Discurso durante a 36ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Saudação aos membros do Congresso Nacional e afirmação do compromisso parlamentar de luta em favor do desenvolvimento sócio-econômico da região Nordeste e, particularmente, do Estado do Rio Grande do Norte.

Autor
Garibaldi Alves (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA AGRICOLA.:
  • Saudação aos membros do Congresso Nacional e afirmação do compromisso parlamentar de luta em favor do desenvolvimento sócio-econômico da região Nordeste e, particularmente, do Estado do Rio Grande do Norte.
Publicação
Publicação no DSF de 26/03/2011 - Página 8341
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL. POLITICA AGRICOLA.
Indexação
  • REITERAÇÃO, COMPROMISSO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, REGIÃO NORDESTE, ESPECIFICAÇÃO, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN).
  • DEFESA, URGENCIA, APOIO, PEQUENO AGRICULTOR, REGIÃO SEMI ARIDA, NECESSIDADE, MELHORIA, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA, INCLUSÃO SOCIAL.
  • SOLICITAÇÃO, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), EMPENHO, PESQUISA, DESENVOLVIMENTO, AGRICULTURA, REGIÃO SEMI ARIDA.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. GARIBALDI ALVES (Bloco/PMDB - RN) - Sr. Presidente, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, neste meu primeiro pronunciamento na tribuna do Senado Federal, desejo, inicialmente, saudar todos os eminentes membros desta Casa do Congresso Nacional, Srªs e Srs. Senadores, com a certeza de que todos nós saberemos trabalhar juntos em benefício do Brasil.

            Estou convicto de que poderemos todos trabalhar em prol do bem comum, do interesse público, procurando a solução das mais importantes questões nacionais, defendendo e preservando os interesses do Brasil, independentemente de filiação partidária ou ideológica.

            Estarei sempre com os olhos, a mente e o coração voltados para o meu povo do Rio Grande do Norte, para o povo do Nordeste e, principalmente, para os nossos irmãos mais pobres, mais necessitados e mais excluídos da sociedade, para aqueles que se encontram abaixo da chamada “linha de pobreza”. 

            O Nordeste brasileiro se encontrava, até metade do século passado, entre as regiões mais subdesenvolvidas do mundo, ao lado de Índia, Burma (Niamar) e Haiti, o que parecia um problema insolúvel que sempre muito preocupava a todos nós que temos responsabilidade política.

            Nos últimos anos, o Nordeste se desenvolveu, melhorou, e não mais se encontra naquela situação deplorável do século passado, quando a renda média per capita era apenas de 50 dólares.

            No entanto, para tristeza nossa, o Nordeste ainda hoje tem muita pobreza. Milhares e milhares de pessoas em situação de extrema penúria, o que ainda nos deixa na situação de um Brasil pobre e um Brasil rico, algo inaceitável em pleno século XXI.

            Srªs Senadoras e Srs. Senadores, no meu exercício de Senador da República, a prioridade será a luta em prol do desenvolvimento social e econômico da Região Nordeste, e particularmente do meu Estado, o Rio Grande do Norte.

            Procurarei cumprir essa missão e esse dever de maneira rigorosa, como um compromisso de honra para com os nossos irmãos pobres, mais excluídos e mais necessitados.

            Em decorrência desse meu compromisso, quero reiterar minha preocupação com os pequenos agricultores da região do semiárido nordestino: homens e mulheres que enfrentam, em todos os dias de suas vidas, uma luta muito difícil para obter o necessário para sobrevivência.

            Esses pequenos agricultores trabalham com poucos recursos técnicos e econômicos, e geralmente vivem da mão para a boca, sem possibilidade de conseguir uma melhor condição de vida.

            Tenho plena convicção de que o Nordeste necessita, com urgência, de um novo impulso em sua economia, de novos mecanismos sociais e econômicos que garantam melhores condições de vida aos agricultores do semiárido.

            Em nossa história recente, tivemos diversas políticas públicas que contribuíram para reduzir os efeitos negativos das grandes secas, como a política de açudagem, do antigo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

            A política de açudagem nos deixou grande número de reservatórios, mas não completou sua ação, pois existe muita água acumulada em diversos açudes nordestinos, sem a realização da necessária política de irrigação.

            As modernas políticas de desenvolvimento representadas pela ação do Banco do Nordeste, criado por Getúlio Vargas, e da Sudene, criada pelo Presidente Juscelino Kubitschek, com o objetivo de realizar a redenção do Nordeste, também necessitam de novos instrumentos e novos mecanismos para realizar o sonho de nosso desenvolvimento.

            Melhoramos, certamente, e melhoramos muito em termos de crescimento econômico, mas ainda precisamos melhorar em termos de distribuição de renda, de riqueza e de inclusão social.

            A Presidenta Dilma Rousseff, em seu discurso de posse, esteve muito bem inspirada ao colocar como prioridade absoluta do seu Governo acabar com a miséria absoluta.

            Um País que pretende ocupar uma posição de destaque entre as maiores economias do planeta não pode conviver com bolsões de pobreza e de miséria. Não podemos admitir tal incoerência social e política.

            Estaremos sempre ao lado da primeira Presidenta, Dilma Rousseff, unindo forças para que possamos eliminar a pobreza e a miséria deste País tão rico e com tão grande potencial de desenvolvimento na economia, na educação, na pesquisa científica e tecnológica.

            Como um homem que acredita na pesquisa científica e tecnológica, e na importância da agricultura para o nosso desenvolvimento, quero aqui ressaltar a relevância do papel da Embrapa para a melhoria das condições de vida dos pequenos agricultores do Nordeste.

            Não posso deixar de mencionar a enorme perda para a economia rural do Rio Grande do Norte causada pela praga do bicudo, que destruiu a quase totalidade das plantações de algodão de nosso Estado.

            Até hoje o Rio Grande do Norte sofre as consequências sociais e econômicas negativas decorrentes da praga bicudo. Mais uma vez, os maiores prejudicados são os nossos pequenos agricultores, que vivem da agricultura de subsistência.

            Deixo aqui o meu apelo para que a Embrapa dê novo impulso em suas pesquisas para o desenvolvimento da agricultura do semiárido nordestino, para que possamos aumentar os níveis de produção e produtividade e eliminar pragas como a do bicudo e outras que prejudicam a nossa agricultura.

            Encerro este meu pronunciamento com os olhos voltados para os meus irmãos mais necessitados, e com a garantia de que farei tudo pra cumprir meus deveres como Senador da República em defesa do desenvolvimento do Brasil, do Nordeste e do Rio Grande do Norte.

            Muito obrigado.


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Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/03/2011 - Página 8341