Comunicação inadiável durante a 123ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem ao Papa Francisco; e outros assuntos.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
HOMENAGEM, RELIGIÃO. SAUDE. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.:
  • Homenagem ao Papa Francisco; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 06/08/2013 - Página 51162
Assunto
Outros > HOMENAGEM, RELIGIÃO. SAUDE. ATUAÇÃO PARLAMENTAR.
Indexação
  • HOMENAGEM, PAPA, IGREJA CATOLICA, MOTIVO, ATUAÇÃO, VIAGEM, LOCAL, BRASIL.
  • ANUNCIO, CAMARA DOS DEPUTADOS, RECEBIMENTO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, POPULAÇÃO, ASSUNTO, DETERMINAÇÃO, DESTINAÇÃO, PERCENTAGEM, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), APLICAÇÃO, SAUDE.
  • REGISTRO, RECEBIMENTO, CONVITE, AUTORIA, PRESIDENTE, ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (OAB), OBJETIVO, PARTICIPAÇÃO, EVENTO, DEFESA, REALIZAÇÃO, REFORMA POLITICA.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a nossa pressa e, tenho certeza, da Senadora Vanessa se deve ao fato de que a Presidenta Dilma sancionará, às 15 horas, o Estatuto da Juventude. E, como eu fui Relator da matéria aqui, no Senado, em duas Comissões, a de Assuntos Sociais e também a de Direitos Humanos, bem como tendo depois relatado a proposição em plenário, recebi o convite do Palácio e também da juventude brasileira para que estivesse lá nessa data tão importante. Por isso, farei uma comunicação inadiável, que deve ficar em torno de cinco minutos, para que eu ainda tenha mais cinco para chegar lá.

            Sr. Presidente, é a primeira oportunidade em que venho à tribuna depois da vinda do Papa Francisco ao Brasil. Acompanhei a vinda de Sua Santidade. Não fui ao Rio de Janeiro, embora tenha recebido o convite, por parte da Casa, para compor uma delegação do Senado, porque, exatamente naquele final de semana, o meu filho caçula se casava e eu tive que acompanhá-lo, como seria natural e responsável.

            Por isso, Sr. Presidente, quero dizer que o Papa Francisco, no Brasil, foi mais do que um peregrino, foi mais do que o Papa, eu diria; foi um líder mundial que aqui dialogou com a população brasileira, olhando principalmente para os mais pobres.

            E como foi bom ver que o Papa Francisco, na sua fala, durante esses dias em que aqui esteve, destacou que é fundamental que, na política, a gente olhe com carinho, com respeito para as crianças, para os jovens e, principalmente, para os idosos. Percebi que, na sua fala, ele deixou um recado, aqui no Brasil também, para que os governantes - e, aí, eu me refiro a todos os poderes constituídos - olhem para os idosos. É uma vergonha a forma como ainda os aposentados, os pensionistas, os idosos são tratados no nosso País. E o Papa Francisco, com o seu olhar para o social, destacou muito essa questão em todas as suas falas.

            Sua Santidade o Papa falou muito ainda em política de direitos humanos, como também falou que gostaria de ver, sim, os católicos, enfim, o povo na rua, protestando e mostrando que podemos construir um mundo melhor para todos, onde todos, efetivamente, tenham a sua qualidade de vida melhorada.

            Então, eu acho que nós todos deveríamos, aqui, render as nossas homenagens ao Papa, independentemente da religião de cada um. O Papa foi impecável! O Papa foi um estadista! O Papa disse aquilo que a população toda gostaria de ouvir e falou para todos, mas principalmente para aqueles que mais precisam.

            Toda a sua fala se desenrolou na linha de olhar para as crianças, para os jovens, para os idosos, mas, repito sempre, dando um corte, dizendo que o combate à pobreza é uma obrigação de todos nós.

            Quem diz que Papa não faz política se engana. Papa faz política, sim, e com muita competência. E que bom que faça, porque ele é um homem do mundo. Como é que um homem do mundo não vai fazer política? Faz política, sim; não partidária, mas faz política numa dimensão, e a sua dimensão da política é o social.

            Então, fica aqui o meu pronunciamento registrado em homenagem ao Papa.

            Em seguida, também, deixo registrado, Sr. Presidente, Senador Aloysio Nunes, que agora preside a sessão, com a gentileza do Senador Casildo Maldaner, que hoje a Câmara receberá o projeto de iniciativa popular que visa ao repasse integral e efetivo de 10% da receita corrente bruta da União para a saúde.

            O Movimento Nacional de Defesa da Saúde Pública, conselheiros de saúde, trabalhadores da área, enfim, hoje, às 15h, fazem esse ato aqui, junto à Câmara, para a entrega desse documento ao Presidente Henrique Alves.

            Eu justifiquei a minha não presença porque estarei lá acompanhando a sanção do Estatuto da Juventude.

            Por fim, Sr. Presidente, nesses últimos dois minutos - e não levarei nem esses dois minutos -, quero também registrar que recebi...

(Soa a campainha.)

