Pela Liderança durante a 99ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Satisfação com a melhora da avaliação do Governo Federal e da economia brasileira conforme dados divulgados pelo instituto de pesquisas Datafolha.

Autor
Vanessa Grazziotin (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/AM)
Nome completo: Vanessa Grazziotin
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ELEIÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO, ESPORTE.:
  • Satisfação com a melhora da avaliação do Governo Federal e da economia brasileira conforme dados divulgados pelo instituto de pesquisas Datafolha.
Publicação
Publicação no DSF de 04/07/2014 - Página 47
Assunto
Outros > ELEIÇÕES, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO, ESPORTE.
Indexação
  • COMENTARIO, RESULTADO, PESQUISA, AUTORIA, INSTITUTO, VINCULAÇÃO, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), ASSUNTO, OPINIÃO, POPULAÇÃO, RELAÇÃO, ELEIÇÕES, AVALIAÇÃO, GESTÃO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, EXPECTATIVA, REFERENCIA, REALIZAÇÃO, CAMPEONATO MUNDIAL, FUTEBOL, LOCAL, BRASIL, ECONOMIA NACIONAL.

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Apoio Governo/PCdoB - AM. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Serei breve, Senador Cristovam, já agradecendo ao Senador Paim.

            Com muita atenção, ouvi o pronunciamento de V. Exª, Senador Suplicy, em que V. Exª, rapidamente, tocou em alguns números relativos à pesquisa divulgada ainda no final do dia de ontem. A pesquisa do Datafolha concluída no dia de ontem ouviu mais de dois mil eleitores no Brasil inteiro. É uma pesquisa que não apenas perguntou a respeito da intenção de votos dos pesquisados e das pesquisadas, mas que também faz uma avaliação da economia, da percepção que o povo brasileiro está tendo em relação à política econômica brasileira, Senador Cristovam, e em relação à Copa do Mundo.

            Tenho conversado bastante a respeito disso com V. Exª, que tem manifestado sua preocupação de que, talvez, estejamos gastando um pouco demais de nossas energias debatendo a Copa. Nesta semana, esta é a primeira vez que venho à tribuna falar da Copa do Mundo, e venho aqui exatamente por conta dos dados divulgados por essa pesquisa, que considerei muito elucidativos.

            Primeiro, a chamada da matéria do jornal Folha de S.Paulo, que publica a pesquisa realizada pelo Datafolha, é a seguinte: “Com Copa, o humor do País melhora, e Dilma cresce.” A matéria começa dizendo que a Copa do Mundo mudou o humor geral dos brasileiros e parece influenciar a avaliação do Governo, as expectativas econômicas e até a eleição presidencial. Eu não diria isso. Permitam que eu faça uma análise um pouco inversa do que está aqui.

            Quero dizer que todas as notícias, as notícias dos últimos meses, sobretudo as do mês de junho do ano passado, de 2013, até o momento ou pelo menos até antes da abertura da Copa, todas as notícias, em geral, eram muito negativas. As notícias dos jornais, as notícias das rádios, as notícias da televisão desenhavam cenários catastróficos, dizendo que o povo brasileiro se envergonharia com a realização da Copa do Mundo no Brasil, que haveria caos nos aeroportos, que nas cidades ninguém conseguiria andar e que o Brasil não se daria bem com o iniciar dos jogos da Copa do Mundo, Sr. Presidente. Creio que aquelas notícias, as previsões catastróficas e negativistas, Sr. Presidente, elas, sim, é que influenciavam, até o momento, o bom humor da população brasileira. Com o campeonato iniciado e com o sucesso obtido até este momento, as coisas parecem voltar à sua normalidade, Sr. Presidente, Srs. Senadores.

