Pela Liderança durante a 61ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Alegria pela posse do Ministro Carlos Ayres Britto na Presidência do Supremo Tribunal Federal; e outros assuntos. (como Líder)

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Alegria pela posse do Ministro Carlos Ayres Britto na Presidência do Supremo Tribunal Federal; e outros assuntos. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 18/04/2012 - Página 13197
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, POSSE, PRESIDENTE, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), ELOGIO, HISTORIA, VIDA PUBLICA.
  • HOMENAGEM POSTUMA, JORNALISTA, ESTADO DE SERGIPE (SE), FATO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, EDUCAÇÃO, CULTURA, REGIÃO.

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE. Pela Liderança. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, serei breve, como costumo ser.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, antes de mais nada, Sr. Presidente, desejo, de pronto, melhoras ao Presidente Sarney. Rogo para que ele se recupere, e que Deus continue dando a ele vida longa.

            Inicio minha fala, citando João Guimarães Rosa, quando diz: "O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem". E hoje é um desses dias em que a vida, verdadeiramente, cobra-nos coragem, Presidente. Coragem para lidarmos com sentimentos antagônicos. Por um lado, a alegria e o orgulho pela posse de um dos mais ilustres filhos de Sergipe na Presidência do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Carlos Ayres Britto; por outro, a tristeza e o enorme pesar pela perda de outro sergipano não menos ilustre, o jornalista e historiador Luiz Antônio Barreto.

            Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, sergipano, nascido na bela Propriá, cidade às margens do rio São Francisco, traz em si a força do grande rio. Aos 19 anos, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Sergipe, de onde saiu bacharel quatro anos depois. Pós-graduou-se em Direito Público e Privado pela Faculdade de Direito de Sergipe e tornou-se mestre e doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

            O SR. PRESIDENTE (José Pimentel. Bloco/PT - CE) - Senador Eduardo Amorim, por gentileza. Estou interrompendo V. Exª para prorrogar a sessão por mais uma hora. Devolvo o tempo regimental para V. Exª.

            Obrigado pela atenção.

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

            Sua trajetória profissional, assim como a acadêmica, tem sido brilhante. Em Sergipe, chefiou o Departamento Jurídico do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado (CDES/SE) durante quase uma década. Ocupou os cargos de Consultor-Geral do Estado no governo José Rollemberg Leite; de Procurador-Geral de Justiça, de Procurador do Tribunal de Contas.

            Em 2003, mais uma vez, abasteceu de orgulho o povo sergipano, nosso povo, ao ser nomeado Ministro da mais alta Corte do País, o Supremo Tribunal Federal. E, no período de 2008 a 2010, presidiu, com toda a maestria que lhe é peculiar, o Tribunal Superior Eleitoral.

            Mas Ayres Britto é um ser plural e, por isso mesmo, torna-se ímpar. Entre suas inúmeras atividades, dedicou-se ao magistério superior, além de ter lecionado em diversos cursos de pós-graduação e mestrado. Integrou o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. É autor de diversas obras jurídicas e de poesia. Conferencista requisitado, é membro da Academia Brasileira de Letras Jurídicas e da Academia Sergipana de Letras.

            Ao novo Presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, desejamos o mesmo brilhantismo com o qual sua carreira e sua vida têm sido coroadas.

            Mas, apesar de todo esse júbilo, hoje, nosso Estado, o Estado de Sergipe, Sr. Presidente, está em luto. Perdemos o jornalista, amigo e historiador Luiz Antônio Barreto.

            Conhecido pela sua significativa contribuição à história sergipana, Luiz Antônio Barreto foi um respeitado intelectual, que se destacou como estudioso das personalidades e dos problemas socioculturais e ainda por atuar como gestor público, sendo Secretário de Estado da Educação e Cultura.

            Atualmente, Luiz Antônio era Diretor do Instituto Tobias Barreto e membro da Academia Sergipana de Letras, Assessor do Instituto Nacional do Livro, Superintendente e Diretor do Instituto de Documentação Joaquim Nabuco, Diretor da Fundação Augusto Franco e Diretor do Instituto de Filosofia Luso-Brasileiro.

            E, mais uma vez citando Guimarães Rosa, digo que a "morte é para os que morrem", e Luiz Antônio Barreto, sem dúvida, estará sempre vivo, por meio do seu enorme legado deixado ao povo sergipano.

            Deixo à sua família os meus mais profundos sentimentos.

            Sr. Presidente, Agradeço a oportunidade, em que procurei ser breve.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/04/2012 - Página 13197