Discurso durante a 109ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da realização da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Estado do Acre; e outros assuntos.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO, POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA. POLITICA DE TRANSPORTES. ELEIÇÕES.:
  • Registro da realização da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Estado do Acre; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 29/07/2014 - Página 34
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO, POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA. POLITICA DE TRANSPORTES. ELEIÇÕES.
Indexação
  • REGISTRO, SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIENCIA (SBPC), REALIZAÇÃO, REUNIÃO, LOCAL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE (UFAC), OBJETIVO, DEBATE, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, QUALIFICAÇÃO, PROFESSOR, PESQUISA, TECNOLOGIA, PARTICIPAÇÃO, SOCIEDADE.
  • REGISTRO, VISITA, OBRAS, INFRAESTRUTURA, RECUPERAÇÃO, RODOVIA, LOCAL, RIO BRANCO (AC), ESTADO DO ACRE (AC), COMENTARIO, DEMORA, LICITAÇÃO, DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DOS TRANSPORTES (DNIT), OBJETIVO, CONSTRUÇÃO, PONTE, RIO MADEIRA, RESULTADO, PREJUIZO, POPULAÇÃO, AUMENTO, VALOR, PRODUTO ALIMENTICIO.
  • COMENTARIO, ELEIÇÕES, CRITICA, IMPRENSA, MOTIVO, DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÃO, REFERENCIA, ECONOMIA NACIONAL, OBJETIVO, PREJUIZO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Caro Presidente, Senador Anibal, eu queria, mais uma vez, cumprimentar todos que me acompanham pela Rádio e TV Senado, especialmente a população do Acre, e também todos que têm compromisso com a ciência e a tecnologia no País.

            Eu acabo de chegar do Estado do Acre e tenho o privilégio de poder, no recesso - este recesso diferenciado, tendo em vista que não aprovamos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, então, não temos recesso -, poder aqui, de algum jeito, relatar pelo menos três assuntos que, para mim, são da maior importância.

            O primeiro deles o Senador Anibal, que me antecedeu, fez referência a ele, e eu queria reforçar aqui, dar os parabéns e registrar nos Anais do Senado Federal, que é o fato de o Acre ter sediado a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. São 66 anos em que essa reunião acontece no nosso País. Mesmo no período do regime militar, a SBPC seguia fazendo suas reuniões.

            Eu pude participar da abertura, dos debates. Já havia, de algum jeito, participado, até mesmo junto com o Senador Aníbal e outros, na busca de apoio para a realização da SBPC. Participei da atividade cultural, tivemos shows do João Donato, bandas locais. Como disse o Senador Aníbal, participei também da SBPC Extrativista, onde líderes locais apresentaram suas propostas, suas preocupações e seu conhecimento, onde nós tivemos a possibilidade concreta da aproximação entre o conhecimento técnico-científico com o conhecimento tradicional, fruto de um entendimento da Reitoria da Universidade Federal do Acre. E quero aqui saudar o Reitor Minoru Kinpara, a Profª Guida Cunha, que coordenou esse projeto da realização da SBPC pela universidade, todos os pró-reitores, professores e, muito especialmente, os alunos do Acre, que foram acolhedores, hospitaleiros e participantes efetivos.

            A busca das nossas lideranças extrativistas conseguiu apoio na universidade e apoio na direção da SBPC, através da Drª Helena Nader, e o Acre realizou a SBPC Extrativista, que é algo absolutamente novo nas reuniões anuais da SBPC. E tivemos a SBPC Indígena e a SBPC Mirim. E o mais fantástico foi a transformação que a universidade viveu nesse último ano, especialmente, preparando-se para sediar o evento mais importante que nós já tivemos na história do Acre vinculado à ciência e à tecnologia, a participação das pessoas e uma coisa que nós estávamos nos devendo, que era uma aproximação da sociedade acriana com a nossa universidade. A nossa universidade é o nosso maior patrimônio, mas sempre houve uma distância enorme, um muro dividindo a universidade e o povo do Acre.

            Quando eu estava no governo, junto com o Governador Binho, em vez de criar uma universidade estadual, resolvemos fortalecer a nossa federal.

            Chegamos a conveniar, num único ano, R$70 milhões para que a universidade pudesse oferecer curso de formação superior nos 22 Municípios do Acre. Primeiro Estado do Brasil a ter a possibilidade... Imagine quantos Estados do Brasil têm oferta de ensino superior em todos os Municípios. Nós conseguimos isso no Acre. Foi uma luta, até porque tinham pessoas de dentro da universidade que não queriam isso, achando que isso feria, que as prioridades seriam outras, mas nós vencemos. Com isso, abrimos curso de formação para todos os professores do Acre, do Estado e dos Municípios, incluindo rurais e indígenas. Então, as turmas de indígenas, professores indígenas já se formaram nas primeiras. Isso é parte do legado que eu sempre guardo comigo, do meu tempo de governo.