            Vejam que é uma avaliação um pouco diferenciada daquela vem sendo publicada no dia de hoje. Repito: o humor da população, em minha opinião, mudou nesses últimos meses por conta das notícias extremamente negativas em relação ao País. Raro era o dia em que não abríamos uma revista ou um jornal e em que não ouvíamos na rádio notícias negativas de que os aeroportos eram cheios de falhas, de que um deles alagou, de que outro ficou não sei o quê e de que nada daria certo. Hoje, não! A Copa do Mundo começou há quase um mês, no dia 12 de junho. Hoje, nós já estamos no dia 03 de julho, e todas as 12 cidades-sedes têm avaliado que o evento tem ocorrido com grande sucesso.

            Portanto, repito: creio que essa pesquisa feita pelo Datafolha, concluída no dia de ontem, no que diz respeito ao humor da população brasileira em relação ao futuro do País, em relação à economia, reflete uma situação que volta à normalidade, porque, a partir do início do evento, a população deixa de ser levada por notícias e é levada pelos fatos concretos, pelos fatos vividos e evidenciados.

            O que diz a pesquisa, Sr. Presidente? O que ela diz?

            Quanto à opinião sobre a Copa, 63% da população, hoje, são a favor da Copa do Mundo, contra 51%. Ou seja, há um mês, no dia 14 de junho, 51% da população brasileira eram a favor da Copa. Hoje, em julho, 63% do povo brasileiro são a favor da Copa.

            Em relação ao anfitrião, a pergunta feita pelo Datafolha foi se a organização da Copa pelo Brasil dá mais orgulho, mais vergonha ou a pessoa não saberia responder. E 60% responderam que dá mais orgulho. Há um mês, 45% diziam que a realização da Copa no Brasil dá mais orgulho do que vergonha. Repito: hoje, 60% da população brasileira acham que dá mais orgulho.

            Em relação aos protestos, a pergunta feita foi se as manifestações durante a Copa davam mais vergonha, mais orgulho ou não sabiam. Sessenta e cinco por cento da população responderam que as manifestações - e, felizmente, foram muito poucas, isoladas, uma participação insignificante de pessoas - dão vergonha.

            Em relação às ofensas que os torcedores dirigiram a Presidente no estádio do Corinthians, durante a abertura da Copa, em São Paulo, o número é claro, porque 76% da população brasileira responderam que aqueles que não só vaiaram, mas que xingaram com palavras de baixo calão agiram mal; portanto, agiram de forma desrespeitosa. Nem a Presidenta, nem qualquer pessoa merece ouvir aquilo que foi dito durante a abertura da Copa, porque, além de ser ofensa, a atitude demonstra uma falta de educação completa, Sr. Presidente.

            Depois entra a avaliação do Governo, a percepção da população quanto à situação da economia no País. Há pouco tempo, a maior parte da população achava que tudo ficaria como está ou que pioraria. Hoje, em relação à situação econômica, 66% da população respondem que ou continua como está ou melhora, e somente 30% acham que vai piorar a situação.

            Quanto à inflação, que a maioria também achava que ia aumentar, uma parcela ainda acha que vai aumentar, mas diminuiu significativamente, de 58%.

            Em relação ao desemprego, 52% da população acham que vai cair ou, então, o nível de emprego continua como hoje.

            Enfim, os dados são positivos, e cresce também a avaliação do Governo da Presidenta Dilma; portanto, cresce a intenção de votos para a Presidenta.

            O Senador Suplicy já falou dos dados, mas repetirei alguns: 38% indicam que votarão na Presidenta Dilma, 20% no candidato Aécio Neves e 9% no candidato Eduardo Campos.

            Ou seja, Sr. Presidente, creio que, a partir daqui, a partir do fato ocorrido, do fato vivenciado, nós podemos dizer que a população tem elementos reais para tirar sua própria conclusão, porque aquela opinião de dificuldade, negativa quanto ao futuro do Brasil, quanto à economia, inclusive quanto ao sucesso da Copa, era muito embasada nos noticiários que, em sua grande maioria, eram negativos.

