Discurso durante a 93ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reflexões sobre os momentos por que passa o Governo da Presidente Dilma Rousseff, com o afastamento do Sr. Antonio Palocci e a assunção da Senadora Gleisi Hoffmann no cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. (como Líder)

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Reflexões sobre os momentos por que passa o Governo da Presidente Dilma Rousseff, com o afastamento do Sr. Antonio Palocci e a assunção da Senadora Gleisi Hoffmann no cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. (como Líder)
Aparteantes
Eduardo Suplicy, Pedro Taques, Valdir Raupp.
Publicação
Publicação no DSF de 08/06/2011 - Página 22269
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • ANALISE, CRISE, POLITICA, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, AFASTAMENTO, ANTONIO PALOCCI, EX MINISTRO DE ESTADO, EXPECTATIVA, QUALIDADE, ATUAÇÃO, GLEISI HOFFMANN, MINISTRO DE ESTADO, CASA CIVIL.

                          SENADO FEDERAL SF -

            SECRETARIA-GERAL DA MESA

            SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, assomo esta tribuna num momento que considero muito importante para a vida brasileira e creio, Sr. Presidente, que todos nós devemos fazer uma profunda reflexão sobre os momentos que estamos vivendo e sobre o que está acontecendo.

            Eu quero levar o meu abraço ao Ministro Palocci. Ele viveu momentos turbulentos, frios, difíceis. É um homem que tem o respeito. Foi um grande Ministro da Fazenda, e todos reconhecem que foi a sua atuação firme, muitas vezes, inclusive, à revelia do próprio PT, que conduziu o governo de Lula pelos caminhos por onde ele andou.

            Tivemos horas duras, como a época do mensalão, e por elas passou o então Ministro da Fazenda.

            Agora vivemos os momentos atuais. Exatamente na hora em que o Procurador-Geral da República houve por bem arquivar o processo por falta de provas, vem o Ministro Palocci e pede o afastamento do cargo. Eu, que semana passada tinha subido a esta tribuna para pedir exatamente isso, achava que, na crise que estávamos vivendo, o ideal para o Brasil e para todos era que o Ministro Palocci pedisse demissão, venho aqui trazer o meu respeito ao Ministro Palocci. Exatamente após o Procurador inocentá-lo, às vésperas de uma reunião da Comissão de Justiça amanhã, onde havia uma insistência de todos, inclusive minha, para a convocação de S. Exª para vir depor na Comissão de Constituição e Justiça - e o Presidente da Comissão, que acaba de chegar aqui neste momento, deixou muito claro que amanhã colocaria em votação o requerimento da convocação, e convocada a comissão era imprevisível o que poderia acontecer -, o Ministro Palocci houve por bem se afastar do cargo.

            Disse muito bem a Senadora Ana Amélia em aparte ao ilustre Senador de Santa Catarina, repetindo o que aconteceu no governo Itamar, quando o chefe da Casa Civil pediu para sair. Não foi o Presidente Itamar que determinou a saída do chefe da Casa Civil. O chefe da Casa Civil foi ao Presidente Itamar e disse: eu vou sair porque não posso comprometer o seu governo. E o Presidente Itamar até lhe disse: mas não tem nada. Não, mas eu vou, amanhã, depor na CPI e não quero depor como chefe da Casa Civil.

            O Palocci fez isso, não veio depor e renunciou. Aliás, não veio depor porque não foi convocado. E eu acho que amanhã não há por que o convocarmos, uma vez que ele já renunciou.

            O colega que me antecedeu, o querido companheiro Paulo, Senador de Santa Catarina, disse que a Presidente teria sido fraca porque demorou. Com todo o respeito, eu não concordo. Eu não concordo, primeiro porque o fato em si, do ato do Ministro Palocci, era ato que admitia discussão, admitia debate, e, segundo porque, cá entre nós, o ex-Presidente Lula veio a Brasília e, na minha opinião, fez o que não deveria ter feito: falou para a Presidente Dilma e para a imprensa de que o Palocci não deveria sair. Se a Presidente Dilma tivesse demitido o Palocci na semana passada teria criado um caso com o ex-Presidente Lula, teria criado um incidente; em cima do ex-Presidente que indicou o Palocci e disse: não o demita, se ela demitisse, a crise seria sido grande no Governo.