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS) - ... com alegria, o convite do Presidente da OAB, Dr. Marcus Vinicius Furtado Coelho, para participar do evento de mobilização nacional pela reforma política que a OAB, juntamente com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, está difundindo, está divulgando. E o ato, que contará com a presença de diversas entidades da sociedade civil, será realizado amanhã, terça-feira, dia 6, às 14h, na sede da entidade, aqui em Brasília.

            Eram os registros que eu tinha a fazer, Sr. Presidente.

            Agradeço tanto ao Senador Casildo como a V. Exa, Senador Aloysio Nunes, como à Senadora Ana Amélia, uma vez que antecipei aqui a minha fala para poder, ainda agora, ir até a Presidência da República para assistir à sanção do Estatuto da Juventude.

            Obrigado, Presidente.

            Peço que considere na íntegra meus três pronunciamentos.

 

SEGUEM, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTOS DO SR. SENADOR PAULO PAIM.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a visita do Papa Francisco ao Brasil e a sua participação na Jornada Mundial da Juventude foi, sem sombra de dúvida, uma dos mais importantes acontecimentos dos últimos dez anos.

            Acompanhei pelos veículos de comunicação, tv, rádio, jornal, pelas redes sociais, inclusive já sou seu seguidor no twitter, toda a sua peregrinação, vamos dizer assim, por estas terras.

            Sua Santidade e líder espiritual, deixou não só para católicos, mas, para todos aqueles, independente de sua religião ou crença, uma fonte de reflexões e ideias para saciar a sede quando for necessário.

            Uma das coisas que mais me impressionou foi a sua lucidez com relação aos jovens e aos idosos. Aos jovens ele disse: sejam protagonistas. Protagonistas para construir um novo mundo, com entusiasmo alegria e criatividade. Façam barulho, sejam revolucionários do bem e acreditem que é possível direcionar a imensa energia da juventude para a construção de uma sociedade mais humana e mais justa.

            Quem sabe, Sr. Presidente, uma sociedade do diálogo e da solidariedade. E que bom que foi agora, logo após um junho de manifestações da nossa juventude, como que chancelando esse movimento.

            Em uma entrevista o Papa Francisco afirmou: "Hoje em dia há crianças que não têm o que comer no mundo. Crianças que morrem de fome, de desnutrição. Há doentes que não têm acesso a tratamento. Há homens e mulheres que são mendigos de rua e morrem de frio no inverno. Há crianças que não têm educação. Nada disso é notícia. Mas quando as bolsas de algumas capitais caem três ou quatro pontos. Isso é tratado como uma grande catástrofe mundial. Esse é o drama do humanismo desumano que estamos vivendo. É preciso recuperar crianças e jovens, e não cair numa globalização da indiferença."

            Francisco também falou sobre outro ponto da sociedade. O primeiro, como já falei, os jovens, e no outro extremo, os idosos. Sim, os idosos tão esquecidos dos governantes, sem atenção e respeito necessários.

            E ele deu esses exemplos: os extremos, jovens e idosos são mal atendidos, não são cuidados e são descartados. Vimos muito claramente como se descartam os idosos. Não servem, não produzem.

            Nessa análise da política mundial ele foi certeiro: estamos descartando os extremos: os que são promessa para o futuro e os idosos, que precisam transferir sabedoria para os jovens. Descartando os dois, o mundo desaba.

            Senhoras e senhores, não poderia deixar de comentar aqui a visita do Papa Francisco ao Brasil. Um momento único que encantou a todos nós pela sua simplicidade e simpatia. Esperamos que a sua visita fortaleza a consciência de cada um de nós, que acreditamos na nossa gente e no nosso país. Francisco acendeu uma luz de sabedoria e solidariedade, e cabe a nós outros mantê-la acessa.

            Repito o que ele disse ao se despedir: parto com a alma cheia de recordações felizes. Neste momento, já começo a sentir saudade. Saudade do Brasil, deste povo tão grande e de grande coração.

            Era o que tinha a dizer.

 

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aproveito também para informar que está dando entrada hoje na Câmara dos Deputados, projeto de lei de iniciativa popular que visa o repasse integral e efetivo de 10% da receita corrente bruta da União para o Sistema Único de Saúde (SUS).

            O Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, Conselheiros de Saúde, usuários, trabalhadores da área e gestores estarão concentrados, em frente ao Congresso Nacional, a partir das 15 horas de hoje.

            Às 19 horas, o projeto com as devidas assinaturas será entregue ao Presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, numa solenidade no auditório Nereu Ramos.

            Entre as entidades envolvidas estão o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras.

            Infelizmente, por questões de agenda não poderei comparecer na solenidade. Desde já agradeço o convite.

            Era o que tinha a dizer.

 

            O SR. PAULO PAIM (Bloco/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, registro que recebi convite da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através do presidente do Conselho Federal, Marcus Vinícius Furtado Coelho para participar do evento Mobilização Nacional por Reforma Política que a OAB, juntamente com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e diversas entidades da sociedade civil, promovem amanhã, terça-feira, dia 06, às 14 horas, na sede da Entidade, aqui em Brasília.

            Por questões de agenda e compromissos aqui no Senado Federal, não poderei comparecer. Desde já agradeço o convite e desejo sucesso total.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/08/2013 - Página 51162