            E agora a universidade se abre. E eu queria aqui fazer um relato, primeiro, de algumas informações.

            Ontem foi o encerramento. E vejam, senhoras e senhores, o que diz a Presidente da SBPC. “A partir de agora, as reuniões anuais da SBPC terão de ser consideradas antes do Acre e depois do Acre”, afirmou a presidente da entidade, Helena Nader, no início da tarde desse último domingo, dia 27, em entrevista coletiva realizada na Universidade Federal do Acre, em Rio Branco. O evento serviu para apresentar aos jornalistas os números finais e um balanço da 66ª Reunião Anual da SBPC, realizada entre os dias 22 e 27 na capital acreana.

            Da mesma forma, o Reitor Minoru Kinpara, a quem mais uma vez eu felicito, colocou a reunião da SBPC como um divisor de águas na trajetória da própria Universidade Federal do Acre. “A Universidade Federal do Acre não será mais a mesma depois de tudo que vivemos aqui nesta semana”, disse ao destacar o fato de que, em 2014, a universidade que dirige completa 50 anos de sua criação, 40 anos de federalização.

            Então, nós estávamos celebrando os 50 anos da nossa universidade e não tínhamos maneira melhor. Veja os números do balanço da SBPC na Universidade Federal do Acre. Os números são reveladores da importância atribuída tanto pela Drª Helena Nader quanto pelo Reitor Minoru Kinpara.

            A expectativa foi superada. A programação científica contou com a inscrição e a participação de 6.531 pessoas para assistir a quase duzentas atividades que foram realizadas, entre minicursos, conferências, mesas redondas, encontros e sessões especiais. Participei de muitas delas como Vice-Presidente do Senado e como Senador pelo Acre. Esperávamos pouco mais de quatro mil inscrições, e foram 5.531. Então, isso é um legado importante para as atividades em que se dispensa a inscrição. Não há entrega científica de participação.

            O campus da UFAC, em média, diariamente, recebia 10 mil pessoas. Eu presenciei isso de manhã, à tarde e à noite. Foi uma coisa extraordinária, fantástica! Elas foram participar da SBPC Cultural, da SBPC Jovem Mirim, da SBPC Extrativista, da SBPC Indígena e do Dia da Família na Ciência. Do Acre, que tem 22 Municípios, houve inscrições para a programação científica de 20 deles. Pessoas de 20 Municípios do Acre participaram. Do Brasil, tivemos participantes de 371 cidades. Atraídos pela SBPC Indígena, recebemos representantes de tribos do Chile, da Colômbia, do Peru, além dos Estados amazônicos, informou a Drª Helena Nader. Ela lembrou também a participação de representantes da EuroScience e da Associação Americana para o Avanço da Ciência, a AAAS na sigla em inglês, em um seminário em que foram discutidas estratégias para aprimorar o diálogo entre cientistas e legisladores.

            Então, eu queria aqui, fazendo esse registro, fazer constar nos Anais do Senado o meu reconhecimento, os meus agradecimentos, como já fez o Senador Anibal e o Deputado Sibá Machado. Há três anos, ousadamente, o Deputado Sibá, que já foi Senador, suplente da Senadora Marina, uma pessoa que tem uma trajetória de vida muito bacana, lutou quase que sozinho para que pudéssemos ter a oportunidade de sediar uma SBPC. Conseguiu aliados entre os que atuam na área de ciência e tecnologia. Hoje o Deputado Federal Sibá Machado é um dos mais atuantes Parlamentares deste Congresso na defesa de uma melhor política para a ciência e a tecnologia neste País. Em todo e qualquer assunto envolvendo ciência e tecnologia, o Deputado Sibá Machado está junto. Isso o qualifica para ser merecedor desta homenagem que procuro fazer aqui, agradecendo a ele o empenho, e do reconhecimento que, eu tenho certeza, a Universidade Federal do Acre, tanto o corpo docente, acadêmico, a família universitária do Acre quanto todo o povo acreano têm pelo trabalho que o Deputado Sibá Machado realizou.

            Eu queria ler também e pedir para constar nos Anais do Senado essa avaliação sobre a SBPC no Acre e o manifesto da SBPC Extrativista, um documento que foi tirado no dia 26 de julho de 2014 por representantes das entidades que trabalham nas reservas extrativistas e nos ajudam a levar adiante o sonho de Chico Mendes, do desenvolvimento sustentável, da valorização da nossa biodiversidade e da consolidação de uma economia florestal sustentável.