            Ela não demitiu e eu acho que fez muito bem em não demitir - perdoem-me a sinceridade. Ela ganhou tempo, foi adiante, mas não era importante para o País um estremecimento de relações nesse sentido, um ponto de tal gravidade entre o Lula e a Presidente.

            O Lula se equivocou. Não digo que tenha feito de propósito, mas veio, teve uma festa triunfal na vinda dele, com a Bancada do PT, com os Líderes, na casa do Presidente Sarney, e lá pelas tantas ele disse: não é para tirar. Até eu disse desta tribuna que o Lula teria dito que não era para tirar, mas no governo ele, Lula, quando aconteceu o incidente do caseiro, ele tirou. O incidente era até destino da vida. O caseiro era uma pessoa muito humilde, de nenhuma posse, e, de repente, na vila onde morava, apareceu milionário, cheio de dinheiro. Toda a vila só comentava de que o caseiro apareceu cheio de dinheiro. Como ele tinha deposto, contando aquela história da casa onde os políticos iam se divertir e tudo mais, alguém contou: olha, mas ele está nadando em dinheiro. E correu a chamativa de que o caseiro teria recebido uma bolada de alguém para inventar o assunto. Só que se deram mal. O caseiro recebeu uma bolada, é verdade, porque seu pai natural... Ele, tendo ido ao Ceará para entrar com uma ação de legitimidade de paternidade, o pai, que reconhece que ele é filho - é amigo dele-, mas tem problema com a mulher, e ele precisava de uma casa, deu o dinheiro da casa para ele não entrar com o pedido; e ele recebeu a bolada.

            Quando foram ver, verificar, quando rasgaram seu sigilo e foram ver no banco o que tinha acontecido, o cidadão disse que era pai dele e que tinha mandado aquela importância exatamente para a sua conta; e aquilo que pensavam que era chantagem que ele tinha recebido, não era. O caseiro é uma bela pessoa. Mas o Lula pediu a demissão dele. Por que o Lula deu a demissão e pediu para Dilma não demitir? Acho que ela fez bem em não demitir. Ganhamos uma semana ou perdemos uma semana, mas vamos sair dessa crise de maneira normal.

            A CPI está aí. Eu não assinei, mas outros assinaram. Eu ia assinar amanhã. Eu disse: amanha vou votar na comissão pela convocação do Ministro e logo depois eu assino, porque eu acho importante a vinda dele. Outros assinaram, mas dizendo isto: assino, mas desde que ele venha aqui e, se acontecer alguma coisa, retiro a minha assinatura.

            Então, eu creio que a CPI morreu. Não tem por que ter CPI, na minha opinião, por um fato muito singelo, eles envolvem a figura do Ministro, de que ele criou uma firma e, como ela, movimentou e ficou rico - e tinha que ficar, como foi -, mas isso não envolveu setores do Governo A, B, C ou D. O que me deixa com uma impressão de mágoa com relação ao Sr. Palocci é que, naqueles dias em que ele era o superministro, já escolhido para Chefe da Casa Civil, quando eram ele e a Presidente Dilma que praticamente estavam fazendo todas a caminhada no sentido de montar o Governo, ele estava montando o Governo e cuidando de ganhar os R$ 10 milhões lá do outro lado. Era um espaço muito interessante. Vocês já imaginaram - nenhum de nós teve essa chance - montar o Governo Federal, o terceiro Governo? Ele fez parte do primeiro e do segundo. Montar o Governo! Ele estava montando o Governo e, aqui e ali, cuidando de ganhar os R$ 10 milhões. Talvez por isso o Ministério não tenha saído tão bom que nem a gente gostasse que saísse.

