O SR. BENEDITO DE LIRA (Bloco/PP - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em nome do meu Partido, o PP, Partido Progressista, nós queremos apresentar nossas condolências à família do ex-Vice-Presidente José Alencar.

            José Alencar, na minha concepção, foi um homem extraordinário que Minas Gerais entregou ao Brasil; um homem da iniciativa privada. Começou a sua vida com dificuldades como muitos brasileiros. Tornou-se um dos maiores empresários da atividade têxtil do Brasil. Eu lembro que, em 2002, quando o Presidente Lula se lançou candidato à Presidência da República, precisava de alguém da iniciativa privada para lhe dar maior segurança no caminhar em busca da Presidência da República. E a indicação de José Alencar e o convite feito a ele acalmaram todo o setor produtivo e industrial do Brasil. A partir daí, caminharam juntos e chegaram à Presidência da República no primeiro mandato dos dois.

            Teve a coragem cívica, como Vice-Presidente da República, de discordar, no primeiro momento, da política econômica do governo do Presidente Lula. Mas os dois estavam tão determinados e tinham tamanha afinidade, Presidente Sarney, que houve divergência, mas não houve desencontro entre o Presidente e o Vice-Presidente da República. E sabe muito bem, Presidente Itamar, que também já ocupou a mesma posição e depois se tornou Presidente da República, que, hoje, o Brasil perde este grande brasileiro e este grande mineiro.

            Eu queria, mais uma vez, em nome do Partido Progressista, apresentar as nossas condolências e os nossos sentimentos à família e ao povo de Minas Gerais. O Brasil perde um extraordinário homem público, um empresário.

            A luta que ele travou contra a doença tornou-se, assim, uma luta extraordinária para muita gente que viu aqueles atos. Em nenhuma ocasião, por mais grave que fosse o momento vivido por José Alencar, ele demonstrava irritação, ele levantava de mau humor; muito pelo contrário. Sempre apresentava um sorriso, e aquilo realmente dava àqueles também portadores do mesmo mal o alento.

            Eu queria, Presidente, dizer a esta Casa, que teve a oportunidade também de vê-lo Senador, que todos nós estamos muito tristes, mas com a certeza de que a sua passagem por este mundo de Deus deu ao Brasil, à família e aos mineiros a certeza de que o homem bom sofre, luta, mas deixa um passado pelo qual todos nós haveremos de nos guiar.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

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