            Depois de uma avaliação, os extrativistas que fazem parte dos movimentos sociais ligados a esse segmento apresentam algumas propostas:

Que a SBPC Extrativista seja incorporada na agenda da SBPC oficial; que a participação das populações extrativistas e suas representações sejam ampliadas e garantidas nas SBPCs que virão; que a SBPC se constitua como um espaço crescente para a identificação das demandas de ciência e tecnologia para o extrativismo; que a SBPC seja um espaço para a avaliação e o monitoramento dos investimentos em ciência e tecnologia voltados para o extrativismo; que sejam ampliados os espaços de formação de profissionais para atuar com as pautas extrativistas; que seja estimulada a revisão de currículos nas universidades, de modo a inserir o extrativismo na pauta de ensino, pesquisa e extensão; reconhecer e construir conhecimentos com os povos tradicionais é reconhecer-se como nação, é legitimar essas populações como guardiãs da sociobiodiversidade; que a SBPC Extrativista inaugure uma nova era de reconhecimento, que a educação sem identidade acaba com a identidade de um povo.

Rio Branco, 26 de julho de 2014

            Assim, eu faço o registro, mais uma vez cumprimentando a todos que colaboraram, que patrocinaram. Eu mesmo me empenhei, ajudei junto ao Banco do Brasil na busca de patrocínio junto com a universidade, para que o Banco do Brasil pudesse ajudar a universidade a fazer a SBPC Cultural.

            Foi fantástico ver as bandas, os músicos regionais, especialmente do Acre, um artista renomado como João Donato, que agora está celebrando com vários shows no Brasil e no mundo - ele tocou em Paris, tocou em Moscou - seus 80 anos, fazendo o que ele faz de forma absolutamente original e talentosa, com uma musicalidade que veio da floresta. Ele conquistou o mundo com a sua originalidade. Então, João Donato também esteve presente.

            Eu queria também, Sr. Presidente, aproveitar e fazer um outro registro.

            Nesse final de semana, eu estive visitando as obras de recuperação da BR-364 de Rio Branco a Sena Madureira. Tenho aqui fotografias, dados e informações. São pelo menos quatro trechos em obras.

            A BR-364 estava numa situação precária, uma estrada que tem 20 anos. Graças a um esforço do Governador Tião Viana, do Governo do Acre e nosso aqui também... Quantas vezes, Senador Anibal, que preside esta sessão, nós estivemos no Ministério dos Transportes e no DNIT cobrando que essas obras acontecessem? O Acre é um lugar muito complexo para se fazer estradas, especialmente para se manter estradas, por conta de não termos pedras. É um solo argiloso, uma tabatinga. Da região próxima a Sena para a frente, a situação se agrava ainda mais, pois não há nem mesmo o que chamamos de piçarra, um solo laterítico. O certo é que as estradas são caríssimas, a durabilidade é curta e há que se ter um cuidado permanente, sob pena de essas estradas se deteriorarem em pouquíssimo tempo, como ocorreu com o acesso de Rio Branco ao aeroporto, que eu fiz ainda no governo - já se vão mais de 15 anos -, e agora está sendo recuperado pelo Ministério dos Transportes e pelo DNIT.

            Quero agradecer também a recuperação que foi feita no anel viário de Rio Branco e a recuperação que está sendo feita no trecho de Porto Velho a Rio Branco.

            O papel nosso é cobrar, exigir, mas eu quero aqui agradecer à Presidenta Dilma, ao Ministro Paulo Passos e ao Diretor Geral do DNIT pelas obras.

            Em nome do povo do Acre, em nome do povo de Sena Madureira, em nome do povo de Brasileia, de Assis Brasil, de Xapuri e Capixaba, quero pedir agilidade, como começamos a ter agora, pela empresa, rumo a Sena Madureira - são quatro frentes de trabalho. Eu quero também que isso ocorra no trecho de Rio Branco até Brasileia e no trecho de Brasileia até Assis Brasil. Isso é muito importante. E também rumo ao Amazonas, na BR-317.

            Os contratos estão todos firmados pelo DNIT, ou seja, há dinheiro garantido e obra contratada, mas a obra está sendo executada, em algumas partes, num cronograma de execução que não atende às exigências do povo acriano.