            Pois não, Senador.

            O Sr. Pedro Taques (Bloco/PDT - MT) - Senador Pedro Simon, a demora no esclarecimento que criou a crise, a demora. Esse é o primeiro ponto. S. Exª, o ex-Ministro Palocci, demorou para prestar informações. Nós não podemos prejulgar quem quer que seja. O Procurador-Geral da República tem independência para decidir dessa forma. Mas como o próprio nome está a dizer, ele é procurador. Ele tem que procurar. Ele não é juiz, que é inerte. Ele deve procurar. Com todo o respeito ao Dr. Gurgel, que é um homem de bem, sério, um grande Procurador-Geral da República, mas a um procurador cabe procurar. Uma outra parte da fala de V. Exª, a respeito da participação do ex-Presidente Lula nesse acontecimento. Ex-presidente, com todo respeito, ele deve ser uma instituição. Ele enfraquece o Governo de que nós fazemos parte tentando resolver os problemas do governo. Ex-presidente é...

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Pelo menos resolver publicamente.

            O Sr. Pedro Taques (Bloco/PDT - MT) - Sim. Ex-presidente deve ser uma instituição. A não ser, como o ex-Presidente Collor, o ex-Presidente Sarney, o ex-Presidente Itamar, que venham para a disputa política. E aqui eles são Senadores, são ex-Presidentes. Agora, ex-presidente tem que virar instituição. Eu cumprimento V. Exª pelo seu discurso. No Brasil, todos estão sujeitos à lei. Todos. E a lei é a Constituição. Não existem homens que não sejam comuns. Todos estão sujeitos à lei. E termino o meu aparte, se V. Exª...

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Eu só queria dar um aparte ao senhor. V. Exª não acha que a Presidente Dilma fez bem em não demitir o Ministro na semana passada, em cima da declaração do Lula de que ele devia ficar?

            O Sr. Pedro Taques (Bloco/PDT - MT) - Exatamente.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Se ele tivesse... O Lula chega e fala para todo mundo: Ele tem que ficar. E a Presidente demite! Está feita a crise. Aí a crise extrapolava. Ela aguentou quieta, esperou o tempo, e agora ele se demitiu.

            O Sr. Pedro Taques (Bloco/PDT - MT) - Sim. E eu termino meu aparte lembrando De Gaulle, que disse que a ingratidão é um dever do governante. É um dever do governante. Para aquele que exerce o governo - ele deve pensar no Estado -, não existe amizade, existe o serviço público que ele está prestando.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Eu cada vez sou mais fã de V. Exª. A afirmativa é pesada, mas é verdadeira. A ingratidão é obrigação do governante. Ao contrário daquele que diz que companheiro de partido defendemos sempre em público. Pode atacar isoladamente. Isolado, você esculhamba, diz o que quiser. Agora, publicamente, tem que defender sempre, mesmo quando não está certo.

            Eu confio no Governo da Presidente Dilma. Votei na Marina no primeiro turno. Mas renunciei à Presidência do PMDB do Rio Grande do Sul, porque o PMDB do Rio Grande do Sul fechou com a candidatura do Serra, porque abertamente trabalhei e defendi a votação do segundo turno da Presidente Dilma. E acho que temos que ter um esforço muito grande no sentido da Presidente acertar.

            O meu grande medo com a Presidente Dilma é que, infelizmente, as instituições do Brasil são carentes de seriedade e de responsabilidade. Nós temos aqui vinte e tantos partidos pulando para lá e para cá e, daqui a pouco, surge um novo partido, o velho PST, velho no nome, novo na...e as petições são feitas sob as formas mais interessantes. E a Ministra tem que ceder, um Ministro para cá, outro para lá, outro para lá e, ela, parece que é firme mais do que alguns imaginavam.

