego como Senador da República com muita honra para dizer que, como aviador, estarei aqui em defesa dos colegas aviadores e aeroviários do Brasil.

             Eu quero dizer também que transformei sonhos em realidade. Sonhei ser prefeito da minha cidade, a bela centenária, culta, hospitaleira, Presidente Paim, a Porto Nacional, querida minha. Aliás, há um ditado que diz que se você quiser ser feliz em outras aldeias, cante a sua. E aqui eu quero cantar a minha, Porto Nacional, terra de cancioneiros, de poetas, enfim, de homens e mulheres trabalhadoras e trabalhadores, cidade palco do cenário da luta libertária pela criação do Estado. De modo que eu venho dizer que transformei esse sonho em realidade.

            Transformei também, Presidente Paim, o sonho de ser Deputado Estadual por dois mandatos, Presidente da Assembleia, Presidente da Associação dos Municípios do meu Estado, Deputado Federal. Agora, o maior sonho de todos é ser Senador da República do meu País. Esse, Senador Aloysio, tem sido, de todos os sonhos transformados em realidade, o mais elevado para este filho tocantinense.

            Portanto, eu venho, não só da minha Porto Nacional, venho da região sul do meu Estado, da nossa Gurupi; venho das cidades históricas também de Paranã, Dianópolis, Arraias, Taguatinga; venho das cidades progressistas de Paraíso do Tocantins, Guaraí, Colinas; venho da maior metrópole que é a nossa Araguaína, à qual eu devo muito a expressiva votação.

            Quando digo isso, em cito as cidades vizinhas: venho do Bico do Papagaio, dos encontros das águas do Tocantins com o Araguaia. Olha, Srªs e Srs. Senadores e brasileiros que nos assistem, vocês têm que conhecer o encontro das águas do Tocantins com o Araguaia. Eu venho do Jalapão; venho da Ilha do Bananal; venho das aldeias e dos nossos índios do nosso Estado; venho trazendo a mensagem também dos quilombolas e dos assentados.

            Eu venho, Presidente Paim, de uma origem modesta, mas trazendo sempre comigo a honra de poder vir a esta tribuna, depois de mais de 20 anos de mandato, e dizer com alegria que venho como um político ficha limpa, sem nenhum processo em minha vida pública, nem na minha cidade, nem na capital, nem no Supremo Tribunal Federal. Nenhum mérito, é dever do homem público, mas, com prazer, faço questão de registrar.

            Portanto, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nesta Casa, no Senado Federal, onde a igualdade entre os Estados, naturalmente para o equilíbrio do pacto federativo, é construída, apresento-me para cumprir mais uma etapa de minha carreira política.

            O Brasil atravessa um momento único em sua história, acompanhando o mundo moderno e crescendo em representatividade no cenário político e econômico.

            Eu quero aqui reafirmar o compromisso que fiz como candidato a Senador da República; reafirmar o compromisso de ser um Senador comprometido com a Presidenta Dilma e a sua equipe de Governo. Estarei aqui dando a minha modesta contribuição como parlamentar da Base para o sucesso não apenas do Governo da Presidenta Dilma, mas para o sucesso de todos os brasileiros.

            Nesta Casa, que foi a Casa de Rui Barbosa e de grandes políticos pensadores e intelectuais, quero, com muita determinação, trabalhar pelos tocantinenses e pelos brasileiros, pois um país se constrói com o suor dos homens, a inteligência das mulheres e a esperança das crianças.

            Quero aqui defender o pacto federativo, que ajudará na melhor relação entre os três níveis de Governo, o que garantirá um atendimento mais eficiente à sociedade.

            Pretendo ainda ajudar na construção da reforma política brasileira, missão para a qual tive a honra de ser convidado pelo Exmº Sr. Presidente desta Casa, Senador José Sarney, a quem agradeço com muito sentimento de gratidão, a convocação para fazer parte do grupo de pensadores políticos dessa comissão. Eu, com certeza, o menor de todos, mas dentre esses grandes pensadores do Brasil, o que me honra muito.

