Discurso durante a 72ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reflexão sobre o Dia do Trabalho; e outros assuntos.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ECONOMIA NACIONAL. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Reflexão sobre o Dia do Trabalho; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 04/05/2012 - Página 15590
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ECONOMIA NACIONAL. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, DIA INTERNACIONAL, TRABALHO, ENFASE, MELHORIA, CONDIÇÕES DE TRABALHO, CRIAÇÃO, AMPLIAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, PAIS.
  • ELOGIO, ESTABILIDADE, ECONOMIA, BRASIL, ENFASE, ORADOR, IMPORTANCIA, AUMENTO, INVESTIMENTO, SAUDE, EDUCAÇÃO, OBJETIVO, MANUTENÇÃO, VITORIA, ECONOMIA NACIONAL.
  • CONGRATULAÇÕES, ORADOR, DESTINAÇÃO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ASSUNTO, LUTA, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS, FATO, PROVIDENCIA, AUMENTO, POSSIBILIDADE, DESENVOLVIMENTO, SETOR, PRODUÇÃO, FINANÇAS, PAIS.

            O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco/PSC - SE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, espectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais,

            Na semana em que se comemora o Dia do Trabalho no Brasil e em vários países do mundo é, principalmente, uma data que nos leva à reflexão. Vivemos em um país imenso e, como não poderia deixar de ser, apresenta desafios que estão de acordo com o gigantismo da nação.

            É fato que ao longo dos anos, fruto do empenho de diversos setores, tem-se alcançado avanços nas mais diversas áreas; avanços esses, que até bem pouco tempo eram inimagináveis. E assim, através da somação de muitos esforços, hoje vivemos em uma democracia sólida, respeitável e respeitada internacionalmente.

            Outro fator de extrema importância é a estabilização da economia que, até a bem pouco tempo, era um sonho que se pensava distante. É claro que ainda temos muito a avançar. Nossa dívida social ainda é grande, e isso passa por uma educação e uma saúde de efetiva qualidade, por exemplo. Mas a melhor forma de combater um mal, assim como a boa medicina nos ensina, é identificá-lo e combatê-lo precocemente. E é a prevenção que faz a diferença, tão necessária quando o que está em jogo é a vida de um, a vida de milhões ou mesmo o interesse de toda uma nação.

            Srªs Senadoras, Srs. Senadores, e aqui gostaria de enaltecer e parabenizar a Presidenta Dilma Rousseff que no seu pronunciamento em homenagem ao Dia do Trabalho, nos falou do esforço e da luta do Governo Federal para reduzir os juros. Uma atitude que demonstra o esforço do executivo no sentido de equilibrar a economia, e que vem permitindo a queda contínua da taxa básica de juros, dessa maneira, possibilitando uma postura firme do governo para que bancos e financeiras reduzam as taxas de juros cobradas aos clientes.

            Ainda que possam existir algumas críticas quanto a uma suposta morosidade nas decisões, vale destacar que a redução de juros em diferentes modalidades de crédito realizada pela Caixa Econômica e pelo Banco do Brasil chegaram em um excelente momento. Entendo que instituições seculares como essas não se dariam ao luxo de, em meio ao turbilhão de uma crise mundial, assumirem essa postura sem que a solidez de ambas estivesse absolutamente assegurada.

            Dessa maneira, entendo que essa ação, representa um remédio preventivo, aplicado na dose exata, para que todos os bancos que compõem o nosso sistema financeiro possam se espelhar e entender algo fundamental - que a atual crise econômica, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, expõe de forma cabal: não há mais espaço para o lucro pelo lucro de uma maneira predatória e, de certa forma autofágica, já que juro alto significa alto índice de inadimplência.

            Mas aqui não me cabe o papel de conselheiro de instituições financeiras. Utilizo esse espaço para reverberar a fala da presidenta Dilma realizada na última segunda-feira, quando ela, além de ressaltar a política de redução de juros praticada pelos bancos oficiais, foi veemente na cobrança de que esse tipo de ação seja, o mais rápido possível, praticado também pelos bancos privados em atuação no nosso país, sejam eles nacionais ou estrangeiros.

            Garanto que isso não se trata de uma 'bondade' ou 'benesse1 concedida pelas instituições financeiras. Antes de mais nada, significa uma atualização com o momento delicado em que vivemos, quando temos no nosso mercado interno uma vacina contra as intempéries econômicas mundiais. Mas se as instituições bancárias seguirem praticando juros escorchantes, Sr. Presidente, veremos o nosso país inoculado pelo vírus da inadimplência, da bancarrota, que começa pelo cidadão e se instala em todos os organismos que fundamentam a nossa economia, atingindo nosso setor produtivo e, finalmente, também o nosso setor financeiro.

            Portanto, se há remédio que possa prevenir um cenário de caos ocasionado pelo crescimento da incapacidade de honrar compromissos financeiros assumidos através da oferta de crédito, ele se configura na redução de juros ao cidadão, inicialmente, por ser ele a base que faz funcionar a economia, com seu poder de consumo, e também para o nosso setor produtivo, que sustenta o vigor de nossa economia mesmo diante de tantas dificuldades, como nossa carga tributária, por exemplo.

            Sabemos que para o nosso país ter uma economia mais forte, precisamos ainda encontrar mecanismos que permitam de maneira responsável a diminuição dos impostos, desonerando, dessa maneira, produtores e consumidores. Assim cresceremos todos juntos, nós e o Brasil.

            Para finalizar, gostaria de parabenizar a cidade de Estância pelos seus 164 anos e de agradecer à cidade de Ribeirópolis, que por meio da presidente da Câmara de Vereadores do Município, minha amiga Lucivânia Amarante, concedeu-me título de Cidadão Ribeiropolense.

            Quero, ainda, externar meu sentimento de pesar pelo falecimento do Desembargador Aloísio Abreu Lima, jurista respeitado e admirado em todo o Estado de Sergipe e me solidarizar com sua família.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/05/2012 - Página 15590