            Eu defendo nesta Casa que tenhamos um Parlamento realmente firme, não para se dobrar ao Presidente da República, não para não ter sua verticalidade, não para não ter essa posição de independência, para criticar, para debater, para votar contra, mas um Governo que dê força ao Governo quando o Governo realmente quer agir.

            A Presidente Dilma tem que ter força e autoridade. Saiu o Ministro Pallocci, e a sua saída não causa crise nenhuma, porque o Parlamento está aqui para entender que a hora é de caminhar para frente.

            Eu, sinceramente, acho a Senadora Gleisi uma senhora excepcional. A sua atuação nesses meses aqui a colocam com brilho em um posição de grande destaque, com competência, com autoridade, com credibilidade. Acho que foi arrojada a decisão da Presidente Dilma de colocar a Gleisi como Chefe da Casa Civil, o diálogo entre a Dilma e a Gleisi, duas mulheres. É uma atitude de muita coragem, mas muito feliz.

            Falando com meu amigo Cristovam Buarque, meu amigo e orientador, ele diz que a Gleisi vai fazer falta aqui. Eu concordo. A Gleisi vai fazer falta aqui, mas será muito bom ter a Gleisi lá. Para nós é muito bom, ter uma pessoa como ela, que tem uma biografia limpa e transparente. Ocupou um cargo na energia, lá no Paraná. Já perdeu eleição, mas, como dizia Mitterrand, para ser grande líder tem de passar por derrota. Ela já perdeu. Perdeu eleição para o Senado da outra vez; compensou nessa como a mais votada.

            O engraçado nisso tudo é que nós falávamos da candidatura do marido dela. Para ver como as coisas hoje são diferentes.

            Sai ela e sai com credibilidade.

            Aquele olhar sério da Presidenta e aquele sorriso simpático da Gleisi. Realmente, acho que este é um grande momento. Eu me filio àqueles que estão nesta Casa rezando e torcendo para que o Governo Dilma dê certo.

            Acho que poderíamos aproveitar agora as palavras do Líder do PSDB, o bravo Senador de Minas Gerais Aécio, que propõe que o Congresso, cada um exercendo a sua parte, tenha uma agenda positiva.

            Acho que agora é exatamente o momento de nós traçarmos uma série de linhas que tenham conteúdo e que tenham propósitos.

            Nós estamos vivendo, lá na Comissão de Justiça, algo que eu considerava praticamente impossível: está avançando um texto de reforma da Constituição. Ali na Comissão, o que me emociona é que o ambiente é de pureza. É voto distrital, é verba pública de campanha, é sem reeleição, tudo aquilo que falta no Congresso e que nunca passa, na Comissão está indo 100%.

            Pode ser que este seja o momento de nos reunirmos para avançar, para criarmos uma série de propostas concretas, positivas e reais, em que não tenha nem oposição, nem Governo, mas o Congresso, no seu contesto, junto com a Presidente. Podemos fazer.

            Quando o Senador Cristovam vai ali, àquela tribuna, falar, às vezes, parece estar sonhando com o que pode ser a educação neste País, quantas vezes ele diz que podemos fazer, basta nos reunirmos, todo mundo quer. Duvido que, diz ele, se falarmos com A, com B ou com C, ele não vá dizer que é assim que deve ser feito. Por que não nos reunimos para chegar aonde todo mundo quer?

            Eu acho que agora é a hora. Sinceramente, acho que é hora. Passou isso. Amanhã, não tenho nenhuma dúvida de que ninguém vai querer fazer convocação na Comissão de Constituição e Justiça. Morreu. Tenho a convicção de que a CPI não há mais razão de ser. Morreu. Vamos caminhar para o lado positivo. Se a Srª Gleisi for realmente a indicada, ela pode já exercer inclusive esse papel de ligação - ela, Senadora - exatamente com a Presidente.