            Eu me sinto, como Senador, como Vice-Presidente da Casa, na obrigação de cobrar pela população do Alto Acre, que sempre teve uma estrada boa, como quer o Governador Tião Viana. Já que a estrada agora está sob a responsabilidade do Governo Federal, que a gente não tenha essa situação mantida por mais tempo, da estrada deteriorando-se em alguns trechos, com muitos buracos, o que põe em risco a vida de pessoas. Já tivemos dezenas de acidentes, especialmente na região para Sena, rumo a Porto Velho, rumo a Brasileia, e nós não podemos não falar. Ao contrário, nós temos que falar, porque é um fato, é a verdade: alguns acidentes são provocados pelas condições precárias da estrada.

            Então, eu que cobrei, eu que cobro, eu que estou mandando requerimentos, exigindo providências, venho aqui hoje para agradecer ao Ministro dos Transportes, Paulo Passos, ao DNIT, à Presidenta Dilma por ter posto em obra tanto a BR-317 quanto a BR-364, no Acre, obras de recuperação. O serviço está ficando bem feito. A única coisa que nós queremos é que, onde não foi acelerado, ganhe celeridade o trabalho de recuperação da BR.

            Vi também a satisfação do povo de Sena Madureira com o trabalho que agora ganha um ritmo que fica mais adequado ao que o próprio Governador Tião Viana pediu e cobrava.

            Então, Sr. Presidente, quero encerrar falando sobre um último tema.

            Também peço aqui ao Ministro dos Transportes que possamos marcar sua ida, em uma visita que espero que aconteça agora em agosto, para que possamos fazer o trecho de Rio Branco. Convido o Senador Anibal, vou chamar outros Parlamentares, mas o Ministro dos Transportes, Paulo Passos, garantiu para mim que ia, junto com diretores do DNIT, fazer uma viagem de Rio Branco até Porto Velho, em que faremos uma vistoria nas obras da estrada. Quero acompanhar.

            Não sou candidato. A única candidatura que disputo é a de poder ajudar o Brasil a seguir mudando com a Presidenta Dilma e ajudar o Governador Tião Viana a ter mais tempo para concluir seu trabalho. É claro, estou candidato, não disputando a eleição, a ser zeloso para que aquilo que é de direito do Acre, aquilo que é uma necessidade do povo acriano possa acontecer.

            Cobrei, em uma audiência que fiz com o Ministro dos Transportes - o Senador Anibal estava presente, junto com o Presidente da Associação Comercial, da Federação do Comércio, com o Presidente da Associação dos Supermercados do Acre -, a imediata recuperação do trecho danificado pela cheia do Madeira, entre o Rio Abonã, Rio Madeira e Abonã, e Porto Velho.

            É incrível como está lento esse trabalho. Eu pedi pressa ao Ministro. Já foi licitado, em caráter emergencial, mas o trabalho é muito lento. Daqui a pouco vamos ter mais chuvas, e, no trecho de Porto Velho a Rio Branco, que são pouco mais de 500km, gastam-se praticamente duas horas a mais do que o normal por conta desses trechos danificados. Isso encarece as mercadorias. A população de Rio Branco está pagando um preço mais caro, a população do Acre inteira paga um preço mais caro por conta de uma série de produtos e mercadorias por causa da precariedade da estrada.

            Então, como já foi licitado, estou cobrando aqui do Senado rapidez na recuperação desse trecho e também que se acelerem as obras na ponte do Rio Madeira. A ponte do Rio Madeira, na região do Abonã, que liga a BR-364, no trecho entre Porto Velho e Rio Branco, é esperada por muito tempo pelo povo do Acre. Há mais de 20 anos que se espera essa ponte. Nós fizemos todas as pontes na BR-364 dentro do Acre. Essa é dentro do Estado de Rondônia, mas coube a nós, Parlamentares do Acre. Eu encampei essa luta. Só vou sossegar quando ganhar ritmo a obra da ponte, que está saindo da fase de sondagem, de adaptação do próprio projeto.

            Aqui faço um registro em relação à situação dessa ponte: devemos o atraso, na própria aprovação da licitação, na conclusão do processo licitatório, a uma ação perversa de responsáveis pela balsa que faz a travessia na região do Abonã, no Rio Madeira. Eles ganham uma fortuna. É uma mina de ouro aquele trabalho, e eles sempre dificultaram a licitação, visando a construir a ponte. E tiveram êxito, porque, durante mais de dez anos, essa licitação era sempre anulada. Agora, ela foi feita, e o processo licitatório, concluído.

            Mas, vejam - observe bem quem está me ouvindo - como é perversa essa atitude. Eles são proprietários de uma área, na margem do Rio Madeira, voltada para o lado do Acre, e eles não permitiram. Eu achei isso um abuso e estou denunciando aqui, da tribuna do Senado.