            Defenderei o projeto do financiamento público de campanha que pretende levar à sociedade, naturalmente, informações claras sobre todos os gastos em época de eleições, além de limitar despesas exorbitantes.

            Esse financiamento público de campanha, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ainda garantirá que novos nomes, como jovens, líderes populares de baixa renda surjam no cenário político nacional. Entendo que a melhor forma de democratizar um pleito eleitoral está exatamente no financiamento público de campanha. Não dá mais para aceitar que venham para o Congresso Nacional, para as prefeituras, para as Câmaras, na sua grande maioria, candidatos endinheirados. Portanto, eu defendo a democratização nos gastos de campanha.

            Também defenderei o projeto de ampliação de bolsas universitárias para que alunos de baixa renda deste País possam, eles também, ser artistas, transformando seus sonhos em realidades nas suas profissões.

            Estarei também junto aos movimentos culturais do meu Estado e do meu País. Procurarei viabilizar recursos para as escolas de tempo integral, porque compreendo que uma das melhores formas para se combater o crack, a droga, é colocar as nossas crianças e os nossos jovens nas escolas. Quanto mais se absorver a energia, o entusiasmo, a esperança das crianças e dos jovens na escola de tempo integral, naturalmente, mais as estaremos tirando das mãos dos traficantes.

            Procurarei também ser um aliado permanente, como disse, dos nossos índios tocantinenses e brasileiros. Aqui, abro um parêntesis para homenagear o grande cacique Ribamar, um velho amigo, que inclusive veio para a nossa posse, alegre, feliz. Olha, Ribamar, em seu nome, eu homenageio todas as etnias do Brasil, particularmente do Tocantins: os Krahôs, os Carajás, os Apinajés, os Xerentes, os Xavantes, enfim, todos, todas as etnias. Vou estar aqui trabalhando, sim, para que as crianças das aldeias, as mulheres das aldeias, os idosos das aldeias também, Presidente Paim, tenham o mesmo direito das pessoas da cidade. A saúde da mulher indígena, dos idosos, das crianças, olha, vão ter em mim aqui um Senador defendendo de forma intransigente os nossos índios. Já fiz isso na Câmara Federal, Senador Aloysio, quando fui relator na CPI de morte de crianças indígenas por subnutrição. Depois de várias audiências públicas no Brasil, contribuí muito, juntamente com o meu colega Vanderlei Macris e tantos outros do PSDB de São Paulo, para elaborar bom relatório, a ponto de o Presidente Lula acatar a sugestão de criar a Secretaria de Saúde dos Povos Indígenas.

            Portanto, vou continuar lutando por eles. Como já disse, vou cuidar também dos nossos quilombolas, dos nossos assentados, dos nossos garis. E aqui eu quero homenagear o Orlando, o gari mais intelectual da minha cidade de Porto Nacional. Por que os garis? São as pessoas que embelezam as nossas cidades, e às vezes não são observados pela classe política do País. Vamos dar dignidade a eles, melhorar a condição de trabalho, vamos trabalhar juntos nesse sentido.

            Vou continuar trabalhando muito, Presidente Paim, Srªs e Srs. Senadores, pelas nossas crianças das Apaes. Eu já fazia um trabalho nesse sentido no meu Estado como Deputado Federal e agora, mais do que nunca, como Senador da República, eu vou cuidar das crianças das Apaes do Estado e, naturalmente, vou trabalhar com as Apaes do Brasil inteiro. Quero muito contribuir nesse aspecto como Senador da República.

            No plano nacional de infraestrutura, trabalharei pela conclusão da ferrovia norte-sul, que eu compreendo de suma importância para o desenvolvimento nacional.

            Também serei um defensor intransigente para a implantação da Fiol, que é ferrovia oeste-leste, que sai de Ilhéus e vem até o Tocantins, se encontrar com a ferrovia Norte-Sul na cidade de Figueirópolis. Trabalharei também pela navegabilidade dos rios, com as nossas eclusas. Cito, por exemplo, a eclusa de Lajeado, no meu Estado, a eclusa de Estreito. Trabalharei para melhorar os portos fluviais.