            Eu levo o meu abraço muito afetuoso ao Ministro Palocci. Ele sai com dignidade. Pode ter errado aqui, acertado lá, mas cumpriu o seu papel. E venho aqui dizer à Presidente Dilma que ela ganhou muito. Ela ganhou muito, ela se firmou, ela deu nome ao seu governo. Aquilo que o governo passado não fez, que é demitir o Waldomiro, subchefe da Casa Civil. Se tivesse demitido o Waldomiro, subchefe da Casa Civil, quando ele apareceu na televisão, com uma montanha de dinheiro, botando nos bolsos o dinheiro e discutindo com um cidadão qual é a percentagem da vigarice, cena que apareceu mil vezes na televisão, porque repetiram, repetiram, repetiram, o seu governo teria sido...

(Interrupção do som.)

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - A Dilma deu o exemplo. Está aqui claro. Ou alguém tem dúvida de que, depois do que aconteceu, depois desse incidente, quem no governo dela haverá de atuar em sentido errado? Haverá de faltar para receber uma denúncia, como foi recebida a anterior?

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Permite um breve aparte?

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Não levará quinze dias. Ela demitirá na mesma hora. Posso, Presidente?

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Muito breve, Sr. Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Blairo Maggi. Bloco/PR - MT) - Pois não, Senador.

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Eu gostaria de cumprimentar a sua palavra de cumprimento em respeito ao Ministro Antonio Palocci, a sua palavra de cumprimento à nova Ministra designada, Gleisi Hoffmann. Nós que a conhecemos tão melhor agora, em suas excepcionais qualidades, mas também a sua palavra de bom senso com respeito às decisões que a CCJ...

(Interrupção do som.)

            O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT - SP) - Quero cumprimentar o bom senso de quem conhece tanto, tem tanta experiência e por nós todos é tão respeitado.

            Muito obrigado.

            O Sr. Valdir Raupp (Bloco/PMDB - RO) - V. Exª me concede um aparte de um minuto apenas, Sr. Presidente?

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Obrigado a V. EXª.

            O Sr. Valdir Raupp (Bloco/PMDB - RO) - Um aparte, um minuto apenas, Sr. Presidente. Eu queria, na mesma linha do Senador Suplicy, parabenizar o Senador Pedro Simon pelo brilhante pronunciamento, equilibrado, que faz na tribuna e dizer que concordo plenamente que a saída do Palocci, uma semana depois, vai favorecer os dois lados, tanto a Presidente Dilma, quanto o próprio Ministro Palocci. Se ele tivesse saído semana passada, uma semana atrás, ele sairia pior do que está saindo hoje, porque fez uma entrevista à Nação e, através daquela entrevista que deu à Rede Globo e a outros veículos de comunicação, teve o arquivamento pelo Procurador-Geral da República. Diz ele que não tinha o que investigar, que já está sendo investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal. Então, de forma que sai melhor agora, ele sai de cabeça erguida. Que Deus possa iluminar os seus passos e, da mesma forma, a Presidente, para que a escolha que ela fez da Senadora Gleisi Hoffman seja a escolha certa para continuar a tocar o barco para frente. Estamos vivendo uma democracia sólida, e uma semana a mais ou a menos de crise não vai abalar a democracia brasileira. Acho que nós vamos ter que seguir em frente, agora, avançando nos programas que venham beneficiar o povo brasileiro. De minha parte eu até fico feliz. Como Presidente do PMDB, vamos ganhar mais um Senador, porque o suplente da Gleisi é do PMDB. Então, a República ganha uma boa Ministra Chefe da Casa Civil e o PMDB ganha mais um Senador aqui no Senado. Muito obrigado.

            O SR. PEDRO SIMON (Bloco/PMDB - RS) - Isso eu não ia falar, Sr. Presidente, mas, com a nova Chefe da Casa Civil, o PMDB terá mais um Senador. Mas já que V. Exª falou, está falado.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


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