            Acho que tem de haver uma ação das autoridades no sentido de garantir que o interesse público seja obedecido e que isso possa prevalecer. Eles não permitiram a instalação do canteiro de obras, da empresa que vai executar a ponte na margem do rio. Isso é um abuso! Eles são donos de 15km à margem do rio. A BR-364 passa, e o canteiro de obras está sendo feito a 15km de distância da ponte, porque os proprietários dessas terras são os proprietários da balsa e estão incomodados porque vão perder a galinha dos ovos de ouro.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu queria, então, ao mesmo tempo em que agradeci ao Ministério dos Transportes, ao DNIT, pelo trabalho que estão fazendo no Acre, ao Governo Federal, cumprimentando o Governador Tião Viana, quero, então, fazer aqui um comentário do último item da minha intervenção na tribuna do Senado.

            Sr. Presidente, quero dizer que, hoje, tive a oportunidade de conversar com alguns companheiros sobre as eleições no País. Eu queria aproveitar e comentar um pouco essas eleições, que serão curtas. O prazo de campanha eleitoral será curto.

            Primeiro comentário: lamentavelmente, vamos ter uma nova eleição com regras velhas, com regras falidas, sem termos feito a reforma política. É bom que se registre que a reforma política não saiu por conta dos maus políticos, e nós vamos seguir vendo boa parte da grande imprensa, da imprensa nacional, que preenche, como foi nesse fim de semana, páginas e páginas dos jornais, tempo de rádio e de televisão, registrando a presença provocativa do poder econômico na eleição.

            As contas mostram o crescimento dos orçamentos, o enriquecimento dos políticos, o aumento injustificável dos custos de campanha. De novo, vamos ter o dinheiro influenciando, indevidamente, a escolha no processo eleitoral, ajudando, com isso, que política, que é uma atividade nobre, que é uma atividade das mais importantes - principalmente a nossa juventude deve entender que é por meio da boa política que se promovem as boas mudanças - corra o risco de seguir como sinônimo de coisa ruim. Não tenho dúvida de que, pela ausência da reforma política, nós vamos ter uma nova eleição com o jeito velho de se fazer política neste País. Isso é lamentável!

            Espero que os eleitos na Câmara Federal e no Senado Federal - não sou candidato; ainda tenho mais quatro anos e meio de mandato - possam vir para cá com o compromisso de fazer a reforma política, que é a mãe das reformas. É a mais importante reforma de que este País precisa, porque, se o Brasil se modernizar do ponto de vista da política, nós vamos fortalecer a democracia, vamos tirar essa suspeição na representação democrática, vamos ter governos com mais autoridade de promover as mudanças de que o nosso País tanto precisa.

            Essa eleição tem deixado já, mesmo no seu início, algumas marcas. De um lado, uma elite brasileira que eu não entendo. Talvez os que mais se beneficiaram nesses doze anos - ou onze anos e meio de Governo Lula e Dilma - são os mais raivosos contra o PT, são os mais raivosos contra o Governo, são aqueles que chegam ao ponto de articular ações. Eu debito isso na conta dessa elite que tem complexo de vira-lata, dessa elite que não reconhece as mudanças que o nosso País já experimenta, dessa elite que parece que não entende que o Brasil, há 11 anos, tinha um PIB de US$500 bilhões e hoje apresenta um PIB de US$2,3 trilhões.

            O Brasil não era respeitado no cenário internacional. Hoje é. O Brasil tem o segundo maior PIB dos BRICS, sedia uma reunião dos BRICS, ajuda a criar um banco que vai concorrer com essa política perversa de FMI, cuja dívida o Brasil pagou e da qual se livrou; vai concorrer com a política do Banco Mundial e do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento.

            Quer queira, quer não, os nossos principais adversários são aqueles que estão em volta, por exemplo, da candidatura do PSDB. Eles são o ninho dessa elite que tenta forjar ação contra o País, usando o argumento de que estão enfrentando o PT e o Governo.

            Vejam o que o Banco Santander fez. Vejam essa política de terror em que alguns veículos de comunicação embarcam no sentido de a toda hora trabalhar para tentar passar um ambiente de pessimismo, de verdadeiro terror para o povo brasileiro.

            Gente, os números estão aí para quem quiser ver! Diziam que ia ser um caos a inflação. A inflação está dentro da meta. Nós pegamos o País com 12% de inflação. Aí a inflação fica próxima de 6%: “O PT explodiu a inflação no País!” Mas com o PSDB era 12%. O PSDB ficou 8 anos no governo e gerou 4 milhões de empregos. Lula e Dilma geram 20 milhões. “Mas isso não é nada, isso não tem importância”!