            O Tocantis, Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é o Estado das águas. Olha que Estado abençoado, por ser banhado pelo Araguaia e pelo Tocantins e tantos outros rios, como a Amazônia.

            Portanto, vamos trabalhar para melhorar os nossos portos fluviais. Vamos trabalhar para que ocorra a recuperação desses rios, o derrocamento, como chamam os técnicos. Vamos trabalhar nesse sentido. Sempre, naturalmente, com a responsabilidade socio-ambiental, porque é importante preservarmos a questão social dos nossos beiradeiros, como eu, que nasci nas margens, na barranca do Tocantins, como também a questão ambiental.

            Aliás, já disse anteriormente, como aviador comercial que sou, coloco-me à disposição dos interesses de todos os aviadores do Brasil, assim também como de todos os aeroviários.

            Fica aqui, em aberto, aos colegas aviadores, aos colegas aeroviários: vocês, nós, que transportamos vidas, que transportamos desenvolvimento, precisamos ter mais atenção por parte do governo. Digo isto referindo-me ao Executivo, ao Legislativo e ao Judiciário. Que os seus direitos sejam preservados, Sr. Presidente.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

            O SR. VICENTINHO ALVES (Bloco/PR - TO) - Vou concluir, Sr. Presidente.

            E será aqui no Senado Federal que trabalharei sem descanso pela preservação da democracia e pelo progresso do Brasil, porque, como já dizia o poeta, o homem que tem amor à pátria é feliz, pois tem um lugar para chamar de sua casa e de seu lar.

            Eu quero também, ao finalizar, render, naturalmente, os meus agradecimentos. Agradeço a Deus. Católico que sou, tenho um intercessor junto a Ele, que é o Padre Luso. A ele eu agradeço por sempre interceder por mim junto ao Pai.

            Agradeço também a todos os líderes, à militância, ao povo do meu Estado, que me conduziram até aqui. Agradeço aos que conheço e àqueles anônimos, cujos rostos eu sequer conheço. Mas trago comigo o mais nobre sentimento de gratidão ao fazer o meu primeiro pronunciamento. Sintam-se todos agradecidos, cada um que, no decorrer da minha vida, colocou um tijolo na construção para que eu chegasse até aqui como Senador da República. Fica aqui registrado.

            Agradeço à Senadora Kátia Abreu, minha companheira de campanha. Agradeço ao Senador João Ribeiro, que comigo também ombreou na luta para chegar até aqui. E agradeço em especial ao Governador Siqueira Campos. Esse, campeão, tem lugar cativo no meu coração. Siqueira Campos, Vereador, Deputado Federal, que nos presenteou com Tocantins, fez greve de fome, determinado, chega, aos 83 anos, ao quarto mandato como Governador do Tocantins. Eu tenho o prazer de dizer que sou o seu companheiro sempre, no passado e no que virá pela frente. Penso que a gratidão e a lealdade devem nortear a vida de um homem público, e eu carrego pelo Governador Siqueira Campos sempre a minha gratidão e a minha lealdade de amigo e de companheiro.

            Agradeço ao Ministro Alfredo Nascimento, Presidente do nosso Partido; agradeço ao Secretário Waldemar; agradeço ao colegas Senadores; ao meu Líder Magno Malta; Senador Clésio, de Minas Gerais; ao Senador Blairo Maggi, que me receberam tão bem na Bancada, de forma muito amiga. Ficam aqui todos os meus agradecimentos.

            Agradeço ao Presidente Lula e ao seu Governo. Se hoje chego a esta condição de Senador, é porque, como Deputado Federal, eu tive a acolhida e a atenção do Presidente Lula e de toda a sua equipe e pude levar muitas coisas boas para o povo do meu Estado.

            Portanto, ficam aqui registrados os meus agradecimentos.

            Agradeço também ao Ministro Padilha, que, mesmo enfrentando a resistência do PT do meu Estado, gravou um programa eleitoral e confiou em mim. Agradeço a Arlindo Chinaglia, meu amigo pessoal, de viagens pelo Jalapão afora, comigo e sua esposa, D. Teresa, confiou também em mim. Agradeço ao Senador Demóstenes, que gravou um programa eleitoral para a gente lá, somando muito. Todos somaram, pela credibilidade que têm. Agradeço ao Marconi Perillo, meu amigo Governador de Goiás, que também gravou um programa para a nossa campanha.

