Discurso durante a 130ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Confiança na capacidade de o Brasil enfrentar a crise econômica atual. (como Líder)

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Confiança na capacidade de o Brasil enfrentar a crise econômica atual. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 10/08/2011 - Página 31978
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • COMENTARIO, CAPACIDADE, BRASIL, COMBATE, CRISE, ECONOMIA INTERNACIONAL, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, GOVERNO, REGULAMENTAÇÃO, SISTEMA BANCARIO NACIONAL, CONTROLE, INFLAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, RENDA, CRIAÇÃO, PROGRAMA DE GOVERNO, APOIO, INDUSTRIA.

            O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Srª Presidenta, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, é verdade que estamos vivendo um momento de turbulência na economia de países que têm um grande potencial econômico e de cujas decisões dependem outras tantas economias periféricas. Os Estados Unidos e a Europa, desde algum tempo, desde a crise de 1998, vêm passando por crises sucessivas, que tiveram repercussão no mundo inteiro.

            Aqui no Brasil, nós acompanhamos a luta do Governo do Presidente Lula para vencer e contornar essas dificuldades.

            Fomos o primeiro país do mundo a superar aquela turbulência de 1998. A crise do subprime habitacional gerada, inclusive, em decorrência da irresponsabilidade da regulamentação financeira nos Estados Unidos.

            Anteriormente, o Brasil, com muita responsabilidade, promoveu regulamentação profunda do sistema bancário nacional, bloqueando a porta aberta das fraudes, do enriquecimento ilícito e da corrupção que foi motivo de intervenção em muitos bancos em nosso País.

            Nos Estados Unidos era um “liberou geral”. Não havia uma fiscalização intensa sobre as empresas que negociavam no mercado imobiliário, daí a crise grave que se abateu sobre a nação mais poderosa do mundo e que ainda hoje repercute no seu seio.

            Se há um descrédito generalizado do mercado em relação aos Estados Unidos, isso não foi produzido e nem provocado pela economia brasileira, senão pela irresponsabilidade e pela falta de planejamento sério e construtivo, naquele país, em relação ao sistema bancário.

            Naturalmente, se avançamos em muitos setores da nossa economia, estaríamos avançando muito mais, porque obstáculos foram criados em razão da crise ali instalada.

            Portanto, os fundamentos da nossa economia são sérios, são profundos. Há um controle da nossa inflação, há uma preocupação com a demanda e, também, com o consumo. As classes mais pobres da população nunca consumiram, isso em razão de um programa governamental que não se preocupou apenas com o crescimento, mas com a distribuição de renda.

            Por essa razão é que eu, muito embora preocupado... E quem não se preocupa com o que está acontecendo nos Estados Unidos e nas nações mais adiantadas da Europa, inclusive com ameaça de uma quebra da Itália, da própria Espanha? Metade da dívida da Grécia não vai ser paga, vai ser um verdadeiro calote. Todo mundo se preocupa, porque não somos uma ilha, mas somos um continente do ponto de vista demográfico, do ponto de vista territorial, e estamos interligados com o que acontece com o mundo inteiro.

            Então, a minha palavra é de confiança no que o Governo vem fazendo. Na semana passada, inclusive, lançou um programa novo: Brasil Maior, estimulando a indústria, fazendo a renúncia fiscal daquelas empresas que poderão, por meio da exportação, gerar dividendos para o nosso País.

            Há, portanto, uma preocupação com o que acontece lá fora e também uma preocupação para que aconteça o melhor aqui dentro. E o melhor aqui dentro é isto: política fiscal responsável, combate à inflação e abertura de possibilidades para a indústria, para o comércio e para agricultura, porque o Brasil não pode parar.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/08/2011 - Página 31978