            O Brasil devia a Deus e o mundo. Nós pagamos até ao FMI. Os números mostram, os números que eles colocam como se fossem resultado de uma má gestão econômica do País. São consequências que o mundo todo enfrenta por conta da crise global; as maiores crises da história do Planeta, das nações do mundo foram vividas. Uma com sede nos Estados Unidos, e outra com sede na Europa.

            E o Brasil atravessa essa crise gerando emprego com carteira assinada, com uma economia que segue como uma referência no mundo. Temos juros altos, sim, mas temos esses juros altos para atrair também investimentos. Somos o terceiro endereço dos investimentos do Planeta. Será que isso é pouco? Gerando essa quantidade de empregos, o Brasil consegue reduzir desmatamento, fazer inclusão social e ter crescimento econômico. Qual é o país do mundo que tem isso? Tudo isso em uma democracia plena. A imprensa é livre, e o direito de ir e vir é garantido a todos. Será que isso não pode ser visto como uma conquista do cidadão brasileiro? Será que temos que trabalhar essa política odiosa?

            Vejam São Paulo. O PSDB governa o Estado há vinte anos, e São Paulo está com crise de água para beber. Querendo o PSDB ou não, é falta de investimento. As represas de reservação de água para beber de São Paulo foram feitas na década de 70. O PSDB está há vinte anos, e nem represa para água de beber fizeram. Aí, vem uma seca, e agora vamos ter racionamento de água, em São Paulo, até novembro deste ano. A menos que a chuva mude de intensidade - o que, aparentemente, os números mostram que não vai ocorrer -, teremos que somar forças, tirar água dos rios que nascem no Rio de Janeiro e em Minas, para poder atender São Paulo. Pura falta de investimento, porque a reservação de água não interessa para alguns governos.

            Nós mudamos os indicadores sociais deste País: tiramos 40 milhões de pessoas da pobreza que, agora, são da classe média. Em abril deste ano, o número de pessoas que andam de avião passou a ser maior do que o número de pessoas que andam de ônibus neste País. Estendemos a mão para 30 milhões de pobres.

            Eu vi um debate agora na Globo News com três economistas: um falando em nome de Eduardo Campos, outro falando em nome do PSDB, do Aécio, e o outro falando em nome da Dilma. O do PSDB estava questionando por que o Brasil gasta 50 bilhões com o Pronaf. Sabem quanto era na época do PSDB? Dois bilhões por ano com o Pronaf. Agora, no governo do PT, são 50 bilhões. Sabem quem produz 70% da comida que vai para a mesa do brasileiro? Os produtores familiares. O economista, em nome do PSDB, estava questionado, dizendo que esse era um gasto muito grande. Gasto, não. Isso é investimento em comida, isso é investimento em igualdade, isso é estender a mão para os agricultores.

            Temos 5 milhões de propriedades neste País. Esses proprietários são donos de menos de 20% das terras, mas são eles, com menos de 20% das terras, que produzem 70% da comida que chega à mesa dos brasileiros. “Mas isso não presta, isso não pode, isso é coisa do PT!” É assim que falam. O tomate aumenta de preço, e dizem que o mundo vai acabar. Depois não é mais o tomate, porque o tomate caiu de preço de novo e passa a ser o ovo.

            Então, acho que nesse período de eleição todos os políticos ficam iguais. Todo mundo fica igual. Estou falando porque não sou candidato. Todo mundo fica igualzinho.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Está todo mundo atrás de voto. Pedem voto para todo mundo, abrem um sorriso! Até na minha página, o pessoal está me cobrando. Eles estão confundindo. Agradeço muito, mas não sou candidato a nada. Sempre andei na rua. Ontem estive na abertura da Expoacre, cumprimentando as pessoas e vou seguir a minha vida antes , durante e depois da eleição.

            Mas todos os políticos ficam iguais mesmo atrás de voto. Nisso as pessoas têm razão. A diferença é o que vão fazer com o voto depois. Aí há uma diferença enorme. Alguns querem voto para ter mandato para fazer negócio, outros querem voto para pegar o mandato e colocá-lo a serviço da sociedade, das mudanças, das boas mudanças.

            Quem é que pode negar que o Brasil experimentou boas mudanças nesses últimos anos com Dilma e Lula? Estão aí, e o mundo inteiro reconhece. Quem pode negar isso?

            Por isso, queremos mais mudanças, mas mais mudanças por quem fez mudanças neste País.

            Por que só se fala mal de qualquer gesto do Governo? Por que tudo se põe defeito da Presidenta Dilma? Por que a oposição não apresenta sua proposta? A oposição, além de falar mal da gente, quer esconder o que fizeram. Que eles tragam qualquer número, em qualquer área, para debater conosco, do tempo em que eles governavam e do tempo em que estamos governando.