            Quero fazer um agradecimento também a todos os profissionais da imprensa do meu Estado, pois tenho um ótimo relacionamento com todos. Aliás, se brincar, tive o voto de todos os jornalistas do meu Estado - acho que de quase todos -, através de você, Fred, que aqui está, um grande apresentador de televisão, jornalista, publicitário, de quem tenho muita honra de ser companheiro. Aos publicitários eu vou agradecer através do Marcelinho, meu anjo da guarda na campanha, simples, mas com a inteligência chegando quase à genialidade.

            Fizemos uma campanha modesta, Presidente, só de filmagens externas, no meio do povo, da forma simples como sou, porque simples é o nosso povo tocantinense, mas muito determinado, muito corajoso.

            Agradeço em especial à minha família. À minha esposa, Adailde, minha companheira, que se casou comigo aos 16 anos de idade. Graças a Deus, temos 27 anos de casados, sempre ali, um solidário ao outro. Agradeço aos meus filhos, o Neto, o Júnior, o Tiago e a Mariana, que me motivam muito na minha caminhada, porque a maior alegria de um pai é ver os filhos bem encaminhados. Aliás, é a maior riqueza. E, graças a Deus, os nossos filhos estão bem encaminhados: engenheiro, médica, médico, vereador. Tenho essa felicidade de dizer isso. Agradeço às minhas netas Amanda e Júlia. Agradeço ao meu neto Gustavo. Agradeço, in memoriam, à minha irmã Nôra, saudosa, ao meu irmão comandante Jeré, que faleceu num acidente de avião, pois também era aviador. Registro esta homenagem a eles. Agradeço às minhas irmãs em vida, Ceicinha e Cristina, e, em especial, ao meu irmão caçula, que ainda me resta em vida, que é o meu irmão Pedro Henrique, meu braço direito na política no Estado. Muito obrigado, Pedro.

            E, finalmente, Sr. Presidente, para concluir, agradecendo a generosidade de V. Exª, registro, mais uma vez, a minha avó Alice, que já se foi, que é a referência de toda nossa família. Negra, mãe solteira, pobre e doméstica, mas soube criar uma prole com muita dignidade. Então, ela foi um norte.

            Agradeço aos meus pais, D. Naná, maranhense, que se casou com meu pai, o comandante Vicente, um alagoano, e foram morar em Porto Nacional, de onde saiu, daquela terra abençoada, este filho do Tocantins.

            O meu pai era assim como meu ídolo, Senador Pedro Simon. Por isso, eu escolhi a profissão dele, de aviador. Depois, escolhi a missão dele, de político, como Vereador que foi da cidade de Cristalândia. Depois que entrei na aviação, que a aviação avançou, ele se sentia representado por mim na aviação, entusiasmado. Como político, Prefeito da nossa cidade e Deputado, ele também se sentia representado, entusiasmado. De modo que, se vida tivesse, ele estaria se sentindo representado em ver o seu filho como Senador da República.

            Agradeço, por fim, a generosidade de V. Exª, Sr. Presidente, e quero dizer que, como Senador da República, venho à tribuna do Senado Federal procurando fazer, como sempre fiz, ao longo da minha vida pública, trazendo para cá o sentimento mais nobre de responsabilidade com os tocantinenses, como sempre fiz nos mandatos, como também os sentimentos mais nobres de responsabilidade, de muito trabalho e de muito zelo pelo meu mandato, que é um mandato não apenas meu, pois, como sempre digo, os mandatos que exerci sempre foram e sempre serão coletivos.

            Venho aqui representar a boa gente do meu Estado, e também a minha alegria sempre foi coletiva. Só posso ficar alegre quando a boa gente do meu Estado e do Brasil estiverem muito alegres com este Senador.

            Muito obrigado pela generosidade, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/02/2011 - Página 2848