            Quero lembrar aqui que um dos jornais - não me lembro se foi exatamente o jornal a que acabo de me referir - fez uma longa entrevista com o jogador de futebol Ronaldo, conhecido como “fenômeno”, que foi muito importante e que é uma pessoa querida do povo brasileiro e de todos nós, dizendo que tinha vergonha da forma como o Brasil se preparou para a Copa do Mundo. Eu lamento, como todos nós, brasileiros, que nem todas as obras tenham sido concluídas. Algumas delas nem sequer foram iniciadas, como a da mobilidade urbana na minha cidade de Manaus. Mas isso não significa dizer que os projetos foram para as gavetas e que não serão realizados daqui para frente. Pelo contrário, acho que é nosso desafio, o desafio do Poder Público, o desafio dos Governos, seja do da Presidência da República, seja dos Governos Estaduais ou Municipais buscar melhoria de qualidade de vida para os brasileiros e brasileiras, principalmente para aqueles que vivem nas grandes cidades e metrópoles brasileiras, que sofrem com o trânsito, que sofrem com problemas de saúde. Esse desafio continua a ser perseguido, porque, afinal de contas, devem se unir os Governos Estaduais, Federal e Prefeituras para melhorar a situação de vida nas cidades.

            Sr. Presidente, aqui quero dizer que vi, com muita alegria, antes do início do campeonato, antes mesmo do dia 12, na cidade de Manaus, um centro de treinamento, que é um campo oficial, totalmente reformulado, totalmente reconstruído. Falo do estádio da Colina, um dos estádios mais populares da cidade de Manaus, que fica em um dos bairros centrais mais antigos de Manaus, que é o Bairro de São Raimundo. Esse estádio pronto, sem dúvida nenhuma, é um legado importante para aqueles que vivem nos bairros da Glória e de São Raimundo, no centro da cidade de Manaus. São Raimundo e Glória são bairros da Matinha, vizinhos ao centro de Manaus. Toda a cidade saberá aproveitar esse equipamento público da melhor forma possível.

            Apresentei uma emenda ao Orçamento da União para construir essa obra, que foi feita e concluída através de uma parceria entre o Governo do Estado do Amazonas e o Governo Federal. Eu fico feliz, porque digo que tive uma pequena parcela de contribuição para a realização dessa obra, porque a emenda foi apresentada por mim, há alguns anos, Sr. Presidente.

            Ainda há alguns dias até ao final do campeonato, e espero que tudo siga na mais completa normalidade, na mais completa tranquilidade.

            Um dia desses, eu ouvi com muita atenção o pronunciamento da Senadora Ana Amélia, falando inclusive de dados estatísticos. Agora, a senhora tem mais dados para falar, Senadora, porque, a cada dia, a cada rodada, são novos recordes que são quebrados. Eu ouvi que se quebrou o recorde de gols, que já havia sido quebrado, e agora há o recorde de defesas também, tamanha a quantidade de jogadas que os goleiros, de excelente qualidade, fizeram. Então, não é à toa. É uma Copa no País do futebol.

            A Srª Ana Amélia (Bloco Maioria/PP - RS. Fora do microfone.) - Júlio César é um deles.

            A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Apoio Governo/PCdoB - AM) - E Júlio César é um deles. Nós assistimos à sua emoção logo no final da partida e durante a partida também.

            Afinal de contas, nós estamos no País do futebol, no Brasil, um País de muita dificuldade, um País em construção, mas cujo povo procura fazer tudo com muita alegria, inclusive atravessar as adversidades com alegria, com cooperação, com solidariedade. Esse é o Brasil, Presidente Cristovam. Esse é o nosso País.

            Eu tenho muito orgulho de ser deste País. Neste País, não há tempo ruim. O povo se levanta, o povo reconstrói e o povo faz. É assim que o povo vem recebendo, com carinho, com coração aberto, todos os visitantes, os turistas, inclusive os vizinhos argentinos, que estão sendo recebidos com muito carinho pelo nosso País.

            Muito obrigada, Presidente Cristovam.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/07/2014 - Página 47