            Esse debate é bom para o País. E nós não vamos nos prender só a ele, a um debate do passado, mas temos de olhar o passado a fim de mirar o futuro. Quem se habilita a fazer mais no futuro é quem fez no passado. Não tenho dúvidas de que a Presidenta Dilma quer um Governo em que haja mais inclusão social.

            Nós precisamos ter a humildade de reconhecer que há falhas no Governo, que há erros que estão sendo cometidos, que as relações podem ser melhores. Não tenho dúvidas de que a Presidenta vai deixar isso muito claro, assumindo claramente que queremos um mandato de quatro anos para corrigir falhas, para consertar alguns problemas e para fazer muito mais na infraestrutura deste País, melhorando e dando mais atenção aos nossos jovens.

            Só o trabalho que a Presidenta Dilma fez no Pronatec! O Mais Médicos, gente, que foi tão xingado! Não há um Município neste País, não há um único Estado neste País que não reconheça que estão sendo realizados milhões de atendimentos a mais na saúde graças ao Mais Médicos.

            Cadê a pauta negativa? Esse era um problemão. Ousadamente, o Governo fez acontecer - graças ao Ministro Padilha, que agora disputa o Governo de São Paulo - o Mais Médicos. O Mais Médicos, naquilo que cabia ao Governo fazer, que era ter maior oferta de serviços, de exames, de consultas, o Governo Federal fez. O SUS é para três esferas de poder: o municipal, que tem uma responsabilidade enorme, em assistência básica, o estadual e o federal. Ninguém pode negar que o Governo Federal fez um trabalho fantástico.

            Agora, por que a saúde, no Brasil, vai tão mal? Quem tirou dinheiro da CPMF? Armaram um discurso de que aquilo estava acabando. Nunca embarquei nessa hipocrisia. Gente, todo mundo ter lá R$0,01 no cheque para a saúde! Não conheço nenhum país no mundo que não tenha seus problemas com a saúde. Os mais ricos gastam muito de sua riqueza com a saúde. Os Estados Unidos têm 50 milhões de pessoas sem assistência à saúde. Nós montamos um plano de assistência para todos. Quem financia? Mas a oposição diz: “Não, não pode ter dinheiro da CPMF!”. Deveríamos ter algo parecido. Precisamos garantir o financiamento da saúde, se não...

            Este País vai seguir envelhecendo, o que é uma conquista nossa.

            Agora, dados do IBGE mostram que a média de vida dos brasileiros chega a 75 anos. Estamos vivendo mais. Sabe quanto se gasta no último ano de vida de uma pessoa idosa com saúde? Mais do que em toda a vida. Nos dois últimos anos de vida, uma pessoa idosa, com cerca de 80 anos - minha mãe está com 88 anos e meu pai vai completar 86 anos -, gasta normalmente mais do que gastou em toda a vida.

            Este País vai aguentar envelhecer? Este País vai aguentar universalizar o atendimento de saúde para todo mundo como sonhamos? Ou temos de repensar o modelo?

            Mas não pode. Não se pode repensar o modelo de colocar mais dinheiro, porque vão dizer: “Estão roubando”. Roubando como, com os conselhos, com tantos tribunais apurando, com tanto aparato?

            O Governo do PT também quer debater isso. Qual foi o governo que criou a maior estrutura de fiscalização de controle e de punição neste País contra a corrupção? Foi o nosso.

            Como disse o Presidente Lula, alguns escondiam a sujeira para debaixo do tapete, e nós não. Retiramos o tapete e vamos colocar a sujeira para fora, e quem tiver culpa que pague.

            Então, acho que estas eleições não podem ser um divisor de águas de um monte de gente jogando pedra em quem está trabalhando. Não pode ser isso. Não dá para ser assim. Eu sinceramente acho que nós temos de debater este País. E a Presidenta Dilma, que respeitou tanto o legado do Presidente Lula, precisa ter a oportunidade de concluir o seu trabalho. E eu não tenho dúvida de que ela, como mulher, mãe e avó, vai fazer isso muito bem.

            A Copa do Mundo seria uma tragédia, o caos! Veja o aeroporto de Brasília, veja a cidade de Brasília. Houve melhoras visíveis graças ao fato de a cidade ter sediado a Copa do Mundo. O aeroporto de Brasília é outra coisa, faz frente a qualquer aeroporto do mundo, e ainda está em obras. Isso é para nós, para nós todos. Com o aeroporto de São Paulo acontece a mesma coisa; o aeroporto do Rio também está em obras.

            A Copa do Mundo foi um sucesso absoluto fora do campo. Não duvido de o pessoal da oposição estar por aí nos culpando, como se a Presidenta Dilma tivesse escalado a seleção no lugar do Felipão. E não querem que a Presidenta fale nada, não querem que vá a lugar algum. Ela tem que conciliar o fato de ser Presidenta com o de ser candidata.

            Então, eu fico contente em poder estar ajudando no Acre e na Amazônia. Eu mesmo acho que o nosso Governo tem de ter uma política mais transparente, mais ousada e mais corajosa para a Amazônia brasileira.

            Conseguimos reduzir o desmatamento, conseguimos ter 25 milhões de brasileiros numa das regiões mais especiais do Planeta, e não podemos permanecer como se fôssemos um problema. Eu mesmo estou lutando para que essa agenda, esse projeto novo para o Governo da Presidenta Dilma tenha algo absolutamente novo, ousado, em relação à Amazônia, em relação ao meio ambiente. O que faz um país ser contemporâneo é como ele cuida, como lida com seus recursos naturais, como lida com a causa ambiental, como busca o desenvolvimento sustentável. E é por isso que eu me animo a estar em campanha, a ajudar e a sonhar com um Brasil ainda melhor do que o que temos.

            Mas, sinceramente, lamento. Não trarei para cá as denúncias dos adversários que já tomam conta dos jornais. Eu aqui venho para trazer uma profissão de fé de que acredito que vamos superar nossos números na área social, na área da infraestrutura, na área da habitação e também nas reformas. Temos que repensar o modelo de federação do País, de serviços públicos de qualidade, de mobilidade urbana, melhorar a qualidade de vida nas cidades, tudo isso. E acredito que vamos aprofundar as mudanças com o próximo Governo da Presidenta Dilma. Para isso, teremos que dialogar com os cidadãos brasileiros, conversar com eles e pedir que nos ajudem a seguir fazendo as boas mudanças. Isso vale no plano nacional e no Acre.

            O Governador Tião Viana está indo muito bem. No fim de semana estive em Cruzeiro do Sul, em Sena Madureira e em Rio Branco. Senti um ambiente acolhedor, as pessoas reconhecem o trabalho que o Governador Tião Viana tem feito.

            Concluo aqui minhas palavras, dizendo que a pesquisa do Ibope traz a Presidenta Dilma ainda com chance de ganhar no primeiro turno. Estou tranquilo em relação a isso. A Lei Eleitoral estabelece dois turnos, e o segundo turno, para mim, é parte do processo legal. Agora, o próprio Ibope traz, ainda hoje, depois desse bombardeio, depois dessa onda de pessimismo de dois anos contra a Copa, contra o Governo, a Presidenta em níveis de aceitação popular que deixam assustados os adversários. Essa é a prova de que o brasileiro sabe separar bem as coisas e reconhecer quem trabalha. Não quero desmerecer porque acho que também são dois outros grandes brasileiros - o Aécio Neves, meu colega, e o ex-Governador Eduardo Campos -, mas, do ponto de vista da integridade, da honestidade, a Presidenta Dilma é absolutamente inquestionável. Do ponto de vista da sua dedicação ao trabalho, uma mulher que está fazendo história por ser a primeira mulher a governar o Brasil, acho que está se saindo muito bem sim, fazendo os ajustes que achamos que tem que fazer, as correções que o Governo precisa fazer, apontando metas bem definidas para um próximo governo.

            Eu não tenho dúvidas de que a Presidenta Dilma pode, sim, receber a confiança de todos os brasileiros, e o País continuar com a tranquilidade de ter sempre mais mudanças para a nossa juventude, para as nossas crianças, para as famílias, para os idosos, para a economia, para a infraestrutura, e, especialmente, se firmar cada vez mais diante do mundo como uma grande nação, como uma nação invejável. Aqueles que nos visitaram durante a Copa chegaram a essa conclusão, pois nosso País vive em paz há mais de 140 anos, não tem conflito com nenhum de seus vizinhos e consegue ter esse jeito brasileiro, que faz inveja a todos que ocupam este Planeta.

            Eu tenho muita satisfação de, como brasileiro e como Senador, estar me envolvendo no processo eleitoral, pois a pior coisa que se pode fazer, depois de conquistamos a democracia, é essa satanização da política. Isso é terrível, isso piora o País. Deu muito trabalho a reconquista da democracia. E se nós fizermos aqui a reforma política, com o voto bem dado, e as mudanças seguirem o curso que o Brasil está experimentando nos últimos 12 anos, e eu entendo que devem seguir, nós teremos o resgate do respeito do cidadão com a política e, com isso, as conquistas sociais, econômicas e de qualidade de vida certamente vão continuar vindo. 

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/07/2014 - Página 34